Borboleta

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quarta-feira, 20 de maio de 2015

O ESPÍRITO DO SOL - A Chama da Eternidade


O ESPÍRITO DO SOL


No Amor e pelo Amor, o Espírito do Sol honra nossas Presenças Una.
Acolhimento da Verdade do Um no Templo de cada um, em nome do Amor e pelo Amor.


… Silêncio…


Permitam-me honrar e abençoar a Chama de sua Eternidade.


… Silêncio…


Acolha o Fogo da Verdade em seu Templo.
Acolha a ardência do Sol.
Abra o que jamais deveria ter sido fechado e acolha, e recolha, em seu seio, a Graça de sua chama.


Amado do Amor e amado do Um, a minha Presença e minha radiância insuflam-no a acolher Aquele que vem atiçar a chama da Verdade.
Deposite aos pés Dele os seus fardos e seus pesos que você pode, ainda, sentir e experimentar.
Não se sobrecarregue mais do que faz apenas passar, porque isso deve perecer e desaparecer na Eternidade.
Viva a vida sem preocupar-se com outra coisa que não viver o que a Vida dá-lhe ou toma-lhe, porque você é, você mesmo, a Vida, bem mais do que você recebe ou dá.
Então, dê-se a si mesmo, ao Espírito de Verdade, ao sopro do Sol e à brasa de Cristo.
Acolha, como se deve, a Verdade do Um, a sua Verdade.


Aí, em seu Templo de Eternidade, torna-se possível a você contemplar o espaço infinito da Criação.
O que emana do informe em toda forma e que, de toda forma, retorna ao informe, que contém tudo e bem mais do que o Grande Todo.


No Silêncio de seu ser apaziguado, esqueça os tumultos do mundo de seus pensamentos, do mundo de sua pessoa e entre, enfim, inteiramente, no mundo da verdadeira Vida, na qual nada pode acabar, na qual tudo é eterno jorrar e eterno recomeço e eterna Criação.
Eu o convido, então, a trabalhar nos Ateliês da Criação, após ter deixado a dissolução operar-se.
Eu o convido a não lutar, a não resistir ao que é verdadeiro, ao que vem lavar e tirar o que não é mais a Vida, aparar e cortar o que não pode crescer, o que retarda e o que freia.


Não se preocupe com outra coisa que não com o que a Vida diz a você.
Descubra, em você, a confiança da Eternidade, a solidez do que não morre, jamais.
Permita-se amar-se além de toda medida e de toda condição e de todo limite.
Permita-se amar o conjunto do que a Vida faz aparecer a você ou desaparecer.
Permaneça ao centro, aí, onde nada pode ser apagado, aí, onde nada pode opor-se.


Eu o convido, portanto, a viver em nosso espaço Um, você, que está aqui, você, que lê.
Vá além das palavras e descubra o Verbo eterno do campo da Criação, aí, onde o Coro dos Anjos não para, jamais, que celebra cada sopro, cada mundo e cada dimensão, cada Fonte e cada Fogo.


Filho do Um, acolha e recolha, no Silêncio da densidade do Espírito, aí, onde você não pode compreender, aí, onde você não pode opor-se, aí, onde você não pode travestir a essência de seu ser.
Você, amigo do Amado, você, amado do Um, eu o convido a estar, plenamente, aqui, a partir de agora, nesse instante.
As palavras que são ditas nada são, porque só a ressonância de seu coração pode compreender a essência disso, abandonando o sentido da lógica do efêmero.
Você que lê, que ouve, esqueça-se e esqueça-me, para que só restem nossa união e nossa comunhão.


Deixe derreterem as resistências e as barreiras que possam, ainda, apresentar-se em seu efêmero.
Deixe passar o que não dura.
Acolha a vibração do Éter Um na Coroa do coração e no Templo do Templo, aí, onde a Vida não seca, jamais, aí, onde a Vida não pode opor-se a ela mesma, nem competir, sob qualquer forma e em qualquer ação.
Eu o convido na Dança do Silêncio.
Eu o convido a preparar sua Casa, para finalizar sua Ascensão às Moradas do Pai.


Escute e ouça, não, unicamente o que eu lhe digo, mas, bem mais, o que se desenrola no Templo de nossa união e de nossa comunhão.
Para isso, nada mais deixe do que a Alegria aparecer e emanar na permanência do instante presente.


Filho de Verdade, deposite, atrás de si, o que você passou, deposite, atrás de si, a ilusão de todo sofrimento.
Seja livre e permaneça leve na densidade do Espírito, na Presença da Verdade.
Esqueça-se, para aparecer-se, a si mesmo, na glória de sua Ressurreição, aí, onde nada do que passou em sua vida e em suas vidas possa frear nem refrear a Ação da Graça que você é.


