Borboleta

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quarta-feira, 29 de abril de 2015

ENSINAMENTOS ABRIL 2015 - Parte 2



QUESTÕES  /RESPOSTAS


1 – O. M AÏVANHOV  -  A Gazeta da Ascensão

2 – ANAËL  -  Questões e Respostas sobre os Mecanismos da Ascensão

3 - O. M AÏVANHOV  -  Questões e Respostas

4 - O. M AÏVANHOV E ESPÍRITO DO SOL  -  Questões e Respostas

5 - O. M AÏVANHOV 
E ESPÍRITO DO SOL   -  Questões e Respostas

6 - O. M AÏVANHOV   -  Questões e Respostas


***

O.M. AÏVANHOV  


Bem, caros amigos, estou extremamente contente por reencontrá-los.
Permitam-me, primeiramente, apresentar-lhes todas as minhas bênçãos e, sobretudo, instalar-nos, primeiramente, em um momento de comunhão com o Espírito do Sol, entre nós todos, aqui presentes, durante alguns instantes, se quiserem.


… Silêncio…


Bem, caros amigos, vamos, agora, poder começar a dialogar.
Vamos prosseguir certo número de coisas que dizemos, progressivamente e à medida das semanas, e que correspondem, eu diria, agora, não mais a Notas, mas, diretamente, como vocês dizem, à gazeta, se querem, da Ascensão.
Porque vamos tentar, progressivamente, uns e os outros, avançar um pouco mais – tanto nesse espaço como em todo espaço – nessa espécie de Luz Branca que os invade e que é vocês, e que nos faz, a todos, desaparecer nessa Felicidade e nesse êxtase total do desaparecimento.
Cada um, é claro, de vocês, com suas características, com suas resistências, com suas liberações em curso, com suas histórias a organizar nesse mundo.
Mas o que quer que vocês vivam (como vocês sabem), o que se apresenta a vocês, cada vez mais, é apenas a realização do que eu já havia enunciado, em grande parte, no mês anterior, não é?

Como vocês sabem, se, talvez, tenham acompanhado a gazeta cósmica, sabem que as irradiações sobre a Terra, que vêm do céu, aliás, e, também, da Terra, estão em muito profunda aceleração e, portanto, desvendam e revelação total de tudo o que deve ser, para fazer a paz consigo mesmo, como esse mundo, com suas oposições e suas alegrias, para não mais ser tentado, se tal é seu estado de espírito, não mais ser tentado por experiências, digamos, difíceis, não é?

Então, cada um em sua vez, vocês vivem coisas um pouco diferentes: alguns de vocês estão apanhando o que podiam perceber como um atraso, e há, também, outros irmãos e irmãs que brincam, ainda, de «tournicoti-tournicota», ou seja, dar meia volta, permanentemente, entre o Si, a dualidade e a Infinita Presença.
Mas tudo isso, como vocês sabem, são apenas ajustes, se posso dizer, que vão afinar-se, progressivamente, em função da densidade da Luz adamantina e da intensidade das irradiações que lhes chegam, doravante, por toda a parte, o que explica que muitos de vocês comecem a sentir uma espécie de globalização dos processos vibratórios, que se traduzem por uma anestesia do corpo, como se vocês tivessem um escafandro sobre si, que os faz desaparecer, também.

Tudo isso é normal.
Como nós temos dito, também, nós sabemos, pertinentemente, que nem sempre é fácil jogar com duas realidades que se sobrepõem no mesmo campo de consciência, o que é, exatamente, o caso da Terra, nesse momento.
Porque tudo o que era obsoleto convulsiona – porque não quer desaparecer – e tudo o que, ainda, não eclodiu, de maneira firme, tem medo dessa eclosão.
E há, também, vocês estão suficientemente a par de tudo o que se desenrola em vocês e ao seu redor para constatar que isso começa a esquentar, seriamente, não é?
E nós teremos, aliás, após a minha intervenção de hoje, a vinda de três Arcanjos, em um modo especial, com o Espírito do Sol.

Aliás, como vocês todos e como nós todos, assim que entramos na relação, no diálogo, na comunicação ou na fusão, nós passamos, todos, doravante, por esse Canal Mariano, que está ao mais próximo do eixo mediano e, para aqueles de vocês que são os mais aptos a acolher a totalidade da Luz por esse eixo que foi perfurado por Uriel, entre a parte de trás e da frente do corpo, que se coloca em seu peito e permite, de algum modo, despertar, de maneira sincrônica, desta vez, a partir do fim do mês de abril, o tétrakihexaèdre [http://fr.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9trakihexa%C3%A8dre] que é essa figura magnífica, geométrica, é claro, do Coração de Eternidade, do Coração de Diamante, ou vocês chamem-no como quiserem.
E tudo isso se revela não, unicamente, no Absoluto, ou seja, ao centro dessa estrutura, mas vai revelar-se, também, em seu mundo, ou seja, em seu corpo, primeiro, o que dá as percepções que nós já descrevemos, ao nível de dormências, de formigamentos e sensações diversas e variadas que podem percorrê-los assim, de repente, mesmo se você não está, precisamente, nas melhores disposições para acolher o que se apresenta.

Tudo o que se traduz em suas manifestações, em suas vidas é, diretamente, ligado a essa penetração e ao que eu nomeei, agora, essa densificação da Luz adamantina, não mais, unicamente, nos vórtices de que eu havia falado, mas, também, não, unicamente ao seu redor, mas, mesmo, ao redor, eu diria, dos mais incrédulos.
Então, é claro, isso passa, às vezes, por processos um pouco virulentos, não é?
Vocês o constatam, certamente, ao seu redor, em especial para irmãos e irmãs humanos que, ainda, não demonstraram interesse pelo que se desenrola no interior ou no exterior deles, porque, talvez, eles têm medo ou estão, mesmo, fossilizados eu diria, em comportamentos que não têm mais curso, em qualquer que seja.

Então, é claro, os reajustes, de uma pessoa a outra, de uma situação a outra, como de um país a outro, tomarão proporções cada vez mais exageradas, eu diria, e cada vez mais visíveis.

O âmbito de minha intervenção, nesse primeiro dia, é, sobretudo, em relação a isso.
Vocês terão inúmeros Anciões, Estrelas e Arcanjos que vão vibrar com vocês, no sentido dessa Ascensão, no sentido dessa Liberação que está em curso, para permitir-lhes ajustar-se, de algum modo, bem além de simples palavras ou de simples jogos de questões-respostas, para afiná-los, vocês mesmos, no estado o mais claro possível, na compreensão direta do que vocês vivem e no significado real, e não suposto mentalmente, de tudo o que acontece, tanto nessa Terra como em seus corpos.

Aí está, um pouco, o quadro geral.
Se vocês têm questões gerais, justamente, em relação a isso, estou pronto a responder a essas questões gerais, mesmo sabendo que eu virei, em outras circunstâncias, em relação a questões escritas, sobretudo, com o Espírito do Sol, mas eu terei, também, a oportunidade de voltar uma ou duas vezes, independentemente dessas duas, para exprimir-me após os Arcanjos ou algumas Estrelas.

Aí está o que eu tinha a dizer.
Eu lhes deixo, agora, a palavra, para trocar entre nós, como de hábito.


Questão: como você sabe que os três dias virão em menos de um ano?

Oh, isso faz parte de tudo o que está escrito em todas as profecias.
A única referência, já que ninguém conhece nem a hora nem o dia e, como eu evoquei, eu diria, no mês passado, há um ajuste que se situa não, unicamente, em sua vida ou de país a país, como eu disse, mas, também, de sistema solar a sistema solar.
Há irradiações que são emitidas, irradiações de algumas estrelas no céu que, elas também, encontram, nessa emissão de irradiações, zonas de maior facilidade ou de resistência, em função, não mais do que eu chamaria o astral coletivo, mas, mais, da noosfera, ou seja, o último envelope no qual banha-se esse Sistema Solar, que está em curso, se quer, de dissolução ou desagregação.

Portanto, é exatamente a mesma coisa, há sinais cósmicos que anunciam que outro evento chega em um prazo, como eu disse, de um ano.
Agora, eu repito, o segundo evento assinala, verdadeiramente,......., e como nós dissemos, o choque; vocês o vivem, nesse momento, em sua vida, mas, também, ao nível do planeta, que começa por toda a parte, já, há três semanas, mas, de momento, vocês não podem dizer que o conjunto do planeta, ao nível dos humanos, está a par do que se desenrola.
Bem ao contrário, há seres que estão, mais do que nunca, submetidos à própria rotina, aos próprios hábitos e o próprio modo de “carneirinho”, como vocês dizem, eu creio, que não levantaram, ainda, a mínima sobrancelha ou o mínimo olhar ao que se desenrola e fora de seu pequeno umbigo.

O segundo evento corresponde a um momento no qual ninguém poderá ignorar, mesmo sob a terra, mesmo enterrando-se, o que está acontecendo.
Então, vocês estão nessa fase, a cavalo, entre essas duas realidades, com alguns irmãos e irmãs que estão enquistados, cada vez mais, em certa forma de fossilização, como eu disse, ou de densificação, e, outros, que estão, ainda, fazendo «tournicoti-tournicota», e, outros, que se estabelecem e que se afirmam, cada vez mais.

O que acontece para você acontece, também, no Sistema Solar e nos outros sistemas, nos outros universos e multiversos.
O que quer dizer que há um evento inicial e um evento final.
Esse evento final deve sobrevir de maneira mecânica, eu diria, entre o evento de que havíamos falado no início deste ano e a chegada da segunda Kachina, se preferem.

Então, esse intervalo de tempo é o que é nomeado de Tempos reduzidos.
Se querem, em referências na Bíblia, era dito: dois tempos – um tempo – a metade de um tempo; vocês estão na metade de um tempo.
Um tempo – dois tempos – a metade de um tempo: calculem, e isso dá entre um dia e um ano, conforme os diferentes modos de calcular.
Mas, o que quer que seja, o tempo do segundo evento, que é o mais importante, é claro, e tudo isso corresponderá, no mesmo tempo, com uma sincronia mais ou menos perfeita, mas que será, de qualquer modo, perfeita, entre o evento cósmico, o Apelo de Maria e o que você nomeia os três dias e, depois, como eu disse, restarão cento e trinta e dois dias.

Agora, vocês podem especular, tanto quanto quiserem.
Simplesmente, todas as etapas de constituição do corpo de Luz estão concluídas, isso quer dizer que a matriz Crística de Liberação está presente para quem o quer nesta Terra, qualquer que tenha sido seu avanço – se você quer falar de avanço – ou qualquer que tenha sido seu interesse para a Luz, até agora.
Os últimos serão os primeiros, e esses últimos serão esperados até o último momento, e não são vocês que decidem, nós dissemos, nem nós, nem a Terra, nem o Sol, isso é ligado a esse Reencontro entre a Eternidade e o efêmero.

Houve um primeiro Face a Face, que se revelou, conforme seu tempo linear, durante certo lapso de tempo a partir da atribuição vibral, e houve o evento, imediatamente após a atribuição vibral e o período de chamado que você mesmo vive, na confrontação consigo mesmo, com as situações, conosco mesmo, talvez.
Tudo isso, se querem, desenrola-se agora, e tudo isso corresponde a esse período do último tempo, que corresponde ao Apelo de Maria.
Aí está onde vocês estão nisso.
E esse tempo está gravado no mármore, mas ninguém pode dizer quando ele se situa, nesse intervalo de tempo.

Agora, eu repito, atenção, eu não disse que vocês tenham desaparecido 100%, durante esse período, porque vocês estão aí, ainda, até o final deste período.
Então, alguns de vocês desaparecem 99%, outros, 50%, mas, outros, não têm, absolutamente, vontade de ser liberado, e é a liberdade deles.
Mas, até esse último evento, a Graça está ativa e eficiente, ela está ao alcance de todo ser humano, de toda consciência presente, hoje, nessa Terra ou nesse Sistema Solar.
E não há apenas os seres humanos, é claro, há os arcontes residuais de dimensões intermediárias etc., há hierarquias das quais eu jamais falei que se chama de «rebeldes», mas para as quais para nada serve falar disso.
E tudo isso faz com que você esteja na última batalha, mas no plano simbólico, porque essa batalha está em você, entre as duas partes de si mesmo, antes de qualquer coisa.
É claro, ela se ilustra, à sua visão, através dos Elementos, através da economia, através da sociedade e através de todas essas coisas.
Tudo isso, vocês veem todos os dias.

Mas não coloque na cabeça que em três meses e três dias está terminado, então, você pode fazer não importa o quê, porque, se você reage assim, é que, verdadeiramente, você não está pronto.

Eu esclareço, aliás, que em ciclos que existiram há mais de trinta anos, isso começou, eu o lembro – faz, muito exatamente, trinta e quatro anos, em 1984 – e nós estamos aqui, sobre a Terra, vocês estão em 2015, não é?
Portanto, esse período corresponde à idade de Cristo, também, o início da primeira efusão do Espírito Santo até o momento do Retorno ao Espírito.
Tudo isso se desenrolou, também, em um ciclo, mas nesses ciclos dados e, mesmo, se você toma os ciclos que estão inscritos, por exemplo, na precessão dos equinócios, essa precessão dos equinócios dura 25.920 anos, aproximadamente.
Aproximadamente está, justamente, ligada às interações de mecânica sutil (vocês dizem quântica, eu acho), que existem entre os diferentes universos, os diferentes multiversos, as diferentes dimensões e, também, os diferentes sistemas solares.
Porque tudo isso, vocês sabem, é UM.
E, portanto, toda ação em um extremo provoca uma repercussão no outro extremo, mas em alguns limites, é claro.
Nós temos uma mecânica celeste, que nos permite saber um período que corresponde às mudanças, mudanças as mais importantes como em toda vida, e todos os sinais, obviamente, como eu disse no último mês, estão sob os seus olhos.

Façam-me pensar em não ultrapassar uma hora hoje, caso contrário, os Arcanjos vão ficar muito zangados.
E eu aproveito, como de hábito, entre cada questão, para deixar o Espírito do Sol estabelecer-se, de maneira cada vez mais premente, aqui mesmo e, mesmo, na leitura do que eu digo.


… Silêncio…


As questões silenciosas são, também, bem-vindas, porque a resposta é silenciosa, também.


Questão: se algumas pessoas tornam-se Melquisedeques para ir liberar outros sistemas, isso significa que a dissociação vai perdurar em outros sistemas?

Jamais foi questão que os quarenta e sete (e alguns) sistemas solares que restavam a liberar seriam liberados ao mesmo tempo em que a Terra.
Nós procedemos etapa por etapa; enfim, nós, vocês também, aliás.
Então, como você quer que todos os sistemas solares sejam liberados ao mesmo tempo?
O que eu disse, em contrapartida, há dois meses, eu acho, era muito preciso: que a experiência adquirida na Terra permitiria sistemas de liberação muito mais fáceis do que o que foi o caso na Terra, uma vez que isso durou, de qualquer forma, seis ciclos completos, não é?

Portanto, não há dissociação; os grandes Melquisedeques que voltarão liberar um sistema solar não perderão a realiança total, como foi o caso, nessa Terra, nessa pretendida queda.
Haverá apenas uma pequena queda, mas não uma grande queda e, portanto, a partir do instante – e vocês o vivem, já, vocês, para serem as testemunhas vivas disso – a partir do instante em que, em sua vida, é restabelecida certa forma de conexão, vocês bem viram que as coisas conduzem ao que vocês são, hoje, quer vocês o tenham aceitado ou recusado, aliás.
O importante são as modificações que se produzem, as transformações que saem daí.
Então, os futuros Melquisedeques, Estrelas e outros são apenas seres que irão, no sentido do Serviço e do sacrifício, liberar alguns sistemas solares que restam a liberar, mas um por um.

E, como eu disse, com lapsos de tempo, no sentido encarnado, muito menos penosos, tanto mais que a ruptura com o Espírito não poderá ser completa, desta vez, ou seja, o retorno à Realização, à Liberação sobrevirá, frequentemente, a partir da primeira tomada de missão, ou seja, a primeira encarnação.
Para aqueles que forem, mas eles são muito pouco numerosos, são os mais temerários que irão, aqueles que gostam muito das funções, dos papéis e dos títulos.
Mas ninguém força ninguém, é a Luz que decide, e vocês estão, muito naturalmente, colocados nos trilhos que são seus trilhos e não os trilhos de qualquer outro.
Vocês ali se colocaram, e já estão, nesse mundo aqui mesmo, presente nessa Terra, já, no reconhecimento do que acontece em vocês, mesmo se, para alguns de vocês, esteja, já, muito claro e, para outros, ainda não está claro.

Mas tudo isso, se querem, são suposições sobre o futuro ou sobre histórias, mas eu os lembro de que o mais importante é, de qualquer forma, sair de toda história; mas há os que gostam muito das histórias, muito mesmo.
Mas é o jogo da consciência, chamam-se a isso os Leelas do Senhor, entre nossos irmãos orientais.

É preciso, também, por exemplo, em relação a essa questão, se ela emerge de você ou de qualquer um que lhe peça para colocá-la, isso quer dizer que, para a pessoa que se coloca esse gênero de questão, é que ela procura, aí, através dessa questão, posicionar-se.
Porque, obviamente, mesmo se você não se sinta concernido, o fato de que haja esse gênero de questão prova, de qualquer forma, certa interrogação em seu foro íntimo.
As questões que emergem de vocês não são nem estúpidas nem mentais, mas elas correspondem, certamente, a posicionamentos da alma ou, ainda, a um Espírito que não está suficientemente, eu diria, revelado ou condensado nesse mundo, pelo que está em curso.


Questão: e, aí, você desencoraja as questões.

Não, absolutamente, eu as encorajo.
Porque as questões, hoje, elas vêm de bem mais longe do que, simplesmente, seu mental, para aqueles nos quais resta coragem o suficiente, mas, aí, isso corresponde, verdadeiramente, às interrogações da alma.
E elas são importantes, essas interrogações da alma, porque não são vocês, como personalidade, que fazem o luto da alma, é a própria alma que se volta, definitivamente, para o Espírito.
E, quando eu falava dos «tournicoti-tournicota», de meias-voltas, de reviravoltas que você tenha vivido, talvez, você mesmo, ou que você tenha constatado ao seu redor, tudo isso são apenas os vai e vens da alma que não está, ainda, estabelecida em sua dissolução no Espírito, ou em sua persistência (mesmo conectando o Espírito).

Mas não há um que seja melhor do que o outro ou um que seja superior ao outro.
A dissolução da alma não se faz por uma vontade pessoal ou espiritual, qualquer que seja.
O que eu quero dizer com isso é que as questões que vocês colocam, doravante, e cada vez mais, mesmo se haja, às vezes, questões da vida simples e comum, não traduzem as interrogações da pessoa ou da pequena bicicleta que girava sem parar, porque não há mais bicicleta, nada mais há, há apenas a alma que se revela em suas dúvidas, em seus questionamentos, ou a alma desaparece e, naquele momento, as questões concernirão a outra coisa ainda, o lugar do Espírito nesse mundo, por exemplo.
Portanto, não é um desencorajamento, bem ao contrário, porque o que se exprime é, verdadeiramente, ligado à posição de sua alma, se ela existe ainda.


Questão: a alma existe, unicamente, na terceira dimensão?

Tudo o que é terceira dimensão, tanto unificada como dissociada, tem necessidade de um intermediário.
Quando você se estabelece, por um tempo suficientemente longo, em uma determinada dimensão, seja porque sua Origem estelar ou sua composição Elementar leve-o a assentar um pouco mais as coisas, eu diria, naquele momento, há um veículo intermediário entre um corpo de manifestação que não é mais carbonado – que é de silício, na quinta dimensão – e o Espírito e a alma.
Há um médium, se quer, que não tem as capacidades predadoras da própria alma humana presa na ruptura com o Espírito, há, simplesmente, uma alma que experimenta alguns aspectos da criação; portanto, nesses casos, recria-se uma nova alma, se posso dizer, mas o Espírito é o mesmo.
E, naquele momento, é por isso que nós tínhamos dito que, no momento final, as memórias não úteis não têm qualquer interesse para subsistir em sua liberdade, porque isso, estritamente, para nada serve.
Em contrapartida, há memórias importantes, seja para alguns cientistas, seja para alguns Liberadores, e essas memórias têm necessidade de ser conservadas certo tempo.

Mas alma à parte, eu prefiro empregar a palavra médium, entre o corpo, o corpo de manifestação – conforme a determinada dimensão – e o Espírito Um.
Eu repito, tudo depende da necessidade de projeção da consciência.
Se a consciência tem necessidade de explorar ou de estabelecer, em qualquer setor que seja, talvez, esse setor tenha algumas especificidades que necessitem de um médium, porque, eu os lembro que a alma sente.
Quando se diz a alma, isso evoca a emoção, de algum modo, isso evoca a manifestação, a alma é o que é sutil, mas é o que é colorido, é o que dá uma coloração à experiência, mesmo nos Mundos Livres.

Mas, além dessa quinta dimensão, há o Espírito.
Você é Absoluto e decide projetar a consciência a uma realidade ilimitada, manifestada onde quer que ela esteja, em qualquer dimensão, e tudo isso acontece fora do tempo e do espaço.
Mas isso, seu cérebro não pode compreender nem, mesmo, refletir, ele pode apenas vivê-lo.
E não é o cérebro que o vive, mas isso se imprime no cérebro.
Mas, sem a vivência inicial, algumas, como dizer..., não são mais as bainhas dos chacras, mas algumas bainhas que bloqueiam o desenvolvimento multidimensional ao nível da pequena Coroa, o que vocês sentem, talvez, nesse momento, aqui, ao nível da pequena Cruz, são os quatro Hayot Ha Kodesh que se consumam, eles próprios, para liberar o acesso multidimensional total.

Vocês viveram, nos anos anteriores, alguns que estavam bloqueados, nos mecanismos de translação da consciência, por braçadeiras nos tornozelos ou nos pulsos.
Tudo isso há, também, ao nível da alma, certo número de mecanismos, ou seja, a alma apenas pode dissolver-se, definitivamente, quando as diferentes colorações tenham sido não, unicamente, experimentadas (nem sempre), mas integradas em uma espécie de transcendência, aí também, para com o Espírito.

Mas a Liberdade é total, tanto com um corpo de carne carbonado como com um corpo em silício ou um corpo de dimensão muito mais etérea, diríamos.
Mas a consciência pode, também, quando ela é Absoluta, veicular-se, eu diria, sem veículo, ou seja, sem médium, porque o corpo de Existência, nesse caso, é, também, um médium.
Por que tomar uma forma, por que tomar uma determinada dimensão para viajar?
A instantaneidade do Espírito permite, também, isso.

E é difícil a apreender, mas, vivendo-o, isso se torna muito mais simples.
Se quiséssemos uma tradução mais concreta disso, eu diria, é, por exemplo, aquele que se põe, por empatia e por carisma, vive o que vive o outro, realmente; ele não toma, unicamente, o sofrimento do outro sobre si, ele toma e encaixa a alma em seu próprio campo vibratório.
Isso era o que fazia, por exemplo, a pequena Teresa, é o que fazia Padre Pio, é o que fazia Mestre Philippe de Lyon de outros, é claro.

Então, a alma é um médium, mas isso porta outros nomes; o corpo de Existência, também, é um médium, mesmo se ele aloja, em si, o holograma, se quer, do Espírito.


Questão: isso quer dizer que o Absoluto sem forma pode, a qualquer instante, retomar uma forma para experimentar?

Creio que eu entendi, não precisa repetir, essa veio de perto.
Mas é alguém que eu estimulo à noite.

Então, se quer, tudo isso é lógico.
O que há nesse nível?
Há o Absoluto sem forma, do qual nada pode ser dito, ele pode apenas ser vivido.
Mas, a partir do instante em que você tem uma forma, mesmo livre, ou seja, um corpo de Existência, eu diria, que não está no vestiário – uma vez que são, todos, o mesmo – você se serve de um veículo.
Então, ao servir-se de um veículo, esse veículo torna-se um médium da projeção da consciência.
Mas, quando você é Absoluto sem forma, você é tudo isso ao mesmo tempo.
Mesmo se você não consiga, aqui, a percebê-lo, aqueles de vocês que se juntaram à Infinita Presença, que foram liberados, ou seja, que passaram ao outro lado do último véu, bah!, é claro que eles são Absolutos, em uma forma que está, ainda, presente nesse corpo, mas, depois, sendo Absoluto sem forma, há a recapitulação de todas as formas existentes e bem mais.

Portanto, não há separação entre Absoluto sem forma e com forma.
Aqui sim, aí onde vocês estão.
Mas, depois, eu repito, e isso se junta ao que eu disse há pouco, em relação à exploração das linhagens ou dos elementos de suas linhagens estelares ou de sua Origem estelar, é algo que vai dar-lhes a viver algumas coisas, mas em total liberdade.
Em definitivo, isso não faz diferença alguma com aquele que é Absoluto, exceto aquele que é Absoluto sabe que ele é, também, aquele que experimenta e o outro não o sabe, mas ele não tem necessidade disso para ser livre.

E não é, mesmo, uma questão, eu diria, de maturidade ou de maturação da consciência, é, simplesmente, um estado de manifestação ou um estado de não manifestação, em qualquer dimensão ou em qualquer universo que seja.
Mas aquele que não é manifestado tem a consciência total de tudo.
Ele é, ao mesmo tempo, a Fonte, e a Fonte está presente em cada um, é claro, o Absoluto está presente em cada um.

Se quiser, é como se lhe propusessem um sortimento de sobremesas e cada um fosse atraído ou por sua gula, ou por suas concepções alimentares, ou pela fome, ou por nada mais, absolutamente.
É exatamente a mesma coisa para a consciência, quaisquer que sejam as dimensões.
A única diferença, vocês sabem, é a inversão específica nesse mundo e a falsificação, a Luz que havia sido distorcida.
Mas, a partir do instante em que você está realinhado à pura Luz da Presença, da Felicidade e, mesmo, do que está além, ou seja, o Parabrahman, você não tem mais qualquer preocupação de dimensão, de forma, tudo isso, ao limite, não lhe concerne, mesmo, mais.
Mas não há separação, a separação está aqui, ela não está em outros lugares.

Se você não gosta dessas palavras, pode substituir por densificação.
Há níveis de leveza cada vez mais leves, cada vez mais etéreos, nos quais, finalmente, tudo isso se resolve em uma visão cada vez mais panorâmica e cada vez mais conscientizada.
É, aliás, o objetivo da consciência nesse espaço, que não é um espaço, mas que é o conjunto de todos os espaços.
É por isso que, quando nós dizemos que estamos em vocês, mesmo se vocês me ouvem falar, mesmo se isso não os satisfaça ou mesmo que vocês estejam em uma grande alegria, isso nada muda.
Isso faz parte da manifestação.
Então, essa própria manifestação é voltada para o alto, simbolicamente, ou para baixo, para a leveza ou para o peso, não há outra escolha.
Todo o que vai para o leve é Amor; tudo o que vai para o peso vai para a separação (mesmo se não haja separação), mas vai para uma experiência cada vez mais fragmentada, eu diria, mesmo se ela seja apaixonante, mesmo se haja, sempre, uma infinidade de mundos, uma infinidade de criações e uma infinidade de manifestações diversas e variadas.

