CARNETS DE FÉVRIER 2015 - PARTE 3
Publicações ou notas de fevereiro de 2015
Terceira Parte
QUESTÃO 10: desde alguns anos, eu tenho vivido, à noite, manifestações que me provocam o medo. Isso é renovado, eu acolho essa Presença e há uma troca, de coração a coração. O que é isso?
Eu sou Hildegarde de Bingen, que nosso Silêncio atual espalhe suas graças, antes que eu me exprima.
… Graças…
Querida irmã, você deve ter ouvido falar, nesses últimos tempos, de tanto de nossas bocas como por diferentes vozes que, em definitivo, nesse mundo, tudo, absolutamente tudo se resume nessas palavras e nessa expressão: o medo ou o Amor.
É claro, e você sabe disso, o desconhecido ou o novo dá medo, exceto para aquele que está estabelecido, firmemente, no Amor, e que não pode nem ver nem ser afetado e, por vezes, senti-lo, sem ser afetado pelo medo.
O medo, para além dos condicionamentos e de sua história que lhe é própria, a cada um, tem apenas um único antídoto, e esse antídoto é o Amor.
Nenhuma Presença, nenhuma doença nem qualquer fome desse corpo como, portanto, dessa vida, pode afetar aquele que está estabelecido no Amor.
Assim, portanto, e em definitivo, qualquer que seja a Presença, qualquer que seja a intensidade e a beleza da comunhão que tenha sido vivida, você verificou, por si mesma, que qualquer que seja o medo devido a esse desconhecido, se você conseguiu colocar o Amor à frente, porque comungar, é claro, e unir-se com... não pode haver União no medo.
A União apenas pode realizar-se na Graça do Amor pelo desaparecimento, se você prefere, do eterno de duas pessoas ou de um irmão com uma determinada situação.
Nessa comunicação transdimensional que você viveu, você colocou no trabalho, por si mesma, as duas vertentes que eu enunciei: o medo ou o Amor.
Quando o medo dissolve-se ou é dissolvido, mesmo, pela aquiescência ao que se apresenta, o que quer que se apresente de mais doloroso, de mais terrível ou de mais feliz, isso não tem qualquer incidência sobre a realidade do que sobrevém, e o que sobrevém é o desaparecimento do medo.
O medo, qualquer que seja, pode, efetivamente, ser combatido por muitos elementos nesse mundo, mas o medo, no sentido simbólico, como no sentido arquetípico, é apenas o reflexo, não da falta de Amor, mas da não iluminação pelo Amor.
O que é iluminado não pode mais conhecer o medo em face de uma determinada situação, quando ela se reproduz, como em face de todas as situações, progressivamente e à medida que seu coração cresce e expande-se para Cristo, do mesmo modo que Ele bate à sua porta desse modo.
Assim como outros Anciões e outras Estrelas disseram, nesta manhã, todas as oportunidades são tomadas, não por vocês, mas pela Inteligência da Luz, para mostrar-lhes, a si mesmos, e você, por vezes, mesmo, a partir do instante em que você tenha aceitado, vivido uma comunhão, o próprio fato do medo não existe mais.
O medo é, sempre, sem qualquer exceção, ligado ao ego ou à alma ainda voltada para a matéria e não ainda liberada, totalmente, da ilusão.
Eu diria, mesmo, que, durante este período que foi nomeado, eu creio, tempos reduzidos e ultrarreduzidos, a melhor conduta, o que quer que haja, tanto agradável como desagradável, que, de fato, representa apenas o medo do que é inédito e desconhecido, se, nessas circunstâncias, o Amor é colocado à frente, como essa expressão é empregada, vai produzir-se uma dissolução do medo como arquétipo.
A Passagem, tal como ela é pressentida nesses tempos da Terra e durante este ano é, obviamente, a Passagem final.
Qual é o melhor modo de passar?
Eu os remeto, para isso, ao que havia sido descrito pelo bem amado João, se preferem, Sri Aurobindo, concernente ao Choque da Humanidade, que corresponde, efetivamente, às diferentes etapas do choque que se produzem quando todo efêmero toca ao seu fim.
É-lhe dada, por antecipação e por facilitação, a capacidade de vivê-la, sem outra ferramenta que a consciência e o Amor, não como uma projeção de Amor, mas, bem mais, como a benevolência, a aquiescência, a humildade do que lhe foi proposto durante esses momentos.
Assim, portanto, não é tão importante saber qual entidade era, porque essas entidades, e você sabe disso, são apenas você mesma em face de si mesma, e, nesse face a face, conforme ali se inclua o medo, consciente ou inconsciente, ou o Amor, traduzir-se-á, pela consciência, por uma experiência colorida e, no entanto, qualquer que seja a colocação, é, sempre, a mesma experiência: o medo ou o Amor, ver ou não ver, resistir ou ser humilde.
Lembre-se do que disseram alguns seres, Anciões ou não, por vezes, com uma voz que eu qualificaria de ruidosa: esqueça-se.
Isso não quer dizer não colocar-se questões, mas ver, claramente, não a inutilidade da questão porque, como você o vive, hoje, seria impossível, como dizia o Comandante, fazer girar as bicicletas, porque a bicicleta não tem mais os meios nem o combustível para girar, ela pode, simplesmente, ser vista, e a dinâmica que se instaura, naquele momento, nada mais tem a ver com a hiperatividade do mental, e resume-se, simplesmente, a isso: o medo ou o Amor.
Ponha o Amor à frente e, quando algo resiste, além dos conselhos que possam ser-lhe dados de diferentes modos, por inspiração ou por minha voz, ou por outras vozes, pelas sincronias, por evidências, guardem, sempre, isso: «Será que há medo ou será que há Amor?».
A diferença vai tornar-se cada vez mais flagrante, quando você manifestar o que quer que seja.
Retenha sempre, quer seja ressentimento, raiva, quer seja sentimento de injustiça, quer seja problemática real a decidir segundo os termos da encarnação, se você se esquece dos ressentimentos, se você se esquece das emoções, se você se esquece dos pensamentos, se você se esquece, mesmo, da causa e da razão que, em seu caso: «Qual é a entidade que está aí?, se você transcende tudo isso e substitui por medo ou Amor, não para observar, mas, bem mais, para afirmar e reforçar seu posicionamento, então, você apreenderá, muito rapidamente, que nesses momentos, quando a comunhão existe, a Graça está presente, porque o medo dissolveu-se diante do Amor.
É o mesmo para todas as manifestações desse mundo e, mesmo, as manifestações sociais ligadas às leis, às convenções morais, às regras educadoras.
O Amor não se importa com tudo isso.
Esse amor que quereria preocupar-se com isso seria apenas um amor de conveniência aplicado ao efêmero.
Vocês compreenderam, e viveram, a maioria de vocês, que o amor de circunstância, qualquer que seja, é, sempre, subentendido pelo medo.
Só o Amor livre, que não depende de qualquer circunstância, de qualquer evento e de qualquer pessoa, como de qualquer entidade exterior a você é, realmente, totalmente livre.
Isso passa pela fé inquebrantável não em um Salvador, mas em uma verdade que é aquela do Amor, que sustenta e torna possível todo o resto.
O medo nada permite, você sabe disso; o Amor permite tudo.
Assim, portanto, mais do que nunca nesses tempos reduzidos, virá posicionar-se em frente aos seus olhos, em face do desenrolar de seu caminho, em face de seus humores interiores como através de suas comunhões entre vocês, ou entre vocês e nós, sempre, em definitivo, o mesmo questionamento: o medo ou o Amor.
A resposta não é intelectual, nem mesmo pressuposta; ela se traduzirá nos fatos e na carne, como na consciência, por uma modificação radical do modo pelo qual puderam ser, até o presente, considerados os problemas como todos os problemas de todos os seres humanos.
Lembre-se, também, como dizia um denominado Bidi, que tudo isso não existe; será preciso, efetivamente, a um dado momento ou outro, encontrarem-se confrontados a esse princípio de realidade, a assumi-lo, ou não e, naquele momento, existirá, em vocês, apenas duas coisas: o medo (ou a resistência) ou o Amor (ou se prefere, o Abandono total e incondicional à Graça).
O que quer dizer que, cada vez mais, nesses tempos, cada elemento, cada palavra, cada olhar, cada evento que sobrevenha, a título individual ou coletivo, apenas poderá remetê-los ao Amor ou ao medo.
Olhem e apreendam, através da atualidade tanto dos Elementos como dos homens, como do cosmos, tudo o que se desenrola nesse momento mesmo.
E, do que lhes é dado a ver, a experimentar e a viver, em definitivo, vocês não terão mais do que essa única alternativa de ver o Amor ou o medo, para vivê-lo, completamente.
Vocês não podem lutar contra os seus medos, sobretudo, no que concerne aos eventos incontroláveis, coletivos e cósmicos, como aqueles que estão em curso nesse momento mesmo.
Então, cabe a vocês viver, experimentar essas idas e vindas, se isso se produz em si, entre a Graça e o medo, sabendo que a Graça não é mais, unicamente, uma experiência possível, mas, bem mais, um estado que será cada vez menos afetado pelos medos, a partir do instante em que vocês o aceitam e reconhecem-no.
Lembrem-se de que Cristo está aí, lembrem-se de que nós estamos todos aí, em vocês, porque vocês são nós, como nós somos vocês, real e concretamente, a partir do instante em que os véus da ignorância e do medo são dissolvidos.
Assim, portanto, recorram, não reagindo, mas recorram à Graça, não tanto como um pedido, não tanto como um direito, mas como a realidade final do Amor.
Eu aproveito, antes de retirar-me, para dizer-lhes que, nesse espaço, teremos um momento privilegiado ao nível dos meios que eu posso comunicar-lhes, de maneira pessoal, não tanto para agir sobre o medo, mas, mais, nesse momento presente, para cada um de vocês, o elemento, qualquer que seja sua origem, terrestre, alimentar ou outra, que é capaz de dar-lhes a observar esse mecanismo em suas engrenagens últimas e evidentes.
Eu sou Hildegarde de Bingen, e eu escuto se há, ainda, a escutar, e eu me retiro logo depois.
***
QUESTÃO 11: eu adormeço durante os alinhamentos ou as canalizações, mas, à noite, eu não durmo.
