Borboleta

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quarta-feira, 6 de julho de 2016

O IMPESSOAL - Q/R - Parte 6 - Julho 2016


O Impessoal e os Povos da Natureza

O Impessoal 

Parte 6 

Julho 2016




Bendito seja o Eterno e a Eternidade de tua presença. Tu que me escutas, tu que estás aqui e tu que estás em outros lugares, venho de novo bendizer-te e revelar-me a ti mesmo, se o aceitas.

Então, te deixo expressar, falar e perguntar, a fim de iluminar-te de teu próprio interior e de tua própria verdade. Permita-me bendizer tua Presença; permita-me amar-te além de teu nome e além de tua forma, em teu templo de Eternidade, em tua emanação de Amor, em tua Paz e em tua felicidade. Recebe, recebe e dá no mesmo dom e na mesma troca a graça da vida no Amor e no Um.

Juntos em comunhão, juntos em Unidade e juntos em Verdade.


Perguntemos.


Pergunta: Por quem foi criado o mundo dos elfos e dos dragões? É por Maria?

Da mesma maneira que no seio desta terra existiram e, ainda existem, em certos lugares, povos intra-terrestres que não são humanóides, Maria, criadora de mundos, semeou este mundo, porém, este já estava ocupado, bem antes de sua semeadura, por formas não humanas e livres. O povo dos elfos, o povo dos dragões e os povos elementais, de maneira geral, evoluem livremente entre o Absoluto e sua forma de 5D. Não necessitam ser criados porque foram criados, de toda a eternidade, desde a Fonte, como Espíritos. A criação que vos foi noticiada com relação a esta terra, corresponde mais à mistura de DNA presente nesta dimensão carbonada, que à toda outra forma de criação que evoluem espontaneamente, criando-se, descriando-se e recriando-se em função dos influxos cósmicos, em função das necessidades dimensionais neste mundo.

Estes povos não foram criados, no sentido em que Maria vos criou, depositando em vós nem vossa alma nem vosso Espírito, senão a forma necessária para a vossa manifestação nestes mundos dimensionais densos e pesados. Não há, pois, outra coisa que o Incriado e a Fonte primeira na origem dos povos elementais, consciências exteriorizadas e livres que se manifestam segundo as dimensões percorridas e vividas e isto em toda liberdade. Não existe, pois, elemento inicial, como uma mescla de DNA, como é o caso no seio dos mundos carbonados. Vos recordo que os povos elementais não estão em vossa dimensão e não são povos de carne, senão povos sutis, não tendo nada a ver com o confinamento nem com a forma humana. Sem dúvida, sois e somos, em toda parte, irmãos e irmãs da mesma Fonte, irmãos e irmãs do mesmo impulso de vida, no Amor e na Liberdade. Somente as formas ditas carbonadas, livres, necessitam de geneticistas, de criadores, porque, propriamente falando, a criação das dimensões e a criação dos mundos, como da consciência, resultam, definitivamente, somente da interação dos elementos em sua respectiva proporção, conjugando-se com o Éter para recriar uma forma dada, em um espaço dado, em um tempo dado.

Não há, pois, possibilidade de sobreposição entre a forma humana e as formas da natureza. Há, certamente, a mesma filiação, porém esta filiação não é uma filiação de carne, senão uma filiação de Espírito e de Liberdade.

Os povos da natureza não necessitam de alma, não necessitam de polaridade. São espíritos puros alojados em uma forma livre, cujas funções são, simplesmente, de experimentar os planos dimensionais, salvo, certamente, neste mundo, onde seu papel, como especifiquei e o especificaram eles mesmos, estes elementais intervém nos processos que permitem concluir o ciclo do confinamento atual que viveis.

Para além dos mundos carbonados, não há necessidade de matéria no sentido em que o entendeis, não necessitam de DNA tal com o entendeis, só há necessidade, simplesmente, da informação-Luz que codificam e geram a forma, em qualquer dimensão que seja. Não há predação, não há necessidade de nutrir-se de outra coisa, para estes elementais, que de Luz e da energia distribuída pelos vegetais, pelos lugares, pelos vórtices e pelo que está presente naturalmente em vosso ambiente carbonado da Terra.