Quando nós dizemos que a Liberdade é total, ela é completamente total, ou seja, não pode haver exceção à regra.
É a lei da Graça, da ação da própria Graça.


Questão: eu não consigo acreditar que você está aí.

Eu tampouco, não acredito que você está aí.


Questão: há dúvidas que giram na minha cabeça, e eu não posso, mesmo, escutar o que você diz, eu escuto apenas as minhas dúvidas. O que é isso?

Tanto melhor.
Quanto menos você me escuta, melhor você está em si.


Questão: aquele que escolhe o Absoluto com forma pode liberar-se, a qualquer momento, para voltar a tornar-se Absoluto sem forma?

Eu não falei disso.
Você é Absoluto com forma, nesse corpo, mas, quando vai perder esse corpo, aquele que é Absoluto com o corpo, ele será Absoluto sem corpo.
Mas ele tem, à sua disposição, no vestiário, todos os corpos de Existência, todas as dimensões, todos os átomos, a menor partícula no fim profundo dos universos, mesmo dissociados.
É inimaginável, para a consciência, o nível, desta vez, não de energia, mas de informação pura, porque é um sistema infinito.
Então, por algumas leis que os cientistas explicariam, certamente, melhor do que eu, ou os Arcturianos, por exemplo, que lhes explicariam isso à maravilha, é o princípio dos fractais, é o princípio da repetição ao infinito de uma onda, circular, que cria a Liberdade.

Mas tudo isso é de domínios muito complexos.
Quando você o vive com a consciência, você não tem mais a mínima dúvida sobre o que quer que seja, mas não é linear.
Se você é, hoje, Liberado Vivo, ou seja, Absoluto com forma (uma vez que sua forma está aí), quando você perde a forma, você é Absoluto sem forma.
Mas, se você toma outro corpo, onde quer que seja, você continua Absoluto, com uma forma e, no entanto, você é Absoluto sem forma.
Não é um ou o outro, jamais é excludente, é, sempre, inclusivo.

Quando a Fonte diz que ela está em cada um de vocês e de nós. Ela está, realmente.
Quando se diz que Cristo está em você, ele está, realmente, uma vez que nada mais já ali do que você.
Portanto, o Absoluto sem forma ou com forma, isso nada muda, é, simplesmente, a denominação nesse mundo.
Mas lembre-se de que toda consciência é vibração e que toda consciência pode utilizar um veículo ou, então, não ter veículo, ter necessidade de um médium ou não.
Mas não é um ou o outro, é um e o outro.

Será preciso habituar-se não, unicamente, ao nível vibratório, não, unicamente, ao nível de suas concepções ou de sua vivência para refletir a Luz, não para remetê-la, mas refletir esse estado da Luz que está aí e que se traduz, se quer, pela ausência de barreiras, a ausência de limites; todas as camadas isolantes ao seu redor, os envelopes sutis estão esburacados por todos os lados.
Então, é claro, se você vai ver um terapeuta e você está muito despertado, ele vai dizer-lhe que tudo vai mal, ele vai dizer que você não está aí, enquanto você está inteiramente aí – mesmo se você não esteja aí – porque ele não pode perceber.
Ele dicotomiza, ele separa, ele discrimina.

E é, justamente, por isso que, para alguns de vocês, mas não, unicamente, aqueles que leem ou escutam ou vivem tudo isso, mas mesmo junto aos seres que, estritamente, nada vivem dos processos energéticos, dos processos vibratórios ou da consciência há, também, isso.
Portanto, isso cria, se quer, essa necessidade de identificar, essa necessidade de pôr um nome, de chamar, de nomear, no sentido principial, ou seja, no sentido «No princípio, era o Verbo» e o Verbo, a Fonte nomeou cada coisa.

Não confunda o sujeito, o objeto e o Absoluto.
O Absoluto não é concernido por uma forma nem por um sujeito nem por um objeto, mesmo se ele esteja inscrito em uma forma que tem seus próprios limites, aqui mesmo, nesse mundo, é claro.
Mas isso nada muda, absolutamente.
Primeiramente, no momento da passagem final da morte, quer ela seja coletiva ou individual, por acidente, por doença, pouco importa, aquele que é Liberado não está sujeito, de maneira alguma, ao medo da morte ou ao medo de seu desaparecimento.
O que não é o caso, se lhes ensinassem, para a maior parte de vocês, hoje, que vocês vão morrer amanhã, não é?
Toda a diferença está aí.

E, é claro, você vê, também, o lado dos trabalhos práticos, como eu disse no mês passado.
Você poderá ver, ao seu redor, seres que viveram estados de consciência, por vezes, extraordinários, e recair na dualidade e em uma espécie de confusão, porque eles levaram a efeito sua atribuição.
E a confusão de cada um ou a alegria e a leveza de cada um é diferente, é claro, conforme o que eu nomeei de trilhos, nos quais vocês percorrem, ainda, nesse tempo linear.

E, mesmo se não houvesse, eu diria, prazo, há, sempre, um prazo nesse mundo, e cada um sabe disso; mas é uma coisa saber, e é outra coisa vivê-lo.
Não é porque você vai acreditar no Absoluto que você será Absoluto, uma vez que, aí, nós saímos, e você sabe disso depois de Bidi, de toda noção de crença, no que quer que seja.
Então, é por isso, quando eu ouvia que se perguntava se eu estava aí, mas eu só posso responder: «Será que você está aí? Quem está aí? O que se estabelece como relação entre nós?».
É o mental que vai duvidar e colocar-se a questão: «Isso é verdade, isso não é verdade?», ou será que é no espaço do Silêncio, quando eu me calo, que a comunhão estabelece-se, pelo Espírito do Sol, é claro?


Questão: a que corresponde, durante o sono, ver um vazio negro com angústia?

Um vazio negro?
O vazio negro é o que se chama a Infinita Presença.
Quando você está na Infinita Presença, no momento da extinção da consciência, há, efetivamente, esse escuro extremamente angustiante.
Para o Si é o terror, para aquele que solta o Si é a bênção.

Porque, enquanto é visto como espaço negro angustiante, é claro, o Si não é liberado.
O Si apenas é liberado quando ele se destrói, entre aspas, ele mesmo, quando a alma dissolve-se e quando Cristo diz «Pai, eu entrego o meu Espírito em suas mãos».
Isso quer dizer que, naquele momento, realiza-se, realmente, a transcendência de Cristo, o Espírito Solar, o Espírito de Cristo, o Espírito de Miguel, a totalidade do universo é revelada no corpo de Cristo que sofre, mas que está, também, em você.

Então, tudo isso são manifestações da consciência: há a Luz, há a Alegria, há o êxtase, há o sofrimento, há histórias muito belas ou muito catastróficas nesse mundo.
Mas, para além de todas essas histórias, para além, mesmo, de sua presença e nossa presença nesse sistema, há, efetivamente, esse negro angustiante.
Mas, quando você está no negro angustiante, ou seja, quando não é mais visto, mas você está dentro, aí, você sabe que chegou em si.
Mas para nada serve vê-lo, mesmo se seja uma aproximação, se posso dizer.
A partir do instante em que você entrega seu Espírito nas mãos do Espírito, você se torna ele.

Não se esqueça, jamais, de que a Luz, ela nasceu de onde?
Do que se chama o néant.
Mas o néant, após ter feito o caminho de ir e o caminho de voltar, por vezes, há os que fazem um muito pequeno caminho e, outros, que fazem caminhos desviados, são todas as experiências possíveis da consciência, em toda forma, em todo universo e em toda dimensão.
Após isso, bem, há o Retorno ao centro, o Retorno à Eternidade.
Mas, nesse Retorno à Eternidade, há os diferentes posicionamentos dos diferentes corpos nas diferentes dimensões, até aqui, na Terra, que dão a impressão e a ilusão de um Retorno.
Mas, de fato, você jamais se moveu, são apenas jogos da consciência.

E é por isso que eu disse, já, no mês passado, e cada vez mais isso vai tornar-se flagrante, quer seja em sonho, quer seja de repente, assim, sem razão, mesmo fora dos alinhamentos que você decida ou que você assista, você terá esse apelo, essa injunção do que você é e, é claro, se você está – de um ponto de vista que é restrito – mesmo, aberto, e, mesmo, realizado no Si, você verá o quê?
Trevas.
Mas essas trevas não são as trevas da densidade, são as travas das origens.
O problema é que muitos seres confundem, no caminho espiritual, o que se chama o fuzuê original, que contém, em si, já, todas as manifestações, desde a mais pervertida até aquela que ainda não foi criada, de algum modo.
É isso esse negro angustiante.
Ele é angustiante para a pessoa, é claro, ele é angustiante para o Si.

Então, despojar-se da pessoa e do Si, não como se retira uma vestimenta, mas, mais, aquiescendo ao que é, que se realiza a Liberdade.
E, aí, não quando você o vê, mas quando você – eu não tenho melhor palavra – quando você se imerge nisso, você sabe que você está em si, não antes.
Mas isso não é a densidade a mais extrema, eu diria, mesmo, que é a ausência de densidade, total.

Então, há a impressão, a partir de certo ponto de vista, e há a realidade ou a Verdade, a única, que é quando você está «Aí».
E, quando você está «Aí», como por acaso tudo desapareceu, mesmo se você consiga manter-se na fronteira, o que faziam algumas Estrelas, para manifestarSamadhis que podiam durar anos, não é?
Quer sejam nossas irmãs indianas e da Índia, eu falo mais das Índias da América do Norte ou dos povos Hindus.
Há seres que passaram dezenas de anos nesse estado.
É a fronteira, ou seja, eles conseguem manter-se no fio no qual o corpo não tem mais necessidades (ele pode permanecer imóvel, pesar muito durante anos) e no qual, ao mesmo tempo, a consciência tem-se, ao mesmo tempo nesse corpo, ao centro do centro, mas no ponto final da Passagem, e que é, ao mesmo tempo, esse êxtase sublime da Infinita Presença, mas no qual não há mais forma, não há mais referências de cor, nada mais há.

Os primeiros êxtases, eu os vivi com o Sol, muito jovem.
Mas havia, ainda, eu e o Sol e, um dia, você se torna, você mesmo, o Sol, e, um dia, você se torna, você mesmo, o universo e você mesmo, um dia, você se torna o Absoluto e apercebe-se de que nada de tudo isso pode existir.
Isso pode apenas ter-se fora da Verdade.
Mas não é por isso que você não tem vontade de jogar, simplesmente, você sabe, porque você o viveu.

E, é claro, em sua vida, naquele momento, as coisas mudam completamente.
Se você tem uma doença, isso não quer dizer que ela vá desaparecer; se você é muito rico, isso não quer dizer que você vá tornar-se muito pobre ou o inverso, isso quer dizer que tudo isso não tem mais qualquer espécie de importância.
Mas, para isso, é preciso vivê-lo.
Para nada serve afirmá-lo, enquanto sua consciência manifesta coisas, porque ou sua alma está, ainda, hesitando, se posso dizer, apesar da atribuição vibral ou, então, porque a alma está, justamente, em curso de dissolução.
Mas há essa última passagem, não é mais a passagem do ego ao coração (isso foi há alguns anos), agora, é a passagem do coração ao Todo.

E, para isso, para ser Tudo, como nós dissemos, é preciso ser nada aqui.
É, certamente, no sentido o mais íntimo que eu falo, não é ao nível de não ter uma profissão ou marido ou mulher, atenção, eu falo, efetivamente, de um estado interior.
Aliás, aquele que é assim, quer ele morra no dia seguinte, quer ele se case, quer ele divorcie, quer ele perca tudo ou ganhe tudo, isso nada muda e isso nada pode mudar, porque, se isso muda alguma coisa, o que é que isso quer dizer?
Que não era verdadeiro.
Que há, ainda, uma alma que insufla desejos, insufla necessidades diversas e variadas, necessidades de reconexão, necessidades de manifestações, quaisquer que sejam.

Mas você não pode constranger suas necessidades, se essas necessidades manifestam-se.
Você pode, simplesmente, vê-las, e, quanto mais você as vir, mais você as atravessará e mais você ficará neutro, se posso dizer, ao nível da pessoa.
É o que se chama o desaparecimento da pessoa, não é sua dissolução, assim, no Éter (exceto no momento final), mas, antes disso, também, você vive pequenas mortes, pequenos desaparecimentos.
E quer seja no desaparecimento ou em um evento que o aborreça ou um evento feliz, você continua no mesmo estado; você não é mais levado por suas emoções, por suas reações.
Caso contrário, a experiência da vida vai fazê-lo dar vai e vens, como eu disse, meia voltas no lugar, cada vez mais rapidamente, até no que você via.
Não há maneira alguma de escapar disso, de qualquer modo.

Então, caros amigos, vou deixar vir exprimirem-se os Arcanjos, em uma ordem determinada.
Serão intervenções mais vibrais, eu penso que não haverá questões e respostas.
As questões e respostas, sou eu que me encarrego delas, com o Espírito do Sol, sobretudo, mesmo se outros intervenientes responderem, certamente, a outras questões.

Então, eu lhes transmito todas as minhas bênçãos.
E, para preparar a vinda, eu vejo, do Arcanjo Miguel, vamos estabelecer-nos, todos juntos, antes que eu vá, nesse acolhimento total.


… Silêncio…


Bem, caros amigos, vou retirar-me e vocês tentem permanecer no mesmo estado, o tempo que o Arcanjo Miguel venha exprimir-se.
Eu lhes digo, quanto a mim, até muito em breve.
Fiquem bem.



***

ANAEL

Eu sou Anael, Arcanjo.
Bem amadas Sementes de Estrelas, que a Paz, o Amor e a Verdade instalem-se entre nós.

Eu intervenho, entre vocês, como Anjo da Relação, da comunicação e do Amor, para completar, de algum modo, o que acabam de dizer o Arcanjo Uriel e o Arcanjo Miguel, concernente ao que se vive em cada um de vocês neste período.
Eu venho, portanto, se for necessário, explicitar o que tem necessidade de sê-lo, ainda, concernente aos mecanismos e à vinda da Ressurreição e da Ascensão.

Assim, portanto, eu aproveitarei do que emerge de vocês e dos questionamentos que vocês me colocam para entrar mais no detalhe, se for necessário, sobre alguns dos mecanismos da consciência, da vibração e de seu Templo, tanto efêmero como eterno, que se desenrolam nesse momento mesmo.


… Silêncio…


No espaço de seus silêncios e no espaço de meu silêncio, como nada emerge, o Espírito do Sol estará na obra.


Questão: você pode falar da ampola da clariaudiência e de sua relação com a última passagem?

Bem amado, existe, ao nível do que você nomeia «som», porque é assim que o ouvido percebe, o que eu nomearia, mais, emanação do Verbo e coloração do Verbo.
Existe certo número de sons que ilustra, cada um, passagens possíveis no caminho nomeado evolução, Liberação ou Realização nesse mundo.
Cada som corresponde a uma frequência ouvida ao nível do ouvido, que traduz tanto o grau de expansão de sua consciência como o grau de permeabilidade do canal de comunicação entre você e nós, nomeado Canal Mariano.

Assim, portanto, o som dessa época, que lhe é dado, talvez, a perceber ao nível de seus ouvidos, traduz-se por uma amplificação desse som, assim como uma modificação de frequência, que o conduz, cada vez mais, a fazer participar sua consciência na noção chamada e convencionada, nomeada o Apelo de Maria.
O que você vive, nesse momento, e o que cada um de vocês vive, em um grau de desenvolvimento ou de expansão diferente, conforme suas resistências e conforme a capacidade de acolhimento da Luz e de Cristo, traduz-se por certo número de sons.
Existem, fundamentalmente, sete sons.
Esses sete sons são apenas gradações da evolução da Liberação concebida como tal no corpo efêmero.

Aqui, de onde nós estamos, ao centro de seu coração, o som da Liberdade é o equivalente ao que foi nomeado, há algum tempo, o som do Céu e da Terra.
Esse som manifesta-se a você de modos diferentes, porque ele implica e inclui sua própria consciência.
Esse som não pode deixar indiferente, quando ele é percebido.
Ele se situa em uma oitava nomeada o Coro dos Anjos e, também, no nível o mais alto, que corresponde ao maha samadhi, ou seja, ao samadhi, que conclui a vida do Mestre liberado, em curso de liberação da forma.

Assim, portanto, ouvir o som é a preliminar para ouvir, embora todo mundo ouvirá, no momento vindo, na escuta coerente, eu diria, o Apelo de Maria e o Impulso KI-RIS-TI, que lhe dá a viver expansões de consciência e expansões de sons; esses sons que ultrapassam, então, amplamente, o que se convencionou chamar a ampola da clariaudiência para manifestar-se, eu diria, em ressonância no conjunto de sua consciência, como no conjunto de seu mundo.

Há, se você está atento, no momento das flutuações desses sons, flutuações de percepções de pontos de vibração inscritos ao nível das Portas, das Estrelas ou em toda parte do corpo, independentemente das Portas e das Estrelas.
Isso corresponde, aí também, à ressonância do Face a Face do Eterno e do efêmero.

Assim, portanto, esse som, mesmo se ele possa ser qualificado com certa frequência, o que é o mais importante é a indução que ele produz ao nível de sua própria consciência e ao nível da abertura de algumas funções ligadas às Estrelas ou, ainda, ligadas ao que vocês nomeiam chacras e que eu chamaria, nesse caso, Coroa radiante do coração ou coração Ascensional.
A revelação da Merkabah interdimensional nesse plano, pela revelação dos quatro Triângulos elementares e sua sintonização no Éter primordial de Vida traduz-se, para você, por uma modificação, também, do som percebido e do som que ressoa no interior de sua consciência.
Ele lhes é perceptível em diferentes momentos.
Ele lhes é acessível quando de alguns alinhamentos ou de alguns chamados da própria Luz, o que prefigura, de algum modo, o Apelo de Maria.

O som do Céu e da Terra são apenas o Canto da criação dos universos e das dimensões, presentes além das bainhas isolantes da Terra e dos véus isolantes da Terra.
O fato de ouvi-los em si, como ouvi-los em alguns lugares da Terra, como o fazem alguns irmãos e irmãs humanos, corresponde, efetivamente, às premissas do Apelo de Maria.
Trata-se do que foi nomeado de Trombetas, tanto aquelas que fizeram desmoronar as muralhas de Jericó como aquelas que são, por vezes, reproduzidas por alguns apelos em alguns ritos religiosos.

O som é aquele que desperta, é aquele que acorda; ele é, também, aquele que anuncia, por sua presença, a manifestação precisa de um elemento que não estava ali anteriormente.
O retorno do som do Céu e da Terra, antes de sua permanência, ouvidos, tanto interior como exteriormente, é apenas o reflexo da aproximação do que foi nomeado o Apelo de Maria e do momento que eu qualificaria de resolução final.
Eu acrescentaria, simplesmente, que quanto mais o som seja agudo, e mais ele sobe em intensidade, mais ele traduz a iminência, eu diria, de seu Reencontro.


Questão: como estabelecer a relação perfeita?

Bem amada, a relação perfeita, quer seja entre você e uma alma irmã, entre você e sua mônada, entre você e qualquer sistema, entre você e qualquer pessoa, será a mais harmoniosa a partir do instante em que há desaparecimento, de um lado e do outro da relação, ou seja, desaparecimento de sua pessoa, como da pessoa ou da situação com a qual você se relaciona.

A melhor das relações não é, portanto, uma relação, mas um princípio de comunhão, de fusão e de dissolução.
Aí está a relação exata.
Não pode ser encontrada, no efêmero, relação duradoura, qualquer que seja a duração, que supera, obviamente, o espaço da relação inscrita entre o nascimento e a morte, seja da relação, seja das pessoas, seja das situações, seja dos objetos com os quais existe a relação.

A relação é tributária do dois, a união e a dissolução são tributárias de Cristo.
Assim, portanto, a melhor das relações é aquela que, de algum modo, põe fim à relação, no aparecimento da comunhão, da fusão ou da dissolução.
A melhor das relações é aquela que não é impregnada de qualquer efêmero, de qualquer medo, nem de qualquer projeção no outro ou na situação ou no objeto.
A partir do instante em que não há projeção, não pode ali haver apropriação.
A partir do instante em que essa relação estabelece-se sem apropriação, há a porta aberta para a Liberdade e para o Amor, que não depende de uma pessoa, nem de um sujeito, nem de uma situação, nem do que quer que seja mais que não de si mesmo com Cristo.

A relação inscreve-se, nesse mundo, como o meio de encontrar ou de dar sentido à referida relação ou à referida situação.
A comunhão dá-lhe a viver o interior, a fusão e a dissolução dão-lhe uma deslocalização da consciência que lhe dá, de algum modo, a viver a reciprocidade na qual não pode existir o mínimo sentido de ser uma pessoa com um medo, com medos ou com qualquer elemento que faça obstáculo à manifestação do Amor.


Questão: a partir da intervenção dos Arcanjos, eu tenho a impressão de ser atravessado do ponto ER ao ponto KI-RIS-TI. Qual é a explicação disso?

Bem amado, a única explicação é a própria lógica da Presença vibral dos três Arcanjos que nós somos, que vieram hoje.
Há, em cada uma de nossas Presenças, e como foi anunciado, uma Trindade diferente daquela que você conheceu até agora, que realiza, efetivamente, como você diz, a passagem entre o ponto KI-RIS-TI, o ponto ER, mas, também, o chacra do coração, em seu ponto central.
É, exatamente, o sentido de nossa Presença.
Ela age, especificamente, nessa região de seu corpo, mas, também, nessa região de sua consciência que é ligada, se posso exprimir-me desse modo, à integração total da dimensão Cristo em sua presença efêmera.

Isso se junta às múltiplas passagens e aos múltiplos momentos vividos durante esses últimos anos, que lhe dão a viver o equilíbrio da cruz ou, se prefere, o centro da cruz.
Quer trate-se dos elementos, quer trate-se da Cruz da Ressurreição e do sacrifício preliminar à Ressurreição, isso corresponde à mesma ressonância e às mesmas estruturas, se posso dizer, presentes, ao mesmo tempo, no efêmero e no Eterno.

Assim, portanto, a partir do instante em que você percebe o que se desenrola entre KI-RIS-TI (Porta) e ER (Porta), ou, ainda, o chacra do coração, isso corresponde à movimentação do que foi nomeado não mais, unicamente, o coração Ascensional, não mais, unicamente, o Triângulo radiante do coração, mas, bem mais, a estrutura do Coração de Diamante ou a estrutura do Coração de Eternidade, que transborda e reagrupa, de algum modo, o que foi nomeada a Coroa radiante do coração, o coração Ascensional, a Merkabah, o Canal Mariano, a Onda de Vida, a Onda do Éter e o conjunto de estruturas despertas ao nível desse corpo efêmero.

Assim, portanto, a percepção de um circuito, na falta de melhor termo, entre a parte de trás e da frente, entre KI-RIS-TI e o coração ou KI-RIS-TI e o ponto ER é, para você, o significado preciso, como para cada um de vocês, de que o momento do desaparecimento far-se-á cada vez mais evidente no interior de vocês, com uma consciência que estará ainda mais lúcida, se posso dizer, no momento de seu retorno nesse mundo.
É essa passagem que foi realizada há dois meses, pelo Arcanjo Uriel.
É essa passagem que nós utilizamos, uns e outros, quando somos acompanhados do Espírito do Sol.
Nós chegamos pelo Canal Mariano.
Nós penetramos, assim, pelo Canal Mariano, ao mais próximo do eixo central de seu corpo.
Nós penetramos, assim, seu coração, e revelamo-nos, assim, no interior de seu coração, o que permite pôr fim, aí também, como eu o exprimi anteriormente, à própria noção de relação entre nós e vocês.
Porque, para fundir conosco, não deve mais existir relação, mas a evidência de nossa presença em vocês.

É, portanto, normal perceber algumas Portas na ordem de intervenção que lhes é proposta hoje.


Questão: ter uma sensação de calor, que se alterna com uma sensação de frio no anel em torno dos tornozelos continua com o mesmo significado?

Bem amado, eu responderia, efetivamente, que tem o mesmo sentido, mas, além disso, eu atraio sua atenção: o calor é o fogo de vida, o frio é o que condensa e reduz.
Passar do calor ao frio mostra-lhe suas múltiplas reversões existentes – como em todo ser humano, atualmente – não, ainda, estabilizadas na Liberação, viver essas alternâncias e essa passagem do calor ao frio e do frio ao calor.
O fato, simplesmente, de sentir, de novo, laços nos tornozelos ou nos pulsos faz apenas traduzir a necessidade de permanecer no Aqui e Agora, qualquer que seja a presença desse fogo, qualquer que seja a presença de Cristo, porque isso acontece aqui e em nenhum outro lugar.

Do mesmo modo que seu humor pode oscilar, conforme as circunstâncias ou não de sua vida, do mesmo modo a regulagem térmica, do mesmo modo que a regulagem que eu nomearia de sensorial, se quiser, correspondem tanto ao som como à sensibilidade cutânea, ou tanto ao paladar, ao olfato, à visão e à audição, tudo isso é ligado aos basculamentos e às reversões incessantes, que põem, de algum modo, cada vez mais, em sintonia o Eterno e o efêmero.
A mobilidade do humor, a mobilidade das manifestações vibrais como das manifestações dolorosas fazem apenas traduzir a passagem de um ao outro e do outro ao um, e a rapidez com a qual isso se produz.

Eu o lembro, e eu lembro, de maneira geral, que há certo número de anos de seu tempo terrestre, foi-lhe necessário preparar-se, de diferentes modos, para acolher e receber a Luz.
Os tempos dessa preparação terminaram.
Eles passam, agora, ao trabalho e à prática, aqui mesmo, de sua Eternidade, e isso, efetivamente, pode traduzir-se por diversas oscilações e, como o disse o Arcanjo Uriel, por diversas reversões de percepções, de sensações, de humor como de qualquer outra coisa.


Questão: a que corresponde a ausência de som, durante alguns instantes?

Bem amada, quando o som apaga-se ao nível do Canal Mariano, como ao nível do que é percebido pela alma e a própria consciência, ou pelo próprio Espírito, a um dado momento, após o crescimento da intensidade e da frequência, virá algo de profundamente diferente que é, efetivamente, o desaparecimento de toda vibração, o desaparecimento de todo sentido e de todo som.
Isso é diretamente ligado à última Passagem e à instalação definitiva na Liberdade.
Eles são, de algum modo, as premissas do Apelo de Maria que, eu o lembro, será acompanhado de três dias de descida nas trevas, ou seja, na Eternidade, o que põe fim a toda vida limitada e separada em um espaço de tempo limitado, o que permite posicionar, definitivamente, o que você é, se já não foi feito até o momento, não mais como passagem ou reversão, mas, bem mais, como estabilidade definitiva de seu ser.