Eu devia retirar-me, mas vou continuar a responder, porque a resposta é muito simples: uma vez que você é liberada quando dos alinhamentos, uma vez que você desaparece quando da escuta de algumas de nossas vozes, o que é que a impede de fazer a mesma coisa à noite?
Algumas vezes, eu escuto canalizações para dormir, mas eu acordo.
Eu penso que o meio que você encontrou é, certamente, menos perigoso do que produtos químicos e, além disso, alinhar-se se colocando na cama é, efetivamente, o melhor modo de beneficiar-se da Graça durante o que é nomeado o sono.
Então, eu sei bem que Cristo disse: «Vigiai e orai, porque ninguém conhece o dia e a hora», mas aquele que vive a Graça, em que tem ele necessidade de vigiar e de orar?
Há, simplesmente, necessidade de estar disponível para o Mestre da Luz, disponível para sua Eternidade.
Os vai e vens da consciência tornam-se, como vocês dizem, uns e outros, cada vez mais evidentes, cada vez mais intensos.
Esse é um tempo ligado aos tempos reduzidos, que deve conduzi-los à Última Reversão, não mais aquela do ego ao coração, mas, sim, aquela de seu caminho, não nesse mundo, mas de seu caminho, se vocês pensam que exista um, de Retorno ao que vocês são.
A partir do instante em que você desaparece para esse mundo, quer seja no alinhamento, escutando-nos ou dormindo, você para, obviamente, de interagir com esse mundo, e você não deixa mais qualquer tomada para a ação/reação habitual e quotidiana de toda vida encarnada.
Mas você se coloca, de imediato, sob o manto de Cristo e de Maria.
Simplesmente, o que é limitado procurará, sempre, explicar ou solucionar o que a ele parece, e é lógico, ser um desequilíbrio.
Mas o que vocês vivem, a maior parte de vocês, é apenas o mais belo dos desequilíbrios, aquele que os conduz ao equilíbrio final e eterno.
Não faça, é claro, o que você nomearia, hoje, angelismo, mas, bem mais, uma consciência clara e lúcida, cujo alinhamento e a Graça são permanentes, o que quer que lhe aconteça, o que quer que aconteça mesmo se, por vezes, um humor, uma emoção, uma preocupação do mental possa apreendê-la, de algum modo, mas, mesmo aí, isso é destinado apenas para mostrar-lhe, justamente, como você é apreendido.
Em resumo, é apenas o aprendizado, a prática de sua Eternidade, de maneira preliminar à Passagem, nesse momento.
Eu sou Hildegarde de Bingen.
***
O.M. Aïvanhov – As próximas partes das Publicações
E sou eu, ainda, e eu não venho para responder a uma questão, mas para preparar as próximas partes da Publicação, roteiro, se se pode dizer, de fevereiro, tal um caminho, poder-se-ia dizer, efetivamente, é isso.
Então, eu voltarei para inaugurar a segunda sessão, e essa segunda sessão deverá fazer-se através de questões.
Essas questões, por favor, tentem referir, diretamente, aos processos da consciência, para ajudá-los a ver esses mecanismos que estão no trabalho no interior de vocês mesmos, ver, deles, as engrenagens, não para decodificá-las, não para dar explicações, mas, de qualquer modo, para ensiná-los a identificá-las, a servir-se, também, de seu corpo de Existência que, eu os lembro, está aí, quer vocês o sintam através das Estrelas, das Portas, não unicamente as Coroas radiantes, não unicamente a Onda de Vida, não unicamente o Canal Mariano, porque nós os restituímos e vocês se restituem à sua Autonomia e à sua independência.
Portanto, todas as estruturas como, por exemplo, o Canal Mariano, todas as estruturas, como o Manto Azul de Maria ou de Miguel, ou, ainda, a Onda de Vida, foram vividos, até o presente, como processos que penetrariam o efêmero e que transformariam esse efêmero.
A transformação é, agora, mais uma dissolução e um desaparecimento.
Isso quer dizer que vocês têm mais a ver, não como isso foi dito há pouco, por Hildegarde e por outros, a causalidade, a explicação, mas os mecanismos íntimos na origem da consciência e da manifestação dessa consciência, quer seja aí, onde vocês estão nesses tempos reduzidos, como na Eternidade.
Aí está o que eu tinha a dizer.
Então, eu creio que nós vamos concluir esse momento, e vocês vão voltar com muitas belas questões sobre a consciência.
Lembrem-se de que eu não falo mais, efetivamente, de bicicletas, porque não é possível fazer girar as bicicletas.
A maior parte de vocês, vocês sabem disso, sobretudo, através das explicações ou das causas.
Aí vocês estão, verdadeiramente, eu diria, nas próprias causas da consciência, ou seja, na origem da consciência, quer seja a Morada de Paz Suprema, quer sejam, mesmo, os medos que possam chegar, as modificações súbitas, o desaparecimento, o sono, todos os mecanismos de sua vida nesse mundo no efêmero são, como vocês o constatam, cada vez mais perturbados, alterados, impregnados – vocês escolham a palavra que lhes convém – pela Eternidade.
Então, por vezes, isso causa dificuldades, por vezes, isso passa, mas tudo isso se poderia multiplicar ao infinito as explicações.
Mas nós vamos penetrar progressivamente, em pouco tempo, nas engrenagens da consciência, não para observá-las, mas para revelá-las, no momento em que elas se produzem.
Isso será importante para permitir, se quiserem, viver o Apelo de Maria e o período imediatamente após com a maior felicidade, digamos, e leveza possíveis, aí, onde sua compaixão, sua Presença, seu carisma, sua humanidade tornar-se-ão indispensáveis nesse plano.
Aí está o que eu tinha a dizer.
Eu não escuto as questões, eu lhes transmito todas as minhas bênçãos e eu creio que isso permitirá, nesta tarde, entrar no cerne da questão, sem que eu volte, ainda uma vez, e que eu me repreenda porque permaneço.
Eu lhes transmito todo o meu Amor, e eu lhes digo, eu creio, comam bem o que podem comer e, depois, até já.
***
QUESTÃO 12: o que fazer ou não fazer quando se pratica algo de repreensível para a moral, sabendo-o, perfeitamente?
Eu sou Miguel, Príncipe e Regente das Milícias Celestes.
Saudações em vocês, na Paz e no Amor.
A questão que foi colocada recorre ao que vocês nomeiam a noção de mundo.
A moral é oriunda de condicionamentos sociais e culturais nesse mundo.
A moral, no sentido espiritual, nada mais tem a ver com a moral no sentido comum.
Durante as Núpcias Celestes, certo número de palavras, de expressões e de vibrações foi empregado, substituindo, de algum modo, a moral, que é uma noção muito humana, ligada, ela mesma, aos condicionamentos, às relações entre os seres, assim como às relações para com a sociedade dita humana.
A moral tem sido vantajosamente substituída pela palavra nomeada «Ética e Integridade».
A moral define-se em relação a um coletivo.
A Ética e a Integridade definem-se, em si mesmo, em relação a si mesmo e, unicamente, em relação ao que é nomeada a Inteligência da Luz.
Assim, portanto, para seguir, fazer ou não fazer está em ressonância com a ação e com a moral nesse mundo, segundo o que é, de maneira geral, admitido, aceito e validado.
A Ética e a Integridade definem-se, exclusivamente, em relação à Luz, em relação à sua propagação, sua difusão, sua manifestação e seu efeito.
Eu os lembro, nesse mundo e em suas leis, que existe, ainda, o que é nomeada ação/reação, aplicável tanto à física como à consciência humana limitada ou, ainda, às relações entre os seres.
A Ética e a Integridade não se importam com a moral, porque não há escala de moralidade.
Ao nível da Ética e da Integridade, há presença ou ausência.
Não pode haver meia-medida, não pode haver interpretação a partir do instante em que a Ética e a Integridade são definidas e vividas em relação à Integridade da Luz e não em relação ao que foi definido, experimentado ou vivido em relação às leis humanas.
A moral da Luz, que não é uma, não se importa com a moral humana (o princípio de ação/reação que justifica, entre aspas, a moral nesse mundo), não se importa com leis, não se importa com a sociedade, não se importa com julgamento do outro ou julgamento da sociedade.
A Ética e a Integridade é uma perspectiva ligada a si, que porta um olhar sobre si e que o coloca em ressonância e em adequação com o que é nomeada a Inteligência da Luz.
Existe certo número de elementos repreensíveis, no sentido da moral, em alguns setores ou em alguns tempos dessa humanidade, que não tem mais lugar de ser em outros setores, em outros tempos dessa mesma humanidade.
Qualquer que seja a moral, qualquer que seja o que é realizado em um plano dito repreensível, as consequências não são as mesmas, obviamente, conforme se trate de satisfazer a um modelo de sociedade ou de relações humanas.
A Integridade e a Ética concernem, em definitivo, apenas a você, em relação a si mesmo, ao mesmo tempo na especificidade e individualidade de cada consciência encarnada nesse plano ligado à ressonância da Luz, à Inteligência da Luz e, também, à sua arquitetura, se posso empregar essa expressão.
Assim, portanto, encontrar-se confrontado, em si, em relação a uma moralidade definida pelos homens e, em caso algum, pela Luz, não pode ser o objeto de uma culpa como de uma não responsabilidade ou, ainda, como de uma indiferença.
É, portanto, através dessa questão, esclarecida a noção que o que se opõe em relação a essa moral é, unicamente, ligado à pessoa em seu ambiente e não em relação a si mesmo.
A moral é definida por um consenso comum, ligado ao confinamento e que tenta manifestar a vida em conformidade com alguns critérios definidos por leis humanas e validadas por assembleias, onde quer que elas estejam nos países desse mundo.
A moral, em um lugar, não é a moral em outro lugar.
A moral, de acordo com uma cultura, pode ser totalmente amoral ou imoral em outra cultura.
A Ética e a Integridade não têm qualquer ressonância nem qualquer sobreposição possíveis com a moral, uma vez que ela se define em relação ao que aparece, de início, como invisível e não existente nesse mundo.
Passar da moral à Ética e Integridade significa uma mudança de posicionamento que não se define mais em relação social, mas em relação à Eternidade de cada um.
Essa Eternidade de cada um é idêntica, e movimenta os mesmos processos, qualquer que seja a consciência, é, ainda, tempo de diferenciar moral e Ética e Integridade.