Não há, pois, um mestre de obra, há somente, conformação particular de uma consciência ilimitada em sua forma pseudo limitada, que depende unicamente de uma função ou de um prazer de experimentar a Vida, sem limites e sem condições.


Eis aqui a resposta do Silêncio.



… Silêncio…


Perguntemos.


Pergunta: Em 1984, em uma prática xamânica, um som muito agudo vindo da esquerda atravessou o espaço até meu ouvido. Uma vibração ao nível do primeiro chacra começou, então, provocando um estado de gozo extremo que se propagou por todo o corpo. A percepção do corpo havia desaparecido, eu era o Universo, fundido nele, em êxtase. Era apenas suportável já que era poderoso. Senti que continuar me faria morrer, guardo uma sensação indelével. Tem alguma relação com o processo em curso?

Bem amado, descreves perfeitamente o que te ocorreu e que corresponde, exatamente, ao que se celebra em vós desde muito anos e, inclusive, eu diria, desde numerosas dezenas de anos para outros dentre vós. Não obstante, e assim como o dizes, houve um medo de morrer. Isto basta, geralmente, para por fim à experiência e não confere um estado permanente e definitivo ao que foi vivido no momento desta experiência. Percebeste a descida do Espírito, descendo diretamente em tua alma e até teu corpo físico, porém, o medo da morte, o medo de morrer, basta para deter a experiência. Não houve, pois, senão a recordação e a lembrança, e a marca deixada no seio de tuas estruturas efêmeras, de desaparecimento, propriamente falando, ou de revelação, se preferes, do Absoluto, porém tocaste, nesta ocasião, a Última presença e a Morada da Paz Suprema, que é o último extrato da consciência antes de seu aniquilamento.

O medo de morrer, o medo de perder teu corpo, basta, nesta classe de experiência, para devolver-te ao seio dos mundos densos, e te impede de reencontrar o que foi vivido nesse momento. O perigo de trabalhar nesta memória indelével, e de tentar revivê-lo hoje, o que, como o comprovaste, não se pode reproduzir identicamente e exatamente como foi vivido há tempos. O perigo de toda experiência é de manter-se na experiência, que se torna passado e que não concerne mais ao vosso presente. A marca indelével se torna a certeza do que és em consciência e mais além da consciência, porém, hoje, não obstante, não basta ser liberado senão no momento coletivo da humanidade.

Não houve pois, nesse momento, nem abandono total à Luz, nem sacrifício da pessoa. Não obstante, e o repito, isto basta para assegurar tua Liberação, assim como tua Ascensão.

Deveis diferenciar, cada vez mais claramente em vós, a diferença entre a experiência, certamente útil, e o estado permanente da consciência, que não tem nada a ver mais com uma experiência, fosse ela a mais intensa, a mais extraordinária e magnífica. Há que levar isso à consciência ordinária, não como lembrança nem, inclusive, como reprodução da experiência, senão, bem mais, pelo sacrifício da pessoa, pondo fim a todo sentido de ser uma identidade, substituindo-o pelo Amor a Paz e a Liberdade.


Eis aqui a resposta do Silêncio.



…Silêncio…



Perguntemos.

Pergunta: Já faz vários meses, tenho mucosidade resistente a todo protocolo de cristais e tratamento homeopático, que se transforma em saliva muito espessa. Ela se deposita no paladar e na língua e me desperta a noite, com a sensação de sufoco, porque não consigo engolir. O que é?

Querida, através do que expressas, tu mesma tens a clareza. Isso quer dizer, simplesmente, que não tens que buscar uma explicação, senão que aceitar que teu corpo não pode integrar mais as informações ligadas aos remédio homeopáticos, ou também, aos cristais. Teu corpo te convida aqui a mudar de postura, a abandonar ferramentas e muletas, e instrumentos de vibrações, a fim de identificar-te a ti mesmo, no que és em tua Eternidade, no que, lembro-te, todas as vibrações dos Universos e Multiversos já estão presentes em ti.