Assim é o sentido do apelo da Luz pelo som, assim é o sentido da Liberação pelo desaparecimento do som.
Obviamente, o desaparecimento do som acompanha-se da Liberdade, mas essa Liberdade é experimentada na Morada de Paz Suprema.
Ela é, portanto, um elemento que vai aproximá-lo do Reencontro eterno consigo mesmo e posicioná-lo, definitivamente, na Eternidade.


Questão: quando Cristo-Miguel revela o fogo no conjunto das estruturas, quais são o impacto e a finalidade disso?

O desaparecimento total do efêmero.
Isso não é destinado a propiciar, doravante, uma melhoria do que quer que seja, mas, sim, encontrar a consciência nua e eterna.

Assim como isso foi evocado, há numerosos anos, pelo Comandante dos Anciões, ele havia nomeado – se minhas lembranças são boas – o «planeta grelha».
É o momento no qual a irradiação cósmica que vocês nomeiam irradiação Gama, mas, também, as irradiações protônicas e as irradiações que lhes são, ainda, desconhecidas ou exóticas nesse mundo, substituirão a irradiação solar, de maneira definitiva.
Naquele momento, nenhuma estrutura dita carbonada pode, no sentido no qual vocês entendem comumente, sobreviver.

O aparecimento total da Luz assinala o desaparecimento total das estruturas efêmeras.
Exceto, é claro, para aqueles que serão, durante certo lapso de tempo, colocados em alguns lugares e locais desse planeta, para receber o que foi nomeado de últimas Chaves Metatrônicas e, também, sobretudo, a colocação no serviço, a movimentação e a revelação não mais de seu corpo Ascensional, mas do corpo de Existência.
Do mesmo modo que uma criança aprende a falar, do mesmo modo você deve aprender a servir-se de seu corpo de Eternidade ou a manifestar o Absoluto, inteiramente, no momento em que a forma desaparece.


Questão: quais são os sinais que significam que nossa pessoa começa a desaparecer?

Bem amado, a resposta está na própria formulação de sua questão.
Você desaparece se você desaparece; se você não desaparece, você não desaparece.

Desaparecer pode ser assimilável ao fenômeno da consciência nomeada Turiyaou a consciência de sono, que é preliminar a Turiya, como foi explicado, em seu tempo, pelos especialistas de sua consciência na Terra.

O que pode existir, como foi dito, parece-me, pelo Arcanjo Uriel, antes de mim, é que pode existir um mecanismo de sobreposição no qual há, ao mesmo tempo, e no mesmo tempo, e no mesmo espaço, desaparecimento e, ao mesmo tempo, persistência de uma atividade efêmera.
Isso não é destinado a durar, mas, sim, destinado a mostrar-lhe, a você mesmo, onde está a Eternidade, onde está o efêmero.


Questão: o que convém fazer quando a parte efêmera está aí, assim como o observador que olha essa parte efêmera e há, ao mesmo tempo, a impressão de nada mais saber?

Isso corresponde ao começo da sabedoria.


Questão: o que convém fazer quando se vive esse Face a Face?

Bem amado, nada há, justamente, a fazer.
A partir do instante em que você quer «fazer», você sairá desse estado e voltará a mergulhar no efêmero.
Desaparecer é, também, uma intenção, mesmo na consciência, antes, mesmo, de experimentar, eu diria, as duas vertentes dela: a vertente efêmera, a vertente eterna.
Antes, mesmo, disso, desaparecer não quer dizer «fazer».
Desaparecer quer dizer «nada fazer» e, sobretudo, nada esperar, porque o desaparecimento não pode ser sobrecarregado pela expectativa, pela esperança ou pelo «fazer».

O desaparecimento é a consequência lógica e a sucessão lógica do princípio de Abandono à Luz, como eu havia explicado há numerosos anos.
É a preliminar, de algum modo.
É muito difícil, ainda hoje, para o ser humano compreender que seu corpo, seu mental e o conjunto de suas estruturas efêmeras são não, unicamente, necessárias, mas indispensáveis ao cumprimento das tarefas efêmeras, mas em nada concernem à Eternidade.
Querer transpor as leis do efêmero na Eternidade conduz a uma insensatez, a uma resistência e a uma confrontação cada vez mais violenta consigo mesmo.
Portanto, estritamente, nada há a fazer.
Há, melhor: há a esquecer-se da mínima intenção de fazer o que quer que seja.
É o único modo de desaparecer.

O «querer desaparecer», ou a própria intenção de desaparecer basta para bloquear o desaparecimento, porque há, naquele momento, movimento da consciência, e quem diz movimento da consciência diz manifestação da consciência e, portanto, impossibilidade total de desaparecer completamente.


Questão: isso basta para fazer calar o mental?

Não, unicamente, isso basta, mas eu diria, sobretudo, que é a única solução.

Como disseram alguns Anciões, ao longo desses anos passados, querer desaparecer prejudica o desaparecimento.
Você não pode querer desaparecer, você pode apenas aquiescer ao seu próprio desaparecimento, ou não.
Mas você não pode servir-se, em caso algum, do intelecto ou, mesmo, da vibração para fazer desaparecer a si mesmo, caso contrário, vocês teriam, todos, chegado, na totalidade, já.


Questão: como se pode desaparecer e estar, ao mesmo tempo, no efêmero?

Bem amada, isso se chama o Face a Face.
Isso não é para compreender, mas para constatar, por si mesma, em sua própria consciência.


Questão: qual é a etapa seguinte? Desaparece-se, e é tudo?

Bem amada, até prova em contrário, se você continua a exprimir-se nesse mundo é que você não desapareceu, no momento em que você fala.
Você é, portanto, ao mesmo tempo, eterna e efêmera, em confrontação de ambas como em cada um dos setores de sua vida, para permitir uma sobreposição e um desaparecimento total do efêmero em proveito da Eternidade, se posso dizer.
E isso apenas pode ser feito através dos vai e vens sucessivos, cada vez mais rápidos, cada vez mais intensos, o que põe fim, definitivamente – quer essa forma subsista ou não – ao efêmero.
Entretanto, esse corpo, até o seu fim, faz parte do efêmero.
Você não o levará a lugar algum, nem à Eternidade nem a outro sistema solar, exceto para alguns seres, mas cuja função é muito específica, mas isso foi desenvolvido há muito tempo.

O que eu quero dizer com isso é que é, justamente, na tomada de consciência de seu próprio desaparecimento, mas, também, do retorno ao efêmero, no momento em que você reaparece – que lhe mostra, justamente, os dois posicionamentos da consciência – e é, justamente, essa simultaneidade das manifestações, ou essa alternância, que pode dar-lhe a certeza do que você vive, até o momento em que você desaparece, totalmente, mesmo ao nível da consciência, não, simplesmente, na Infinita Presença ou na Alegria, mas, realmente, no Absoluto.

Eu a lembro, contudo, como foi amplamente explicitado por Bidi, que a consciência desaparece a cada noite, assim que você dorme, mesmo se ela explore o universo do sonho ou viagens dimensionais, e, pela manhã, você volta.
E isso dura desde que você nasceu.
Há, portanto, a cada noite, um desaparecimento.
O desaparecimento de que eu falo agora é aquele que sobrevém quando a Luz chama você, quando os sons modificam-se, quando você se alinha, quando você medita, quando você ora.
Isso não é, portanto, ligado ao sono fisiológico, mas, sim, a um processo fisiológico da consciência que não é, unicamente, mesmo se seja, analogicamente, a mesma coisa, o sono.


Questão: como se pode distinguir a vontade de fazer com a vontade espontânea do Espírito?

Bem amado, isso se resume, simplesmente, nessa frase: «De onde vem a intenção?», se você é capaz, em si, de ver de onde vem a intenção.
Se é a intenção do mental, ela se traduzirá por resistências ou pela noção, justamente, de não saber exatamente, de maneira firme e definitiva, o que você viveu.
A partir do instante em que o desaparecimento no Absoluto é vivido, apesar da existência de uma forma, nunca mais pode existir a mínima dúvida ou a mínima interrogação sobre o sentido do que você é, do que você vive e do que você experimenta, porque tudo concorre para o estabelecimento da Luz.

O evento, a ocorrência de um evento, de um reencontro ou de uma ruptura é, estritamente, a mesma coisa.
O que é impulsionado pelo mental deixará, sempre, a escolha e a impressão de hesitar.
O que é desejado pela Luz e não por uma intenção pessoal imprime-se e exprime-se de maneira totalmente inesperada e espontânea.
Ela não pode ser dirigida nem controlada.
O que pode ser o caso com o mental.

Se eu tomo, por analogia, as experiências bem conhecidas em sua humanidade, hoje, que se chama de experiências de morte iminente, há saída do corpo, visão desse corpo, passagem por um túnel, reencontro de algumas entidades e outras etapas que podem ser ulteriores na experiência.
Pouco importa.
O que é importante é que, naquele momento, no retorno, há, de qualquer forma, algo de profundamente diferente que a noção de ter, simplesmente, vivido um sono.

Desaparecer no Absoluto é exatamente o mesmo princípio, exceto que não há imagem nem cena nem luz.
Mas, no que eu nomearia o retorno desse estado para agir no efêmero, há um sentimento que eu poderia qualificar de intenso, ou, mesmo, de extraordinário, de Paz, de equanimidade e de Amor, que não se exprime mais, unicamente, pelo Fogo do coração, mas, diretamente, pela própria consciência, em sua emanação que eu qualificaria de primária.
Assim, portanto, o mental não tem qualquer papel aí.

Além disso, quando do desaparecimento, e o ciclo de desaparecimento conclui-se, você não pode ser alterado, de maneira alguma, pelo que quer que seja que sobrevenha, mesmo em seu mental.
Isso é tomado pelo que é, e não como uma hesitação entre o que é da ordem do mental ou da intenção espontânea do Espírito.
Isso corresponde à cessação total de toda noção de busca, não de busca de trabalho ou de alimentação, mas de busca espiritual.

Aquele que está estabelecido no Absoluto não pode mais ser concernido, no desenrolar de sua vida, por qualquer elemento do efêmero, mesmo se, é claro, ele assuma, e completamente, esse efêmero.
Mas sua consciência, sua lucidez, seu humor, seu estado não podem ser, em caso algum, alterados por uma variação do ambiente, qualquer que seja.


Questão: desde sua resposta à minha questão, eu sinto tremores em todas as partes do corpo, no interior. O que isso significa?

Bem amado, o corpo de Existência manifesta-se a você por percepções vibrais ou energéticas situadas no exterior do corpo.
Quando a estrutura do corpo de Existência – que, eu o lembro, em sua essência e não em sua manifestação nesse mundo, não é ligado às Portas, às Estrelas ou Triângulos elementares – encontra-se, diretamente, ao nível de uma estrutura interna de ressonância, que corresponde, grosso modo, ao que se nomeia o corpo etéreo – e não a aura etérea – que está inscrito no interior de sua estrutura física, esse tremor, essa vibração, conforme a intensidade que ela apresente, é, efetivamente, um tremor interior que o conduz, aí também, ao desaparecimento.

O desaparecimento pode ser impulsionado pela Luz, diretamente, quer seja pela porta KI-RIS-TI, quer seja pela subida da Onda de Vida, quer seja pelas Presenças no Canal Mariano, mas, também, de modo espontâneo, a partir do instante em que seu mental aceita capitular.

Aí está, também, o efeito do Espírito do Sol e da passagem realizada pelo Anjo Uriel, que lhe dá, também, a...
Lembre-se, trata-se de uma passagem de trás para frente.
O atrás é o passado, a frente é o futuro, no meio é o instante presente.
Enquanto essa passagem não está permeável, na totalidade, há antecipação e projeção no futuro, necessidade de fazer planos, de conhecer datas.
Se, em contrapartida, a passagem está fechada atrás, há o peso do passado, o peso dos hábitos, o peso do carma.
Assim, portanto, abrir essa passagem permite, muito exatamente, viver o desaparecimento.
Quer isso passe e seja acompanhado por um som, por um tremor, pela ativação mais intensa da Coroa radiante do coração ou do Fogo do coração ou, ainda, por qualquer outro mecanismo que acompanha, se você está atento, os momentos de desaparecimento da consciência.


Questão: como se desloca Hercolubus? De órbita em órbita ou ele vai surgir de repente, de outra dimensão? Como ele pode deslocar-se e aproximar-se de nós?

Bem amado, eu não me imagino dar-lhe um curso de física ou de astrofísica.
O que eu posso dizer, simplesmente, e isso já foi enunciado pelo Comandante: a velocidade desse corpo celeste ajusta-se em função das resistências encontradas, o que dá uma imprecisão desejada, não por nós, mas pelas leis da vida, que permite à manifestação desse sinal celeste importante intervir no momento o mais oportuno.
Esse momento o mais oportuno situa-se entre o aparecimento do primeiro sinal e um ano inteiro.

Esse astro, já que é preciso chamá-lo assim, é o companheiro gêmeo desse sol separado pelas forças arcônticas.
O Sol está, portanto, incompleto.
Assim, portanto, a aproximação de Nibiru faz-se a uma velocidade que desafia as leis de deslocamento dos corpos celestes, porque o plano orbital não é o plano orbital dos planetas desse Sistema Solar.
Assim, portanto, o período dito de visibilidade, tal como anunciado como sinal maior pelo Comandante, depende, obviamente, da posição dos astros uns em relação aos outros, a iluminação, se você prefere, por nosso Sol nesse mundo, ou como algumas luzes venham de alguns planetas desse Sistema Solar, que estão em curso de modificação, que realizarão uma iluminação indireta e não direta desse corpo celeste.

Sua aproximação não é, portanto, tão ligada aos mecanismos de deslocamento dos corpos celestes, mas, bem mais, ao eixo orbital e, também, às posições relativas dos planetas uns em relação aos outros.
Eu esclareço, contudo, que a visibilidade desse sinal será extremamente curta no tempo, mas suficientemente importante para não poder ser ignorada por ninguém e não pode ser confundida com o qualquer outra coisa.
De qualquer modo, as circunstâncias da consciência do conjunto chamado noosfera da humanidade e de Gaia estará em condições específicas, naquele momento, que não deixarão qualquer dúvida sobre o que acontece, independentemente, mesmo, do Apelo de Maria.

Então, esse deslocamento não obedece a uma órbita planetária nem a uma órbita em outro sistema solar, mas os deslocamentos são oriundos do que é encontrado em sua rota.
Obviamente, os planetas mudam de lugar, como você sabe, ao longo de sua revolução solar; o posicionamento desse Sistema Solar estará em um lugar que não é conhecido, por hora, no momento da visibilidade desse corpo celeste.
Corpo celeste que será visível apenas durante um período extremamente limitado, compreendido entre cinco e dez dias.


Questão: o que é o ego?

Bem amado, o ego é, simplesmente, o outro nome, etimologicamente, que significa «pessoa» ou «persona», se você prefere, máscara, etimologicamente.
O ego é a máscara portada, dada a ver aos outros e a si mesmo, e que não é, jamais, a realidade ou a verdade.

Enquanto você é uma pessoa, o ego continuará presente.
Sem ego, você não pode servir-se de seu veículo nesse mundo.
Entretanto, o importante não é saber se há ego ou se não há mais ego, o importante é saber quem comanda em você.
É o ego, cuja ação nesse mundo é função dos aprendizados, dos condicionamentos, das feridas, das alegrias, do carma?
Ou será que tudo o que você manifesta, nesse mundo, está desembaraçado de tudo isso?
É o ego que lhe serve, no entanto, tanto para levar um garfo à sua boca como para deslocá-lo, mas que não tem que ser implicado, de maneira alguma, no que você é, na Eternidade.

Ver seu ego é o que acontece, nesse momento, no Face a Face.
Isso não é destinado a matar o que quer que seja, matar o ego, nem mesmo lutar contra ele, mas, simplesmente, ser visto, para saber, definitivamente, quem comanda a sua vida.
Será, então, a pessoa?
A máscara que você colocou, resultado dos condicionamentos, dos aprendizados, das educações, dos sofrimentos, das feridas ou das alegrias?
Ou será a Liberdade que se exprime através de você?
O ego está aí, você vai utilizá-lo, mas ele não é aquele que utiliza você.

O ego é, também, a atividade do mental que vai servir, nesse mundo, para resolver os problemas desse mundo e dessa vida nesse mundo, mas que não lhe é de qualquer utilidade para descobrir o que você é, em Verdade.
O ego é o que puxa toda experiência e toda manifestação vivida nesse mundo para ele, como ponto de referência ligado, justamente, aos condicionamentos ou às experiências passadas.
O ponto de vista daquele que transcendeu o ego é aquele que não está mais submisso aos condicionamentos, quaisquer que sejam, aos aprendizados, às experiências (tanto felizes como infelizes), mas que é, simplesmente, submisso, de algum modo, à Inteligência da Luz, e que aceita isso no desenrolar de sua vida.
Voltar a tornar-se uma criança é a Verdade.
Mas voltar a tornar-se como uma criança não quer dizer tornar-se, ou voltar a tornar-se irresponsável em sua vida, mas, bem ao contrário, tornar-se inteiramente responsável por tudo o que se manifesta a você em sua vida.

O desaparecimento, entre aspas, do ego, ou sua transcendência, vai traduzir-se, para você, por uma capacidade para não mais puxar tudo para si, mas para dar de si ao outro.
Você não é mais tributário de sua história, mas você é tributário do conjunto de outros irmãos e irmãs, do conjunto da humanidade, bem antes de você.
Aí está a Doação de si, aí está o Amor.
Todo o resto não é o Amor.
Eu diria que é, bem mais, uma negociação entre o ego e o Amor.
Mas o Amor nada negocia, ele É.
É o ego que negocia, permanentemente, sobretudo, quando ele se atrela, eu diria, ao mundo espiritual.

O mental nada tem a fazer no mundo espiritual, assim como o Espírito nada tem a fazer na condução de seu automóvel.
Aliás, se você desaparece naquele momento, bem, acontece o que deve acontecer.

Quem comanda?
Ver, claramente, nisso, é ver onde está a ilusão, ver onde está o efêmero e ver o que é eterno.
As consequências não são, absolutamente, as mesmas, e a vivência, tampouco.
Aquele que transcendeu o ego não está mais submisso ao jogo de seu próprio ego.
Ele o observa, divertido, ele o vê agir, ele o deixa exprimir-se, mas sabe que isso não é ele.
O Amor é facilidade, Evidência, o Amor apenas necessita de um mínimo de esforço, contrariamente ao ego, que quer sempre mais e que, eu o lembro, puxa tudo para ele.
Ele se compara ao outro, ele compara o que ele tem ao outro, ele compara seus dons aos dons dos outros, ele compara suas capacidades às capacidades dos outros.
Ele considera um objetivo e põe, daí mesmo, afirmando e considerando esse objetivo, uma distância entre ele e o objetivo.
Aquele que transcendeu o ego não tem objetivo, porque ele sabe que não há um.
Há apenas que deixar ser o que é.
O ego quer controlar esse «deixar ser», ele quer trabalhar nisso, ele quer amplificá-lo, ele quer dirigir as coisas.
Ou você se dirige por si mesmo, ou você é dirigido e guiado pela Luz.

Existem muito numerosas metáforas e parábolas de Cristo que evocaram isso: «Ninguém pode penetrar o Reino dos Céus se não volta a tornar-se como uma criança», «Será mais difícil a um rico passar pela porta do coração do que a um camelo passar pelo buraco de uma agulha», «Será que o pássaro preocupa-se com o que ele vai comer amanhã?», «Deixe os mortos enterrarem os mortos, e siga-me».
Não para seguir-me, mas para pôr seus passos nos meus passos, dizia Ele, para tornar-se Ele.

Não pode existir história pessoal ou lenda pessoal ativa, ainda, quando Cristo está presente.
A única vontade de Seus «amigos», de Suas «esposas», é a de desaparecer Nele.
Mas toda vontade voltada para o ego, contra o ego, fará apenas reforçá-lo.

É toda a diferença entre a vontade e o «deixar».
A vontade apoia-se, obviamente, nas leis desse mundo.
Ela é determinação do ego, mesmo se esteja voltada para o espiritual.
Ela é coação e, também, certa forma de manipulação, ou seja, exerce, em si mesmo, sobre si mesmo, você não deixa a possibilidade para a Luz de manifestar-se, inteiramente, por sua simples presença como ego e pessoa.
Mas para nada serve matar o ego e a pessoa, basta, simplesmente, vê-los, e que cada um ocupe-se do que há a ocupar-se: o ego conduz o automóvel, o coração conduz o coração.

Eu sou Anael, Arcanjo.
É tempo, agora, de retirar-me em vocês.
Permitam-me aportar-lhes as bênçãos de minha radiância, e eu lhes digo até já, em seu Templo.


***

O.M. AÏVANHOV


Bem, caros amigos, é uma alegria reencontrá-los e tocar com vocês.
Permitam-me, primeiramente, viver, com vocês, um momento de comunhão com o Espírito do Sol e com Cristo, é claro.
Instalemo-nos alguns instantes nessa comunhão, antes de começar a trocar.
Eu terei coisas a dizer, mas penso que terei a oportunidade de dizer essas coisas durante as respostas às questões.
Isso permitirá, se querem, ter algo de mais dinâmico e que pode, sempre, corresponder a soluções para alguns, em relação às interrogações do que se vive durante este período.
Então, façamos, primeiramente, esse silêncio e essa comunhão.


…Silêncio…


Bem, vamos poder, agora, começar nossas trocas.
Eu esclareço, de imediato, que eu posso permanecer com vocês aproximadamente duas horas, então, temos todo nosso tempo para avançar nesses processos Ascensionais que vocês vivem, ou qualquer outra questão que vocês teriam também.
Eu diria, como de hábito nesses últimos tempos, quando há silêncio, o Espírito do Sol e Cristo estão em nós, vibrantes e ativos.


Questão: quando de uma atividade, eu tenho, por vezes, dificuldade para estar, ao mesmo tempo, na atividade e na lucidez do observador.

O que eu vou responder é que fazer uma atividade, quer seja sua profissão, quer seja, por exemplo, remar em um barco, parece-me difícil ter algumas atividades e, ao mesmo tempo, estar alinhado, totalmente, ou seja, estar em êxtase.
Há mecanismos, eu diria, de aprendizado.
É apenas através da repetição dos estados de clareza, de lucidez ou de observador, como você diz, que a atividade poderá desenrolar-se sem obstrução, ao mesmo tempo permanecendo unificado, digamos.
Mas isso não se faz de um dia para o outro.
Não é porque você é capaz de ser observador em algumas circunstâncias que, quando você está em algumas atividades que mobilizam, eu diria, sua atenção, sua consciência, aí, é claro, você não pode fazer duas coisas ao mesmo tempo, isso me parece perfeitamente lógico.

Apenas quando tiver havido certo número de idas e vindas entre o ego, o observador, ou mesmo o Si, ou mesmo o Absoluto (o Absoluto é, ainda, um pouco diferente, mas digamos a Infinita Presença) que, a um dado momento, todas as separações, as compartimentações da consciência que estão, ainda, ativas, atualmente, não terão mais curso.
Mas isso necessita, efetivamente, de um treinamento e uma experiência que depende, é claro, de cada um, que será diferente, conforme os casos e conforme as atividades também.

Fazer as coisas em consciência e como observador, será melhor começar por fazê-lo em coisas simples e não em atividades que mobilizem, eu diria, a totalidade da consciência, e que, portanto, vão compartimentar ou recompartimentar para levar a efeito essa atividade.
Então, é claro, há circunstâncias nas quais, apesar da atividade, você tem esse alinhamento perfeito e, aí, você está em uma eficácia total.
Mas, raramente, é algo que poderá durar, permanentemente, porque são necessários, de qualquer forma, momentos de interiorização, de recuperação, chame a isso oração, meditação, como quiser.
Mas é difícil realizar algumas atividades mantendo-se como observador ou, mesmo, desaparecer.
É como se você pedisse àquele que me acolhe ler um livro ao mesmo tempo, você vê.
Isso colocaria, de qualquer forma, sagrados problemas.

Portanto, isso não é algo que seja uma falha ou um déficit do que quer que seja.
É, mais, algo que vai instalar-se progressivamente e à medida do tempo que passa, mas que você não pode controlar, em um primeiro tempo, porque há, justamente – e, sobretudo, agora, fazendo esses vai e vens e ficando cansado ou fatigado ou exasperado de viver essas idas e vindas entre a Eternidade e o efêmero – que você vai, em definitivo, escolher, de maneira irremediável, pela atribuição vibral (se já não foi feito, se você não o percebeu), o que é fundamental para você, eu diria, ao mesmo tempo, algo que é muito importante e que você vive como algo de imperioso.

O imperioso não é mais um desejo nem uma investigação, é uma evidência que se instala, porque você experimentou, suficientemente, o ponto de vista da pessoa, o ponto de vista do observador, o ponto de vista do Si ou a ausência de ponto de vista do Absoluto.
Nesses casos, tendo feito as experiências de idas e vindas sucessivas de uma à outra, você vai perceber que alguns estados não o satisfazem mais, não lhe correspondem mais, e é assim que se estabelece o apelo e a atribuição vibral.
Porque, em sua consciência, nesse momento, manifestam-se, como nós já dissemos, muito exatamente, as situações, as ocupações, a idade que você tem são extremamente importantes para cada um de vocês, para viver o que vocês têm a viver.

E, frequentemente, antes de ser liberado, como Bidi dizia, você constata, por si mesmo, e você pode, aliás, reclamar contra si mesmo ou contra o outro, porque você passa de um ao outro, eu diria, mesmo, sem esforço, e eu diria, mesmo, às vezes, sem o querer.
E, naquele momento, efetivamente, é a você que cabe posicionar-se no que lhe parece exato para você e não exato de outro lado.
Portanto, quer seja a Eternidade, quer seja o efêmero, quer seja o Si, é assim que se realiza, ao mesmo tempo, o Face a Face que lhe dá a ver um ponto de vista, depois, outro ponto de vista, portanto, dois pontos de vista ou, por vezes, três diferentes, e é através do que sua consciência pesa e avalia, de algum modo, que você irá para as linhas que são, para você, as mais fáceis e as mais evidentes.

E, aliás, esse Face a Face é destinado a fazê-lo tomar consciência, também, no momento da estase, da vaidade, eu diria, da encarnação 3D dissociada.
Porque vocês todos constatarão – se não o constatam antes da estase – que tudo a que vocês possam, ainda acreditar, todos os projetos que vocês possam ter e que são lógicos, de acordo com as idades que vocês têm, não têm qualquer peso em relação à sua própria Eternidade.
E aí, é claro, com mais ou menos facilidade, vocês desembocarão, em todo caso, na Liberação e na Eternidade, na pior das hipóteses, com uma Eternidade não completamente conforme, mas que não é, absolutamente, falsificada como aqui, não é?