Assim, portanto, se em relação a essa questão, existe a acuidade de fazer algo de imoral ou de amoral, para nada serve opor-se a essa tendência ou a essa ação, uma vez que ela escapa, tal como formulada a questão, à própria noção de controle dessa moral.
Há, portanto, necessidade, através dessa questão, de substituir, de maneira segura e certa, a moral pela Ética e a Integridade.
O que aparece como moral na sociedade pode aparecer, sem problema algum, como desprovido de total Ética, de total Integridade em relação ao mundo espiritual do Espírito.
Isso é evidente em todos os corpus de textos nomeados legais, quaisquer que sejam os códigos e suas diferentes versões existentes em todas as culturas desde, eu os lembro, várias centenas de anos, mas, também, de modo muito mais histórico, ainda que apenas por exemplo, à justiça feita pelo rei Salomão, que não se define em relação a regras sociais, ainda menos em relação às recriminações de uns e outros ou à culpa de uns ou de outros, mas, bem mais, diretamente, pela ressonância, em sua alma e consciência, no Espírito, na alma, do que desencadeia tal ou tal ação.
Moral e Integridade podem estar, eu diria, ao oposto.
A Integridade e a Ética podem ser, exatamente, a antítese do que vocês nomeiam moral.
A moral é ligada a um funcionamento linear da consciência, que obedece a causalidades, obedece a regras aceitas e validadas pelo comum dos mortais humanos em encarnação.
A Ética e a Integridade, embora em ressonância e em relação direta com a Inteligência da Luz, não pode, em caso algum, ser imposta por uma moral exterior.
Passar da moral à Autonomia é passar do condicionamento à Liberdade, é passar do confinamento à Liberação.
A Ética e a Integridade, enquanto definem-se em relação a corpus de textos, espirituais ou inscritos nos diferentes códigos presentes em todos os países deste planeta, não tem qualquer incidência nem qualquer reciprocidade com a Ética e a Integridade.
A Ética e a Integridade não concernem, de modo algum, à personalidade, mas à alma inspirada ou ao Espírito liberado da alma que se submete ao que ele mesmo é, na Eternidade.
Na Ética e na Integridade, a bondade prima sobre a moral.
Na Ética e na Integridade, o poder do Espírito predomina sobre o poder das leis.
Isso não quer dizer que se deva violar tal ou tal moral ou tal ou tal lei, mas, bem mais, superá-las em um olhar bem mais amplo.
Assim, portanto, substituir o «fazer ou não fazer» em relação a uma injunção da pessoa concernente a algo de imoral, e substituir, na Integridade, pelo ser ou o não ser, em ressonância e em concordância com a Luz.
Ou há acordo ou há defasagem.
A moral pode, sempre, ser justificada pela experimentação social ou, ainda, pelo que é nomeado o olhar daquele que julga, daquele que condena ou daquele que emite leis.
As únicas leis concernentes não mais à moral, mas à Ética e à Integridade, se é que sejam leis, mas mais uma conformação em relação com a Liberdade, a Inteligência da Luz e o Amor incondicionado, as únicas leis, portanto, que devem ser respeitadas formalmente, de maneira a encontrar sua própria Ética e Integridade, são aquelas que foram dadas em relação ao que foram nomeados os Dez Mandamentos.
Sob outras formas, esses Mandamentos, mesmo se não portem esse nome, foram reconstruídos em diversos escritos espirituais, um pouco por toda a parte no mundo.
A moral tomou o lugar da Ética e da Integridade, falsificando-as, alterando-as em relação com as visões humanas e não mais as vidas espirituais.
Assim, portanto, você pode ser culpado em relação à lei, você pode ser culpado em relação à sociedade e estar, totalmente, na Ética e na Integridade da Luz.
Eu diria, mesmo, que isso teria tendência a generalizar-se nos mundos confinados, que não são mais definidos pela Inteligência da Luz, mas pela lei de ação/reação e, portanto, de confinamento da Luz, como da consciência.
Assim, portanto, antes de pesar a moralidade de um ato, convém colocar-se a moralidade interior, a questão da moralidade interior dessa Ética, dessa Integridade e, sobretudo, o que vem completar e orientar isso, ou seja, a Humildade e a Simplicidade.
Eu os remeto, para isso, à complexidade crescente, progressivamente e à medida das dezenas e centenas de anos desse mundo, concernente à espessura dos códigos e decretos e regulações e regulamentos que foram estabelecidos por toda a parte pelo humano confinado e, certamente, não por seres livres e liberados dessa humanidade.
Aquele que é Liberado vivo, aquele que realizou o Si e que está estabelecido na Morada Suprema não tem que se colocar a questão da moral ou da imoralidade, uma vez que é, permanentemente, regado pela Fonte, regado pela Inteligência da Luz, por intermédio das Coroas radiantes, diretamente na consciência.
Assim, portanto, convém resituar essa questão em relação ao nível em que ela se dirige.
O que eu posso dizer, simplesmente: essa formulação implica ou evoca, conforme o que vocês escolham, um problema de distância em relação a um objetivo que seria moral.
A Integridade e a Ética não podem ser um objetivo, mas são a constatação nítida, direta e precisa da instalação nos quatro Pilares do coração, que passa, totalmente, de toda noção ligada a uma sociedade humana, qualquer que seja, em qualquer país que seja.
Passar da moral à Ética e Integridade necessita de um ajuste interior, uma observação cada vez mais fina das engrenagens e dos mecanismos da consciência, o que foi nomeado, em seu tempo: o observador.
Até o momento em que foi preciso refutar a própria noção de observador.
A Liberdade existe apenas aí, a Liberdade não pode acomodar-se com qualquer moral nem qualquer imposição; o Espírito é livre, a matéria não é livre.
Vocês são matéria e Espírito.
Vocês são, ao mesmo tempo isso, e, ao mesmo tempo, não.
Assim, portanto, enquanto seu referencial e o que eu nomearia seu quadro de referencia nessa vida concirnam, exclusivamente, aos quadros de referência impostos pela sociedade, vocês não podem pretender ser livres.
Isso, absolutamente, não quer dizer, eu repito, violar as leis, regulamentos e preceitos, mas, bem mais, transcendê-los por uma visão mais ampla e, obviamente, que não é mais confinada na canga da educação, da moral, ou dos condicionamentos, qualquer que seja o nome que vocês deem.
Em definitivo, a moral é um condicionamento educativo experiencial, mas que toma todas as suas referências no que nós nomearemos, com vocês, a evolução da sociedade humana.
Mas nenhuma evolução humana da sociedade, vocês sabem, pode conduzir à Liberação, porque essa Liberação passa, justamente, pela destruição de todo quadro de referência e de toda moral habitual, pela própria Luz e, certamente, não pela vontade.
A questão de fazer ou de não fazer deve recolocar-se na consciência do coração.
Qualquer que seja esse desvio ou qualquer que seja a experiência que é manifestada nessa espécie de violação, tal como está presente e o que quer que isso concirna, nada é em relação à pureza do coração.
Nesses casos, a questão deve desaparecer.
Não é mais: «fazer ou não fazer», mas substituir isso por: «ser ou não ser».
E a questão e a interrogação que daí decorrem são, portanto: «se eu faço, eu sou íntegro, se eu não faço, será que eu não sou mais íntegro?».
Qual é a finalidade?
É a satisfação de um desejo?
É a satisfação de uma necessidade de possuir ou de uma necessidade de manifestar um medo dessa maneira?
Os quadros morais, os quadros de sociedade estão aí, unicamente, para os humanos que não são capazes de encontrar a Liberdade nos quadros de referências pessoais, ligados, se se pode dizer, aos quatro Pilares do coração.
Ou seja, enquanto esses quatro Pilares do coração não se tornaram, de algum modo, o quadro de referência, vocês sabem, há culpa.
Mas essa culpa não é um julgamento nem uma comparação, mas, bem mais, e, unicamente, eu diria isso, a capacidade para permanecer no Centro do Centro e guiado pelos valores eternos da Luz, bem mais do que pelos códigos diversos criados pelos homens para os homens e, mais, contra os homens.
O problema da lei não se coloca nos Mundos Livres.
O problema da moral não pode, mesmo, ser considerado nos Mundos Livres, porque cada consciência, nos planos pluridimensionais e interdimensionais, tem a possibilidade de ver, no sentido consciência, instantaneamente, os desequilíbrios da Ética, da Integridade, da Humildade e da Simplicidade, quais quer que sejam o nível dimensional, o estado dimensional, a origem estelar da pessoa considerada.
Assim, portanto, fazer ou não fazer não resolverá, jamais, a questão do ser ou do não ser.
Assim, portanto, a moral é um quadro limitante e confinante, que impede, justamente, o ser humano, e é seu objetivo, de sair dos quadros definidos.
Frequentemente foi dito, ao nível do humano, que a liberdade de cada um começava onde terminava aquela do outro, o que quer dizer que é muito confinante.
A verdadeira Liberdade corresponde ao fato de viver, em si, a totalidade do Criado e do Incriado, nos quais a noção de moral não pode, de modo algum, intervir.
Agora, quem fala de moral, se não é a personalidade que se julga a si mesma em relação aos quadros de referência exteriores, quadros, leis sociais, regulamentos diversos, utilização da imposição para com o ser humano, por assim dizer, para ali assegurar sua liberdade, sua igualdade e sua fraternidade?
Você pode imaginar que tudo isso são apenas palavras ocas que têm por objetivo apenas manter a escravidão ou tentar manter a ascendência sobre o outro, e estabelecer regras de funcionamento ditas harmoniosas que, como vocês mesmos veem a cada dia, nesse mundo e já, bem antes das Núpcias Celestes, correspondiam a uma espécie de degeneração, de complexificação e, em definitivo, de impossibilidade de levar uma vida social em um tempo longo, a partir do instante em que um dos indivíduos dessa sociedade está, ainda, confinado.
Assim, portanto, não há saída possível, tanto para a moral como para a imoralidade, enquanto o ponto de vista continua aquele da personalidade.
Nesses casos, obviamente, os quadros das leis, os quadros dos regulamentos, os quadros das obrigações vão chamá-los à ordem, com intensidades hierarquizadas e respostas cada vez mais adaptadas.