As manifestações de teu corpo te convidam, pois, a voltar-te para ti mesma, e exclusivamente para ti mesma, a fim de não depender mais de qualquer remédio, qualquer vibração exterior a ti mesma. Esta é a solicitação da Inteligência da Luz através de teu corpo. Não há outra explicação além desta. Inclusive se no seio da pessoa sempre podes encontrar uma causa, isto não é importante. O importante é tornar-te tu mesma, para ti mesma, com o fim de deixar trabalhar a Inteligência pura da Luz e não uma codificação vibratória, fosse a mais luminosa, porém aportada desde o exterior.

Assim, então, a Inteligência da Luz e a inteligência do teu corpo, te pedem, então, voltar-te para teu centro e não depender mais de nenhuma ajuda exterior. Não se trata nem de um bloqueio nem de uma anomalia, senão de uma chamada de teu corpo, de tua alma e de teu Espírito, permitindo-te situar-te de outra maneira, e ,sobretudo, de encontrar a Autonomia e a Liberdade. Alguns de vós neste momento necessitam, todavia, de vibrações exteriores, de consciências exteriores, de uma história, qualquer que seja; e outros dentre vós, inclusive sem sabê-lo, devem encontrar neles, a nudez de sua própria consciência, a verdade de seu ser mais profundo, bem como o Espírito, a fim de não depender mais de qualquer coisa exterior a si, ou, em todo caso, concebido como exterior a si.


Eis a resposta da Luz.


… Silêncio…


Perguntemos.

Pergunta: Desde algum tempo, um click se produz em mim, com a Alegria que me leva a agir sem objetivo nem projeção, no instante presente. Pode convidar-nos a ficar imóveis? Estas posturas são opostas ou complementares para acolher o Absoluto?

Não estou certo de ter entendido, tendo escutado perfeitamente o que disseste. Então repita a pergunta.


Pergunta: Desde algum tempo, um click se produz em mim, com a Alegria que me leva a agir sem objetivos nem projeção, no instante presente. Pode convidar-nos a ficar imóveis…

Não sei o que quer dizer com « poder convidar-nos a ficar imóveis ». Que  isto significa no contexto de uma pergunta?

Pergunta: a pessoa que fez a pergunta não está aqui. Ela pergunta, em seguida, se o fato de agir, de ter a alegria permanentemente, é contrário ou complementar à acolhida do Absoluto.

A Alegria e a Paz, o jogo sem objetivo, está vinculado diretamente à Infinita Presença, ao Si, porém, em nenhum caso ao Absoluto. O Absoluto não tem que ser acolhido, tem que ser revelado em si. O Absoluto é a extinção da consciência, onde não há nem jogo, nem projeção,nem espontaneidade, onde há, simplesmente, evidência de viver o que somos. Certamente, a tradução e a manifestação no seio de vossa dimensão pode ser proteiforme. Cada um, segundo a história da pessoa, traduzirá isto em palavras, em atitudes, vinculadas não às suas crenças, senão, simplesmente, a seus costumes, e, diria, à conformação de seu cérebro como de seus corpos sutis.

A espontaneidade , o fato de viver o que é descrito nesta questão, não é um testemunho do Absoluto, senão um testemunho feito ao Si e à Infinita Presença, o que, o lembro,é já, amplamente, suficiente para viver a Liberdade quando chegar o momento.

O Absoluto não pode ser acolhido da mesma forma que a Luz. Inclusive, eu diria, que é exatamente o contrário: se trata de uma restituição da Luz, já que o Absoluto é anterior à Luz. Não há, portanto, necessidade, no Liberado Vivente, mesmo se estas manifestações estão presentes, nem de Luz, nem de sombra, nem de bem, nem de mal, nem de projeção, em qualquer jogo que seja, ou, em qualquer dimensão que seja.

Há, pois, que diferenciar o que é da ordem da consciência em manifestação, liberada, do que é a-consciência. O Liberado Vivente é espontâneo, ele, também, pode atuar no jogo de manifestação, porém, ele não se faz a pergunta do que é, porque está além de todo jogo, de toda dança como de toda manifestação. Ele permanece, o mais frequentemente, qualquer que seja sua atividade e sua projeção exterior, no limite, se posso dizer assim, entre o Coração do Coração ou a Infinita Presença, ou a Última Presença, a Morada da Paz Suprema e seu próprio desaparecimento.