Portanto, é perfeitamente lógico viver, eu diria, para alguns de vocês, uma forma de desconforto.
Desconforto entre o que é habitual, o que é moral, o que é social, o que é emocional e o que é relacional e o que é o estado de êxtase, o estado de íntase, o estado Turiya, o estado do Si.
Então, é claro, o erro seria servir-se do Si para organizar o que é do domínio da personalidade, porque, aí, efetivamente, isso os faz recair na dualidade, pelo que vocês chamam, naquele momento, o que eu nomearia os poderes da alma.
E os poderes da alma são forças que fazem com que a alma volte-se para a matéria e não para o Espírito, mesmo se essa alma viva coisas que pertencem aos mundos invisíveis.
Mas nem todos os mundos invisíveis são vibrais, vocês sabem disso, perfeitamente.

Portanto, as oscilações e vai e vens, os «tournicoti-tournicota» são, justamente, para alguns de vocês, mas, também, para aqueles que veem isso, decidir colocar-se, com mais facilidade, em tal estado, tal estado ou fora de qualquer estado.
É graças a esse jogo de idas e vindas.
Lembrem-se, nós o temos exprimido por diferentes vozes entre os Anciões, as Estrelas ou os Arcanjos, mas, também, por intermédio de Bidi.
Mas o que era aceitável, mesmo se você não o vivesse, à época, como sedutor, como hipótese válida, você não verificou, necessariamente, naquele momento, mas, hoje, é o que lhe cai em cima, e isso pode dar, por vezes, variações de mental, de humor ou de emoções, de acordo com o que você é, e que podem parecer-lhe, eu diria, o inverso da paz, mas, no final, há, sempre, a Paz.
O que resta é que é impossível, hoje, permanecer com as nádegas entre duas cadeiras, como você fazia nos anos anteriores, ou seja, ou você está em uma cadeira ou na outra.
E, depois, você vai aperceber-se de que a segunda cadeira não existe e, depois, você vai aperceber-se de que não há cadeira, absolutamente, e, no entanto, você está sentado, e, em seguida, depois, você se aperceberá, você se aperceberá: «Mas quem está sentado?».

Então, você vê, é, justamente, esse contra o quê você pode parecer impotente, nesse momento, para alguns de vocês, por exemplo, se a Luz instala-se enquanto você conduz, inteiramente.
Isso são coisas que lhe mostram sua própria impotência da personalidade, com algo que era habitual para você e que se torna um feito.
Isso não é uma punição, não é uma doença, é apenas o modo que a Inteligência da Luz encontrou para fazê-lo instalar-se, confortavelmente, onde você está, realmente.
E suprimir, também, desse modo, a noção de busca porque, quando você está, realmente, alinhado, quer seja na aproximação do Si ou no Si estabelecido, você vê, efetivamente, a diferença, a qualidade de sua consciência.
E, depois, você sabe muito bem que há coisas quotidianas a fazer, diz-se: «com a mesma equanimidade».
Mas você sabe muito bem que há coisas que você detesta, todos e cada um, quer você seja Absoluto ou seja realizado no Si.
Porque você tem, de qualquer forma, uma constituição, mesmo se ela seja magnificada ou transmutada, e que, é claro, o corpo está aí, ainda, é claro, nesse mundo, você o vê, mesmo na agonia e, portanto, há, de qualquer forma, coisas a respeitar, que são desse mundo.
Caso contrário, você não pode fazer os dois.

Portanto, é algo que não é para todo mundo, é claro, mas para alguns de vocês que viveram experiências, recentemente (razão a mais, se elas ocorreram há vários anos), das quais você tem a memória dessa vivência.
E, naquele momento, você vai procurar estabelecer-se nisso e a Vida não lhe dá as oportunidades, portanto, isso provoca raivas, isso provoca fulminações, isso pode provocar sintomas específicos, como o Fogo, que vai voltar a sair e eliminar-se, ao nível da pele, por exemplo.
Tudo isso é destinado apenas a mostrar-lhe onde você está em si e onde você não está mais em si, simplesmente.
E depois, é claro, é você que decide.
E você decide, de fato, você nada decide; se as resistências estão presentes, apesar do sofrimento, você continuará a ocupar uma cadeira que não é para você.
Tanto em um caso como no outro.
Isso não é, unicamente, o apanágio da pessoa ou da personalidade ou do ego, é válido, tanto para o ego como para o Si.
Mas, eu diria que, para o Absoluto, não mais.

É similar para uma dor, é similar não importa para o quê.
Todas as experiências – e nós o repetimos, ainda, com força – que você realiza são capazes de instalá-lo em sua atribuição.
Então, qualquer que seja o sentido que você tome, essas mudanças, esses «tournicoti-tournicota», ao contrário, é o que vai fortificá-lo, se posso dizer, na aproximação que você tem e que você vive da Eternidade.


Questão: a propósito das cadeiras, há, para alguns, uma apropriação do território. Como você vê isso, a partir de seu lugar?

Então, se quiser, vamos fazer o que disse Anael, recentemente.
A partir do instante em que você se apercebe disso. Inverta a questão: o que isso perturba em você?
Não se esqueça de que tudo o que você vê é o que você projeta.
Isso não quer dizer que seja verdadeiro ou falso; você, talvez, tenha toda razão.
Mas o que isso faz ressoar em você?
A solução está aí.

Sempre, e você vai constatá-lo, cada vez mais frequentemente, você vai, por exemplo, viver uma interação com uma situação ou com uma pessoa, com um irmão e, nessa interação, você vê alguma coisa.
Não é questão de dizer eu tenho razão e o outro está errado, ou o outro tem razão e eu estou errado, é questão de ver o que isso quer dizer.
E, se você vê isso, o que é que isso quer dizer para você?
De algum modo, é você que está incomodado.
O que é que isso evoca como falha em você?
O outro está aí apenas para mostrá-lo a si mesmo, quer seja um Draco, um Réptil ou um comportamento animal.
Porque, se você fosse Absoluto ou estabelecido no Si, mas mesmo isso não poderia levantar a mínima interrogação.
Mesmo se você está incomodado, porque você queria esse lugar, você deixará o outro viver esse lugar, sem forçar-se, de maneira alguma.
Isso quer dizer que, assim que você manifeste algo que é bom demais para ser verdade, e totalmente verdadeiro, mesmo, eu diria, mas o fato de colocar a questão ou de vê-lo, sem atravessar isso, ou seja, estando preso, de algum modo, em você ou pela questão, ou pela interrogação que isso suscita.
Eu o convido, como disse Anael, «É aquele que diz que é».
Se você adota esse princípio em todas as coisas, você verá que, muito rapidamente, tudo isso vai solucionar-se.
É aquele que diz que é.
E é, completamente, isso.

Mesmo se, por exemplo, você tenha a impressão de ser invadido em seu território, eu não falo de cadeira, mas de não importa o quê, se isso se produz, é como o tijolo que você recebe na cabeça.
Ele não está aí por acaso, esse tijolo, e o outro não está aí por acaso, tampouco.
Porque você entra – e isso eu também disse – a partir da atribuição vibral e, mesmo, um pouco antes, você entra na hiper-sincronia.

Dão-lhe a ver coisas, que o chocam ou que o seduzem, ou que lhe parecem verdadeiras, ou que lhe parecem falsas.
Qual ponto de vista você vai adotar?
Aquele da pessoa ou aquele do Si?
O ponto de vista do Si ou o ponto de vista do Absoluto?
E você verá que as consequências não serão, absolutamente, as mesmas.
Se você se incomodou por uma noção de lugar ou de território, é que, em você, há, exatamente, a mesma coisa.
É difícil a admitir ou a compreender, mas faça a experiência de fazer: «É aquele que diz que é», e volte à questão para si mesmo, ou a frustração ou a raiva ou não importa o quê, ou o desejo de fugir de uma determinada situação.
O que é que eu exprimo através de minha raiva ou de minha fuga?
O outro é apenas um médium que está aí, justamente, para fazê-lo ver isso.
Portanto, você vê, é nem bem nem mal nem a predação, são oportunidades de ver-se, inteiramente, em si.
Então, isso não quer dizer, necessariamente, que você tenha «aquele que diz que é», mas, em todo caso, isso faz ressoar alguma coisa em você, isso é evidente.
Caso contrário, você nem mesmo o veria.

Hoje, efetivamente, você deve superar todas essas noções de território, e é, aliás, isso faz parte não de mecanismos que você tenha vivido há alguns anos, de deslocalização da consciência na qual você era o outro, na qual você comungava com o outro.
Você vê, efetivamente, que há coisas que eram mais fáceis antes, sobretudo, antes que se manifestam as linhagens.
Porque, aí, você está em níveis que não são, unicamente, ligados às suas experiências ou às suas frustrações, mas que o remetem, diretamente, aos seus próprios arquétipos.

E seus próprios arquétipos não querem dizer que você tenha essa linhagem que corresponde a esse comportamento, mas que você está na reação em relação a essa linhagem.
Como você pode estar em relação com qualquer linhagem que seja, mesmo que seja um puro Draco, e manter a Unidade.
Explique-me como você faz.
Bem, você verá muito bem que é impossível.
É preciso ver, atravessar, exprimir, se quiser, como você o fez, mas, depois, ver-se a si mesmo.
Isso não quer dizer que você faça a mesma coisa, isso não quer dizer que você tem razão e que o outro não.
Tente sair dessa visão maniqueísta da pessoa: eu estou errado, ele tem razão, ou o inverso, ele está errado e eu tenho razão.

Isso não tem qualquer espécie de importância, porque você não resolverá nada assim.
Você resolverá uma determinada situação, mas ela lhe será reapresentada, multiplicada a cada vez, porque nós já dissemos, há algum tempo, que o que se desenrola na matéria, aí, nos atos insignificantes da vida, são os meios de testar onde você está, real e concretamente, nisso.
E, talvez, você não o veja, e o outro sim.
Mas, assim que haja um que veja algo, é o outro, é como quando você brinca de cabra-cega, é a mesma coisa, ou de esconde-esconde.
Você agarra alguma coisa, porque você a viu e, depois, o que é que você faz?

Portanto, é claro que se pode encontrar uma origem ao nível do cérebro, ao nível das feridas, ao nível das memórias.
Pode-se, também, encontrar explicações pela manifestação de uma linhagem, mas, se um irmão ou uma irmã dá-lhe a ver uma linhagem que não o suporta, mas é que a falha está em você.
Se você é Absoluto, você vê o bem, você vê o mal, você vê a Unidade, mas você nada é de tudo isso.
Você não será incomodado nem pelo diabo nem por um tiro de fuzil, você continuará o mesmo.

Portanto, assim que haja reação, ao que quer que seja, você exprime, simplesmente, resquícios, eu diria, de dualidade.
Portanto, é aquele que diz que é.
E eu lhe certifico que, se você muda seu modo de ver ou de analisar, mesmo uma determinada situação, uma determinada relação, você vai, rapidamente, dar-se conta do que não funciona em você, ao invés de vê-lo no outro.
Porque, se você o identifica em si, não como a explicação, a identificação não é a explicação, é atravessar isso, não prender-se pelo que quer que seja, não como uma negação, não como aquele que não quer ver, mas, justamente, vendo-o, com cada vez mais intensidade, cada vez mais ruminação ou perturbações, é assim que você vai sair disso.

Para nada serve bater no outro ou roubar-lhe a cadeira.
Mas isso pode ser engraçado, também, para o outro, se isso se produz, na condição de que não seja uma reação, porque, de momento, há linhagens que lhe aparecem, gentilmente, nos comportamentos, mas podem aparecer, também, muito mais violentamente.
Mas isso é, justamente, o que você vive, agora, como nós dissemos, com uma intensidade decuplicada.
Permaneça sábio em relação a isso, não se misture nisso.
É visto, é claro, mas se é visto, resta apenas que atravessá-lo, simplesmente.

Então, é claro, você vai responder-me que é mais fácil falar do que fazer.
Faça-o, já, algumas vezes, e você verá, por si mesmo, que as coisas ficarão profundamente diferentes.
Talvez, você vá decidir serrar-lhe a cadeira e, talvez, para ele, isso será importante, naquele momento e, talvez, você vá atravessar.
Porque, aí, se você atravessa e deixa o tempo, deixa o espaço, você dá, pela Inteligência da Luz, a explicação, você não entrou na reação imediata ou no sofrimento imediato ou no incômodo imediato, pouco importa o que é.
Quer seja uma doença, um vírus, um irmão, uma irmã ou o tijolo que cai na cabeça é, exatamente, o mesmo princípio.
Então, naquele momento, ai invés de acusar o tijolo ou aquele que jogou o tijolo, volte-se para si.
Isso não quer dizer tudo aceitar, isso não quer dizer nada dizer, isso quer dizer atravessar isso em si, ou, se prefere, gire sete vezes a língua em sua boca antes de falar.
Eu não falo das questões, mas eu falo em geral.

Tudo o que a Vida propõe a você, hoje, é isso.
Quer sejam anomalias na matriz, que são cada vez mais frequentes – e isso eu havia dito para o mês de abril – as coisas que lhe explodem na cara, com uma intensidade que você não suspeitava, e que chegam, por vezes, a fazê-lo perder a calma ou sair de seu contentamento, quer seja o excesso de barulho, quer seja alguém que funga, quer seja não importa o quê.

Tudo isso são oportunidades para sair, de algum modo, dos resquícios de expressão da dualidade.
Porque a Vida chama você, sempre, nesse mundo, mesmo se você é Absoluto e decida permanecer no Maha Samadhi durante um ano, você não poderá evitar ser perturbado – a menos que esteja no fundo de uma caverna e nada coma e nada beba durante anos – por um animal que passa, pelo frio, por não importa o quê.
São, justamente, as oportunidades de ver se você está aí, realmente, onde você pensa estar.
O que quer dizer que, agora, não basta mais dizer eu tenho tal Coroa que está ativa, eu vivi a Onda de Vida, portanto, estou Liberado.
Prove-o.

A prova não é porque você vibra.
É claro que você está liberado, naquele momento, como todo mundo.
Mas, no que há a viver agora, com a acuidade que é exponencial, cabe a você ver.
E, se algo, sobretudo, é-lhe reapresentado, em relação a uma experiência que você faz, habitualmente, a traição, o abandono, a injustiça, o medo, todas as manifestações da pessoa – essa manifestação da pessoa, ela pode ser inteiramente verdadeira, como inteiramente falsa – tanto em um caso como no outro, é a expressão da dualidade, é uma projeção da consciência.
E a consciência vai apropriar-se, é claro, e dizer: «Eu tenho razão», mas, naquele momento, é a pessoa que fala.
Você perdeu o controle, você saiu do alinhamento.

E o que é preciso fazer nesses casos?
Pôr Cristo à frente.
Então, você pode enviar, também, o próprio Cristo serrar-lhe a cadeira, você verá, efetivamente, o que acontece.
Talvez, para essa pessoa, efetivamente, será necessário que a cadeira quebre; para outra, não, ela está aí porque, justamente, ela desperta isso em você.
E, se ela desperta isso em você, é que há ressonância e, se há ressonância, isso quer dizer que, sem culpa, sem projeção, atravessa isso.

O mais difícil em tudo isso é não mais colocar-se questões, ao nível mental ou intelectual, sobre a busca de sentido, de explicações, mas, também, não mais ruminar e não mais recusar as emoções que chegam, deixá-las emanar e ver por si, porque, se há algo que chocou, é que, em algum lugar, há uma falha, e o outro está aí apenas para revelar sua falha.

E, se você não o vê com uma determinada situação, você o verá com uma pessoa, e você o verá com uma segunda pessoa.
Depois, se é preciso quebrar o carro para isso, ou quebrar-lhe a cabeça, a Luz quebrará sua cabeça.
É normal, e é isso a sincronia, é isso o Face a Face.
E, para alguns, o Face a Face consigo mesmo é muito fácil, então, o Face a Face não é, unicamente, em relação a si mesmo, é em relação a tudo o que eu nomearia a vida nesse mundo, ou seja, tudo o que é emanação da consciência, projeção da consciência e, portanto, separação, divisão e compartimentação.

E é, justamente, vendo isso, por vezes, sendo cada vez mais incomodado, que você vai dar-se conta de que, sozinho, você nada pode fazer, ao nível de sua pessoa.
E pôr Cristo à frente permite, efetivamente, sair desse funcionamento dualitário porque, ao colocar Cristo entre vocês dois, ou entre você e uma situação, você sai, de maneira inexorável, da dualidade, você entra na Trindade.

Eu diria, em resumo, que tudo o que se apresenta à sua consciência, hoje, tem uma razão de ser.
Como você mesmo está, exatamente, no lugar certo; as interações de todos esses lugares dão ajustes, modificações, por vezes, muito violentas, nesse momento, mas que concorrem, todas, para estabelecê-lo aí, onde você está.
E você terá a oportunidade, ao colocar Cristo à frente, de aperceber-se de que querer determinar quem está errado e quem tem razão, estritamente, para nada serve.
É claro, quando você está no carro e há um sinal de parada e você entra nele, é ele o culpado, mas, aí, eu falo de sua consciência.


Questão: o que eu devo deixar emergir?

Já, o modo pelo qual a questão é formulada: «O que eu devo deixar emergir?».
Mas nada há a dever, deixe emergir tudo o que emerge, uma vez que não é você que decide deixar emergir, parece-me.
É a Vida que lhe propõe, pela Inteligência da Luz, o que deve manifestar-se a você na tela de sua consciência, na cena de teatro, que, mesmo que você saiba que não é você, você está jogando.
Para alguns, pôr-se na raiva vai enraízá-los.
Para outros, pôr-se na raiva vai desenraizá-los.
Nem todo mundo tem a mesma ressonância com, por exemplo, aí eu falava de emoções, mas é similar ao nível do mental e ao nível de todos os territórios.

Lembre-se: o mapa não é o território.
Nós demos as cartas, alguns viveram os territórios.
Mas resta um momento no qual os territórios não têm mais lugar de ser.
Aí está a Liberdade, e a Liberação total, ela não está em outro lugar.
O que quer dizer que você está no aprendizado preliminar ao Apelo de Maria, que lhe dá a viver circunstâncias.
Quaisquer que sejam essas circunstâncias, elas têm um sentido, mas você não tem que encontrar o sentido, você tem, simplesmente, que vê-lo – e quando isso emerge é que é visto – e atravessá-lo, retornando a coisa para você.

Cristo, aliás, havia dito: «O que você faz ao menor de vocês, é a mim que você o faz».
Então, você imagina aquele que é, visceralmente, apegado à sua cadeira, você irá desalojar Cristo.
Então, isso relativiza porque, se você toma por hábito ver as coisas – às vezes, com uma acuidade muito perturbadora – junto ao outro, quem permitiu que você veja isso?
Isso não quer dizer que aquele que é Absoluto nada veja, mas, mesmo se ele vê, ele vai atravessar isso com grande facilidade.
Ele não é preso por isso.
Mesmo se isso emirja, isso emerge e evacua-se, isso não permanece.
Em contrapartida, se você nutre a si mesmo pelo ressentimento, pela noção de errado, pela noção de «eu tenho razão», a noção, qualquer que seja, de explicações ou de justificações, bem, você mantém a dualidade.
E todas as experiências da vida são significantes em relação ao seu posicionamento.
E isso vai aparecer-lhe, e aparece, já, cada vez mais claramente.

Você sente, às vezes, em relação a um companheiro, a um filho, a um pai, a um irmão e uma irmã, com quem você não tem problema algum, e há, por vezes, algo que emerge.
O que é que isso faz emergir em você?
Sobretudo, para os parentes, hein?
O que é que emerge, naquele momento?
Não é a causa de «por que isso emerge», você o volta contra si ou para si; não é contra si, é para si.
Você atravessa isso, você o vê, você aquiesce, você o viu, mas você não reage.
Aí também, você se confia a Cristo e à Inteligência da Luz.
E os resultados serão muito mais rápidos do que se você intervém com sua pessoa.
Porque, se isso despertou em você, é que, obviamente, está, já, presente em você, de uma maneira ou de outra.

Então, para nada serve ir procurar no histórico, em sua infância, nas vidas passadas o porquê e o como você manifesta isso.
Simplesmente, isso sai, deixe-o sair.
Não se envolva.
Se você aquiesce a isso, verá que sua vida vai tornar-se um néctar de bênção.
Mas, em contrapartida, quanto mais você for, sobretudo, se você está aberto, porque, aí, as idas e vindas vão fazer cada vez mais mal, não para fazer-lhe mal (a fortiori, se você viveu o Si), é, justamente, para permitir-lhe retificar-se, de uma vez por todas.
Faça a experiência e você verá, por si mesmo.

Lembre-se: o Desconhecido não pode ser conhecido a partir do conhecido; o Desconhecido não pode ser vivido a partir do conhecido.
Ele deve, necessariamente, deixar tudo o que é conhecido.
Qual é o melhor modo de deixar tudo o que é conhecido?
É a Vida que lhe propõe isso.
Seja através da riqueza, seja através da pobreza, seja através de um conflito, seja através de medos, seja através de situações. Mas é cada vez mais intenso.
Mas não há punição nem retribuição.
A Luz é Graça, não é?
E qual é a graça que é feita nessa ocasião?
É, justamente, ver, talvez, o que você não havia visto ou, ao contrário, vê-lo de modo cada vez mais detestável, tanto para você como para o outro, aliás.
Mas há o que aí dentro?
É a ação de Graça, para ir ver o quê?
Para o perdão.
Porque o que você remete a qualquer irmão, você se remete a si mesmo.
Aí está o verdadeiro perdão e a verdadeira Graça.

E isso vai tornar-se, também, eu diria, cada vez mais percuciente.


Questão: você havia dito que Yaldébaoth havia sido banido…

Sim, ele foi banido, mas ele não foi o único, o querido homem, o querido Draco, perdão.
Há, ainda, os que se escondem no que se nomeia de planos intermediários.
Já, eles podem, mais verdadeiramente, agir a partir do astral, mas eles haviam previsto o golpe, também, porque eles haviam antecipado no período cíclico de 25.000 anos.
E eles – como são muito astutos – colocaram estratégias específicas ou de evasão, eu diria.
Mas nós, como nós somos, também, astutos, nós encontramos outras estratégias de evasão.
E é assim, permanentemente, é um jogo de xadrez, exceto que, aí, nós temos certeza de ganhar, o tempo todo.
Então, joga-se, porque é preciso respeitar o jogo, e com você, é similar, jogue, aceite jogar, jogar o que lhe dá a jogar a Vida.
E você se apercebe bem, independentemente dos problemas entre situações ou pessoas que, se você segue as linhas de menor resistência, naquele momento, você será pacificado, o que quer que tenha emergido.
Porque não, unicamente, você o terá visto, você o terá atravessado e, sobretudo, você terá implementado a ação de Graça, ou seja, você se perdoou a si mesmo e, também, ao outro.

De fato, você é testado em seus limites, para ver se você tem, ainda, limites.


Questão: você nos aconselha a dizer sim a tudo o que a vida nos propõe, mesmo ao que poderia incomodar-nos e, sobretudo, ao que poderia incomodar-nos?

Então, eu não disse isso desse modo, porque, às vezes, é preciso dar umas bofetadas, também.
Mas será que sua bofetada é uma reação ou não?
Toda diferença situa-se aqui.
É claro que há situações, circunstâncias que o obriga, por exemplo, a partir, mas, frequentemente, nesse momento, não é assim.
Eu não digo para dizer sim a tudo, eu digo para dizer sim à Luz.
Você age por si mesmo ou você age pela Graça e, sobretudo, no que é interação, relação, ambiente, território, tanto exterior como interior, aí é evidente.
Isso não quer dizer para dizer sim a tudo, mas, antes de tudo, dizer sim à Luz.

Porque, se você adota esse ponto de vista e esse questionamento, de dizer, em definitivo: «Você nos disse que é preciso dizer sim a tudo», eu jamais disse isso, eu disse que é preciso dizer «sim» à Luz.
E que, se a Inteligência da Luz está à frente, ou se Cristo está entre você e a situação, ou entre você e o irmão ou a irmã, você não tem mais que interferir, a Inteligência da Luz vai resolver isso.
E, se isso não resolve, o que é que isso quer dizer?
Isso quer dizer, simplesmente, que você não viu tudo.
É muito simples, a vítima existe apenas porque há um algoz, o algoz existe apenas porque há vítimas.
Ela está aí, a responsabilidade: é parar de crer que tudo vem para irritá-lo ou frustrá-lo.
Se o mundo está em você, se você é, realmente, o mundo, quer você veja aqui como em qualquer dimensão, o que é que você coloca à frente?
A pessoa, o Si, Cristo?

Porque, por exemplo, quando eu tomei o exemplo do tijolo que cai na cabeça, ou o exemplo da cadeira, ou não importa qual exemplo, se isso se produz, é que isso tem uma razão.
Mas a razão não é aquela que crê a pessoa.
Isso não significa dizer sim para tudo.
Aliás, se sem parar você tem a impressão de que há coisas que lhe chegam por cima e que você sente, como o exprimiu: você nos pergunta se é para dizer sim a tudo, mas não há razão alguma para que coisas desagradáveis venham desestabilizá-lo, se você está, realmente, no Si, ou no Absoluto.
Mesmo o diabo não pode dar medo ou provocar qualquer modificação que seja naquele que é, verdadeiramente, Liberado Vivo.
Ele o vê, ou ele não o vê, ao limite, mas, em momento algum, isso provoca o que quer que seja, não como o fato de dizer sim a tudo, mas porque ele vê a ilusão disso.

E aquele que vê a ilusão não tem necessidade de dizer sim a tudo, já que tudo o que acontecer na vida dele estará em acordo com o que ele é, realmente.
A Graça, o Amor ou o medo e o carma.
Eu repito, é uma revolução do ponto de vista.
Se você tem a impressão, ao exprimir isso, que é preciso dizer sim a tudo, isso quer dizer, também, aceitar o insuportável.
Mas quem fala de suportável ou de insuportável?
A pessoa.
Para o Absoluto, nada há de suportável, como nada há de insuportável, há o que é, a Verdade.
Todo o resto são tagarelices, são infantilidades, são problemas do ego, problemas da pessoa.

Então, é claro, para aquele que está sentado ao nível do lugar da pessoa, bem, isso se torna asfixiante.
Mas é, exatamente, o objetivo.
Até o tempo que você compreenda que tudo está em você, pela vivência direta.
O outro que você vê, que você toca, com quem dorme, talvez, ou o pior inimigo, mas ele desempenha um papel, também – ele não sabe – e, se você entra nisso, você desempenha, também, um papel, mas você não sabe.

Então, é claro, há o observador, mas depois do observador há, ainda, outras coisas, parece-me.
E todas essas manifestações, para alguns de vocês, você observa, efetivamente, que há, mesmo entre seus próximos, irmãos e irmãs que entram nesse estado de Paz mais facilmente do que outros, e outros que estão muito na raiva, nesse momento.
Isso não é nem bem nem mal, são apenas oportunidades, não as veja de outro modo.
Uma oportunidade de estar na fluidez da Luz e da Unidade, ao invés de manifestar a dualidade.
Porque a dualidade é onipresente na Terra.
É claro que a Luz está cada vez mais presente, e o resultado é o quê?
É, cada vez mais, sismos, cada vez mais, vulcões, cada vez mais, mortes, cada vez mais, conflitos.
Você quer participar disso?
Quem é você?
Onde está você?