Mas, em caso algum, isso permitirá encontrar, realmente, o que vocês são.
Dito em outros termos, enquanto vocês falam de moral, vocês não podem tocar um quadro mais amplo, nomeado de quatro Pilares do Coração.
A Liberdade não tem um preço, a Liberdade é interior, a Liberdade é aquela do Espírito.
A matéria é confinante, a alma é confinada, isso se traduz pela obrigação de manter pontos de referência.
Os quatro Pilares do coração são não, unicamente, pontos de referência, mas, sobretudo, os meios, eu diria, de verificar a retidão da Luz em sua Presença em si e não posicionar-se em relação a uma ação ou um ato repreensível.
A Luz, vocês sabem muito bem que, em uma zona de sombra, a Luz destrói a sombra, não se batendo, não na dualidade, mas como uma Evidência que se instala e vem pôr fim à ausência de Luz.
Eu falo, efetivamente, de sombra, e não de forças opostas à Luz, no sentido em que se pode entender, por vezes.
A sombra é definida, justamente, aqui, como o que não está suficientemente iluminado, suficientemente colocado na Luz e suficientemente validado não pelo quadro social, mas, sim, o quadro dos quatro Pilares do Coração.
Reformular a questão assim e inclinar-se nessa noção de moral, e de Ética e de Integridade, substituirá, vantajosamente, e de muito longe, o que pode colocar-se como questão na moralidade ou não de um ato, de uma ação ou de um comportamento.
Eu sou Miguel, Arcanjo, na Paz de Cristo.
***
QUESTÃO 13: você pode voltar a explicar-nos o que é a Atribuição Vibral?
Eu sou o Mestre Philippe de Lyon.
Eu vou responder a essa questão como Melquisedeque da Terra, que conhece, perfeitamente, as engrenagens da encarnação e os modos de reencontrar, nessa matéria, a Luz que sempre esteve aí.
A Atribuição Vibral é a resultante de seus posicionamentos, de suas escolhas realizadas não, unicamente, nessa vida, não, unicamente, desde a chegada da Luz há quase trinta anos e mais de trinta anos e, sobretudo, em ressonância ou não com sua própria Eternidade.
A Luz apresenta-se a vocês e vai dar-lhes a viver elementos que são, efetivamente, profundamente diferentes para cada um.
Tudo isso se desenrolou segundo certo lapso de tempo, nesta vida, mas, também, no conjunto de suas vidas em sistemas confinantes.
A Liberdade passa por Cristo.
Realizar o estado Crístico, realizar o Serviço ao outro e não mais um serviço ao ego ou, ainda pior, ao Si.
A atribuição vibral é apenas a iluminação, de maneira abrupta ou mais ou menos progressiva, mas cada vez mais intensa, do que se desenrola em sua vida, o que lhes permite, como nosso Comandante disse, posicionar-se de modo cada vez mais claro, cada vez mais confiante e, portanto, permanecer, se isso é possível, e é o caso mais frequente, ao centro do Centro, nesse famoso Silêncio e nessa famosa vacuidade na qual a Alegria e o Amor bastam-se por si só e não têm necessidade de qualquer experiência, de qualquer projeção e de qualquer manifestação, ou de qualquer olhar exterior outro que não aquele da Luz no interior de seu ser.
A Atribuição Vibral é, portanto, a evidência e os relevos que podem aparecer quando da iluminação que traduz, se preferem, uma espécie de fim de partida.
Esse fim de partida deve conduzi-los a afetar-se a si mesmos no que sua liberdade interior pede a vocês.
A Atribuição Vibral é, portanto, um processo, assim como as Núpcias Celestes, que dá uma conclusão, de algum modo, aos eventos que se manifestam sobre esta Terra desde a primeira descida do Espírito Santo, em agosto de 1984.
Aí estão, portanto, quase trinta e um anos que a penetração da Luz é feita, progressivamente, não mais ao nível de algumas consciências isoladas, mas, diretamente, sobre o conjunto da humanidade até o mais profundo do Núcleo da Terra em sua estrutura cristalina.
A Atribuição Vibral é, portanto, a consequência direta, não de suas boas ou más ações, mas, ao invés disso, de seu estado de ser interior, não aquele que vocês projetam, não aquele que vocês querem dar a ver aos outros, mas aquele no qual nada mais existe a ver que não a Verdade.
A Atribuição Vibral é, portanto, um processo vibratório que sela, de algum modo, sua sorte na Eternidade, que respeita, inteiramente, sua liberdade de ser, que respeita, inteiramente, seu próprio posicionamento para que apareça, durante este período que precedeu, eu os lembro, de pouco, a passagem da primeira Estrela.
Essa primeira Estrela tem por papel selar, como eu disse, sua sorte, ou seja, permitir-lhes ver-se, em plena consciência, mesmo nessa humanidade, mesmo na consciência limitada e, como sempre, não para julgar-se, não para condenar-se ou recompensar-se, mas, sim, para permitir-lhes estabelecer-se, de maneira ainda mais íntima, ainda mais ajustada, no Coração do Coração, no Centro do Centro e na Eternidade.
A Atribuição Vibral.
O Vibral é livre, a Atribuição Vibral é, portanto, algo que é uma linha de menor resistência, que não depende de sua personalidade, mesmo se ela seja a resultante, mas, bem mais, da interação, se preferem, adição e, em alguns casos, subtração de partes efêmeras e eternas.
A confrontação do Eterno e do efêmero, tanto em sua consciência como na humanidade, traduz-se e traduzir-se-á, cada vez mais, de algum modo, pelo que foi ilustrado por Cristo, a saber: «Ser-lhe-á feito segundo sua fé», «Ninguém pode penetrar o Reino se não volta a tornar-se como uma criança» e, sobretudo, verificar, em si e por si mesmos, o efeito da Luz e ver se ela flui de maneira espontânea e livremente ou se ela, de uma maneira ou de outra, parou.
A Luz é apenas Vibral, há, também, é claro, além da interface Vibral, a Consciência pura, que é pura Luz.
Essa Consciência pura, ela também, aparece cada vez mais, e corresponde ao que foi explicado de diferentes maneiras, como o Face a Face em sua fase final, ou seja, e eu o repito, a Fusão/Dissolução ou do Eterno ou do efêmero no reencontro de duas coisas, de dois sistemas incompatíveis um para com o outro.
Da interação, da confrontação, do enfrentamento, como disse OMA, que se situam nesse nível, decorre o que se desenrola em vocês durante este período, quer seja ao nível de suas atividades, quer seja ao nível de seu pensamento, quer seja ao nível de seus próximos ou do conjunto da humanidade, isso é exatamente a mesma coisa.
Vivamos um momento de Comunhão no Elemento Terra, no Triângulo da Terra de sua cabeça, como o Triângulo da Terra de que abriga o Fogo no Corpo de Existência, e cuja imagem invertida é o sacrum.
… Comunhão...
Outra questão, e eu lhes digo até breve.
***
QUESTÃO 14: por vezes, embora eu me sinta bem, uma angústia fulgurante sobe, até dar-me vontade de gritar, para extirpá-la de meu ser. O que devo fazer?
Eu sou Teresa de Lisieux.
Essa questão, vocês devem ser numerosos a colocá-la, neste período, em diferentes momentos, seja de modo fulgurante, seja de modo, eu diria, mais frágil.
Eu diria que toda angústia, toda manifestação é uma colocação na luz, ou seja, que o que sai de você e manifesta-se não é uma resistência, mas deve ser visto como tal, para permitir-lhe, justamente, em relação a essa noção de angústia, ver onde você coloca sua fé, ver onde você coloca sua esperança.
Você a coloca no fato de querer lutar contra essa angústia ou você a coloca em sua fé na Luz?
Não uma fé cega, mas aquela da pequena criança que deixa fazer o que deve manifestar-se.
A noção de angústia é inerente à condição humana, porque existem inumeráveis medos, quer sejam os medos, eu diria, que são mais ancestrais, como não ter o que comer, não ter trabalho, não ter o que vocês nomeiam dinheiro.
Mas, enquanto vocês estão sujeitos a esses medos e, portanto, a essa sociedade, efetivamente, pode manifestar-se, mesmo no curso de Liberação, o que nós poderíamos nomear, com vocês, angústias, sensações de nós, em especial ao nível do ventre ou da garganta, que são as duas zonas as mais ativas nesse momento, as mais ativas ao nível das eliminações.
Aí também, eu lhe responderia, como o explicaram, muito frequentemente, mais os Anciões, essa angústia, como você diz, faz apenas atravessar, ela faz apenas incomodar no instante, o que se produz.
Então, é claro, a consciência acha isso muito penoso a viver, mas, aí também, deve-se apenas ver seu olhar e, justamente, o que você faz?
Ou você age, ou você pede ajuda, você pode pedi-la ao nível humano, mas, também, pedi-la no que é invisível.
Assim, portanto, através da angústia, você poderá observar, de maneira muito direta e muito rápida, como para qualquer outra angústia para qualquer outra pessoa, se ela desaparece a partir do instante em que você está em ressonância com seu coração.
Então, é claro, a angústia restrita à consciência, a angústia bloqueia os centros de energia e altera a própria consciência.
Há, em você, o recurso e a força necessária para contar com o Espírito, inteiramente, não pedindo, simplesmente, que essa angústia desapareça, não, tampouco, para compreendê-la, mas, bem mais, para deixá-la atravessar, deixá-la emergir e não mais ficar presa, de maneira alguma, à manifestação ou a essa própria angústia e deixá-la dissolver-se.
A angústia junta-se aos medos.
O Amor é o antídoto absoluto contra a angústia e os medos.
Então, é claro, quando o Amor torna-se mais forte, porque Cristo chama você, porque a Luz chama você, há, por vezes, zonas que são colocadas na Luz.
Aí também há eliminação.
Mesmo se isso lhe pareça ser cada vez mais violento, cada vez mais cristalizado, é, justamente, porque lhe é pedido, aí também, demonstrar seu lugar, demonstrar, como disse o Mestre Philippe de Lyon, sua atribuição vibral.
Você é isso, real e concretamente?
Mesmo se isso apareça no olho da consciência limitada e tome todo o espaço da consciência, a quem você se entrega?
A que você se entrega nesses casos?