Então, ouça e escute o Coro dos Anjos depositar-se em seu Templo e em cada célula desse corpo efêmero, e em cada ponto de Luz de seu corpo de Existência.
Aí se encontra o que sempre o saciará.
Aí se encontra o que jamais pode opor-se.
Reencontre-se, repouse no sopro do Verbo, permaneça aí, onde você está, porque aí é seu único lugar, o que quer que lhe diga sua pessoa, o que quer que lhe diga o que resiste, o que quer que lhe diga o que se manifesta.
Nada mais procure do que ser o que você é e, para isso, você deve colocar-se, você deve depositar tudo o que não é verdadeiro, tanto em seus sentidos como em seus males, tanto em suas feridas como em suas alegrias, porque o que você é não pode ser ferido, de maneira alguma, e de modo algum.
Só a ilusão de sua própria projeção leva-o a crer e a aderir nisso.


O Espírito do Sol pede-lhe para em nada acreditar, acolher, para isso, o que apaga toda crença, toda ideia e todo efêmero.
Coloque-se.
Venha a mim, como eu venho a você, porque o Espírito de Verdade leva-o a Ele e, portanto, a você, sem qualquer falha e sem qualquer desvio, em linha reta, na qual o ponto de partida e o ponto de chegada confundem-se na mesma ressonância e na mesma intensidade, porque você jamais partiu, porque não há qualquer lugar aonde chegar, em outro lugar que não aí, onde você está.
Então, aceite o Beijo de fogo de Cristo pelo Espírito do Sol, pela ressonância de seu coração e pela aquiescência definitiva à verdade do Amor.


Nisso, você se reconhecerá, na integralidade, como a Semente de Estrela e a Estrela que você é, para acolher a Estrela em seu céu, que vem cumprir o Juramento e a Promessa.
Desperte!
Não durma mais, jamais, no que sofre e que resiste.
Torne-se adepto total da beleza da Verdade, de sua Beleza e de sua Verdade.


Não deixe mais, jamais, qualquer circunstância do efêmero vir circunscrever o Fogo de seu Amor.
Ao contrário, nutra-o de meu Espírito, nutra-o da quietude, de sua certeza da Presença dele, de sua vinda, porque ele se descobre, enfim.
Então, você também, descubra-se, sem palavras e sem pensamentos, sem esperar, sem aguardar o que quer que seja mais que não o instante do Amor.


Eu o convido, você que ouve e você que lê, a não mais interrogar-se sobre o que acontece fora, o que acontece alhures que não ao centro do centro, porque aí você encontra a Paz, porque aí você é saciado, porque aí não pode nascer qualquer outra demanda que não aquela de permanecer no instante eterno de sua Presença, da Morada de Paz Suprema, você e eu, e cada um de nós, na mesma alegria e na mesma pureza.
Deixe florescer os frutos do Amor.
Que seus olhos e sua boca não vejam, jamais, outra coisa que não o Amor ou a resistência ao Amor.
Nada mais veja e deixe-se tomar pela Vida.


Tudo o que passa e tudo o que passou não poderá resistir ao seu apagamento pela Obra no Branco.
A Nova Eucaristia trabalha, já, em você, e dá-lhe, por momentos, por instantes ou de maneira permanente, a explosão de Alegria daquele que se reencontra e reconhece-se em todas as coisas, em todo ser, em toda situação como em toda dimensão, mesmo aí, onde você está, ainda, aparentemente.


Nada nutra do que se opõe ao Amor, nem preste, mesmo, mais atenção a isso.
Você deve inclinar-se para o que você é, para soltar o que pode, ainda, estar tenso.
Porque a tensão do Amor faz ressoar o Amor, no mais profundo de seu coração e toma todo o lugar.
Aí está o bálsamo verdadeiro, porque ele cura sem vestígios e sem dores e sem sequelas, o que você é.
Porque o Amor remove de seus olhos o que pode impedi-lo de ver o Verdadeiro.
Porque o Amor remove de você todo sentimento de ser limitado e confinado nesse corpo ou nessas regras desse mundo.


Lembre-se de que você é bem mais do que tudo o que você pode acreditar ainda.
Lembre-se de que você é bem mais do que a aparência que aparece nesse mundo, em sua consciência.
Acolha.


… Silêncio…


Sinta, então, a Vida, em sua exuberância e seu Silêncio.
Sinta a Vida que emana e flui em todas as coisas, em todo átomo, em todo planeta.
Qualquer que seja a escala, não há diferença, há apenas o Amor, em suas diferentes expressões.


Eu o convido a escutar a sinfonia da Liberdade, aquela que encadeia bem mais do que palavras e sons, aquela que encadeia e religa a Liberdade eterna e a Liberdade total, sem regras, sem leis e sem imposições, porque a Graça não pode ser ordenada nem limitar-se a uma forma ou a uma consciência.
Acolha o Espírito do Sol que vem embainhar seu coração com uma coroa de alegria, aí, onde tudo é Evidência e onde dança o Silêncio.