É claro, eu já disse, há santas raivas.
Mas, uma vez que a santa raiva tenha saído, como Cristo, quando Ele expulsou os mercadores do templo, depois, Ele continuou a fazer o que Ele tinha a fazer.
O importante, quando você vive o instante, é, efetivamente, aceitar que pode haver emoções, atravessá-las, mas, também, não procurar a explicação ou o sentido, mas, simplesmente, acolher o que cria a Luz.
E o outro que vem dar-lhe uma bofetada ou uma punhalada ou picar sua cadeira é, também, a Luz, mas tudo depende de qual ângulo você o vê.
Ou, então, você o vê, mas sem ser implicado, nem como observador nem como testemunha nem como alguém que joga.
Porque, de todas as formas possíveis, tudo o que lhe é levado a viver, em qualquer circunstância, em qualquer ocasião e em qualquer relação que seja, estão aí apenas para isso: ver você.
E, se você faz essa reversão, isso será salutar.

Se eu vivo isso e se, além disso, eu tenho a impressão de que é algo que eu já vivi, há um mês, há um ano, há dez anos, nessa vida, em uma vida passada, é que, é claro, isso não está perdoado.
Como você quer viver a Graça sem perdoar?
Como você quer viver a Graça mantendo os funcionamentos arcaicos que não têm mais curso hoje?


Questão: as catástrofes como Chernobyl ou como a bomba atômica, é possível que isso se realize de novo ou haveria uma intervenção?

O que é que você tem necessidade de preservar, dizendo isso?
O efêmero?
Há quem continua a não compreender o que isso quer dizer, um fenômeno de extinção global.
E preciso colocar-lhes as palavras precisas: fenômeno de extinção global.
Isso quer dizer o que isso quer dizer, não?


Questão: o que você vai tornar-se depois?

Bem, primeiro, vamos acolhê-los, não é?
Alguns, para transmitir o bastão, e a cenoura, é claro e, outros, simplesmente, para apertar-se nos braços, acompanhar-se algum tempo e, depois, vocês fazem o que quiserem, e nós, também, aliás.
E é tempo que isso aconteça porque, aí, isso começa a ficar muito longo, não é?
Enfim, eu digo isso, isso não é muito tempo, mas olhem Li Shen.
Mas, bem, ele não tem a mesma noção de tempo – mesmo onde nós estamos – do que nós.
Já, em sua vida, ele não estava no mesmo espaço-tempo, então, vocês podem imaginar agora.
Quando ele diz que vai fazer silêncio, faz oitocentos anos de seu tempo, que ele não tem sido ouvido.
Entre nós também, hein?, para aqueles que estavam aí há mais tempo.


Questão: quando se fala de perdão, não se emite, ao mesmo tempo, uma noção de culpa?

Bah! Não!
A partir do momento em que você se perdoa, a si mesmo, em primeiro lugar.
É a você que é preciso perdoar, não é ao outro.
É aquele que diz quem é.
Isso funciona, também, nesse sentido, mas isso nós já dissemos, há numerosos anos.

Qual culpa, já que tudo é experiência?
O perdão, a Graça, a ação da Graça é o perdão incondicional.
Isso não quer dizer sim a tudo porque, se você manifesta esse perdão incondicional, isso quer dizer que você entra na Graça.
E, se você entra na Graça, todas as dificuldades vão aplainar-se, pela operação do Santo Espírito, e isso não é uma piada.
Você vê a qual ponto, quando você tem um problema, você diz: «Ah, quem vai resolver isso, a operação do Santo Espírito?», em um tom irônico.
Não, eu não o digo de modo irônico, é a estrita verdade, é o Espírito do Sol, é Cristo que está aí, de qualquer forma.

Você quereria ser, ainda, incomodado por uma cadeira ou por um tijolo que lhe cai na cabeça, ou por uma central nuclear que explode?
E, aí, para atravessar isso, você vê se está, ainda, na projeção da consciência – eu não falo de projeção no sentido psicológico – de emanação da consciência ou será que você está em uma interiorização da consciência?
Isso lhe dá o sentido de sua energia, desta vez, como eu digo, com uma experimentação ao vivo, e não mais em seu ser ou no aspecto vibral, mas, diretamente, no quotidiano.

É isso, também, a Unidade.
Não Unidade assim, imaginada, sonhada, mas vivida.
Eu vejo que há os que refletem, dizendo-se: «Eu tenho, ainda, preocupação em mim».
Não, isso não é preocupação, é, simplesmente, vê-lo, é tudo, e perdoar-se.


Questão:o fato de soltar todo julgamento: bem, mal... isso corresponde à Liberação?

Isso não é algo que você possa decidir assim.
Porque, assim que você faz uma escolha, há um julgamento.
O importante é não condenar.
O julgamento é inevitável e inexorável nesse mundo.
Então, todo mundo diz a você: «não se deve julgar».
Não! Não se deve condenar.
Mas julgar é avaliar, pesar o pró e o contra, é isso o julgamento.
A condenação é em seguida.
E vocês têm, todos, vocês veem essas palavras por toda a parte: não julgar.
Mas é, sobretudo, não condenar.
Obviamente, quando você vê algo, no outro ou em você, é, já, um julgamento.
Portanto, tudo o que você vê é um julgamento.

O julgamento não é, unicamente, o julgamento teatral, no sentido em que é empregado em relação ao ego.
Portanto, o julgamento foi colado a algo de muito melodramático, mas você passa sua vida a julgar, a fazer escolhas, mesmo para você, cada um faz isso.
Mas o julgamento deve terminar pelo isentar, não pela condenação.
Então, você vê, é a finalidade do julgamento que é diferente.
É claro, vem um momento no qual você não pode mais nada julgar.
Não é que você preste atenção para nada julgar – porque, aí, você entra em um ego que se reforça e que diz: «Não, não, eu não julgo, eu aceito tudo, então, estou liberado...»).
Mas isso prova, ainda, aí, nesse nível, uma incompreensão, mais do que isso, uma não vivência do que é, realmente, a Graça e o Perdão.
O Amor ou o medo, sempre, e ainda mais do que antes.


Questão: os meses de maio são, frequentemente, especiais, o que é desse?

Sim, é o que eu nomeei «o belo mês de maio».
Mas tudo será gratinado; quando isso cozinha, gratina, não é?
Mas você vê bem isso, de qualquer forma.
Você tem a chance de não ser a rã que se esquenta na vasilha sem se aperceber disso.
Você vê, ao seu redor, em você, no planeta, no céu, os vulcões, a terra, os animais que morrem, tudo isso é visível.
Não são, mesmo, dados espirituais ou em relação com a Liberdade.
Você vê, efetivamente, que há, na Terra, duas informações, aquelas que o adormecem e aquelas que o despertam.
Aquelas que despertam são as verdadeiras, são aquelas que lhe falam do que acontece, realmente, e que não vão falar-lhe da crise econômica e dos Fantoches que se agitam nos diferentes países e nos diferentes governos.

Tudo isso você vê, não?
A menos que esteja na negação.
Então, é verdade que, no caminho espiritual, há muita negação, muitos seres que recusam ver a evidência.
É o Choque da humanidade.
Quantas vezes isso foi preparado por Sri Aurobindo, quantas vezes isso foi explicado, mas você está dentro.
Eu espero que você se dê conta disso, de qualquer forma.


Questão: houve a Estrela que anuncia a Estrela, mas se você não nos tivesse dito, não teríamos sabido que era ela.

Atenção, eu jamais pedi para acreditar.
Eu lhes dei uma informação, cabia a vocês verificar, em função, realmente, do que aconteceu.
Não é porque você não olha no ar.
É como o Sol, todo mundo vê que o Sol não é o mesmo e, no entanto, há os que não veem isso.
Porque há muita vontade de ocultar o que incomoda, ou um desinteresse total, mas esse desinteresse não vem, fundamentalmente, do ser humano, ele vem, simplesmente, do fato que os faz jogar de marionetes.
Vocês estão em um espetáculo e ocupam-nos, com a TV, com a crise, com imposições, leis, divertem-nos ou ocupam-nos.
O principal é que vocês não estejam inclinados na Eternidade.
E é o caso, de qualquer forma, ainda, para muitos, muitos irmãos e irmãs humanos.
Mas isso não é importante, já que, agora, a Luz está ancorada, ela se espalha, ela se revela, vocês são suficientemente numerosos na Terra para assumirem e serem responsáveis, tanto por vocês como para o conjunto de mecanismos que se produz, mecanismos de Ascensão coletiva.

Então, poder-se-ia acreditar, para aquele que não crê no que está acontecendo, os buracos que aparecem, os vulcões que emitem irradiações, as irradiações que chegam do Sol, os meteoritos que passam, cada vez mais, em seu céu, é Miguel, tudo isso, vocês sabem (para os meteoritos).
Mas vocês podem, muito bem, decidir dizer que isso não é verdade.
Isso seria, naquele momento, uma negação de realidade.
É o que acontece para 70% da humanidade.
E, ainda, o Choque maior não ocorreu.
Então, você pode bem imaginar a negação do que poderá haver quando a pessoa vir, compreender, apreender que, realmente, há um processo de extinção global.
Como vão reagir essas pessoas?

Quando toda a vida foi baseada no materialismo, eu diria, na religião do materialismo, então, levaram isso com palavras bonitas, chamaram a isso o humanismo e, agora, transumanismo.
São os Fantoches, eles encontram, sempre, palavras como essas, que deturpam a verdade.
Eles se dizem humanos e humanistas, é maravilhoso.
Enquanto eles nada têm de humano, ou muito pouco.
O humano tem a mesma raiz de húmus, humildade: «Você é pó e você retornará ao pó».
Eles criaram a religião do materialismo através do humanismo e das ordens dos Fantoches, que vocês conhecem.
São os Fantoches, em todos os sentidos do termo.
Então, riem, já que é a Eternidade que chega.

Se você pensa, ainda, que a era de ouro acontece nesse cenário, você pratica o angelismo, aí.
Isso quer dizer que você não vê o que acontece na Terra, eu nem falo, mesmo, de vibrações, eu nem falo de estados de consciência, eu falo da realidade material muito simples desse mundo.
Você vê, efetivamente, que todos os sistemas de regulação estão mortos, de qualquer forma.
O sol branco; não foi o Sol que mudou de espectro, é a camada isolante em relação ao Sol que faz com que ele aparecesse amarelo, e, agora, ele está branco, porque a camada isolante quase não existe mais, ao nível da ionosfera.
Vocês estão permeáveis e sentem-no com as irradiações emitidas pelo Sol, emitidas por suas máquinas, emitidas pela eletricidade.
Não há mais isolante.

Então, aquele que está na pessoa vai dizer: «Não há mais proteção».
Eu diria que é, verdadeiramente, isolante, vocês vão, enfim, viver a Eternidade, completamente.
E vocês não podem viver, ao mesmo tempo – e eu o tenho dito de modo muito amplo e muito geral, há numerosos anos – vocês não podem mais ser lagarta e, ao mesmo tempo, borboleta.
Deram-lhes vislumbres, na lagarta, do programa da borboleta, mas a lagarta tem um fim, e é esse fim que vocês vivem.
Ele foi encadeado, já, a partir da Liberação da Terra.
Vocês não estão a par, mas informem-se: a acidez dos oceanos, as perturbações climáticas, os furacões cada vez mais fortes, o número de vulcões despertados na Terra e em erupção.
O que é que você precisa mais?

Então, é claro que a verdade foi escondida sobre as extinções anteriores, mas há, de qualquer forma, vestígios que restam das extinções que produziram não há muito tempo, mesmo se elas não fossem globais, como esta.
Lembre-se da negação, uma das etapas do Choque da humanidade: «não eu».
Mas, sim, mas aí é todo o Sistema Solar que diz «não eu».
Mas aqui estamos.
Mas vocês são livres para recusar ou ter medo disso, ou não se interessar por isso.
Mas o que acontece fora acontece dentro, portanto, para vocês, também, é o fim do efêmero.

Eu já disse e acho que já dei a analogia: há, nas sociedades tradicionais, o que se chama de livro dos mortos, que permitiam preparar para essa vivência: a morte do efêmero.
E é para isso, aliás, que vocês têm cada vez mais literatura, não sobre a espiritualidade, mas sobre a consciência em relação às experiências de morte iminente.
E todas as experiências que vocês vivem, mesmo se sejam apenas experiências efêmeras, elas testemunham, de qualquer forma, a verdade dos planos invisíveis.
Isso não lhes basta?
Saber que vocês são eternos?
Qual é essa necessidade de acreditar que uma civilização é eterna?
Vocês têm, no entanto, as provas de que todas as civilizações são mortais, até agora, e até prova em contrário.
Então, por que ocultar isso?

Bem, já lhes ocultaram muitos conhecimentos em relação à história dessa Terra.
Mas, hoje, e cada vez mais, como eu disse, ninguém poderá dizer que não sabia.
Há, talvez, não desejo de vê-lo ou aceitá-lo, mas, aí, nós não estamos nas crenças, eu lhes peço para não acreditarem em mim, olhem, informem-se.
Não é como há quinze ou vinte anos ou, ainda, no início do século XX, quando Bença Deunov dizia que o Fogo do Espírito iria tudo queimar.
Oh, sim, estava longe para aqueles que escutavam naquele momento.
Eles não tinham necessidade de preparar-se, estava muito longe.
E depois, hoje, vocês se apercebem de quê?
Que está muito, muito, muito, muito, muito próximo, tanto em vocês como em seu exterior.

Então, o que é que vocês fazem?
Vocês oram para que as centrais sejam protegidas?
Vocês oram para salvar sua vida?
Vocês disparam para ir ao alto de uma montanha?
Vocês vão enterrar-se sob a Terra, como fazem os Fantoches?
Vocês fazem o quê?
Vocês aceitam ser responsáveis, ser maduros e ver as coisas ou não?
E isso não deve provocar tristeza alguma, caso contrário, vocês estão, ainda, na negação.
Vocês se tornarão Ser, na exultação interior do que vem.
Não ver o lado sombrio, não ver o aspecto destruição, porque o que é destruído e o que é dissolvido, o que se dissolve, cada vez mais são, unicamente, as estruturas, os elementos que são obsoletos e que nada têm a fazer na nova Terra e que nada têm a fazer nos sistemas solares, quaisquer que sejam.
É tudo, é uma limpeza.
Vocês são imortais.
O que é que os incomoda aí?
Por que vocês estão chocados?

É melhor fazer esse exame de consciência antes do Apelo de Maria, eu lhes aconselho.
Isso não deve impedi-los de estar no Amor, na vida, e de fazer o que vocês têm a fazer.
Porque, se vocês não fazem o que têm a fazer, o que a vida propõe a vocês, você ficará, creia-me, ainda pior mal, no momento do Apelo.

O que é que você quer salvar?
Primeiro, nada há a salvar.
Onde você se coloca?
No efêmero?
Ele estará, de qualquer modo, terminado, quer você queira ou não, do mesmo modo que, um dia, você morre, se não houvesse esse processo cíclico.
Será que o fato de saber que vocês são mortais nesse corpo e nessa consciência impediu-os...
É, simplesmente: o que é que os impediu de pôr fim aos seus dias ou de pôr na mesa todos os seus projetos?
Vocês tinham o tempo para realizá-los.
E morrer em oitenta anos é tão longe.
E, quando se tem sessenta anos, morrer em vinte anos é tão longe.
E quando se tem noventa anos, morrer em um mês é tão longe.
Mas, aí, é agora, para todo mundo.
Então, vivam!
Mas vivam qual vida?
Aquela da Alegria, do Amor, da Liberação, da Liberdade?
Ou aquela que se preocupa em saber se ela deve afastar-se de tal lugar ou de tal pessoa?
O que é essencial para vocês?
Porque, se vocês acreditam, ainda, que dependem de circunstâncias exteriores, materiais, afetivas ou outras para serem livres, vocês livres, vocês tapam os olhos com os dedos, aí.
Vocês não querem ver, é o que isso quer dizer.

A Alegria está aí.
Cabe a você escolher: a Alegria ou as recriminações; a Paz ou a guerra, em você ou entre vocês.
Eu o remeto ao que havia dito Sri Aurobindo, há numerosos anos, sobre o Choque da humanidade.
Releia isso com a iluminação de hoje.
Releia o que eu disse há muito tempo, sobre o que ia acontecer na Terra, a propósito do planeta grelha, e você verá que tudo o que eu havia dito, à época, que não era, ainda, visível, está acontecendo na Terra, se já não aconteceu.

Você vê, efetivamente, que tudo se inverte, cada vez mais rapidamente, no efêmero, a inversão dos valores.
Hoje, defende-se o quê?
A ausência de sexo ou o sexo desenfreado, que não leva em conta seu sexo biológico, defende-se a sexualidade infantil, defende-se o livre comércio.
Mas isso é a inversão total dos valores da vida.
Porque se limitou a vida a esse materialismo.
E esse problema é específico a essa parte do mundo, a esse Ocidente, como vocês dizem.

Nós não temos necessidade de ir falar ou sermos escutados por alguns povos, por quê?
Não porque eles são mais luminosos ou mais sombrios, mas, simplesmente, porque, para eles, por cultura, por essência, mesmo, de alma, o fenômeno da transição que vocês nomeiam a morte não tem qualquer espécie de importância para eles.
Apenas o Ocidental, assim, que considera seu fim como algo de terrível.
E é, justamente, nesse processo final de extinção, que você deve ser o mais na alegria e o mais leve.
Não no aspecto confortável ou muito confortável de sua vida, quer seja afetivo, material, ao nível financeiro ou outro, é no interior de si.

Aliás, você não terá qualquer fonte de contentamento, em breve, no exterior.
Você apenas poderá encontrar a Alegria indo ao seu coração e deixando-a emergir.
Todo o resto parecerá a você, em algum tempo, após o belo mês de maio, muito fútil e muito derrisório.
Mas, quando você se banha nisso, isso não lhe parece derrisório, isso lhe parece intransponível, mesmo, às vezes.
Mas, justamente, através disso, onde você está?
Quem é você?
Você é, ainda, uma pessoa que sofre com seus traumatismos, com sua infância, sua educação, suas feridas?
Você está submisso, ainda, a tudo isso?
Então, se sim, coloque-se a questão: «Por quê?».
Jamais é a culpa do outro, jamais é a culpa de uma situação ou de uma circunstância.

Lembre-se das etapas do Choque, que havia descrito Sri Aurobindo.
Você verá que é, exatamente, o que você vive, e você passa de um estado ao outro.
Então, é claro, é apresentado de modo sucessivo, mas ele havia dito que podia haver uma etapa antes da outra.
Aí, o problema é que você passa, por vezes, em uma hora ou no curso de um dia, pelas quatro etapas do Choque.
Isso deveria, ao contrário, reconfortá-lo.


Questão: nas árvores, por vezes, um esquilo dança. Ele compreendeu algo antes de nós?

Bah! Sim!
Olhe os animais que desaparecem.
Você vê o lado catastrófico: eles estão mortos.
Mas eles estão mortos, isso quer dizer o quê?
Que eles desapareceram de seu campo de consciência.
E então?
A vida nesse mundo é mortal, não?
Apenas nas dimensões unificadas, nas quais não há mortalidade, no sentido que você a entende:
Mesmo se o corpo ou uma forma desapareça, você não é tributário dessa forma.
É o que nós temos explicado, ao longo desses anos, com o corpo de Existência ou com o Absoluto.

Agora, isso prova o quê?
Que, se você manifesta medos ou resistências, ou a impressão de que lhe representaram e que lhe servem a mesma salada nos eventos que lhe sobrevêm, mas é que você não está Liberado.
Você está apegado à sua pessoa, quaisquer que sejam os estados vibrais que você viva.
Para que a Liberação seja efetiva, é preciso ter feito o sacrifício total, e, aí, eu não falo de crucificar-se ou dar-se uma punhalada na carótida, é o luto do efêmero que é preciso fazer, mesmo estando plenamente presente nesse efêmero e, além disso, muito alegre.
Caso contrário, isso quer dizer que há, ainda, uma pessoa que está aí e que se interpõe e que você se esqueceu de colocar Cristo à frente, o que quer que lhe aconteça.


Questão: por vezes, não é a morte que é fonte de angústia, mas o sofrimento que a ela é ligado.

De onde vem o medo do sofrimento?
É claro, você quer que todos desapareçam, mas sem sofrer.
Mas o sofrimento, ele também, faz apenas passar.
Qual peso você anexa ao sofrimento, o medo do sofrimento ou, mesmo, o sofrimento vivido?
Você sabe muito bem que há seres, sem mesmo falar de Liberação, que são capazes – os yogis, por exemplo – de transcender alguns sofrimentos.
Porque, quando você diz que não tem medo de desaparecer, eu o lembro de que o medo da morte é a única coisa que o mantém na vida.
Quando você tiver apreendido isso, a perspectiva mudará, profundamente.
O sofrimento é o inverso do Amor, mas o sofrimento faz crescer o Amor.
Não é por isso que seja preciso buscá-lo, mas, se ele está aí, seja porque você vai morrer ou porque há um sofrimento afetivo, por exemplo, atravesse isso.

O que se exprime, quando você sofre?
Será que o Espírito sofre?
Será que aquele que é Liberado vai sofrer, mesmo, de um câncer que o atinge?
Não, haverá sofrimento, mas ele não será afetado.
Então, a afetação ou a perturbação ligada ao sofrimento é apenas ligada, intrinsecamente, à presença de uma pessoa.
Porque há, e, sobretudo, no Ocidente – em algumas correntes, digamos – santos, místicos que atravessaram grandes sofrimentos e, através desses sofrimentos, eles encontraram a resiliência, a capacidade para exaltar o que era eterno neles.

Mas, se há sofrimento – eu não falo do medo do sofrimento – o sofrimento é, sempre, ligado ao sentimento de perda da integridade física, da morte de um próximo.
Isso quer dizer o quê?
Que você está apegado.
Eu não lhe peço para ficar indiferente nem o que quer que seja.
É-lhe pedido para ver, simplesmente, onde você está.
O que é que sofre, se não é a pessoa?
Como pôr fim ao sofrimento?
É quando não há mais pessoa.
Mas isso não é uma visão do Espírito, é a estrita realidade.

Olhe algumas Estrelas.
Para algumas delas, elas viveram vários cânceres.
Olhe a vida de Teresa, olhe a vida da Irmã Yvonne Amada de Malestroit, olhe a vida de alguns Melquisedeques.
E, se você toma, por exemplo, Um Amigo, ele tinha problemas de saúde no aparelho locomotor.
Ele sofria terrivelmente com isso, mas o que sofria era a pessoa, não era ele.
Se é você, como Eternidade, que está aí, nessa pessoa, a pessoa pode sofrer tudo o que ela quiser, você não é afetado por isso.
Isso, também, mostra-lhe o posicionamento de sua consciência.

E, aí, você fala de medo por antecipação, portanto, é um falso medo que é, unicamente, ligado a alguns condicionamentos.
E eu esclareci que esse era o caso no Ocidente.
Você vai ver os Japoneses, em momento algum eles exprimirão o medo da morte.
Isso é ligado às resistências que estão presentes na Europa, no Ocidente, na América do Norte.
Mas, também, no Oriente, como no Meio-Oriente, como no Extremo-Oriente, como na Ásia, como na Indonésia, como na América Latina, a maior parte dos países, mas não há, absolutamente, as mesmas coisas.
Então, você vê, efetivamente, que é um condicionamento ligado à sociedade na qual você evolui, nada mais, nada menos.
É a consequência direta do materialismo, uma vez que a religião do materialismo é, simplesmente, o humanismo.
O homem está colocado ao centro em sua humanidade encarnada, portanto, em seu aspecto puramente material.

Portanto, o sofrimento é inerente ao efêmero.
Porque o efêmero não reconhece a Eternidade, você acredita que a borboleta vai morrer diante da lagarta que está dessecada?
Absolutamente não.
Então, por que você quer chorar pelo efêmero?


Questão: eu não creio que se possa falar de chorar pelo efêmero.

Mas o sofrimento é um choro.
O sofrimento são choros que acontecem ao nível da alma.


Questão: se eu sou liberado, efetivamente, não teria medo de partir nem de sofrer, mas, de momento, eu não sou liberado.

Perfeitamente.
Mas não se esqueça de que, antes disso, há os três dias de Maria, os três dias de Trevas, e que esse sofrimento não existirá mais, porque ou você partiu, ou você permanece na Eternidade, mesmo mantendo seu saco de carne, como dizia Bidi.
Mas, aí, não há mais sofrimento, quando o corpo de Eternidade está, inteiramente, revelado, eu nem falo, mesmo, de Liberação, mas esse Face a Face vive-se nesse momento.
Eu não disse que o planeta grelha final provocaria sofrimentos, bem ao contrário, o período de sofrimentos situa-se durante o Apelo de Maria e durante o período concomitante a esses famosos cento e trinta e dois dias, para aqueles que não tenham resolvido seus antagonismos, suas contradições, que, efetivamente, não liberaram os apegos a esse mundo e a esse corpo e a essa vida.
Eles preferiram a vida do efêmero à Vida eterna.

Mas eu garanto que o sofrimento não tem peso algum para aquele que sofre e que é liberado.
Mas eu não falo da Liberação que lhe é adquirida ao final, eu falo, mesmo, de hoje, será que você está liberado dos condicionamentos?
Eu não falo dos Liberados Vivos.
Mas será que você é, ainda, submetido ao seu mental, às suas emoções, ao seu corpo, aos seus desejos, aos seus gostos ou não?
Todas as circunstâncias de sua vida atual, a partir da atribuição vibral até o Apelo de Maria, elas estão aí, diante de você, para todo o mundo.

Lembre-se: «Felizes os simples de espírito».
Isso quer dizer, também, que se você permanece na Simplicidade, se você permanece alinhado, o mais frequentemente, se você deixa vir a você o que se produz, permanecendo no coração e colocando Cristo à frente, nada pode acontecer-lhe de desagradável, mesmo se lhe cortem um braço ou a cabeça.
Isso não tem qualquer espécie de importância.
Isso não é uma negação da vida, é passar do efêmero ao Eterno, nós repetimos isso sem parar.
As circunstâncias da Terra, suas circunstâncias pessoais, ambas, são apenas a ilustração de seu estado.