Da resposta que você dá por si mesmo, pelo Abandono, você pode, agora e já, ver, para além da explicação e para além, mesmo, da manifestação da angústia, o que você é.
Então, é claro, há dores terríveis, há sofrimentos terríveis, nós todos passamos por isso.
Mas é através desse sofrimento, é através dessas angústias e, portanto, desses medos, que o ser humano tem mais capacidade para reencontrar o Amor.
Porque enquanto há equilíbrio na personalidade, tudo parece ir bem no quadro linear chamado entre a vida adulta e a morte.
Enquanto, assim que haja mais essa Luz e essa Inteligência da Luz acopladas à Humildade e à Simplicidade, o que quer que se manifeste, então, tudo está bem.
Não é questão de não ver o que o atinge e aflige, é questão, aí também, de demonstrar-se, a si mesmo, onde você está em relação a si mesmo.
Você está, como disse o Arcanjo Miguel, em um quadro moral, em um quadro de ação/reação, ou você está na fé da criança e daquele que ama acima de tudo e para com tudo?
O Amor é imenso em cada um de nós.
Ele foi maltratado, confinado, ele foi condicionado, ele foi amputado.
Desde a abertura das Núpcias Celestes, desde a abertura da irradiação do Espírito Santo sobre esta Terra, cada ser humano vê-se colocar à sua disposição, de uma maneira ou de outra, a angústia, o medo, ou o Amor.
E o fato de viver um e outro com flutuações não é um erro, mas, bem mais, aí também, um equilíbrio de sua Eternidade em relação ao efêmero.
Então, é claro, haverá, sempre, soluções ao nível da personalidade, mas redefina bem, antes, quais são os seus objetivos, redefina bem se você quer estar no controle e na manutenção permanente de sua vida, como o demanda essa vida, ou você quer estar no Abandono, ao mesmo tempo mantendo, é claro, as condições dessa vida, mas transcendendo-as por sua própria consciência.
Voltar a tornar-se como uma criança é, também, isso; é aceitar a totalidade do instante, o que quer que se manifeste, quer seja Cristo que bate à sua porta, quer seja uma angústia que lhe parecia ter desaparecido depois de muito tempo e que volta a manifestar-se nesse momento.
Nada mais há a fazer do que posicionar-se, aí também.
Ou você age por si mesmo, pedindo ajuda aqui mesmo, nesta Terra, ou você atravessa isso com a fé que está em você.
As circunstâncias e os resultados não são, de modo algum, os mesmos.
É isso que lhe é proposto nesse momento.
Isso concerne igualmente, às angústias, mas pode, também, concernir a situações financeiras, situações relacionais com seus ascendentes, ou seus descendentes.
Cada ser humano, hoje, nesta Terra, é obrigado a dar-se conta disso, de uma maneira ou de outra, antes do Face a Face.
Assim, portanto, se se manifestam em você coisas que lhe pareçam dolorosas, que lhe pareçam angustiantes, lembre-se, nesses momentos, do que você é, do que você já tenha, talvez, vivido, ainda que apenas por experiência, e saiba que, no interior desses Fogos de coração, no interior desses sonhos que você tem por momentos, no interior das diferentes manifestações que você vive, há todas as capacidades para fazer desaparecer o que vocês nomeiam angústias.
O fato de haver angústias faz apenas traduzir sua falta de desapego, talvez, em relação a algumas situações ou algumas pessoas, o fato de estar envolvido, e isso lhe aparecerá cada vez mais rapidamente, o que quer dizer que a angústia pode, efetivamente, manifestar-se incisivamente, de modo muito brusco, a partir do instante em que você não está mais em acordo com sua própria Integridade.
Se isso é visto, uma vez que a questão é colocada, torna-se muito fácil corrigir, quer seja com a personalidade e produtos químicos, quer seja com a energética ou por si mesmo e com Cristo.
E, é claro, como eu digo, as consequências na durabilidade e na própria consciência não são, de modo algum, as mesmas.
Assim, portanto, a própria vida chama você, nessa confrontação entre o que faz apenas passar e o que está aí, de toda a Eternidade, justamente, para, efetivamente, mostrar-lhe, demonstrar-lhe e fazer a experiência, você mesmo, do que é um e do que é o outro.
A acentuação, eu diria, a ênfase, cada vez mais importante disso, durante este período, decorre, diretamente, de sua atribuição vibral.
Então, ao invés de procurar compreender, explicar e fazer desaparecer algo que é manifestado, mergulhe em sua Eternidade, mergulhe no Silêncio do Coração, mergulhe na Imobilidade, coloque-se sob o Caminho da Infância e você verá que nada pode resistir ao Amor e à Infância.
***
QUESTÃO 15: não há ninguém, o Silêncio é Contentamento e o corpo, em evolução vibratória. Em qual objetivo?
Bem, Bidi está de volta.
Quem coloca a questão em relação ao objetivo?
Quem imagina um objetivo?
Quem considera o tempo como algo que se escoa do passado ao futuro?
Quem é concernido por isso?
Viver a Morada de Paz Suprema, ser Liberado, não se importa com qualquer objetivo, com qualquer evolução e qualquer predisposição a outra coisa que não o que é vivido.
O objetivo põe uma distância que não pode, jamais, ser preenchida.
Considerar um objetivo é, já, deixar exprimir-se a personalidade.
Viver o Fogo do coração, viver a completude interior, viver o Samadhi são apenas experiências que os levam, por vezes, a colocar, efetivamente, a questão de um objetivo e de um sentido.
Isso significa, ainda, simplesmente, que há uma polaridade persistente, residual, que a Luz põe em evidência.
Vocês estão, assim, ainda, no linear, enquanto vocês não são, em nada, linear.
Não mais ter objetivo é ser Livre, não mais ter ideias é reencontrar a Liberdade, é estar disponível para a única realidade, a única verdade comum a todo ser humano que está Aqui e Agora.
Não pode ter objetivo no Aqui e Agora, só a pessoa considera um objetivo.
Então, é claro, há ciclos na vida, como na humanidade.
Há inícios de ciclo, fins de ciclo, e fins de ciclo muito curto, que não permitem a recriação de um ciclo.
Pôr um objetivo ou tentar encontrar um objetivo é um desvio da consciência que está congelada ao nível da admiração do Si, da admiração do Eu sou, que é, eu o lembro, uma armadilha espiritual.
O melhor modo de dar meia volta ou de reverter-se, novamente, ao inverso, é imaginar que há um objetivo, imaginar que há algo a fazer, enquanto tudo está perfeito no instante presente.
Colocar-se a questão de um objetivo é, já, sair do presente, sair da Eternidade.
O único ponto de passagem da Eternidade é Aqui e Agora, nesse saco e nessa ilusão.
Ver a ilusão necessita de não mais aderir a qualquer ilusão.
Ora, se há objetivo, é que há projeção da consciência, que há, talvez, o Si, que há, talvez, o êxtase, que há, talvez, as vibrações, que há, talvez, Liberação, mas que há, ainda, algo de não concluído ou de não reconhecido, ou seja, que você permanece na cena de teatro, no teatro, e você ainda não viu que não há teatro.
Não há nem «ninguém» nem «alguém», há apenas a Vida.
Assim, portanto, há, aí também, a colocar-se a questão do objetivo, não para procurar um objetivo, mas para refutar o objetivo.
Enquanto você imagina ou pensa que há um objetivo, você se coloca, a si mesmo, na distância em relação ao instante presente e ao que você é.
Como você quer resolver a equação?
Que não existe, mesmo, além disso.
Bidi falou.
***
QUESTÃO 16: eu vivi belas experiências vibratórias, Amor indizível, Onda de Vida, contatos com meu duplo... e, mesmo, ser um ponto de Consciência. Como estabelecer-me, definitivamente, em minha Última Reversão?
Bem, caros amigos, estou de volta, eu havia pego meu bilhete.
Então, a questão que se coloca, você exprimiu o fato de viver, desde muito tempo, experiências, manifestações, desde a Onda de Vida que cria a Liberação e que o libera, efetivamente.
Agora, quando você fala de desenvolvimento, atenção para não acreditar ou adotar um ponto de vista que o faria acreditar que, porque você viveu a Onda de Vida, você deve ter, necessariamente, desenvolvido exteriormente nesse mundo.
O único desenvolvimento duradouro é aquele do coração, é aquele da Liberação, que não se coloca qualquer questão sobre o desenvolvimento nesse mundo, uma vez que a Liberação é a mesma para uma criança e para um velho.
O velho tem mais razão de ter sofrimentos, traumatismos, feridas; a criança é virgem, uma vez que o carma não está ativo na pequena criança e ela está na espontaneidade.
Ou seja, você gostaria que a Onda de Vida que o libertou levasse-o, além disso, ao que ela não é suposta levar.
O desenvolvimento nada tem a ver com a Alegria, porque na palavra desenvolvimento coloca, eu diria, certo número de circunstâncias, como você diz, preliminares.
Ora, a Alegria não tem qualquer circunstância e condição preliminares.
A Alegria é ou não é, simplesmente.
Não é questão de desenvolvimento, porque o desenvolvimento define-se em relação a critérios de bem estar, de critérios de felicidade, de critérios de ausência de sofrimento, de critérios nos quais você tem a impressão de que tudo vai tornar-se fácil.
E, para alguns irmãos e irmãs, é assim, para alguns amigos também, para outros não.
O que é que isso quer dizer?
Isso quer dizer, simplesmente, que quando há as experiências, essas experiências, por exemplo, se se toma a Onda de Vida, criou a Liberação.
Mas eu o lembro de que a Onda de Vida liberou o obstáculo desse mundo, a alma pôde reverter-se e, por vezes, a alma, também, desviou-se, ou seja, ela procurou, ainda, prosseguir, o que é liberdade dela, o caminho na matéria.
O desenvolvimento concerne à matéria, porque nas outras dimensões não é um desenvolvimento, é algo que está aí e que se desenvolve sozinho.
Assim que a consciência movimenta, eu diria, um Triângulo elementar, a viagem faz-se instantaneamente, para além do tempo e do espaço e para além do que se poderia chamar o cosmos, tal como aparece aos seus olhos.
Portanto, a noção de desenvolvimento nada tem a ver em relação à noção de Alegria.
A Alegria não é um desenvolvimento.
O que é que acontece e qual é a diferença?