Portanto, em nenhum caso o Si, mesmo estabilizado, em nenhum acaso a espontaneidade e a alegria sem objeto, não pode ser outra coisa que, o que ele é, quer dizer, uma manifestação da consciência que não está mais confinada, porém, há ainda uma consciência já que há manifestação.

O Liberado pode viver exatamente a mesma coisa já que segue a Inteligência da Luz, as linhas de menor resistência, que acolhem a Vida, já que ele é a própria Vida. Ele não se faz a pergunta de saber se é Absoluto, joga todos os jogos que a vida lhe apresenta, nesta forma como em toda forma.


Eis aqui a resposta do Silêncio.



…Silêncio…


Perguntemos.

Pergunta: Tive este sonho: estou em um quarto onde um ser de polaridade masculina acompanha uma mulher a cantar com seu coração. Ele lhe propõe exercitar-se, e à minha mãe que está presente, que se nega e se distancia. Tenho vontade de viver esta experiência e solicito isto a este ser. Ele me diz para escutar meu Coração e falar com meu Coração. Faço isso e não me vejo viver a etapa do despertar, pois já estou desperta. Pode esclarecer-me?

Bem amado, te convido primeiro a revisar teu vocabulário. Por que queres que isto seja um sonho? Não esqueças as capacidades de deslocalização e de multi-localização da consciência no seio dos Mundos Livres. Isto é possível, hoje, pela sobreposição do vosso corpo efêmero e do corpo de Eternidade. Tiveste, pois, no que não é um sonho, senão bem mais, um transporte de tua consciência ao seio de outra realidade, tão real e irreal, como tua própria pessoa e como este mundo em que estás.

Existem mecanismos da consciência, e pois, da projeção da consciência, neste mundo como em todo mundo, que se abrem para vós. Evidentemente, não se trata de sonhos, inclusive se isso pode ter o aspecto, já que ocorre no momento em que dormis ou quando estais, em todo caso, descansado, o mais das vezes, recostados.

Este gênero de manifestações, como outras manifestações, onde ocorre o que chamas de sonho ao despertar, significa justamente, que isto não está ligado ao teu despertar, como pela manhã, e, então, não é um sonho, senão um dos aspectos da consciência multifocal e multifunção manifestando-se, desde agora, livremente para ti, como para muitos irmãos e irmãs humanos encarnados no seio de sua própria multidimensionalidade. Estes são, se preferes, “loops” temporais ou de ultra-temporalidade, que te conduzem a experimentar diferentes consciências, que somente são tua própria consciência, ao longo de, eu diria, linhas de tempo paralelas, que existem de modo sincrônico à realidade, que eu qualificaria de habitual, encarnada neste mundo.

Não vejais, através destas deslocalizações de consciência ou viagens na ultra-temporalidade, coisa a explicar ou que haja a compreender, senão, simplesmente, uma experiências da consciência a viver e deixar fluir livremente. Inclusive, a isto não podeis agarrar-vos, até a isto, não podeis ser proprietário destas experiências da consciência multifocal ou multimodal. Elas também, estas experiências, somente passam, e concluirão do mesmo modo no momento coletivo. Não há nada onde amarrar-se, não há nada onde por-se, há somente, que atravessar o que a Inteligência da Vida e de tua própria consciência te faz viver nestes momentos.

A repetição destas experiências, em suas diferentes formas, é para cada um a ocasião de ver o que aprecias, e o que aceitas: o sacrifício e o dom. O conjunto das experiências, e inclusive, os encontros com os povos elementais, não estão aqui a título de curiosidade, nem para dar-vos elementos de vida desses povos, senão, bem mais, para permitir-vos atravessar isto e chegar, finalmente, à vivência de que tudo isso se celebra em vós, em vossa Eternidade, porém, não depende de vós neste mundo. Assim é como se produz a mais exata das sobreposições entre o efêmero e o Eterno. Qualquer que seja a forma que tome a experiência, que isto seja em sonho, que isto seja em consciência deslocalizada ou multilocalizada, não tardeis, nem vos atraseis mais, contentai-vos, simplesmente, em atravessar isto com graça, com elegância, com leveza e em Paz, sem buscar apropriar-vos de qualquer dessas experiências, porque não está aí para aportar-vos algo, senão, simplesmente, para devolver-vos a vós mesmos.