Então, agora, as coisas, para você, deveriam ser mais fáceis, porque você tem vivido vibrações, a ativação disso, daquilo, os circuitos novos do Canal Mariano, talvez, da Onda de Vida, talvez, unicamente, a Coroa, talvez, unicamente, um Triângulo ou, talvez, o grande todo do que havia a viver.
Bem, agora, é preciso passar ao ato, não você, é preciso deixar desenrolar-se o plano de Vida, e o plano de Vida e de Amor nada tem a ver com todas as leis da encarnação e da reencarnação.
Lembre-se: o que é sabedoria aos olhos do homem é apenas loucura aos olhos da Fonte, e reciprocamente.
Se você tem medo de sofrer, se você tem medo de perder isso ou aquilo, isso quer dizer, efetivamente, que você não é Livre.
Você não é livre para viver a Eternidade.
Você não quer admitir, e eu não falo, mesmo, de vibrações, aí, eu não falo da Liberação do Liberado Vivo, eu falo de mecanismos psicológicos que se situam na interface entre o corpo, a personalidade, a alma e o Espírito.

Eu responderei, portanto, que, para não sofrer ou para não ter medo de sofrer, que são apenas projeções mentais em relação a uma circunstância específica de final de ciclo, do final do Kali Yuga, assim foi dito, e então?
Onde está sua esperança, onde está sua fé, onde está sua verdade?


Questão: que vão tornar-se as crianças que estão no seio de sua mãe, atualmente.

Oh, como eu disse, há numerosos anos, não se ocupem das crianças, porque, entre zero e quatorze anos, em geral, todos aqueles que tiverem, durante este período que nós vivemos e que vocês vivem de Ascensão, todas essas crianças serão liberadas, instantaneamente.


Questão: mas inferior a zero?

Inferior a zero, isso quer dizer o quê?


Questão: que ainda não nasceram.

Ah, que estão no ventre de sua mamãe?
Sim, eles têm zero ano, eu compreendo melhor.
É uma expressão corrente essa, zero ano?
No ventre da mamãe.
No ventre da mamãe, o que é que há?
Há um bebê em formação, há uma alma em encarnação, bem, sim, mas a alma está em curso de dissolução.
Isso quer dizer que essa alma que se encarna já está liberada.


Questão: se é um ser Absoluto que deve encarnar-se, qual é a utilidade da encarnação?

Mas não é preciso definir a utilidade da encarnação pela necessidade de viver uma vida entre o nascimento e a morte.
A utilidade, para esses seres, que são, portanto, Liberados, antes mesmo de nascer, enquanto eles têm uma alma em encarnação, o interesse é o quê?
É de ancorar, também, a Luz.
E, talvez, também, a necessidade de viver isso, para essa alma, precisamente.

Não veja com o olhar daquele que se diz: «Ah bah! A criança não terá o tempo de aproveitar a vida, de viver sua vida etc.», porque, aí, você recai nos desvios correntes da pessoa.
Você vê o peso das crenças, o peso das egrégoras que restam, ainda, mesmo se elas estão em dissolução, eu diria, nas crenças comuns, fundamentais, do humano inscrito entre o processo do nascimento e da morte.
São condicionamentos terríveis.
Vocês estão tão habituados a essa forma, a essa matéria, que não conseguem desengajar-se dessa visão, mesmo se vivam a Liberação.
Porque está tão ancorado na vida, simplesmente, sem falar da espiritualidade, que é algo que é difícil a superar, mas veja-o, realmente.
Se você o vê, você o superará.

Mas não continue a ter qualquer preocupação pelas crianças.
Como eu dizia, à época: «Ocupe-se, sobretudo, com seu traseiro».
E é similar, quando você vê algo que o choca em uma situação ou em outra.
Eu disse: «É aquele que diz que é».
Se isso lhe parece demasiado infantil, substitua por «Eu me ocupo de meu traseiro».
A cada um seu traseiro.


Questão: a sexualidade, hoje, faz parte da vida desse corpo, como alimentar-se, ou é um sinal de atribuição da alma?

Eu entendi, eu reflito.
Tudo é possível.
Há o sexo transcendente, um pouco como o tantrismo, que se realiza como entre algumas mônadas e que é uma explosão de Luz, não para elas, mas para o que se desenrola ao redor.
Portanto, fazer o amor amplia a Luz.
E, para outros, a torneira está fechada.
É diferente para cada um, mas cada situação corresponde a algo de preciso, e que lhe acontece, também, ao nível sexual, quer você não tenha mais parceiro, quer você tenha uma dezena, quer você tenha problemas para levar a efeito a sexualidade, ou que você tenha uma sexualidade desenfreada, não há julgamento em relação à alma.
Cada um é diferente em relação a isso.

Então, é claro, quanto mais a alma está em vias de dissolução, menos há necessidade, no sentido vital, da sexualidade, mas mais essa sexualidade torna-se transcendente, ou seja, ela faz nascer a Luz, não, unicamente, em seu coração ou no coração do outro, mas ao seu redor, em todo o planeta.
Porque o ato sexual é um ato sagrado, mesmo se ele foi completamente invertido nessa Terra e, sobretudo, agora.
É uma inversão total.

Então, tudo depende de quem exerce essa sexualidade.
Há múltiplas sexualidades, e é diferente para cada ser e para cada casal.
Mas não vejam uma superioridade ou uma inferioridade entre o fato de fazer ou não fazer, é uma questão de circunstâncias.
Mas, é claro, houve uma época em que a alma estava em reversão, na qual, efetivamente, houve modificações da expressão sexual para alguns, porque havia, também, problemas de compatibilidade diversos e variados, aliás.
Mas, hoje, você pode muito bem ter um desaparecimento total da sexualidade, como reencontrar, eu diria, certa forma nova de novo vigor.
Tudo é possível, isso depende das circunstâncias.
E eu diria, mesmo, que tudo depende do que cria essa relação sexual.
Será que essa relação sexual cria alegria, liberdade (e não, unicamente, prazer), ou será que ela cria o confinamento da dependência?
É, sempre, similar.

Simplesmente, aqueles que vivem uma sexualidade que não é uma relação de dependência criam a Luz.
Isso pode ser, também, períodos diferentes, de parada, em seguida, retomada, mas tudo isso pode concernir à Eternidade, a partir do instante em que, eu diria, de algum modo, fazer o amor é feito em toda consciência, sem pensar na noção sexual, eu diria.
Naquele momento, você considera os órgãos genitais não como uma fonte de prazer nem uma fonte de amor, mas, bem mais, como uma fonte espiritual de elevação.
Mas isso é muito raro.
Para isso, é preciso que haja uma concordância, eu diria, bem mais do que uma harmonia na fantasia sexual, mas uma concordância que se situa ao nível do corpo, ao nível da alma, se ela existe, e ao nível do Espírito.

E eu os interrompo, imediatamente, não há coisas como essas entre as Estrelas e nós.
Eu senti pensamentos bizarros germinarem.
Eu os lembro de que, quando não há corpo de carne, você faz o amor assim que encontra alguém, vocês se atravessam um no outro.
Isso vai muito rápido, hein, não há necessidade de mover-se, isso se faz sozinho.
É o que você tem vivido nas comunhões.
Simplesmente, você se aperceberá, se não o viveu, que essas comunhões que acontecem fora do corpo (por exemplo, durante os cento e trinta e dois dias) nada têm a ver com a sexualidade, e o resultado é, exatamente, o mesmo.
É um gozo inacreditável, que supera, amplamente, o quadro da satisfação ou do prazer de ar ou de tomar, ou de trocar.
Lembre-se: a sexualidade não foi chamada por acaso de «a pequena morte».


Questão: você poderia falar dos seres que receberam as sete últimas chaves Metatrônicas e qual é o sentido, para eles, dessa recepção?

Isso permite revelar a Merkabah interdimensional aqui mesmo, aí, onde você está.
Isso dá acesso a todos os potenciais espirituais novos ligados aos Triângulos Elementares e ao que foi nomeada a quintessência dos elementos que estão acima.
Isso dá os plenos poderes em sua própria Liberdade, apesar dos limites desse corpo e desse mundo, ainda presentes.
Isso dá uma Paz que não grande coisa pode vir desestabilizar.
Mesmo se haja, por vezes, coisas às quais é preciso ajustar-se, isso não dura, jamais, muito tempo, isso faz apenas passar.
Portanto, isso dá a Humildade, isso põe ainda mais na Evidência, na Simplicidade e na Responsabilidade.
É ligado, também, à passagem postero-anterior, a última passagem que foi feita.


Questão: qual é o melhor posicionamento a adotar para deixar a Luz agir e para liberar-se das escravidões inconscientes?

Justamente, não mais posicionar-se em lugar algum.
Deixar a Luz fazer o que ela quer, porque você é a Luz e, a partir do instante em que você se conscientiza de que você deve colocar-se como isso ou aquilo...
Então, é claro, há muletas, vocês se servem delas aqui: Li Shen deu-lhes movimentos, há os cristais, vocês têm a nós, também, quando estamos com vocês.
Quando vocês estão imersos, por nossas Presenças, por suas leituras, de tudo o que se produz, bem, você vê bem que isso cria um estado diferente.

Portanto, não é um posicionamento.
É o quê?
É um Acolhimento, vocês estão no instante presente, Hic e Nunc, Aqui e Agora.
Vocês estão despojados de toda referência a um conhecimento passado ou a uma projeção no futuro.
Vocês estão instalados no tempo zero.
Vocês estão instalados na Eternidade, porque estão no Acolhimento.
Portanto, não é uma vontade pessoal, é um trabalho, ao contrário, de relaxamento completo de toda vontade e de toda pretensão, quer seja material ou espiritual.
Isso não impede de ter pretensões depois, na vida, é claro, mas vocês não as verão mais do mesmo modo.

Eu diria que o mais evidente dos posicionamentos, e isso Teresa disse já há alguns meses, é o Caminho da Infância.
Aí está, portanto, o melhor posicionamento é aquele que consiste em nada fazer e estar, simplesmente, no acolhimento de Cristo, do Espírito Solar, de nossas Presenças que já estão em vocês.

Lembrem-se: há uma frase muito antiga que diz – na Índia – que os Deuses reuniram-se e disseram: «Onde será que se poderia esconder a divindade?».
Bem, eles disseram que era preciso escondê-la no interior do homem, porque é o único lugar no qual eles jamais pensariam em procurar.
É exatamente o que acontece.
Nós temos, no entanto, insistido muito profundamente, assim como as próprias circunstâncias de sua vida o fazem, sobre o lugar do coração, sobre o lugar do Amor, porque a Vida é Amor.

Portanto, o melhor posicionamento, nesses tempos reduzidos, se posso dizer, é desaparecer, não como uma vontade de negar a vida ou fechar-se, bem ao contrário, é acolher a totalidade da Luz que está aí.
E nisso, vocês nada podem fazer, vocês podem apenas estar nessa neutralidade, mesmo se essa não seja perfeitamente a palavra exata.
Vocês estão disponíveis para a Luz.
Vocês são transparentes.
Vocês deixam as coisas produzirem-se, acompanhando o que se produz.
Nada há de melhor ou nada mais a fazer do que isso.
Depois, todo o resto, é claro: vocês podem, ainda, escutar-nos, vocês podem ler-nos, vocês podem brincar com os cristais, podem praticar, seriamente (eu não vou dizer brincar, ele vai zangar-se), vocês podem, também, fazer, seriamente, os exercícios de Li Shen.
Cabe a vocês ver.


Questão: haveria uma leve tensão entre os Melquisedeques?

Nesse canto dos Melquisedeques, não, eu não creio.
É apenas a ironia francesa em relação à ironia chinesa.
É tudo, nada mais.
Eu acho que ele não apreciou quando eu disse que ele era chinês, seus movimentos.
É verdade que eu era mais simples, a paneuritmia, hein?
Vocês me imaginam, em minha vida, falar de uma galinha que cisca?

Deu duas horas.

Duas horas?
Eu imaginava que se chegaria às extremidades, aí.
Eu lhes digo, aliás, até não muito tempo, porque, amanhã, eu permaneço quatro horas.
Eu os levarei ao desgaste.

Eu lhes transmito todas as minhas bênçãos, todo o meu Amor e eu lhes digo até já, para a Maratona.
Em breve, eu vou fazer sem parar, de manhã à noite.

Noite?

Noite também, mas eu não durmo na mesma cama.
Eu lhes digo até muito em breve.
Todo o meu Amor acompanhe-os.
E estejam certos de que eu vigio tudo.
Até breve.


***


OMA E O ESPÍRITO DO SOL - 1/2 


O ESPÍRITO DO SOL

Podemos, então, abrir, agora, nossas conversas.
Eu escuto, portanto, para nós dois, a primeira questão.


Questão: qual explicação você pode dar em relação ao falecimento súbito de uma pessoa de quinze anos, em boa saúde, cujo coração consumiu-se?

Eu responderei, simplesmente: «Feliz é essa Liberação, Felix é essa consumação do coração».
O olhar de uma pessoa encarnada em relação à morte é, sempre, sujeito à noção de perda, ou de interrogação.
O modo pelo qual essa morte produziu-se é uma liberação total da matriz, eu diria, mesmo, de qualquer matriz, qualquer que seja.
Houve Liberação total, conjunta à forma e ao sem forma.

Qual é o interesse, para aquele que vive a inteireza da magnificência do Absoluto, de permanecer, ainda que apenas um segundo nessa ilusão?
Só aquele que permanece interroga-se, só aquele que permanece na ilusão pode ali ver um erro, um carma ou outra coisa que não a beleza da verdade dessa Liberação.
A consumação do coração não é, unicamente, o que vocês nomeiam o coração Ascensional ou o coração vibral, é, realmente, o efeito instantâneo da Ascensão individual, que não tem mais necessidade nem desse corpo nem de outros corpos.
A consciência é pura, independente de qualquer forma, que passou, na carne, a última Porta, que consumiu o coração órgão, liberando o Coração de Diamante.
Nada mais é, então, necessário, exceto, é claro, para aquele que permanece na ilusão.

Assim, em cada evento, em cada morte, em cada partida como em cada chegada, aquele que é separado, de um modo ou de outro, da totalidade de sua Eternidade, não pode compreender nem apreender nem, mesmo, explicar, ele pode apenas ficar perplexo por esse gênero de falecimento.
A Vida é independente da vida nesse mundo; a vida nesse mundo não é a Vida, mas ela suporta, de qualquer forma, a vida e a Vida, vocês sabem disso, são vocês, vocês são o mundo.
Enquanto você não tenha acedido a essa realidade, toda perda, quer seja a sua ou aquela de não importa qual outro, não pode ser considerada nesse ponto de vista.
O ser Liberado tem a inteira liberdade de desaparecer, instantaneamente, dessa ilusão, sem atentar aos seus dias, sem reação alguma, mas, simplesmente, revelando o coração Ascensional em sua maior intensidade, o que dá a viver o desaparecimento imediato da ilusão, da esfera da consciência e da esfera de toda manifestação, em qualquer mundo, qualquer dimensão, qualquer universo ou multiverso.

Aqui, nesse mundo, a Eternidade não existe.
O efêmero tem um fim, e a palavra fim é algo que a própria consciência não pode conceber, uma vez que ela é apenas a manifestação e a projeção do Absoluto, em qualquer forma ou em qualquer particularismo de consciência que seja.
Ser Eterno não é ser efêmero.
Nesse mundo, vocês sobrepõem, atualmente, o Eterno e o efêmero.
Isso, também, terá um fim, para deixar nascer o que jamais desapareceu ou para renascer, para melhor apreender o que há a apreender, para soltar tudo na ilusão, de toda consciência, de todo mundo e de toda dimensão.

Eu sou o Espírito do Sol.
Eu não sou matriz alguma.
Eu não tenho projeto algum, nem para vocês, nem para mim.
Eu sou a Liberdade que canta e que dança na folha que se agita pelo vento.
Eu sou o oceano.
Eu sou o nascimento e a morte.
Eu sou o que participa de toda manifestação da consciência.
Eu sou, também, o Amor, aquele que vocês são.
Eu sou, também, seu Amigo, aquele que vocês são.
Eu sou, também, «Aquele que vocês são», se vocês são «Aquele que eu sou».
Só o efêmero tem medo.
Só o limitado conhece a falta e o sofrimento, no entanto, o Ilimitado aí está presente.
Ele não é reconhecido enquanto você mesmo adere ao que quer que seja da ilusão.
Eu diria que o único modo de ser Livre é aderir à Vida, ao Espírito do Sol, pelo viés da matriz Crística, pelo viés da Porta Estreita ou pelo viés de sua própria consciência, chegada ao estágio final de sua manifestação, que você nomeia a Infinita Presença.
Daí, é preciso dar o salto no que essa Infinita Presença pode perceber, como último sopro de consciência, como uma extinção e um desaparecimento.

Sim, há extinção e desaparecimento de todo jogo da consciência, em qualquer dimensão que seja.
Aí se encontra, você sabe, a única Verdade.
Mas eu estou aí para cantar essa única Verdade em todo mundo, com forma e sem forma, porque eu não sou tributário nem de uma forma, nem de uma dimensão, nem de uma atribuição, nem mesmo de uma função.
Eu sou a Luz que coroa, uma vez mais, sua cabeça e seu coração.
Eu sou a Merkabah interdimensional.
Eu sou o Amigo como eu sou o Inimigo, conforme o que você queira ver e conforme onde você esteja.

A cada questão, e na sequência de cada resposta, como foi iniciado há muito numerosos anos por um dos Anciões, nomeado Mestre Ram, volta a ser-lhe proposta, hoje, a resposta pelas palavras e a resposta pelo Espírito do Sol, sem as palavras, que vocês nomeavam, anteriormente, a resposta do Silêncio, aquela do desaparecimento de toda manifestação.
Então, aí está a resposta:


… Silêncio…


Queiram enunciar a questão seguinte.


Questão: não mais procurar compreender nossos modos de funcionamento ou modificá-los, para deixar trabalhar a Inteligência da Luz, é o que se chama Abandono? Se sim, qual é o papel de nossa pequena inteligência e o que é que exprime essa questão em mim?

Bem amado do Um, compreender os mecanismos de funcionamento, quer seja ao nível cognitivo, quer seja ao nível dos comportamentos, quer seja ao nível cármico, quer seja ao nível psicológico, como ao nível relacional, isso é destinado a permitir-lhe melhorar o funcionamento da pessoa nesse mundo, mas não o aproximará, jamais, da Eternidade, porque, para isso, é preciso, efetivamente, soltar tudo o que concerne à pessoa, tudo o que concerne às transações, as relações com o que está ao seu redor.

Entrar na interioridade é fazer-se perceber, a si mesmo, que tudo se desenrola, concretamente, em seu mundo interior, que é, exatamente, o que você vê no exterior.
Você está em um sonho comum, do qual você vai acordar proximamente.
Alguns não querem acordar, preferem continuar a dormir, preferem continuar a estudar a prisão, preferem estudar tudo o que concerne a esse mundo ao invés de aceitar e acolher a Graça da Luz.
Você não pode encontrar qualquer Graça, simplesmente, melhorias, conhecendo-se na prisão.
O conhecimento de si é apenas ignorância, se se faz referência à Luz vibral, à Unidade e à Eternidade.

Dito em outros termos, a Eternidade em nada é concernida por seus jogos ilusórios, por sofrimentos oriundos desses jogos, pela falsificação, mesmo desencadeada do exterior, porque tudo isso não existe, não tem sentido algum nem qualquer direção, se não é viver a experiência e, no que concerne à sua experiência, aperceber-se de que, real e concretamente, ela para nada serve, se não é até o momento em que você aceita afastar-se de toda noção de forma, de relação, de qualquer interação nesse mundo.

Isso não é para realizar no plano dos feitos dessa matéria.
Dito em outros termos, para nada serve retirar-se de sua vida, mas, bem mais, ver, nela, os limites e os véus, ver a incongruência, ver a desesperança para encontrar, enfim, a verdadeira Vida, aquela que o põe na alegria e que não depende, justamente, de qualquer interação, de qualquer transação, nem de qualquer das facetas de sua personalidade.

Os tempos estão consumados e chegados, tudo isso toma uma acuidade mais importante, porque, aí, você procura e encontra apenas deserto e esterilidade.
Enquanto, se você nada procura, enquanto, se você acolhe, sem restrições e sem limites, o que se apresenta a você, se você está livre para a Luz, então, você está livre de sua pessoa, você está livre de toda história, de todo projeto, de toda evolução.
Só o instante é Eterno.
Enquanto, o que você vive, leva-o a interrogar-se sobre o sentido de uma relação, sobre o sentido de uma percepção, o que não quer dizer que não seja preciso vivê-las, mas, sim, deixá-las atravessar o campo do que você é – porque, nesse mundo, não é você que se move, é o mundo que se move ao seu redor – enquanto você não tiver apreendido e vivido isso, você não conseguirá, jamais, estabelecer-se no Silêncio, na Morada de Paz Suprema e na Eternidade.

É uma quimera crer que um sistema de conhecimento, que uma compreensão do Si ou da própria pessoa vá permitir-lhe encontrar o que você procura.
Bem ao contrário, é, efetivamente, o inverso que se produz.
Qualquer que seja a progressão que você tenha observado no caminho do Si, qualquer que seja a melhoria real de suas condições físicas, energéticas e, mesmo, espirituais, isso, estritamente, nada representa e pertence, do mesmo modo, ao efêmero, como sua própria vida.
O que está além da consciência, a Liberação, não concerne à consciência, não concerne nem ao testemunho nem à investigação nem à refutação nem ao lugar das estrelas no céu nem às suas origens estelares nem às suas linhagens nem nada do que se relaciona a isso.

No momento em que você solta, de maneira irremediável, definitiva e eterna, tudo isso, é que a Verdade aparece.
A Verdade não pode ser acompanhada de qualquer história, de qualquer origem, de qualquer evolução, como de qualquer involução, de qualquer transformação e de qualquer possibilidade de não ser Isso, ou seja, o Absoluto.

Hoje, os sinais têm sido inumeráveis, tanto em você como ao seu redor, como na totalidade desse mundo.
Há muito tempo e em todos os tempos, o que vocês nomeiam Profetas deixaram sinais, assim como a própria Terra deixou-lhes, gravados em sua pedra, sua história.
Mas tudo isso nada mais representa do que a continuação da história.

A Eternidade não conhece qualquer história.
O Silêncio e o Acolhimento põem fim a todo antagonismo e a toda dificuldade.
Só o que vocês são É.
Nesse sentido, vocês são a Fonte, nisso, vocês são o Absoluto e, enquanto não tenham visto isso, em qualquer outro como em qualquer manifestação, como em qualquer dimensão, mesmo se as tenham explorado, vocês são, realmente, Livres?

Então, você deve ser não, unicamente, isso, mas bem mais do que isso.
E, nisso, você deve desaparecer nesse mundo.
Desaparecer nesse mundo não é esconder-se, mas estar plenamente presente, no Instante Eterno de sua Presença Infinita, da Alegria Infinita, quando você se tem nesse lugar no qual não há mais lugar preferível a outro, no qual não há mais espaço preferível a outro, no qual não existe mais do que você, porque a relação faz nascer «Aquele que é» e «Aquele que vem», Cristo.
Enquanto você não vê Cristo entre você e o outro – porque o outro é você e ele é Cristo – quaisquer que sejam as circunstâncias, você não é digno de ser Livre.
Isso não é, simplesmente, questão de dignidade, mas, bem mais, de ver, realmente, além de toda aparência, ver, realmente, além de toda visão, de toda história e de todo mundo, a realidade de seu ser, aquele que está no não ser e que dá nascimento ao ser.

Isso não pode ser uma convicção, não pode ser uma busca, não pode ser uma crença, apenas pode ser uma Evidência, ou uma recusa, para você.
Não há posição intermediária.
Não há, tampouco, punição.
Há, simplesmente, uma consciência que tem necessidade de ser livre ou há, simplesmente, uma consciência que não tem mais necessidade de existir, ou seja, ter-se fora do que ela é, ou seja, a a-consciência, que compreende, nela, tudo, absolutamente tudo.
E, no entanto, de seu ponto de vista, isso é apenas néant.

Lembre-se de que a Luz é oriunda das Trevas, o que dá a aparência de uma Criação e dá a aparência de uma luta entre a Luz e as Trevas.
Então, constroem-se histórias, constroem-se confinamentos ou liberdades, constroem-se experiências, livres e espontâneas, produzem-se experiências espontâneas e organizadas.
Tudo isso é permitido.
Tudo isso é magnífico, mas é nada, na magnificência do Absoluto.
E, no entanto, isso não pode ser nem uma pesquisa, nem uma busca, nem mesmo uma investigação, doravante, nem mesmo uma refutação.
É uma Evidência que convém acolher, para que esse mundo não seja mais outra coisa que não o que ele é para você.


… Silêncio…


Qual é o enunciado da questão seguinte?


Questão: eu pratiquei o xamanismo e recebi cantos de cura para ajudar aos outros. Tive uma intuição de que devo parar tudo. Devo parar ou não?

OMA

Então, caro amigo, a resposta é muito simples.
Se isso parou, por que você se coloca a questão de parar ou não?
Explique-me como você vai fazer?
Se um dom é manifestado, se isso permitiu agir nas pessoas, provocar a cura, dar-lhe a ver os mundos sutis e a agir nesses mundos sutis, como na forma, no dia em que isso para, sobretudo, com a Graça que está presente, isso quer dizer que o que foi feito era uma graça, mas que, agora, a Graça está alhures.

Então, é claro, você mesmo diz: as coisas param.
Vocês têm, todos, o hábito, durante este período, de ver coisas que param.
Em vocês, ao seu redor, em suas atividades ou em suas relações.
Em tudo o que se produz, de todo modo, há, sempre, paradas.
Mas, aí, em um mecanismo sutil que é ligado ao xamanismo e aos cantos, é importante compreender que, se isso se modifica e para, como você diz, e eu não compreendo, mesmo, porque você mesmo se coloca a questão de parar isso, deixe a Graça trabalhar e a Graça, do mesmo modo que você levou a efeito essa prática, durante anos, do mesmo modo, essas práticas param, há outra coisa.

Mas, para que essa outra coisa esteja presente, como eu disse, à época, mesmo se os amendoins fossem maravilhosos, era preciso soltar os amendoins para reencontrar a Liberdade.
Porque isso não é, mesmo, um problema de atividade, não é, mesmo, um problema de saber se era correto ou não, uma vez que, de todo modo, isso cura, o problema não está aí.
Ele não está em relação ao sentido do Serviço ou do trabalho que foi feito, ou mal feito, nem um nem o outro, é apenas que a Graça propõe a você, enfim, reencontrar-se a si mesmo.
Isso não quer dizer que você deva retirar-se ao meio do deserto, é claro, mas que você deve retirar-se de si mesmo e deixar trabalhar a Eternidade em você.
E a Eternidade considera outro lugar, talvez, e certamente.
E é, aliás, você o constatará, a única verdade.

Toda a vida é transformação.
Mesmo no final de ciclo há uma última transformação.
Mas, antes dessa última transformação, há ajustes necessários, através das mônadas, por exemplo, através da parada de tal coisa e a continuação de tal outra coisa.
Mas, como você exprimiu, isso não é uma escolha, é a implacabilidade da Luz em Sua Graça, que faz tudo para que cada um de vocês esteja, muito exatamente, no melhor lugar de si mesmo para viver sua Liberdade e sua Liberação em um processo coletivo.
Portanto, não há erro.
Houve experiência, houve prática.