Ao nível da vivência, a Onda de Vida, você se lembra, há, e sempre houve, há, ainda, sempre, três constituintes, se se pode dizer, da Onda de Vida.
O primeiro constituinte, que nasceu em fevereiro/março de 2012, liberou as forças de predação que estavam presentes nos dois primeiros chacras.
A Onda de Vida subiu ao coração, ela aportou uma especificidade; paralelamente a isso, o Canal Mariano e o Canal do Éter eram ativados.
O desenvolvimento está aí, mas não é um desenvolvimento no qual você vai dizer todo mundo é belo, todo mundo é gentil, porque a energia, quando passa, como você sabe, a vibração pode reativar a eliminação de memórias e de circunstâncias que nem sempre são agradáveis.
Mas agradáveis para quem, para a personalidade, não é?
E olhe, por exemplo, a maior parte dos seres que tocaram esse estado de mestria, como se chamava à época, não foram afetados pelo que quer que fosse.
Há nosso amigo comum, Bidi, que continuou a transmitir o que ele tinha a transmitir, apesar de um câncer.
Há, por exemplo, Sri Aurobindo que, quando partiu, pôde voltar a exprimir-se em seu corpo de Luz.
Portanto, o desenvolvimento é um termo que concerne, unicamente, ao sentimento de bem estar no sentido o mais trivial, no sentido o mais comum, ou seja, o momento em que não há sofrimento, o momento em que o mental não está demasiado perturbado, o momento em que as emoções não vêm submergi-lo (ou quase não há nenhuma), em que, globalmente, a personalidade, ou o próprio ser, aparece como em certo equilíbrio e em certo regozijo.
Mas, aí, como eu disse, esse desenvolvimento necessita de certo número de circunstâncias.
A Alegria decorre do coração, ela não depende, jamais, de circunstâncias, ela não depende, jamais do tempo.
Portanto, passar da experiência da Onda de Vida, da experiência, mesmo, das comunhões entre vocês, entre nós, foram marcadores.
Essas experiências foram pontos de referência para vocês, que davam o sentimento, efetivamente, de que isso ia de um ponto a outro.
Mas, se você aceita o último ponto, ou seja, se você vive que nós estamos em você, assim como você está, cada um de vocês, em cada um de nós, naquele momento, a Alegria é dita sem objeto.
O desenvolvimento é espiritual, qualquer que seja o estado do corpo, qualquer que seja o estado de suas finanças e qualquer que seja o estado de sua psique, de seus pensamentos.
Você vê que são suas noções e dois mundos que não estão separados, é claro, que podem ser sobrepostos, mas que não recorrem à mesma vivência, mesmo se o resultado possa parecer, nos primeiros tempos, idêntico.
O desenvolvimento, o fato de ter um belo marido, uma bela mulher, muito dinheiro, que tudo aconteça bem ao nível espiritual, que tudo esteja equilibrado é algo que pode existir nesse mundo, e você conhece todas as pessoas ao seu redor que vivem isso, enquanto outros não vivem isso, enquanto eles parecem, como dizer..., ter preocupações.
Mas aquele que está na Alegria sem objeto não se importa com qualquer desenvolvimento,
O que eu quero dizer com isso é que, quando você evoca esse ponto, isso quer dizer o quê?
Isso quer dizer, simplesmente, que a personalidade, mesmo dominada pelo Si, é, ainda, suscetível de desviar a consciência do Si para a materialidade.
E, portanto, é ligada ao que foi nomeada a polaridade da alma, se quiser, alma atraída para a matéria ou alma atraída para o Espírito, quando, aí, pode haver, ainda, o que é nomeada uma busca de objetivo ou uma busca de desenvolvimento ou uma busca de sentido.
Mas, a partir do instante em que a alma está em vias de dissolução total, você pode permanecer, um exemplo, como Ma Ananda Moyi, em êxtase, durante vinte anos, quando ela estava viva.
Bom, o objetivo não é esse hoje, não é fugir ou instalar-se aí dentro.
É acompanhar a Ascensão coletiva.
A Ascensão individual, você a vive, mais ou menos corretamente, mais ou menos profundamente.
Mas tudo isso, eu o lembro, é destinado apenas a facilitar a passagem final da Reversão, desta vez, não mais, unicamente, do ego ao coração, porque, bem, há os que vão do ego ao coração, mas, depois, eles vão do coração ao ego, apesar da Onda de Vida.
Tudo depende da balança, eu diria, e essa balança tem dois lados: de um lado, o Espírito, do outro lado, a personalidade.
Por enquanto você vê que existe, ainda, os dois, mas, depois, se os dois fundem-se, não há mais necessidade de balança, não há mais necessidade de oscilações, não há mais necessidade de angústia e não há mais, tampouco, necessidade de estar em Samadhi o dia todo.
Aí, nesse instante, você entra, inteiramente, no instante.
O instante é o quê?
É o momento no qual você está aí, você não decidiu meditar, você não tem programa definido, você não tem objetivo, você não tem ambição X ou Y, você está, simplesmente, aí, presente, aqui, agora, integral e totalmente.
O que é que acontece naquele momento?
Não há mais Presença, não há mais Onda de Vida, não há mais Coroas radiantes, não há mais Vibral, há a Consciência Pura, essa Consciência Pura sem objeto e sem sujeito, o Jnani, como dizia Bidi.
Ele não se coloca a questão de tudo isso, ele tenta estar no instante, o que quer que Vida proponha.
Isso quer dizer, como dizia Bidi e como nós o dissemos, enquanto existe uma busca espiritual, uma busca de melhoria, uma busca de gratificação ou de recompensa, isso quer dizer que é a personalidade que fala, é isso que é preciso ver.
Então, é claro, pedimos questões a vocês, mas, justamente, para mostrar-lhes essas engrenagens, eu diria, as mais finas e, por vezes, as mais maquiavélicas, que se escondem na estrutura do efêmero.
A predação, você conhece, falou-se delas, longamente, os hábitos, os desgastes do corpo, os desgastes, também, da vida, mas tudo isso não tem mais importância alguma, quando você está Liberado, você não é mais afetado por isso, ou seja, isso se manifesta, mas a afetação, eu falo da consciência pura, não pode mais ter lugar.
Isso lhe dá o direito de estar na raiva, isso lhe dá o direito de gritar, mas é apenas temporário, isso não dura e, como você, talvez, tenha constatado, inúmeros de vocês, essa espécie de versatilidade, cada vez mais rápida.
Durante anos, vocês conseguiam instalar-se, cada vez mais tempo, ou no Si ou nesse Absoluto, no na vibração da Onda de Vida ou do Canal Mariano ou, mesmo, nas Comunhões, e, depois, o que é que acontece?
Vocês descobrem, alguns de vocês, em grande número, de qualquer forma, que há flutuações.
Isso quer dizer o quê?
Que quaisquer que sejam as experiências de Graça que vocês tenham vivido, quaisquer que sejam os reencontros, o que quer que vocês tenham seguido, há um determinado momento no qual tudo isso não existe.
E eu poderia, mesmo, dizer-lhe, que, aí, nós não existimos, todos, eu não existo como pessoa ou entidade que fala, aquele no qual eu estou não existe, mas você, tampouco, você não existe.
Isso não quer dizer que seja preciso negá-lo, isso quer dizer, simplesmente, que é preciso estar, inteiramente, disponível, e cada vez mais no Instante Presente porque, quando o Apelo de Maria chegar, da facilidade com a qual você se colocou nesse estado, antes que o reset ou a estase lhe caia por cima, você tem três dias para decidir.
Portanto, aí, o que acontece a partir da Atribuição Vibral e, já, antes, está, simplesmente, aí, para mostrar-lhes, não para julgá-los, mas para estar em seu lugar, muito exatamente, e não alhures.
O que quer dizer que e preciso, se você o deseja, é claro, ver tudo isso cada vez mais precisamente, não para ali aderir ou para refutá-lo, como à época, mas para deixá-lo passar.
Só deve existir a Luz e você.
Quando você dorme, o mundo não existe mais, exceto que, aí, você vai dormir de um modo bizarro, durante três dias e três noites, quando vão acontecer muitas coisas.
Portanto, o que quer que se desenrole, quer você ganhe milhões na loto, quer você tenha mulher que parta ou uma nova namorada, isso não tem qualquer espécie de importância porque, se você depende de recompensas ou de gratificações exteriores, ou de angústias, mesmo, se quiser, o que você sente, como você vai fazer quando tudo isso vai desaparecer?
Em que você vai apoiar-se?
No que você é, e o que você é nada tem a ver com o que foi elaborado e construído na cena de teatro.
E, ainda uma vez eu o repito, como a cada vez, isso não é uma negação ou uma recusa de ver, é, justamente, uma visão bem mais ampla, bem mais vasta, bem mais espalhada do que o que você pode, mesmo, imaginar ou supor.
E isso é muito simples, isso nada tem a ver com o que quer que seja, está aí exatamente no instante em que está a totalidade, porque a Passagem, a Última Passagem faz-se no Instante Presente.
Ele não se faz no Sol, porque o corpo de Existência está lá, ele não se faz em outra dimensão.
Isso quer dizer que, qualquer que seja sua Atribuição Vibral, qualquer que seja seu destino, é melhor estar aqui para vivê-lo, é o que isso quer dizer.
Portanto, quaisquer que sejam os elementos que você tenha revelado por si mesmo, as experiências que você tenha vivido, as mais fantásticas como as mais aterrorizantes, aliás, tudo isso deve dissolver-se, e isso se dissolve a partir do instante em que você fica tranquilo, nós o repetimos isso há dois anos.
Ficar tranquilo não quer dizer ficar em casa e nada fazer.
Ao contrário, nós os temos encorajado a partilhar entre vocês, como vocês o fazem aqui, não para viver outras experiências, não para reforçar uma conexão à Eternidade ou conosco, ou entre vocês, mas para encontrar-se nessa Simplicidade, nessa espécie de nudez do coração, para serem, realmente, livres, no momento vindo.
Ou seja, eu falo, mesmo, de Liberdade em relação a esse plano, em relação à sua vida, em relação aos seus apegos.
Portanto, ainda uma vez, e como foi dito antes de mim, pelo Mestre Philippe, é de sua qualidade de desaparecimento que se encontra a solução.