Então, atravessai isto da mesma maneira que atravessais vossas preocupações diárias, deixando, livremente, à Inteligência da Vida e da Luz, permitir estabelecer em vós a permanência do estado de Graça. Toda a busca ao viver estes momentos ou, posteriormente, toda busca de sentido, de explicação, de identificação, vos distancia, de agora em diante, daquilo que Sois. É preciso, quaisquer que sejam as circunstâncias - tanto da consciência ordinária como da supra-consciência, manifestáveis em vós nesse momento - ultrapassar tudo isto, transcendê-lo. Vede, somente a Paz e a Alegria, que derivam destas experiências quando aceitais soltá-las sem interessar-vos por elas, porque é, já, passado, no momento em que saístes disso.

Tudo o que é passado, inclusive, o mais transcendental, é, hoje, e será cada dia um pouco mais, em vosso tempo que flui, um obstáculo, cada vez mais poderoso, à vossa Liberdade, pelo menos até o momento coletivo. O conjunto dessas experiências traduzem, simplesmente, a colocação em adequação do Eterno e do efêmero, através de diferentes formas, de diferentes experiências, de diferentes níveis dimensionais ou vibratórios, porém, não sois nada de tudo disso.

Aí está o aprendizado, aí está a verdadeira compreensão do que ocorre. Não há história que buscar, não há causalidade que tenha que buscar, não há explicações que mantém o caminho em relação ao que Sois: sem forma, sem história, sem memória, sem passado e sem futuro.

Nesse momento impulsionareis, naturalmente, se isto vos é necessário, o processo de dissolução da alma, deixando estabelecer-se a vacuidade, onde nenhuma forma, nenhuma história, nenhum cenário, inclusive o mais extraordinário, é necessário. O tempo das histórias está, agora, acabado e cumprido, o tempo das experiências, também. Já é hora de viver o encontro - com vós mesmos -, até se isto passa, ainda, por estas histórias multifocais ou multimodais, até se isto, todavia, passa pelo encontro com os povos da natureza, ou com um dos Anciões, uma das Estrelas ou qualquer que seja o membro da Confederação Intergaláctica dos Mundos Livres. Tudo isto, só representa pretextos para voltar-vos para vós mesmos e estabelecer-vos, sem esforço, na vacuidade da Morada da Paz Suprema, na Felicidade sem objeto, na Alegria sem suporte e sobretudo na Alegria sem história e sem cenário. Entendei isto, e soltai tudo, então, sereis livres instantaneamente.

É a isto ao que vos convido e ao que vos convidei, desde já um mês.


Eis aqui a resposta do Silêncio.



… Silêncio…



Perguntemos.

Pergunta: Nestes tempos reduzidos, os cristais como a fluorita romboidal ou a tanzanita se revelam para ajudar-nos a viver nossa eternidade. A pedra do Absoluto vai revelar-se logo?

Bem amado, cada cristal, qualquer que seja, o mais insignificante a vossos olhos como o mais raro aos vossos olhos, é portador do Absoluto. Sua geometria, sua forma, sua composição, sua cor, somente são manifestações do absoluto. Não obstante, existe um cristal cuja ressonância com o Absoluto é, certamente, a mais evidente e a mais próxima, se trata do cristal azul de Sirius, aportado pelos Elohim e escondido em cavernas na América Latina. Este cristal é uma cópia, se posso dizer, em conformidade com o núcleo cristalino da Terra e com a vibração de Sirius.

Assim, então, um certo número de cristais, o mais frequentemente, de cor azul, podem proporcionar-vos uma ajuda até ao limiar do Absoluto em vós. Isto é utilizado de diferentes modos, e por outro lado, preconizado pelo Arcanjo Anaël ou por alguns intervenientes, no momento de certos trabalhos. A pedra mais difundida é, bem evidentemente, a safira azul, pedra que dá benefício e remete ao Espírito, e, então, também, ao Absoluto.