Hoje, a lei da Graça, as partículas adamantinas, os vórtices inumeráveis de Luz que se ativam na Terra fazem com que, por vezes, as coisas sejam muito violentas.
Há, portanto, um reajuste.
Mas isso é válido para você, para uma atividade, mas é válido para toda separação ou toda decisão, ou toda reunião.
Deixe a Graça trabalhar, se você mesmo quer ser a Graça, veja-a no trabalho, não interfira com uma interrogação para saber o que fazer enquanto a Evidência, frequentemente, está aí, você a vê por si mesmo.

E, se você não vê, por si mesmo, isso será cada vez mais incisivo, ou, mesmo, violento e, sobretudo, em você, com um sentimento, talvez, de negação, mas, em todo caso, com uma raiva que vem da alma.
Mas a Luz vem bater à porta, é tudo.
E ela bate à porta de inúmeros modos.
E, quando ela bateu à porta, ela bate, primeiro, suavemente; se a porta não abre, ela baterá mais forte e, depois, isso se tornará cada vez mais virulento, em você, nessa espécie de raiva ou de mal-estar.

Então, por que colocar-se a questão de parar?
Será que a Graça é mais importante do que o dinheiro ou será que a Graça é, também, mais importante do que o hábito, mesmo de trabalho, qualquer que seja?
É através disso que você é testado, eu diria, mais confrontado à Luz, não porque você tenha vivido iniciações e experiências, mesmo se, efetivamente, a vibração, os corpos de Luz, os Arcanjos, nós, vocês, nossas comunicações são importantes, porque elas o aproximaram, com mais ou menos felicidade, mais ou menos facilidade do que, de seu ponto de vista, você poderia chamar o ponto de ruptura.
Mas o ponto de ruptura pode ser considerado como insuperável, em alguns casos.
Mas dê o primeiro passo, e Ele dará três para você.
E você apenas poderá vê-Lo e conscientizar-se Dele e desaparecer quando você O tiver visto, não antes.

Ah sim, ele disse, o Espírito do Sol, que após cada questão seria similar.


… Silêncio…


Outra questão.


Questão: eu sinto, frequentemente, um ar fresco em minha fronte e em minha bochecha esquerda, com a sensação de respirar um ar fresco e puro.

Isso é normal.
Há um tubo desse lado, que se chama o Canal Mariano.
Esse Canal Mariano aproximou-se da bochecha.
Ele não está mais afastado de você, ele se aproximou do eixo central.
É completamente lógico, você pode, mesmo, ouvir falar, você pode ter correntes de ar fresco que passam assim, porque coisas circulam através disso.
Não há apenas as Presenças que descem, há, também, uma conexão privilegiada à Fonte e ao Canal Mariano, assim como o conjunto de suas estruturas está forrado, agora, eu o lembro, de partículas adamantinas, não, unicamente, nas Portas e nas Estrelas, não, unicamente nos chacras, mas em todo ponto.
E o Canal Mariano é, exatamente, a mesma coisa.

Então, isso pode esquentar, dar uma circulação de ar fresco, você pode ouvir falar e, efetivamente, você o percebe, cada vez mais, ao nível da bochecha esquerda e na fronte esquerda, lateralmente, mas muito próximo da linha mediana em relação ao que era antes.
Quer dizer que, aí também, há uma espécie de fusão e é nessa aproximação do Canal Mariano que você irá dar-se conta de que nós estamos, integralmente, presentes em você.
Estando presentes em você, qual é o interesse do Canal Mariano?
Isso não é contraditório: foi preciso recriar essa impressão de distância, mesmo em relação à vibração, para permitir-lhes tomar consciência da ilusão de tudo isso.

Então, sim, o Canal Mariano, esse tubo, está repleto de vibrações, ele está repleto de Luz, ele está repleto, também, dos Hayot Ha Kodesh.
E tudo isso você vive, nesse momento.
Quer seja uma Presença, quer seja, realmente, o Cavaleiro do Ar que é percebido assim e que trabalha, diretamente, em seu coração, ou seja, o trabalho que se produz, agora, é a síntese do que foi nomeada a figura geométrica do coração.
É bem mais do que o coração de Eternidade, é bem mais do que o coração vibral, é Coração de Diamante, é preciso, efetivamente, dar nomes, não é?
Mas para traduzir-lhe que isso nada mais tem a ver com o que você conhecia até agora, e que esse Coração de Diamante libera você, irremediavelmente.
E eu creio que houve a primeira questão que correspondia a um coração que queima.
Mas é exatamente isso «consumir-se de Amor».

Por que «consumindo-se de Amor»?
Quando você vê nossas irmãs Estrelas, por exemplo, que queimaram de Amor por Cristo, no Ocidente, ou queimaram de Apor pela Fonte, no Oriente, é claro que elas estavam presentes, elas não fugiam desse mundo, mas tinham, de qualquer modo, em oração, o fato de juntar-se ao Esposo.
Porque, quando você viveu o abraço de Cristo, para que lhe serve...
Então, é claro, você pode dizer: «isso me serve, porque eu estou no Serviço ao outro, eu tenho necessidade de dar aos outros o que eu recebi».
Tranquilize-se, se você tem a fazê-lo, isso se fará, o que quer que você queira e o que quer que você pense.

Mas, se você empurra, mesmo, o raciocínio até o limite, você vai, realmente, dar-se conta de que, mesmo isso, mesmo se seja importante para a Graça da Luz ter ancorado, semeado e irradiado essa Luz, porque a Luz parecia muito distante, muito inacessível, mesmo seguindo Cristo ou seguindo o que quer que seja, aliás, mesmo inclinando-se a si, sem seguir ninguém nem o que quer que seja.
E, no entanto, algumas Estrelas, alguns Melquisedeques viveram isso.
É o momento no qual algumas dessas Estrelas – e, sobretudo, para os Melquisedeques – qualquer que fosse sua compreensão do universo, quaisquer que fossem seus potenciais espirituais e seu poder espiritual, aceitaram o sacrifício de Cristo.

E o sacrifício de Cristo faz o quê?
No antigo tempo, antes de trinta anos, criava os estigmas, a estigmatização.
Isso não é uma doença, é alguém que quis muito ser Cristo, apenas para sentir esse Contentamento, não para construir cenários e portar a boa palavra, porque nenhuma boa palavra dá a você a Verdade e a Liberdade, apenas você mesmo é que a dá, a si mesmo, sempre.
E nós o temos dito, sempre, aliás.
Exceto, é claro, quando há um evento nomeado coletivo, que vem pôr fim a algumas formas de experiências.
Mas, aí tampouco, não é você que decide.

Portanto, é muito importante ver isso.
E, quando o Coração de Diamante, o Contentamento é infinito, e quase permanente, para que serve jogar de querer ajudar, de querer servir?

E você não serve a si mesmo, você não está nem no serviço a si nem no serviço ao outro, uma vez que, para o Absoluto, o que é que isso quer dizer, «o serviço»?
Isso quer dizer, ainda, uma relação, isso quer dizer, ainda, que há uma manifestação, isso quer dizer que há, ainda, a errância na crença de um salvador, na crença de uma melhoria, de uma evolução, de uma transformação.
E você vê, diretamente, naquele momento, qual é seu ponto de vista.
Você não pode pretender evoluir, você não pode pretender transformar o que quer que seja em si, ou ao seu redor, se você é, realmente, Liberado.

Porque a Luz, lembre-se: para aquele que é Liberado, não tem, mesmo, noção de serviço.
Como disse Cristo, quando Ele curou aquela que tinha sangramentos, Ele não curou, Ele, simplesmente, disse: «Quem me tocou?».
Mas você está no mesmo estado.
Se você é, realmente, essa Graça, por que ter necessidade de pôr no serviço essa Graça?
Ela já é, ela mesma, o Serviço.

E isso necessita de seu desaparecimento, mesmo se você respire, ainda, nesse mundo, ou seja, como você sabe, tornar-se humilde e não interferir.
Será, sempre, o ego e o que é limitado que quererá interferir, arranjar as coisas ao seu gosto, mesmo em relação a uma conformação com a Luz.
Isso não quer dizer que se deva rejeitar toda noção de transformação, isso quer dizer, simplesmente, que, a um dado momento, seria, talvez, mais sábio colocar-se a boa questão: «Onde eu estou? Onde eu estou e quem sou eu?».

Se você quer que as coisas se movam, não se mova, você mesmo.
Se você quer aproximar-se do mecanismo celeste que está a caminho, deixe a Luz trabalhar, não interfira em nada, aproveite a vida, toque música, aperte-se nos braços, bata-se, se isso o diverte, mas não misture a Luz a isso porque, se você mistura a Luz a isso, você se coloca, de imediato, na dualidade.
O que é que você quer que faça a Graça aí?
Tudo o que havia dito Bidi, de modo retumbante, à época, hoje, você deve pôr em prática.
Não através da refutação, mas será que você vê, realmente, claro?
Será que você segue as vibrações que você vive, as palavras que você pronuncia e que vê, nem sempre, aonde você vai ou onde você permanece?

A pessoa não lhe é de qualquer utilidade, estritamente nenhuma, para essa resolução final.
Mergulhe na Paz, mergulhe na Alegria, deixe a Vida desabrochar na espontaneidade do instante: se é um soco, é um soco, se é um riso, ria.
Seja espontâneo, nada reprima, deixe tudo sair, mas não faça esforço, não trabalhe, isso se faz sozinho.
Se isso não se faz é que há, ainda, uma pessoa, um personagem que crê controlar a Luz e dirigir a própria vida.
Sim, ele dirige a personalidade, mas quem comanda?
É a personalidade ou é a Graça?
É a Eternidade ou é o efêmero?
Seria tempo, talvez, de pôr em prática todas as vibrações que você recebeu.

Aliás, deram-lhe elementos extremamente importantes.
Nós não lhe demos antes porque, mesmo se você os tivesse vivido. Isso não correspondia a um número suficientemente importante de indivíduos, mas, também, de partículas adamantinas que permitiam a expressão dessas forças arquetípicas.
Deram-lhe isso ontem, ou nos dias anteriores, ou nos dias seguintes, mas tudo isso, onde você põe sua consciência, onde?
É resolver o que lhe opõe o outro, o que lhe opõe a Vida, o que o que lhe opõem seus medos.
Ponha o Amor à frente, atrás, em cima e embaixo, por toda a parte.
Esqueça-se de todo o resto, porque todo o resto é apenas a falta de amor.
Só a alegria, a espontaneidade, a criatividade põe você na corrente da Vida e podem ser-lhe de uma ajuda, por vezes, indispensável.
Jogue o jogo.
Mas esteja consciente de que é um jogo, é tudo.
O mais importante não é o jogo, é a Graça, a Luz, o Amor, a Verdade, a Eternidade.

De sua posição, o que eu nomeei a atribuição vibral, você tem todas as cartas na mão.
Eu penso, por exemplo, nessa questão do xamanismo, quando algo se produz, seja de maneira totalmente inesperada, seja porque isso amadureceu, isso se amplificou, como um abscesso que aumenta, que cresce, mas deixe-o sair.
Pare de querer espremer esse abscesso, deixe-o amadurecer.
Deixe sair o que sai, não se ocupe disso, porque, como você quer verificar que a Graça está aí, se você é uma pessoa que está trabalhando, em qualquer domínio que seja?

Você vai aperceber-se, em cada circunstância de sua vida, de que essa confrontação, esse Face a Face entre o ego ou o efêmero e o Eterno vai tomar atitudes – isso foi dito – não, unicamente, cada vez mais evidentes, mas, também, cada vez mais intensas.
Não para julgá-lo ou condená-lo, simplesmente, para que você consiga, enfim, de uma vez por todas e, se possível, antes do Apelo de Maria, ver-se, realmente, saber quando há uma pessoa e quando não há mais ninguém.
Aliás, eu posso dizer-lhe: assim que você reclame em relação a não importa qual circunstância, é que você é uma pessoa, não é mais complicado do que isso.
E uma pessoa, nesse mundo, não é um corpo de Existência e uma consciência na qual o Si está liberado.

Aí está a armadilha, sobretudo, agora.
Antes, havia aproximações que podiam tomar anos.
E, aliás, a aproximação maior do Espírito Santo desenrolou-se em mais de trinta anos.
Mas tudo isso terminou, as egrégoras terminaram.
Só a Graça permite-lhe ser o que você é, realmente, quer seja o Si ou o Absoluto, mas, em caso algum, a pessoa.
E será que você se vê a si mesmo?
É que sua pessoa pode manifestar-se, às vezes, de modo muito visível e é, aliás, tão visível que, às vezes, você não a vê e são, sempre, os outros que a veem por você.
Mas, enquanto você não a tenha visto, se o dizem a você, isso nada mudará, uma vez que, mesmo você, se você diz o que viu, isso quer dizer que você voltou a descer à pessoa.

Então, qual é o Serviço aí?
Mas o melhor dos serviços é a Graça, é viver o milagre a cada minuto, como Cristo disse: «Quem me tocou?».
Isso se produziu algumas vezes, em Sua encarnação: quando Ele expulsou os demônios, quando Ele expulsou os mercadores do templo, quando Ele curou o paralítico e o cego, quando Ele ressuscitou.
Mas, hoje, tudo isso você pode viver, a cada minuto, com a mesma intensidade, mesmo se você não se aperceba disso.
Não é porque você não tenha, mesmo, sonhado e que seja necessário, simplesmente, sonhar com isso, mas, sobretudo, não pensar em fazê-lo.
Esqueça-se de tudo isso.
Quanto mais você se apaga, mais você deixa apagar-se o que lhe atravessa e o que emana pela Vida em sua vida, em suas circunstâncias, todas essas circunstâncias serão apelos à Graça, qualquer que seja a forma que isso tome.

Quando estiver farto de acreditar que você evolui – e, isso, nos tempos extremamente reduzidos –, quando você estiver farto de acreditar que pode melhorar suas falhas, quando estiver farto de crer que você pode, um dia, viver a alegria e, no outro dia, a tristeza, bem, você descobrirá a Graça como um estado permanente, aqui mesmo, não antes.
E, no entanto, isso nós o temos dito e repetido, nós lhe temos dado marcadores, quer seja ao nível dos eventos, quer seja ao nível das vibrações, nós temos explicado muitas coisas: o que são as Estrelas, como colocá-las em função.
Nós demos as premissas e a própria descrição da Onda de Vida, antes que ela aparecesse.
O que é que você precisa mais para desaparecer?
Agora, isso se torna urgente, essa questão: «A que você se prende? De que você tem medo?».

Veja isso, porque a Graça vai mostrar-lhe, cada vez mais.
A Graça apenas pode «ser», porque você é a Graça.
Então, se você passa seu tempo a reclamar, a queixar-se, a viver sofrimentos, a viver confrontações com o outro, com não importa qual energia, o que é que isso prova?
Que você não desapareceu.

Então, como você quer, sem viver esse desaparecimento – o que será o caso, eu o lembro, durante os três dias – como você quer estar na paz?
Como você quer estar na mesma alegria, se lhe atiram uma bala no ombro ou que lhe ofereçam flores.
É a mesma coisa, são apenas circunstâncias.
É a pessoa que vai colorir isso em bem, em mal, em agradável, em desagradável.
Então, todas as palavras que você diz, todos os comportamentos que você adota, tudo o que lhe acontece é apenas o fato da existência de uma pessoa.
De acordo?
Então, cabe a você ver.
Cabe a você ver onde você se coloca e, como nós o dissemos, isso é visível como o nariz no meio da cara, mesmo se você não o veja.

As próprias palavras, os pensamentos que você tem, as relações que você tem fazem apenas traduzir isso.
Há alguém aí ou não há mais ninguém?
É nesse sentido que nós temos repetido que nós estamos, todos, em você.
E, aliás, o Canal Mariano que se aproxima, a fusão de tudo o que tem sido descrito, se você o vive, vibratoriamente – e mesmo se você não viva qualquer vibração – será que você vê, claramente, em sua vida?
Não para responder a tal questão, mas na Graça que você é.
Você está voltado para si, verdadeiramente, ou, então, você está voltado para sua pequena pessoa, com suas necessidades de transformação, de evolução, com essa necessidade de resolver conflitos, tanto em si como no outro.
Enquanto você não tiver compreendido e vivido que, mesmo o pior dos inimigos, está em seu interior, o que é que você quer fazer?
Nós nada mais podemos fazer.
Nós podemos apenas dar-lhe os últimos elementos de colocação no serviço dosHayot Ha Kodesh, ou seja, dos quatro elementos e seu princípio para, ainda uma vez, que você verifique, por si mesmo.

Mas, uma vez que você tenha verificado, por si mesmo, será que você quer, enfim, capitular?
Será que você vai, enfim, deixar o Amor emanar de você, completamente, e não, simplesmente, por pequenos toques ou quando você reencontra alguém que lhe é agradável, vibratória, energética ou esteticamente?
Será que há, ainda, em você, a rejeição do que quer que seja?
Isso não quer dizer que seja preciso, por exemplo, lutar contra uma doença, mas, por exemplo, o modo pelo qual você reage, o modo, mesmo, pelo qual você se ocupa de uma doença faz apenas traduzir seu ponto de vista.

Será que, por exemplo, entre os Melquisedeques que tiveram cânceres, ou algumas Estrelas, será que elas experimentaram as necessidades de lutar contra ou será que elas, também, entregaram seu sofrimento a Cristo?
E veja os resultados.
Olhe, por exemplo, do lado de Irmã Yvonne Amada, olhe o que aconteceu na vida dela.
Olhe, por exemplo, o bem amado Sri Aurobindo: seu corpo estava na agonia, ele estava morto e estava em Luz ao redor de seu corpo antes de deixá-lo.
Será que ele se preocupava que seu rim não funcionava, porque ele morreu assim?
Mas não, absolutamente.
Porque ele estava na Graça, ele estava na aceitação total e irremediável da Luz que ele era.

E, nesse Face a Face, você vive tudo isso, quer você perceba o corpo de Existência em sua estrutura periférica, ou seja, os formigamentos que sobem ou que descem, que tomam todo o corpo, ou quer seja através de sua constituição íntima, os Triângulos elementares da cabeça, do corpo.
Ou será que você é mais levado no que o faz sofrer psicologicamente ou em seu corpo?
Onde você pega a energia?
Onde você mostra sua Graça?
Se essa Graça não é sólida e se uma pessoa olha-o atravessado ou, assim que surge um problema em sua vida, você fica desestabilizado, isso quer dizer o quê?
Eu creio que a resposta é clara, não há necessidade de procurar de meio-dia às quatorze horas, não há necessidade de uma confirmação.
Nós temos dito, aliás, que tudo o que se manifesta em sua vida é destinado apenas a fazê-lo posicionar-se, aí ou alhures, no Eterno ou no efêmero.
E o resultado que decorre é o que você vê hoje.

E, aliás, você se dá conta, efetivamente, de que há alguns problemas, digamos, que você não pode resolver.
Nem pela consciência, nem, mesmo, eu diria, pelo Amor, porque, aí, você o projeta, o Amor.
Quando você tiver cansado de lutar, quando tiver cansado de ver sem atravessar, sem transparência, bem, então, você capitulará. E isso será, de qualquer modo, inexorável, no momento do Apelo de Maria.
Mas, se você não capitula agora, isso quer dizer que suas resistências estão, ainda, presentes, mesmo se você viva o Si.
Você não viu que não há qualquer espécie de continuidade na consciência, na alma, nesse mundo, e que a única continuidade, justamente, está fora da consciência.
Ela é o que você é.
Então, parece que é preciso que eu faça isso, também, pelo Silêncio.
Isso não vai ser fácil.
Pelo Espírito do Sol.


… Silêncio…


Bem, a questão seguinte pode ser enunciada.


Questão: a que corresponde o fato de ver aparecer e desaparecer, no campo de visão, pontos de luz azul, muito brilhantes?

Caro amigo, de momento, nós temos falado das doze Estrelas, dos quatro elementos, das doze Estrelas localizadas na cabeça mais os quatro pontos centrais, agora.
Mas é preciso saber, também, que cada uma dessas Estrelas vai agenciar-se diferentemente, para dar nascimento, na visão mais do que na percepção, de algumas formas específicas de pontos de luz azul, em um primeiro tempo, que podem aparecer com os olhos fechados, aparecer ou à esquerda, ou no meio ou, levemente, à direita ou, ainda mais à direita ou levemente à esquerda e mais à esquerda.
As doze Estrelas que você sente em torno da cabeça, quando você está no corpo de Existência, você tem, de fato, Triângulos que vêm encaixar-se uns nos outros, ao nível do que você nomeava, antes, o terceiro olho.
São as Asas.
As Asas de Isis, por exemplo, que se encontram aqui e que dão, por vezes, essa sensação de faixa ou de semi-coroa anterior.
E, frequentemente, olhos abertos, isso lhe aparece como pontos azuis e, por vezes, brancos, extremamente brilhantes e densos em luz.
Você vê suas Estrelas, e as Estrelas estão em você.

Não há outra resposta em relação a isso, então, a resposta do Espírito do Sol, no silêncio.


… Silêncio…


Questão seguinte, e eu vou deixar o lugar ao Espírito do Sol.
Mas eu escuto o enunciado, também, isso me interessa.


Questão: muitas relações transformam-se de modo inesperado e repentino: amigos muito próximos afastam-se, casais separam-se, outros se formam, muito rapidamente. Isso está em relação com atribuições vibrais diferentes?

O ESPÍRITO DO SOL

Nesse tempo de Graça, que se multiplica ao infinito em seu mundo, o resultado observado nem sempre é a Graça, mas pode parecer exatamente o oposto, mas não é nada disso.
A rapidez de alguns movimentos, a brutalidade de algumas manifestações está aí apenas para colocar cada um de vocês na adequação total com o lugar o mais adequado ao que há a viver, no momento do Apelo de Maria.
Agradeça, portanto, à Graça, independentemente do que aconteça, porque o que acontece é, muito precisamente, o que lhe permite estar ao mais próximo do Apelo de Maria.

A atribuição vibral, é claro, pode ser evocada, ela faz parte disso, porque a Graça corresponde, também, à atribuição vibral.
Tudo o que se desenrola de modo, por vezes, repetitivo, mas cada vez mais incômodo ou cada vez mais feliz, toda modificação que lhe cai por cima ou que cai sobre uma relação ou sobre uma situação tem, sempre, a mesma causa e a mesma origem: o desenvolvimento da Graça, de seu veículo de Existência, seu Face a Face entre o Eterno e o efêmero.

Tudo isso é a resultante da sobreposição dos planos ilusórios, efêmeros com a Eternidade.
A Eternidade não se embaraça, como eu disse, com qualquer história, qualquer condição e qualquer regra ou lei desse mundo, porque a Graça conhece apenas uma lei, que é a lei de Graça.
A ação de Graça tem por particularidade ser desprovida de toda noção temporal.
Assim, portanto, ela pode manifestar-se de modo instantâneo e, em todo caso, tal como foi exprimido por esse questionamento, de modo cada vez mais violento, por vezes, sem qualquer explicação, mas como um elemento imperioso e inesperado ou que se repete, ao contrário, em sua vida.
Tudo isso participa da mesma Evidência, da mesma Luz, da mesma Graça.
E isso faz apenas começar, em termos lineares de seu tempo.

Cristo disse: «Aquele que quiser salvar sua vida, perdê-la-á».
Aquele que entregar seu Espírito nas mãos do Pai não terá que se preocupar com nada, porque ele será regado, diretamente, na Graça.
O que quer que se produza e desenrole-se em sua vida, ele aceitará, com a mesma felicidade, com a mesma evidência, porque ele vê apenas a Graça no trabalho, enquanto aquele que vai reclamar, aquele que vai recusar poderá apenas instalar-se, cada vez mais, na raiva e na dor que ele mesmo mantém, por seu não Abandono à Verdade Eterna.

Assim, portanto, cada vez mais e de modo cada vez mais expressivo e ruidoso, de modo cada vez mais intenso, você vai constatar que o que não se resolveu em sua vida vai resolver-se de maneira brutal e violenta para a pessoa, mas na Graça a mais total para aquele que aceita superar o fato de ser uma pessoa.
As reviravoltas, como disse o Comandante – um dia branco, um dia negro –, são apenas o reflexo de sua incapacidade temporária para reconhecer a obra da Graça e a ação da Graça em sua vida, porque há apenas ela que age, há apenas ela que se manifesta.
Ali ver outra coisa é, simplesmente, apenas um olhar alterado pelo véu da pessoa, pelo véu dos condicionamentos, pelo véu dos a priori e pelo véu daquele que não pode ou não quer, ainda, soltar o que deve ser solto.


… Silêncio…


Enunciado da questão seguinte.


Questão: um adolescente viu, a cada noite, luzes azuis acima de sua cama e, uma noite, uma entidade masculina de luz azul sentou-se sobre o canapé que o observava. Quem era? Isso está em relação com sua origem estelar e a atribuição vibral?

OMA

Então, caro amigo, o que quer que seja, e antes de dizer o que isso pode ser, isso faz apenas traduzir, antes de tudo, a sobreposição do efêmero e do Eterno.
Você vê, cada vez mais, luzes – eu havia dito – na natureza, os véus brancos – independentes da névoa – de partículas adamantinas; você vê luzes, de olhos fechados, olhos abertos; você vê à noite, no escuro; a própria Luz; você vê as Presenças, as separações param.
Você vê suas linhagens, você vê, por vezes, as linhagens do outro, olhando-o ou, então, você enfrenta as linhagens dele, porque você não tem essas linhagens.
Tudo isso é o desaparecimento total do que o cortava, antes, dessas manifestações.

Então, agora, existem muito numerosos seres e entidades que revestem ou que são, eles mesmos, essa Luz azul.
É claro, o azul evoca Maria, evoca Buda, evoca Sírius.
Ele evoca, também, outras civilizações de mundos unificados.
Mas houve, também, o que foi nomeada a Obra no Azul.
É, justamente, o momento em que a alquimia entre o Eterno e o efêmero, que não está, ainda, em confrontação (a Obra no Branco foi há quatro ou cinco anos), tudo isso, se quer, dá a ver coisas cada vez mais incríveis.
Aliás, muitos seres humanos vão, francamente, desfalecer e ter crises cardíacas, como quando há um sismo, quando eles verão o que eles vão ver no céu, quando eles virem as embarcações, quando eles virem as entidades, por toda a parte, que são mais numerosas, ainda, do que os humanos.

Portanto, se quer, é exatamente o que se cria agora, que você vê, cada vez mais, e, ainda, você sabe muito bem que há vaporizações de substâncias contrárias à Luz, em toda a atmosfera.
Deram-lhe a comer coisas que impediam a consciência de eclodir na Eternidade.
Mas, apesar disso, e uma vez que a Terra está liberada e nós ganhamos o direito de seu Retorno à Eternidade, vocês e nós, juntos, é normal que haja seres de toda idade, jovens ou menos jovens, que começam a ter percepções cada vez mais específicas, que mostram, ao mesmo tempo, a dissolução da matriz em curso, mas que dá, já, um vislumbre do verdadeiro mundo, da Eternidade.