Se você desaparece para esse mundo, no sono, ou no Êxtase, e não na fuga, isso se faz em plena lucidez, em plena consciência, se preferem.
Vocês são ajudados, para isso, pelos quatro Pilares, pelo Canal Mariano, pela Onda de Vida.
Mas imaginem que, tendo vivido o Si, como havia sido precisado há anos por Anael, quando da instalação do Si, sempre foi dito que o Si é maravilhoso, mas que, mesmo ao nível do Si pode-se, não regredir, isso não existe, mas dar meia volta, porque a alma continua presente e há necessidade de manter certa estrutura rígida, que se chama a 3D unificada, ou porque há uma missão, entre aspas, a cumprir e você sabe muito bem que, quando se é Liberado, não há missão.
Para aquele que está no Si, ele mesmo pode encarregar-se de uma missão, mas é por sua conta e risco.
Entretanto, há impulsos da alma, há impulsos da personalidade e há, também, impulsos do Espírito.
O que os levam para a complexidade não vem do Espírito, aqueles que os levam para as experiências e para as vibrações, aqueles que os levam a reuniões, como nós fazemos há alguns anos, estão aí apenas para recriar egrégoras, poder, e não para ser livre.
Portanto, cabe a você saber onde você dá sua consciência.
É muito simples: quer você viva os chacras, quer viva as Coroas ou, absolutamente, nada viva, você tem, de qualquer forma, um ponto de apoio lógico, concreto e real, é seu estado do instante, aí, imediatamente, que não é condicionado por suas experiências, por suas vibrações.
A Morada de Paz Suprema é esse lugar no qual as experiências têm sido vividas ou não, energéticas, Vibrais, Comunhões, Fusões, Dissoluções, eu não vou recitá-las a cada vez.
Se você é, e se você observa que, nos momentos em que você é claro, ou seja, eu não chamo a isso meditação, mas um momento no qual você está consigo mesmo, você sente muito bem o que se desenrola, não ao nível das energias, não ao nível das vibrações, mas, diretamente, na consciência.
É isso que você vê, nesse momento: você vê, cada vez mais, sua própria consciência.
Então, com mais ou menos angústia, como foi colocado há pouco como questão, com mais ou menos dores, com mais ou menos a noção de um objetivo a procurar ou de algo a encontrar, mas isso você o vê, claramente.
Olhe, as questões que são emitidas agora, aqui e alhures, não são mais questões do mental que pedala (você vê bem que não isso não pedala mais), são interrogações e questionamentos existenciais, posicionamentos entre a Eternidade e o efêmero, entre o que é importante e o que não o é, e os resultados, é claro, são profundamente diferentes.
Porque, em um caso, se você tenta responder à questão de um objetivo, por exemplo, achando que é louvável, o que é que vai acontecer?
Isso pode ser o objetivo ou não importa o quê, mas algo que o interroga sobre o efêmero.
Você vai constatar, muito simplesmente, esse pensamento, essa interrogação vai girar cada vez mais, quer seja a angústia, isso será similar, ela vai voltar, subir.
Enquanto, se você mantém o Instante Presente no Aqui e Agora, tudo isso não existe.
Então, é claro, a personalidade pode ter tendência a apropriar-se disso para dizer,por exemplo: «Bem, eu nada mais faço nesse mundo, eu me retiro em um canto e medito», ou «Eu estou com pressa de partir».
Mas, se você estivesse, constantemente, na Eternidade, apesar do corpo e apesar da consciência desse mundo, não haveria mais qualquer preocupação.
Isso foi demonstrado, amplamente, pelas Estrelas, pelos Anciões e pelos Seres que menos deixaram vestígios, é o que você vive, você também.
Então, isso pode ser, efetivamente, cansativo, as necessidades fisiológicas modificam-se, os mecanismos de funcionamento do mental não são mais os mesmos e, portanto, isso pode parecer-lhe cansativo ou enfadonho, ou, ao contrário, excitante, mas nem um nem o outro.
O que é preciso não perder de vista é a finalidade, como se dizia, não um objetivo, mas uma finalidade.
Isso quer dizer o momento da transição de um estado a outro, em toda consciência.
E, o mais importante, obviamente, é estar presente na vida, presente a si mesmo, presente a nós, presente à imensidade das dimensões, mas, antes de tudo isso, você deve ver isso claramente, de maneira cada vez mais fina e precisa.
É exatamente o que se observa, através de tudo o que vocês dizem, tudo o que vocês perguntam e tudo o que nós respondemos.
Isso lhes aparecerá claramente.
Aí vocês estão, como eu disse há alguns dias, nessa escala de música que se toca.
Então, vocês podem sentir o Triângulo do Ar, por exemplo, nesse momento, depois, outro interveniente virá, aí será o Triângulo da Terra: toca-se a música.
Mas não é uma música que tem um objetivo, de criar uma sinfonia, de criar uma história, é uma música que os remete ao Silêncio musical, ou seja, à Eternidade.
Porque a nota de música é cada vez mais precisa e, quando há a perfeição do que é visto na consciência, o que é musical torna-se perfeito e faz-se sem esforço.
Aí também é a Graça.
É claro que há o aprendizado, e vocês têm feito o aprendizado da Luz, agora, vocês podem, entre aspas: tocar com a Luz.
Isso quer dizer manifestar os plenos potenciais de seus Elementos que constituem o Eterno através dos Triângulos, através das diferentes manifestações, mas vocês sabem bem que essas manifestações são apenas muletas para reencontrar, ainda mais facilmente, o instante presente.
Como você sabe que está no Instante Presente?
Você não sabe mais, absolutamente, você não está mais lá.
Você adormece.
E, se você não adormece, você mantém a Morada de Paz Suprema.
O que é que acontece na Morada de Paz Suprema nesse momento, não para aqueles que dela vivem a experiência, mas aqueles que ali se instalam, duradouramente?
A vida continua.
A Clareza é cada vez maior, não nesse mundo que é perturbado e que será cada vez mais perturbado, progressivamente e à medida que a Luz mexer tudo isso, mas, simplesmente, ao nível interior, ou seja, que você está lúcido, mesmo se não saiba porquê, mesmo se você se coloca, ainda, a questão de porque tal problema, tal dor ou tal emergência de um fenômeno, você além disso.
E é isso que é preciso levar a efeito, eu diria.
É demonstrar-se a si mesmo que, o que quer que aconteça ao seu corpo, à sua carteira, às suas relações, quaisquer que sejam, você mantém essa conexão e esse estado.
Então, é claro, no início, isso pode desencadear uma dificuldade, mas, se você consegue desaparecer, como você diz, dormir, pelo sim ou pelo não e, por vezes, mesmo, a ter uma dificuldade para lembrar-se do que você estava fazendo antes, ou, mesmo, quem você é (isso vai acontecer-lhe cada vez mais frequentemente): você dorme, você me escuta falar ou você escuta uma canalização ou você lê um texto e, de repente, vem a interrogação a mais terrível e a mais surpreendente que pode chegar: você se pergunta quem você é.
Isso é muito bom sinal, porque, quando esse sinal está aí, quando isso acontece, você sabe, conhecemos todos isso pela manhã, quando se acorda, há um momento em que se diz: «Mas quem eu sou, onde eu estou?», e você observa que, agora, para muitos de vocês, esses momentos existem, mas não há necessidade de dormir.
Isso o toma dirigindo, isso o toma fazendo a limpeza, de repente, você se coloca a questão: «Mas quem sou eu?».
Isso não é uma busca de objetivo, não é uma necessidade de responder à questão, é que você não sabe mais quem você é dentro de uma pessoa.
Esse é um sinal importante, como o adormecimento, como a capacidade para viver uma emoção, por exemplo, uma angústia, mesmo, vê-la, experimentá-la, mas não sofrê-la.
Tudo isso é o que vocês vivem, são mecanismos de ajuste extremamente finos.
É para isso que nós decidimos, durante este mês, dar-lhes essas Notas, eu diria, de estrada, mas esses relatórios de estrada são as Notas da Ascensão, porque é o que se desenrola entre a passagem da primeira Estrela e o Apelo de Maria.
Até uma próxima vez, certamente.
***
Meu nome é IRMÃO K.
Irmãos e irmãs nessa assembleia e em toda pessoa que se dignar a ler, recebam amizade e Amor, no coração.
Estabeleçamos, se quiserem, um instante de Silêncio, um instante de Eternidade...
… Silêncio…
Eu escuto, então, com atenção, sua primeira questão...
Tão longo tempo que nenhuma questão emerge.
Permaneçamos nesse estado.
QUESTÃO 17: como se pode estabilizar o Instante Presente?
Bem amada, o Instante Presente pode representar, eu diria, um desafio, nos primeiros tempos.
Vocês têm observado, uns e outros, que havia momentos nos quais esse instante presente estava aí, e momentos nos quais ele não estava mais.
A característica do Instante Presente é de ser liberado dos pensamentos, liberado de tudo o que vem do passado, como tudo o que pode projetar-se em um futuro.
O Instante Presente engloba, ao mesmo tempo, o passado, o presente e o futuro, não em uma perspectiva linear, mas, bem mais, transcendental.
De fato, apenas quando você não é mais afetado, de maneira alguma, por seu passado, e quando você está desembaraçada de toda projeção no instante seguinte, ou em um instante futuro, que o presente pode desenvolver sua majestade e conduz você a manifestar o Amor o mais puro, o mais incondicionado e o mais transparente possível.
Essa presença no Instante Presente é, de algum modo, um desaparecimento total do que condiciona e orienta o que você nomeia a vida e o que nós nomeamos a vida na encarnação.
O Instante Presente é, portanto, virgem de qualquer marca, de qualquer passado como de qualquer projeção do futuro.
O Instante Presente foi abordado de diferentes modos, durante esses anos, quer seja através de processos nomeados de subidas vibratórias, através de processos cristalinos, através de reuniões, de Comunhões.
O Instante presente faz irrupção, para cada um de vocês, no desenrolar comum de suas vidas, quer vocês a isso estejam preparados, quer vocês o tenham desejado ou não.
Quais são as premissas que são, então, não a procurar, mas, sim, a observar no desenrolar de sua vida e de seus dias?
Há, primeiramente, um momento que eu qualificaria de desengate ou desligamento, no qual há como uma espécie de ruptura da linearidade da consciência habitual e comum.