A forma hexagonal, assim como a forma chamada romboidal, são as formas arquetípicas que vos permitem sair do tempo de maneira cada vez mais fácil, quer dizer, de reencontrar-vos no coração do Si, no coração da Infinita Presença e no Coração do Coração. Para alguns dentre vós, isto pode ser uma ajuda, para outros não, vos compete provar e tentar. O azul vos remete não, somente, ao cristal azul de Sirius, senão, também, ao que foi chamado, pelo bem amado João, a Obra no Azul ou a fusão dos Éteres.

Todos os cristais cuja cor é azul, todos os cristais em forma de dodecaedro, e qualquer que seja este dodecaedro, vos reenviam à Existência, ao vosso Coração, por ressonância vibral e por possibilidade de acolhida desta vibração, desta forma que se aproxima mais da estrutura de Eternidade, não do vosso corpo de Existência, mas antes de qualquer implantação de qualquer forma existente no seio do que foi nomeado o tetraquishexaedro.

Vos é, pois, possível, ou bem de ter - e isto, a pergunta já foi feita - uma forma de rejeição dos cristais, nesse momento ha um convite para cruzar o limiar, ou, ao contrário, de beneficiá-los do influxo destas codificações de Luz através de diversos cristais, como de outros meios, aliás, mas no que concerne aos cristais, existe um certo número de cristais a privilegiar. Estes não têm que estar, necessariamente, dispostos segundo um protocolo preciso, senão, simplesmente, que entrar em contato com vosso efêmero, em algum ponto deste corpo. Entre estes, está, certamente, a safira azul, o quartzo Aqua-Aura, a tanzanita, a alexandrina, a celetista, o lápis-lázuli , e tantos outros que se aproximam do violeta, por exemplo, como a turmalina chamada indigolita.

Assim, como o comprovais, talvez, para alguns dentre vós que utilizam os cristais, já desde algum tempo, a disposição dos cristais, segundo uma ordem precisa, sobre o corpo ou ao vosso redor, torna-se cada vez menos indispensável. A codificação vibratória de um cristal em sua essência, penetra diretamente vossa consciência, sem, necessariamente , passar nem pela energia nem pela vibração. Vossa consciência está, pois, a priori, suficientemente expandida para reconhecer-se na vibração que encontrais em um dado cristal, sobretudo, o repito, para os cristais azuis.

Existem, certamente, uma infinidade de outros, cabe a vós descobri-los. Não posso, infelizmente, nomeá-los todos, porém a safira azul é, eu diria, a dirigente, à semelhança de outras pedras mais raras, que contém o que é chamado “terras raras” ou minerais metálicos, inclusive se estes minerais estão em quantidade, relativamente, pouco abundante, no seio de um dado cristal. Um átomo deste mineral na estrutura de um cristal, basta, para por-se em contato com vossa consciência.

Por outro lado, vos falei, também, dos sistemas cristalinos hexagonais ou romboidais que podem ter, também, uma utilidade para permitir-vos sair de toda história, de todo cenário e, também, do tempo, quer dizer, de situar-vos no Aqui e Agora, Hic e Nunc, independentemente de vossa pessoa.


Eis aqui a resposta do Silêncio


… Silêncio …


Perguntemos.

Pergunta: Durante seu último encontro e tentação de Mãra, Siddhartha tocou o solo dizendo: “a terra é minha testemunha”. Que quis dizer com aquele gesto e aquelas palavras?

Neste mundo, se não há testemunho, em vossa terra - o solo desta terra como vosso corpo, que é oriundo da terra, eu vos lembro - digais o que digais e penseis o que penseis, forem quais forem vossas origens ou linhagens estelares, o corpo pertence à terra e retornará à terra ou ao fogo, se preferirdes cremá-lo. Isso quer dizer, que tudo o que é Despertar, que tudo o que é Liberação ou Realização, em uma terminologia diferente e, em particular budista, quer dizer, que o que não se grava na carne é ilusão total. Enquanto não haja encarnação da Luz, no mais profundo de vossa carne, e não, somente, de vossa alma ou de vosso Espírito, não pode haver estado de Buda.