Eu o convido ao Amor infinito do que é infinito, nem mesmo definido, porque Livre, de instante a instante, que acolhe a Vida na mesma Alegria do contentamento da Verdade.
Coloque-se e ouça-se.
Deixe-se vivificar e ressuscitar.
O Canto do Amor em seu coração embainha da alegria do Espírito do Sol que celebra a Nova Eucaristia, aqui mesmo, aí, onde você está, aí, onde você lê, aí, onde você ouve.
Tenha-se tranquilo.
Funda-se em mim, como eu me fundo em você.
Ouça seu coração, escute-o, porque ele dirá, sempre, a Verdade e a Beleza.
Porque, se você me ouve, você percebe e recebe Cristo, reconhecendo-se Nele, Ele se reconhece em você, para fazer o milagre de uma única coisa.
Assim é o milagre da Vida.


E aí, além das palavras pronunciadas e recebidas, ouça o que, justamente, não pode ser colocado em palavras.
Não se mova mais.


… Silêncio…


Você quer desposá-Lo, você quer ser Seu «amigo», como o amigo de cada um?
Deixe a evidência de sua resposta florir em seus lábios e cintilar em seu olhar, quando Ele se portar sobre as coisas e os seres de seu mundo, como de qualquer mundo.
Porque, aí, no Amor, nada há a preservar, porque o que consome nada mais queima do que o que é consumível e efêmero.
O Amor é um Fogo que consome sem fim, sem limite, e que o sacia e que o assenta no Silêncio de sua Eternidade.


Se você ouve além do que eu digo, então, seu coração pode apenas saltar para reencontrar o Espírito.
Você que está aí, você eu ouve e você que escuta, escute apenas isso, não, unicamente, com seus sentidos, não, unicamente, com seu intelecto, mas, bem mais, no segredo de seu Templo, aí, onde queima a Luz eterna da Verdade, que nada pode apagar e fazer desaparecer.


O que quer que você pense disso e o que quer que você acredite, experimente-o no cadinho do Amor e forje-se não uma opinião, mas forje-se na sua Verdade, que não permite mais opinião, que não dá mais ideias, mas é, simplesmente, a Evidência do que você é.
Nada mais seja do que esse coração de Amor que transborda de seu Templo e que nutre tudo o que se apresenta, por qualquer sentido que seja, por qualquer interação que seja.
Deixe-se amar, porque essa é, ao mesmo tempo, sua natureza, sua Essência e sua manifestação.


Assim é o Último Apelo daquela que vem dizer-lhe: «Você é meu filho. Você é aquele que eu amei e que eu amo, como cada um de meus filhos, seja o primeiro deles como o foi Cristo, seja o último daquele que resiste e opõe-se ao Amor pelo medo de sua falta. De um extremo ao outro, você é o Alfa e o Ômega. Você é o Caminho, a Verdade e a Vida, a partir do instante em que a humildade, a partir do instante em que você se sinta responsável por sua vida e de tudo o que chega no campo de sua consciência. Porque nada mais há do que você, porque você é o mundo, mesmo se pareça apresentar-se a você uma distância e uma separação entre o que você considera ser você e o conjunto do resto do mundo. Mas o conjunto do resto do mundo são apenas outras facetas de você mesmo, quaisquer que sejam, as mais detestáveis como as mais agradáveis. Lembre-se disso, pela graça do Amor e do Espírito do Sol.».


Amado do Um e filho do Um, tudo isso renasce em você, não há atraso, não há avanço, há apenas o tempo que é perfeito, a cada segundo e a cada um de seus sopros.
Disso você não pode esquecer-se, a partir do instante em que você o deixa eclodir, porque você é, antes de tudo, a Vida, além de toda forma e de toda dimensão.
Entre em você, porque você está por toda parte em você, mesmo se você não o veja.


Na Graça do instante, no silêncio de minhas palavras, doravante, vamos instalar-nos no Contentamento eterno do instante presente.
Aí, onde nenhuma palavra pode ser dita nem mesmo ouvida, onde só é visto e ouvido o Amor e a Beleza.
Aí, agora, escute o Silêncio, escute o Canto do Amor que supera todo sentido.
Aí, agora, você, que lê e você, que ouve, eu me calo.


… Silêncio…


De novo e novamente.


… Silêncio…


Permaneça aí comigo e em mim, como eu estou em você.
Não se mova.


… Silêncio…


Não se mova.


… Silêncio…


Não se mova.
Deixe a Dança do Silêncio afirmar a Graça.
Deixe o Paráclito descer e emergir.
Deixe o Néctar do Senhor subir em seus pés lavados de toda contaminação.
Nada retenha do que o percorre, deixe atravessar, deixe o fluxo da Vida estabelecer-se.


… Silêncio…


E aí, agora, eu selo a Eternidade em sua Presença de Vida, em nome de Cristo, em nome da Beleza e da Liberdade.


Você que vive, eu o amo.


… Silêncio…


Eu deposito em você a minha Presença.


… Silêncio…


O Espírito do Sol saúda-o.
Eu lhe peço, simplesmente, para permanecer na quietude, após o meu Silêncio, alguns instantes.


… Silêncio…


Até breve e até sempre.


… Silêncio…






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