Cada instante é condicionado, é claro, no ser humano, pelos condicionamentos, pelas experiências do passado, tanto as feridas como as alegrias desse passado, mas, também, de uma necessidade de proteger-se, pela projeção, na antecipação dos instantes seguintes.
Nesse desenrolar lógico e habitual da consciência egóica de base manifestam-se momentos de ruptura.
Esses momentos de ruptura fazem desaparecer o fluxo dos pensamentos e o fluxo de informações energéticas e vibrais que os atingem.
É o momento em que você consegue, de algum modo, tomar consciência e distanciar-se de seus próprios pensamentos, porque você os concebe como algo que passa, e que não nasceu em você, mas, unicamente, em sua reflexão.
A reflexão faz apenas remeter a imagem no espelho, comparando a situação atual a uma situação passada, quer seja uma ferida, quer seja um aprendizado ou, simplesmente, os mecanismos rotineiros da vida.
Na vivência do Instante Presente, por experiência, primeiramente, quer seja desencadeada por subidas vibratórias ou pela ignição de uma das Coroas radiantes ou, ainda, da Onda de vida ou da Comunhão por intermédio do Canal Mariano, o Instante Presente é, portanto, um instante que eu qualificaria de não linear e de instante sem tempo.
O instante sem tempo é o instante no qual o tempo não se desconta mais, que dá um sentimento e uma vivência de imobilidade, de irrealidade, ao mesmo tempo estando densificado no peso de sua presença de Espírito na matéria.
O que há a observar é, exatamente, isso.
Nos instantes em que isso se produz, os casos os mais importantes traduzem-se por um adormecimento espontâneo ou uma ruptura da consciência, que corresponde ao que foi dito anteriormente, o que pode ser chamado o sentido de não mais ser uma pessoa, que chama a consciência a perguntar-se quem é ela, onde ela está, ou, eventualmente, em qual vida ou trama de vida ela se inscreve.
O Instante Presente é, portanto, um momento de ruptura.
Como tal é, portanto, observável, com extrema facilidade, na organização de seus dias e independentemente de qualquer alinhamento, de qualquer meditação ou de qualquer interioridade.
O Instante Presente chama-o, nessa linearidade, a colocar-se, em consciência, no que não tem origem nem fim, nem causa nem consequência, nem efeito nem reação.
Nesse estado de Presença e de instante presente, há um sentimento a nenhum outro similar, qualquer que seja a intensidade da confusão possível da consciência comum, da percepção clara de outro estado, se posso dizer, da consciência.
É esse outro estado que vem aniquilar, de algum modo, a linearidade da consciência comum.
É o instante em que você não está mais condicionado por um pensamento, por uma emoção, por uma lembrança ou por um elemento que não pertence ao instante presente, mas ao instante seguinte.
Isso pode durar um tempo infinito, mas que, na realidade, dura apenas alguns segundos ou, mesmo, alguns minutos, mas, se você ali é capaz de chegar pela meditação, pela vibração, pelo alinhamento, isso pode durar o tempo que você desejar.
O importante é identificar esse instante presente, não nos momentos nos quais você está na ação para vivê-lo, mas, sim, no desenrolar da linearidade da consciência, o que quer que você tenha a conduzir e a fazer em um dia.
É o instante no qual, sem refletir ou sem colocar-se a questão, manifesta-se um sentimento de Evidência, um sentimento de densidade, de plenitude e de leveza ao mesmo tempo, que não é oriundo de uma causa e que é, ainda menos, a consequência.
Essa ruptura de linearidade que corresponde ao Instante Presente tem sido desenvolvida, durante esses anos, através da prática do que é nomeado, o que foi nomeado e é, ainda, nomeado Hic e Nunc ou, se prefere, Aqui e Agora ou, se prefere, IM e IS, um dos segmentos da Cruz cardinal de sua cabeça.
O Instante Presente é identificável entre todos, porque é um instante que pode aparecer como suspenso ou um instante que não pertence à linearidade vivida ainda que apenas alguns segundos antes.
Aí também existem, portanto, nessa vida comum, elementos que se sobrepõem e que se acrescentam à consciência comum que fazem você tocar, de algum modo, nesses momentos comuns, a Verdade.
Você o sentirá, se já não aconteceu, fácil e simplesmente, a partir do instante em que você se surpreende, a si mesmo, por não seguir um fio lógico em seus pensamentos, em suas emoções, em suas projeções ou em suas reminiscências.
Nesses instantes há, realmente, uma saturação da Alegria, mas não uma saturação da Alegria que consista em extrair-se desse mundo ou a viver a extração desse mundo, o que se poderia nomear de sequestro, mas, bem mais, no curso ou decurso da vida a mais comum que seja, nas tarefas as mais repetitivas ou as mais insignificantes que você tenha a fazer.
Esses instantes, de momento, bastante efêmeros, vão tomar cada vez mais importância.
Do mesmo modo, acontecem-lhe momentos, no curso de seus dias como de suas noites, nos quais lhe parece viver algo de irreal, não em seu aspecto desconhecido, mas em seu aspecto, simplesmente, não comum e, no entanto, já conhecido.
O Instante Presente é rico dele mesmo.
Não há necessidade de qualquer apoio, simplesmente, que você esteja, você mesmo, no Abandono, na Humildade e na Simplicidade, o que pode obter-se sem qualquer dificuldade, quando de um ato quotidiano repetitivo de sua vida, quer ele seja, eu repito, o mais detestável.
Esse evento e essa sucessão de eventos comuns e habituais que você realiza a cada dia oferecem-lhe a oportunidade de surpreender a consciência em sua expansão e no englobamento da consciência efêmera que se apaga, então, diante da consciência da Eternidade.
Essa é uma abordagem e uma penetração, cada vez mais, no coração de seu coração, da importância da Eternidade, da importância que você coloca em suas atividades efêmeras ou em sua Consciência Eterna.
Assim, portanto, a cada sopro e a cada respiração, doravante, e independentemente de qualquer exercício, qualquer que seja, ou de qualquer técnica, qualquer que seja, e foram-lhe comunicados nesses últimos tempos, alguns movimentos pelo Mestre Li Shen, que eram capazes, pelo desenvolvimento do movimento, fazer o Silêncio do passado e do futuro e instalar-se, o tempo do exercício e nos tempos seguintes mais ou menos longos, na Verdade de sua Eternidade.
O Instante Presente é estar colocado ao centro da Cruz, no Coração do Coração.
É o equilíbrio total manifestado e alquimizado pela Onda de Vida, o Canal Mariano e a Coroa Radiante do Coração, no peito, entre os quatro pilares que são a Humildade, a Simplicidade, a Ética e a Integridade, que correspondem, aliás, ao que foi nomeada, em seu tempo, a Nova Eucaristia, mas, também, a Presença de Cristo ao nível da porta KI-RIS-TI, situada em suas costas.
Os processos situados ao nível do peito, respiração e circulação do coração, se você está atento nos momentos em que se vive o Instante Presente no comum da vida, você vai, talvez, observar o que eu nomearia não uma anomalia, mas um sobressalto cardíaco, o que quer dizer que você observará, se leva sua consciência nisso, no momento em que se produz, uma espécie de queda do ritmo cardíaco, mas, também, da respiração.
Esse sobressalto dura apenas alguns segundos, quando da instalação do Instante Presente.
Isso pode, também, manifestar-se por um bocejo ou uma necessidade de esticar-se, ou uma necessidade, ao contrário, de recolher o corpo.
Se você observa e nota esses momentos, viverá esse Instante Presente com uma maior facilidade, progressivamente e à medida da linearidade do tempo, obviamente, fora de qualquer contexto orientado, como uma subida vibratória ou como um alinhamento ou, ainda, uma meditação ou, ainda, uma oração.
O Instante Presente é, portanto, a irrupção do maravilhoso e do sagrado no que não o é, e que, no encanto, é encarregado de manifestar a mesma vida, quer seja na manutenção de um jardim como uma reunião importante ou uma simples conversa com um desconhecido.
Identificar isso pela atenção e vigilância permitirá a você, muito facilmente, e para além, eu o repito, de toda percepção vibratória de descida ou de subida de Luz, como isso se produz, regularmente, há tanto tempo, no fim de seus dias, como você tem observado quando de alinhamentos e, em especial, a partir das dezessete horas, em hora francesa, quando a intensidade da energia cresce, mais ou menos rapidamente, até o momento em que a noite, eu diria, está bem avançada.
Todas essas manifestações são manifestações do instante presente.
Cultivar o Instante Presente pode, também, ser o objeto de atenções e de cuidados especiais.
Eu o remeto, para isso, às inumeráveis técnicas respiratórias, em especial a técnica de Mestre Ram, em especial o yoga dado por Um Amigo, concernente ao yoga da Eternidade, o yoga da Verdade ou, ainda, o que foram nomeadas as Bênçãos Arcangélicas, ou, ainda, a ativação dos novos corpos.
Você constatará, também, que, no Instante Presente, na vida ativa, ou seja, no desenrolar comum, vai manifestar-se por uma conexão mais forte, ao nível dos pés com o solo.
A energia e a vibração, naquele momento, são semelhantes, mas não é a mesma que a Onda de Vida.
Ela corresponde a uma ativação que eu qualificaria de local, os chacras dos pés, situados sob a planta dos pés, e que dão um sentimento de contato, por vezes, mesmo, dolorosos com a terra.
Em outras circunstâncias, você constatará que são os Triângulos elementares da cabeça que se ativam, geralmente, dois a dois.
Tudo isso traduz os mecanismos que estão no trabalho para a instalação do Instante Presente, o Instante Presente final que é, simplesmente, a Passagem final orquestrada pelo Arcanjo Uriel e que sobrevém após o Anúncio de Maria.
O Instante Presente é o lugar no qual se situa a Eternidade e, portanto, a reconexão com a Fonte definitiva, que corresponde ao que foi chamado, pela própria Fonte: a Promessa e o Juramento, que a Fonte o lembrou há poucos meses.
Tudo isso se encarna, eu diria, nos mais profundos da Terra, até seu Núcleo cristalino, do mesmo modo, em vocês, até o mais profundo de seu coração e de suas profundezas.
Eu sou IRMÃO K, e eu escuto, para transmiti-la, sua próxima questão.
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