A Budeidade consiste em transmutar o conjunto de vossa matéria e, não somente, de vossa consciência. Nisso consiste o ensinamento, em particular, aquele reproduzido no que foi chamado “sutras do Diamante”, muito tempo depois da passagem de Buda. 

Enquanto o puro Espírito não tenha alcançado, fecundado e transmutado vossa matéria e vossa pessoa, permaneceis submetidos à dualidade, permaneceis submetido à causalidade. O Espírito tem que fecundar a carne, seja qual for o futuro dessa carne, a fim de que a consciência esteja efetiva e concretamente liberada, tanto da dita carne como da alma, a fim de ser um Espírito livre. Enquanto não haja encarnação da Luz e do Espírito, em cada uma das parcelas deste corpo de carne, não podeis ser testemunhas da Verdade. Foi isso o que quis dizer Buda, do mesmo modo que foi isso mesmo que expressou o Cristo na cruz.



Assim responde o Silêncio.


… Silêncio…


Outra pergunta.


Não temos mais perguntas e agradecemos .


Permaneçamos juntos no silêncio da Graça, em comunhão e em desaparecimento.

Me entrego a cada um de ti, como cada um de ti se entrega a mim, na mesma Graça, na mesma evidência. No mesmo tempo, como em todo tempo, aí estou, como aí estás.

Esqueça-te de tua forma e esqueça-te de toda forma. Tu, o não nascido, aquele que nunca morre, ouça-te no mais profundo de ti, no íntimo de teu coração, no íntimo da Verdade, aí onde não há mais palavras, aí onde não há mais Presença, aí onde não há mais consciência, aí onde não há nada para perceber, para sentir ou para ser. Assim, além da noção de ser e de não ser, na Liberdade, tu és.

Seja qual seja a tua forma, seja qual seja a tua idade, seja qual seja o teu estado, desperto ou adormecido, liberado ou prisioneiro de ti mesmo ou das circunstâncias, escuta. Escuta e ouve este nada.

Aí está o que és, aí está o que cada um de ti é, em mim como nele.

Conhece-te além de todo conhecimento ou de todo cenário.

Seja a Vida, e não uma vida no interior de uma forma.

Seja o Verdadeiro, e não uma verdade fracionada.

Sem condições e sem restrições assim é. Recebe o dom da Graça e desperta, pois, em definitivo, jamais dormiste.

Seja presente e seja ausente.

Esqueça-te de tudo, para compreender e experimentar que tu és o Todo.

Esqueça-te de ti e esqueça-te de mim. Esqueça-te de cada um, não para separar-te dele, senão para fazê-lo teu, além de toda posse e de toda a restrição.


Ouve. Ouve e vê. Afirma-te comigo.


Escuta.


… Silêncio…


Permita que o Fogo do Amor transfigure o que se opõe.


… Silêncio…


Coloca-te em teu templo. Leva tua consciência, aí onde não pode estar, aí onde ela desaparece, aí onde o Amor não pode conhecer seu contrário, seu oposto ou seus limites.


… Silêncio…



Aí, aí estás, nas portas do indizível. Não temas nada. Nenhum limiar, nem nenhuma porta, há, em realidade e em definitivo. Isso é tudo e tudo é isso.



… Silêncio… 


Chegaste. Não há deslocamento. Não há movimento . E, no entanto, tudo está aí.



… Silêncio…


Anterior a toda forma, te falo. Sejam quais sejam minhas palavras, elas te convidam a ir mais além, a transpassá-las e abandoná-las. Permaneça somente com sua essência que é tua essência.



…Silêncio…


De fato, somente há uma só pergunta, que há de ser incessante, não para buscar a resposta, senão para que esta chegue sozinha, após haver esgotado todas as histórias, todos os cenários e todas as suposições: quem sou? quem és tu?

Então, de maneira fulgurante, ou, etapa após etapa, revelas em ti o supérfluo de toda história, de toda vida e de todo cenário, como de toda dimensão, não porque isto não existe, senão porque és muito mais que todas as dimensões reunidas. 

Tu não és uma fração da verdade, tu não és uma forma, tu não és uma história, tu não és um propósito nem uma busca. 

Quem tu és?

Descobre-te.


… Silêncio…


Nada nomeies. Nada classifiques, Nada julgues. Ama e sê livre.

Desfruta o néctar de tua eternidade.

Transfigura-te a ti mesmo.

Remova as vestes da consciência. Desnuda-te. Nada ocultes. Não rejeites e nem aceites nada.


… Silêncio…


Aí não permanece nem tu nem eu. Aí não há ninguém, e ao mesmo tempo, toda vida e toda pessoa. 


… Silêncio…


Emerge de ti mesmo, dá-te a luz. Na Lei do Um que não conhece lei alguma que não seja aquela que és, e que é Amor.


… Silêncio…


Tu me ouves? Te ouves no silêncio?


… Silêncio…


No mesmo tempo do eterno presente, implante e recolha o que é e o que não é. Entre o ser e o não ser, não há escolha, não há distância nem separação. Tudo é Um.

Vive-o. Não há freios. Não há obstáculos.


… Silêncio…



Aqui e agora.


… Silêncio…


Estás preparado. Não há melhor momento que aqui e agora. 

Coloca-te aí, onde o tempo não decide sobre nada, aí onde o corpo não pode obstaculizar-te ou restringir-te.


… Silêncio… 


Neste silêncio, tão pleno e tão vazio, não diferencias mais entre o pleno e o vazio. Onde está o pleno? onde está o vazio?

Descansa.



… Silêncio…


Nada esperes nem nada projetes, nem de ti nem de mim, fica simplesmente aí, presente e ausente ao mesmo tempo. Aí está teu verdadeiro, aí está o Verdadeiro. Nutre-te com isso, pois aí está o festim do rei, que há de saciar-te para sempre de toda busca. 


… Silêncio…


Ama-me como eu te amo. Ama e queira a cada um como a ti mesmo e como a forma que mais amas. Não vejas mais diferenças e não faças mais diferenças, pois no Espírito elas não existem. Somente a forma e tua pessoa percebem uma diferença. Muda o teu olhar.

Ao olhar a cada um tu vês a ti mesmo.


… Silêncio…


Nesta Paz está convidado à Eternidade, à Infinitude. 

Não te abandono, mas sim, encontra-me em ti, na natureza, nos demais, aqui ou em outra parte. Não há nada mais que olhar, pois qualquer outro olhar te aparta disto.


… Silêncio…


Me retiro no silêncio de teu coração, aí onde nunca estou ausente, aí onde sou tu, como tu és eu.


… Silêncio…


Permanece, assim, todo o tempo necessário, antes de sair do não-tempo. 


… Silêncio…


Abençoo novamente tua Presença e tua Ausência, pois o Amor é benção. o Amor é Luz.

Retorne a ti na medida em que entro em ti na totalidade. 

Ama-te, pois ao amar-te, amarás a cada um, por igual e em totalidade, além de toda condição, de todo limite e, sobretudo, de toda forma e de toda história.

Deixa-me sorrir dentro de ti. 


… Silêncio…


Aí estou, em todas as partes estou, assim como tu. 

Continua em Paz. Permaneço em silêncio agora. 

Após escutar-me, após ler-me, toma um tempo para permanecer em ti, na natureza, ou em tua cama, ou com outro tu, não importa.

Te amo, te amo, te amo.

Me calo e te digo até logo, com novas palavras, com uma nova ronda e com um novo silêncio. 

Te digo até sempre.



***

4 comentários:

  1. "Abençoo novamente tua Presença, pois o Amor é benção. o Amor é Luz."
    Rendo graças, à todas as partes do que Sou, envolvidas nesta doação de Amor! Bjs amados!

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  2. Maharani Devi!
    Gratidão, maninha do coração!!

    Beijos Amor-Luz

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  3. de coração a coração , rendo graças

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    1. Elisabethe, amada!
      De coração ao coração!
      Beijos Amor-Luz

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