Não há razão para que isso aconteça, unicamente, no sem interior, no sonho de cada um; isso acontece, concretamente, por toda a parte.
Então, é claro, as pessoas nem sempre sabem pôr nomes.
Aí, você falava de um jovem que falou de uma entidade sentada em uma poltrona, mas há outras pessoas que não gostariam, mesmo, de dizer que viram uma entidade, porque isso mexeria muito com suas crenças, elas estão tão muito persuadidas de que, quando morrem, nada mais há.
Você pode imaginar a angústia para essas pessoas?
Porque isso não é um alívio, é uma angústia.

Porque aquele que imagina que nada mais há, não é, unicamente, porque ele a nada tem acesso, é porque ele está persuadido de que é assim.
E você imagina a angústia de ver outros mundos, isso não vai abri-lo, necessariamente, a esse outro mundo.
Para os jovens, sim, isso pode ser uma atribuição vibral, mas aquele que está completamente fechado em seus medos, que em nada acredita e que crê, unicamente, na matéria – o que é o caso, de qualquer forma, de muitos seres humanos – quando essa Eternidade revelar-se de modo, verdadeiramente, não, unicamente, em lugares precisos ou em circunstâncias precisas, mas que isso vai manifestar-se assim, no metrô, por exemplo, de repente, o metrô ficará cheio de entidades, e de todas as cores, e de todas as formas, você imagina que há o quê, para aquele que apenas crê na matéria e na razão, estar não, verdadeiramente, na Graça, não.
Haverá milagres e conversões, como se diz, mas, para a maioria, isso estará longe de ser assim, porque isso provoca grande ruptura das crenças, grande mudança, como vocês dizem, de paradigma, e, além disso, sem estar a par da extinção final, você pode imaginar, efetivamente, que, para eles, isso é, já, sua própria extinção.

E o cérebro é assim feito, ele é tão estúpido que, porque ele crê que nada existe, se ele é confrontado à existência desse nada e à manifestação desse nada, você sabe muito bem que você, você está ávido por esses reencontros e essas experiências, por essas comunhões, mas, para a maior parte dos seres humanos, não é, absolutamente, isso.
Não é a Luz Azul que eles vão ver, isso vai dar a eles um terror azul.
Você não se dá conta e, mesmo vocês, que estão aqui, vocês têm ouvido falar dos Vegalianos, se vocês veem, realmente – não energeticamente –, um Vegaliano em carne e osso ao seu lado, qual vai ser a sua reação?
Vocês não podem, mesmo, imaginá-la.
Porque há uma ruptura de seu campo de consciência.

O campo de consciência, mesmo falsificado, é organizado em alguns estratos, em alguns potenciais, tanto para o corpo físico como para o corpo mental.
E, se há a erupção do Eterno, de maneira tão intensa e verdadeira, para aquele que em nada acredita do que é Eterno, mas isso será o infarto do miocárdio, será o terror, será a loucura.
É aí que vocês serão importantes.
Não para ficar ao lado dessas pessoas, se elas estão no outro extremo do planeta, mas porque sua própria presença, inscrita na Eternidade, quer seja o Si ou o Absoluto, aí, será capaz de ser uma luz nas trevas.
Porque, lembrem-se de que, após a Luz Branca, há o quê?
As Trevas, o que está além da Luz, o Absoluto, o Parabrahman.

E, aí, é ainda pior porque, para aquele que já não acreditava nos planos sutis (mesmo quando ele os vê, ele não quer acreditar nisso, nesses casos), vocês podem imaginar que as trevas, isso o remete a quê?
Bem, à morte, simplesmente, e a pessoa não quer, jamais, morrer.
Você sabe muito bem, isso foi retomado por Sri Aurobindo, ontem, ao seu modo, que o Choque, também, situa-se aqui.
E você sabe muito bem que é quando há aceitação e, unicamente, quando você está na aceitação irremediável, irreversível, que você é totalmente Livre – quer você esteja na Infinita Presença ou no Absoluto com forma – não antes, uma vez que a maior parte de vocês, efetivamente, viu que fizeram «tournicota-tournicoti» sem parar.
Mas isso não é nem um drama nem uma condenação porque, se vocês não tivessem feito, para alguns de vocês, esses «tournicoti-tournicota», como teriam podido saber qual é a diferença entre o mental e o Si?

Há muitas pessoas que se projetam no Si com o mental, ou que dão a crer que elas são isso ou aquilo – porque elas viveram uma vibração, porque viveram a primeira parte da Onda de Vida – e que jamais foram liberadas, no entanto.
E isso tem em todos os cantos da rua, mesmo entre todos os irmãos e irmãs que vocês conhecem, que têm vivido esses processos vibratórios.
E sim, porque considerar seu desaparecimento, para a pessoa e para o Si, é impensável.
E dizer que desaparecer é, justamente, aparecer na Eternidade e, portanto, nessa Origem, nessa Luz e nessa Treva que está na origem da Luz.
Você pode imaginar o que isso representa, é a pior das situações, para o mental, para razão e, mesmo, para o Si.
Como abandonar tudo o que eu conheci, tudo o que eu vibrei, tudo o que eu percebo?
E sim, faz morrer.
Não pela «pequena morte» da passagem do ego ao coração, porque isso vocês o fizeram sem parar, mas é preciso morrer, deixando Cristo, ou seja, a Eternidade estabelecer-se.
Vocês nada perderão, exceto o que vocês acreditam ser eterno e que não o é, ou seja, a alma.

Então, é claro, o que eu digo, estritamente, nada quer dizer para aquele que está fechado no próprio ego, mesmo que procure a Luz.
Isso nada quer dizer, também, para aquele que está, ainda, nos «tournicoti-tournicota» do Si e, no entanto, é a única Verdade.
Então, cabe a você ver.
Mas é, também, a Graça da Liberdade.
Você tem a total liberdade de ser o que você é.
Se você é um Arconte, isso não me incomoda mais do que isso; se você é um portal orgânico, o que é que você quer que isso me faça?
Será que eu sou concernido pelo que é efêmero, mesmo se eu mantenho, aí onde eu estou, certa parte de efêmero, mas para uma missão que você conhece.
Aliás, alguns assimilaram, perfeitamente, essa missão, mas isso é outra história.

Ah sim, é verdade, ele me disse que é preciso fazer o Espírito do Sol, o silêncio.


… Silêncio…


Eu escuto a questão seguinte.


Questão: estar no Serviço, com um S maiúsculo, isso significa o quê, atualmente? Como sê-lo?

Eu vou deixar responder o Espírito do Sol.
Você poderá repetir-lhe a questão, acho que ele dormia.

O ESPÍRITO DO SOL


Eu escuto a questão que me foi atribuída pelo Comandante.


Questão: estar no Serviço, com um S maiúsculo, isso significa o quê, atualmente? Como sê-lo?

Bem, é a mesma resposta para os dois.
Como sê-lo?
Como manifestar o que vocês, humanos, nomeiam o sentido do Serviço?
Simplesmente, desaparecendo, simplesmente, não querendo outra coisa que não ser si mesmo, sem outra intenção que não a de ser isso, sem, mesmo, refletir no que pode ser o Serviço.
Porque a noção de Serviço, a partir do instante em que ele é forçado, a partir do instante em que ele é pensado, ele não é mais o Serviço com um S maiúsculo.
O verdadeiro Serviço é a Doação total, através do sacrifício de tudo o que são elementos ligados à sua pessoa, como a qualquer outra pessoa, que o faz passar da relação interpessoal à relação a Cristo.
Quando vocês forem dois reunidos em Seu nome, Ele estará entre vocês.
Cabe a você colocar Cristo à frente, antes de qualquer interpretação pessoal, antes de qualquer relação interpessoal.
Aí está o Serviço.

O serviço ao outro é, certamente, evidente, em relação ao serviço a si, mas existe, também, como você disse, também, um Serviço com um grande S, que é o Serviço à Luz.
E qual é o melhor Serviço que você prestar à Luz?
É aceitar Sua Graça, Sua Evidência e Seu Amor.
Todo o resto, naquele momento, é supérfluo e evita, além disso, à pessoa ocupar-se do que não a olha.
Enquanto você acredita dirigir, enquanto você acredita que você precisa de uma técnica, qualquer que seja, você se afasta do que você é.
É claro, existem técnicas que permitem aproximar-se desse ponto de Serviço, mas, jamais, ele o fará tocar, jamais, ele o fará viver.
A um dado momento, isso deve ser superado, também.

O Serviço com um grande S é, portanto, o Serviço à Luz, e o melhor Serviço que você pode prestar à Luz é desaparecer, deixando lugar para a Eternidade.
Aquela que você é e aquela que é a Luz e aquela que é o Serviço.
Porque o Amor e a Luz são o Serviço absoluto da manifestação da própria consciência, em qualquer dimensão que seja e em qualquer mundo que seja.

Estar no Serviço é extrair-se da Ilusão, não pela vontade, mas pelo apagamento.
A Graça pode estar presente – não como experiência, mas como estado permanente – apenas pelo desaparecimento da pessoa.
Naquele momento, se isso é vivido, real e concretamente, o que acontece?
A pessoa é, de algum modo, magnificada, e o que se exprime, o que irradia, o que se manifesta nada mais tem de comum com outra pessoa, porque é, realmente, Cristo revelado que está à sua frente.


… Silêncio…


Enunciado da questão seguinte.


Questão: tudo se acelera, e uma parte de mim inquieta-se de não conhecer minha atribuição vibral. Nesse caso, é necessário refazer o protocolo até tê-la ou deixar como está?

O que é percebido, essa aceleração, e o que se desenrola em sua vida é sua atribuição vibral.
Mesmo se, efetivamente, haja a possibilidade de reencontrar os Melquisedeques, a atribuição vibral, mesmo após esse reencontro, desenrola-se nesse plano de manifestação e aí, onde você está.

A atribuição vibral não é conhecer um destino ou um hipotético futuro.
A atribuição vibral, hoje, é, bem mais, assumir o Serviço e o Amor, e a Graça, porque, mesmo se você não conheça sua atribuição vibral, no sentido de um destino ou no sentido de uma instalação em tal Morada ou em tal outra Morada, lembre-se de que a Eternidade vem até você e que ela se desenrola em sua vida, e que tudo o que se desenrola em sua vida é, exatamente, o resultado de sua atribuição vibral.
Então, é claro, e isso foi dito, há possibilidade de fazer apelo.
Esse apelo acontece, antes de tudo, no aspecto concreto e real desse mundo, mesmo se ele não seja a Verdade.

Assim, portanto, qual é o melhor modo de mudar ou de conhecer essa atribuição vibral que lhe é, talvez, aparentemente, desconhecida, mas que lhe é, na realidade, conhecida?
Basta, simplesmente, ser Amor e nada mais.
Então, veja e olhe, se todas as circunstâncias de sua vida são um serviço a si, um serviço ao outro ou um Serviço à Luz.
Será que sua pessoa está presente nas situações, nas relações, nos seus alinhamentos?
Você está na alegria ou você está na raiva?
Você está na alegria ou você está na tristeza?
Você está na alegria ou você está no medo?
Aquele que é Liberado nada conhece desses horrores, mesmo se sua pessoa possa manifestar-se e interagir, mas ela sabe muito bem que essa interação é apenas limitada e temporária e em nada concerne ao que é, verdadeiramente.
Pôr o Amor à frente, pôr Cristo entre vocês e em vocês faz parte do procedimento do apelo.

Para fazer o apelo, você não tem necessidade de conhecer sua futura Morada de Eternidade, mas, bem mais, magnificar, em você, o sentido da Luz, o sentido da Graça, o sentido de seu desaparecimento, não como um trabalho, mas, cada vez mais, como uma Evidência.
E se há elemento manifestado contrário à alegria, quer seja raiva, quer seja emoção, quer seja doença, então, com a mesma alegria, torne-se o que você é, esqueça-se disso, não como uma negligência, mas atravesse isso.
Mostre e demonstre a você, e ao sonho do outro, que é seu próprio mundo interior, que você é transparente.
Mostre sua Humildade e mostre sua Alegria.
Deixe emergir o que lhe parece contrário, deixe desaparecer o que pertence ao efêmero.

Eu o lembro de que a única Alegria é eterna; a raiva, o medo, a tristeza pertencem apenas a esse mundo e são, portanto, por essência, efêmeras.
Qualquer que seja a duração que você viva disso, se você vive o impacto, é, simplesmente, porque a Alegria não foi reconhecida, inteiramente, em você, porque a Graça, apesar do que ela lhe dá a ver através de seu próprio personagem, suas próprias raivas, seus próprios ressentimentos e suas próprias dificuldades em sua vida, estão aí, justamente, apenas para ajudá-lo a soltar, apenas para ajudá-lo a ser o que você é e não continuar a parecer o que você não é.
… Silêncio…


OMA

Qual é a questão seguinte?
Eu o mandei dormir.


Questão: passeando com um amigo, eu senti a lemniscata ligar nossas duas bacias. Qual significado tem isso?

A lemniscata que ligava as duas bacias?
É a dança do ventre.
Você pode estabelecer uma relação sem querer estabelecê-la.
Esse gênero de manifestação faz parte do que você pode sentir, agora, cada vez mais facilmente.
Você vai encontrar um desconhecido, sem mesmo olhá-lo, e você vai sentir, diretamente, o que emana dele, com uma sensação de amor ou uma sensação de repulsa.
Mas o que é importante não é nem a repulsa nem o amor, o que é importante é que você tenha sentido alguma coisa.
Quer seja com um amigo ou com não importa o quê, com uma árvore, com os Cavaleiros, com um animal, doméstico ou não.
Quando isso se produz, isso quer dizer que você está no instante presente, você está, totalmente, em sua Eternidade, naquele momento.
É o momento no qual a energia, a vibração, a Luz, a Vida circula e é imóvel, ao mesmo tempo, por toda a parte.

Então, isso dá, igualmente, por exemplo, a visão da Eternidade, as questões que nós tivemos, há pouco, em relação aos seres azuis.
É, por exemplo, também, tudo o que pode produzir-se, por exemplo, quando você está com alguém ou quando você vê aparecer uma de suas linhagens, ou que você se sinta desconfortável em relação à expressão de sua pessoa ou de sua Eternidade, mesmo.
Mas, regra geral, isso assinala, tudo isso, uma aceleração, aí também, uma ampliação, eu diria, de suas percepções, bem além de sentir nossas Presenças, de sentir as Estrelas, de sentir as Portas, de sentir os chacras ou de ver as entidades.
É seu corpo de Eternidade, é seu corpo de Existência que está aí, que lhe dá isso e que faz isso.
Portanto, se você quer compreendê-lo, para nada serve dar palavras, é preciso viver, por exemplo, o que disseram, ontem, os dois Melquisedeques que eu lhes enviei para falar disso.
Todas as manifestações que você tem, que lhe parecem bizarras, anormais, maravilhosas ou trágicas resultam apenas desse Choque, em si mesmo como na relação, como no amor entre dois seres, como na relação entre dois países; é a confrontação do antigo e o novo.
E, quando o novo manifesta-se, isso dá percepções ou estados, mesmo, independentemente de qualquer percepção, que nada mais têm a ver com os funcionamentos anteriores.

Creio que eu os tenho preparado, suficientemente, há quase um ano agora, ao dar-lhes, por pequenos toques, o que ia produzir-se em relação a isso.
Olhe bem, eu não falo mais, agora, de tudo o que acontece na Terra, vocês têm a internet para isso, vão ver, eu o disse antes.
Agora, eu lhes digo o que acontece porque vocês o vivem em si, e tudo o que vocês vivem, absolutamente tudo, agora, resulta, diretamente, da atribuição vibral, da confrontação e da harmonia, ou não, entre o Eterno e o efêmero.
Nada mais há.
Todo o resto são tagarelices, todo o resto pertence ao passado.
Até o tempo em que você o veja, isso vai reproduzir-se com uma intensidade e, sobretudo, uma rapidez cada vez mais forte e cada vez mais impressionante, também.

E, sim…


… Silêncio…


Eu aproveito para dizer algumas palavras do Espírito do Sol.
Então, muitos de vocês devem ter-se perguntado porque havia KI-RIS-TI, não Cristo, porque havia, também, o Espírito do Sol.
É a mesma qualidade vibral.
A matriz Crística é Cristo, é um corpo de Existência.
O Espírito do Sol está além de todo corpo.
O que é o Espírito do Sol?
Nós jamais dissemos que era, unicamente, o Sol.
O Espírito do Sol é o duplo do sol que foi retirado desse Sistema Solar há trezentos e vinte mil anos.

É claro, o Espírito do Sol, não vão dizer que ele tinha o nome de uma esfera solar porque, para ele, aí também, isso nada quer dizer.
É uma materialização que não concerne a ele, uma vez que o Espírito do Sol, ele mesmo disse o que ele era: é Cristo, é a Fonte, é a Vida que percorre todos os universos.
E é, também, ao nível desse Sistema Solar, o retorno da Androginia Primordial, a Ascensão, a fusão com a mônada ou com o duplo monádico.
A fusão do Sol com seu gêmeo dá a transformação.
Quando Sereti disse, há muito tempo – há mais de dez anos – que o Sol ia tornar-se um super gigante vermelho, isso parecia bizarro.
Bah, sim.
Mas se algo chega para comunicar-se com esse Espírito no corpo do Sol, tal como vocês o veem, o Sol não tem mais necessidade de ser um patriarca, ele volta a tornar-se a Androginia Primordial, e tudo isso se situa em outra dimensão.

Portanto, o Espírito do Sol é a forma acessível do que vocês verão, em breve, no céu.
E é o Casamento místico, não da Terra e do Sol, é claro, mesmo se seja o planeta grelha, mas, também, o Casamento místico de todas as mônadas e, também, dos duplos monádicos, se eles, ainda, não se encontraram, mas, também, o reencontro.
Antes, isso não era possível, isso aproximava e provocava destruições, mas não havia Casamento entre o Sol e seu duplo; o Sol estava separado de seu duplo.
Vocês sabem, talvez, que todos os sistemas solares são duplos ou triplos.
E sim.
E o Espírito do Sol, em sua representação, mesmo se não seja ele, vocês podem assimilá-lo ao Sol, ao Princípio Crístico, à matriz Crística, à Vida, ao Amor, à Luz, à Fonte, ao Absoluto e, também, ao corpo celeste que vem desposar o Sol.

São as algumas palavras que eu tinha a acrescentar.
Eu retomo o silêncio que eu interrompi dois segundos, e o Espírito do Sol.


… Silêncio…


Eu escuto a questão seguinte.


Questão: o que significa ligar o polo espiritual e o polo material em si? Você pode desenvolver em relação ao cuidado recebido de Anael?

Ligar o polo material e o polo espiritual corresponde, simplesmente, a adequar a vivência da Eternidade com a vivência do efêmero.
Isso quer dizer o quê?
Será que a Eternidade tem alguns comportamentos?
Você sabe muito bem que – aliás, vocês são confrontados a isso – quer seja em seus incômodos, em seus prazeres, em suas relações consigo mesmo e com o outro, nas relações de casal e tudo, vocês sabem muito bem que estão confrontando, nesse momento.
É exatamente a mesma coisa.
Pôr em acordo o material e o espiritual é fazer de modo que nada, ao nível de sua pessoa que existe, ainda, esteja em relação com uma violação da Liberdade da Eternidade.
Isso quer dizer, e você sabe, não subjugar ninguém, nem mesmo você mesmo.
Ver-se sem complacência e sem hipocrisia, tal como você é.
É não recusar o que lhe diz um irmão, é deixar-se atravessar por tudo, tanto pelo beijo como pelo soco – eu falo ao nível simbólico.
Porque, se você fica contente com o beijo, mas não com o soco, isso prova que há, ainda, uma pessoa, e que você está, ainda, na busca de alguma coisa, de equilíbrio, de transcendência, de harmonia, de felicidade, mesmo.
Mas a Graça não procura a felicidade, ela é felicidade.
A Eternidade é isso.

Portanto, pôr em acordo o material e o espiritual é estar em sintonia total entre o que a Eternidade dá-lhe a ver, a viver, em, talvez, seus contatos com outros planos, nas relações que você estabelece com outros e, sobretudo, consigo mesmo, ou seja, estar em acordo com a Luz e com o espiritual, com o Espírito, se você prefere.
E deixar o Espírito agir, também, na matéria.
Isso quer dizer o quê?
Isso quer dizer estar atento, estar um pouco no observador, para ver o que se desenrola, sem complacência e com objetividade, sem interpretação, sem explicações, sem sentido, observando o que você vive de maneira bruta, para ali identificar, não se é agradável, desagradável, não se é verdade ou não, mas ver o que está ligado à Inteligência da Luz e o que é ligado à sua interferência, em seus aspectos materiais.

E você sabe, esses aspectos podem estar em concordância ou em dissonância.
Se há concordância, há essa Paz absoluta, que é o marcador da Graça.
Se há dissonância, há distância, há separação entre o espiritual e o material e, portanto, reaparecimento de falhas, reaparecimento de emoções, reaparecimento de interrogações, necessidade de organizar e de resolver, você mesmo, alguns problemas que, no entanto, não têm que ser resolvidos pelo caminho da razão.
Eu já disse, preencher a folha de imposto com a intuição, não vai fazê-lo de modo correto para o inspetor de impostos, não é?
Mas, ao limite, eu poderia dizer, também, que a Graça é desaparecer de tudo isso.
E, também, nada mais preencher.
Isso não é uma incitação para a desobediência cívica, mas é, simplesmente, para mostrar-lhe onde você está.
Você teme mais os impostos do que a Luz; você teme mais a falta do que o pleno e cria sua própria realidade.
É aí que está a dissonância entre o Espírito e a matéria.

Reconhece-se a árvore por seus frutos.
Os frutos, não é, unicamente, o serviço que você oferece ao outro ou à Luz ou ao Si, é, também, ver, claramente, quem está na cena de teatro, qual papel você desempenha.
Quando você reclama em relação a alguma coisa, você tem, sempre, tendência a acusar isso ou aquilo.
Eu disse que era preciso reverter, que era aquele que diz que é, lembre-se disso.
Mas é evidente.
Enquanto você não vê isso, você se bate, sem parar, nos mesmos muros, na mesma relação distorcida, na mesma problemática, enquanto, se você deixa a Luz, mas tudo isso é varrido.
Se não é varrido é porque você ali se segura, de uma maneira ou de outra, aos seus conflitos, às suas incompreensões, às suas explicações.
O que é que se segura a isso?
Não é, certamente, a Graça, é a pessoa.

Entregar seu Espírito nas mãos da Fonte é, realmente, casar-se com a Fonte.
É não, unicamente, o Juramento e a Promessa, é não, unicamente, ser «amigo» de Cristo é não, unicamente, se você percebe as vibrações, viver a ativação dos Triângulos, dos pontos ao nível do corpo, o corpo de Existência que se manifesta, agora, cada vez mais, ao seu redor, porque ele está aí.
A um dado momento, eu disse que a Luz pode agitá-lo.
Ela o agitará enquanto você não estiver em concordância, enquanto existir uma dissonância.
Porque, se você não está mais em dissonância, não por um esforço pessoal, mas, mais, como uma rendição, então, sua vida vai tornar-se um paraíso, porque você não estará mais sujeito, de maneira alguma, ao que quer que seja que venha de você ou do outro.

Você se servirá de seu mental para fazer sua declaração de imposto, ou para não fazê-la, mas você sabe muito bem que não é você que decide, é a Graça da Luz.
E todas as circunstâncias de sua vida serão, cada vez mais, ou marcadas pela Graça ou marcadas pelas resistências.
E viver resistências não é pejorativo, não quer dizer que você está atrasado do que quer que seja, nós jamais dissemos isso.
Nós dizemos, simplesmente, que, quanto mais é intenso, mais é evidente, mesmo se isso bata muito forte ou, mesmo, se seja um êxtase indizível que se produz, pouco importa, tudo isso tem apenas uma vocação: é a ação de Graça da Inteligência da Luz que põe em concordância o material e o espiritual.

Se o material e o espiritual não estão em adequação ou em concordância, ou seja, há uma dissonância e, portanto, os elementos que você pode observar, como eu disse, não nas vibrações, mas observados, diretamente, em sua vida.
Quais são os setores que colocam problema?
A Vida recapturará você, sempre, agora.
Você nada mais pode esconder, você não pode mais esconder-se de si mesmo.
Mesmo se você não veja, ainda, e que você esteja, cada vez mais, na raiva ou na rebelião, eu lhe garanto que isso vai atravessar, custe o que custar.
A transparência, você a viverá com chutes no traseiro, se você não pode vivê-la pela Graça.
Não porque alguém, uma entidade de Luz ou a Luz vá puni-lo.
Não, absolutamente, é, diretamente, oriundo do Choque da humanidade.
É o que você vive, nesse momento.

Há Choques agradáveis e Choques desagradáveis, há a aceitação ou a recusa, há a negação, também.
Vocês todos constataram, em suas relações que, por vezes, veem algo de muito claro no outro, vocês sabem que o que veem no outro está em vocês, não há outro modo.
Assim que vocês vejam alguma coisa que os prenda no outro, se vocês o veem, é que o reconhecem, portanto, vocês são portadores disso, como pessoa.
Caso contrário, se vocês fossem a Graça em manifestação, mas por que é que seriam tocados por um olhar, por palavras, por uma vibração, qualquer que fosse?

Portanto, é um encorajamento para dar-se um pontapé no traseiro, vocês mesmos, não para trabalhar ou procurar, isso é o mental que os obriga, mas cabe a você abandonar.
É preciso, de qualquer forma, que sua atribuição vibral...
Então, é claro, há atribuições vibrais que são mais feéricas, eu diria, quando você acede lá em cima – aliás, eu os espero, sempre hein, para alguns – vocês verão, por si mesmos.
Mas, já, vocês veem, nesse mundo no qual estão, aí, hoje, imediatamente.
O que é que você vive?
Será que você põe Cristo à frente?
Bom, eu não digo que Cristo vai fazer a declaração de imposto em seu lugar.
Mas esqueça-se disso.
Nos momentos em que você se serviu de seu mental para fazer uma tarefa, depois, olhe-se, não para analisar-se, veja, objetiva e claramente, o que você atravessa, não para culpar-se, não para condenar-se ou condenar o outro, uma vez que nem o um nem o outro existe.
O um e o outro são apenas jogos.

Então, atravessar isso não é explicá-lo, é apagá-lo.
Se você não compreende a diferença entre apagar-se e explicar, entre combate e Graça, tanto em você como em seu exterior, você terá pequenas preocupações ou, mesmo, grandes.
E essas preocupações serão cada vez mais orgânicas, nós o dissemos, elas tocarão suas estruturas físicas através de ataques violentos que são, também, eliminações, mas que são, também, a manifestação de suas resistências, ao mesmo tempo.
É, ao mesmo tempo, eliminação da resistência e capacidade para ver essa resistência, porque alguns de vocês, eu creio que, meso se estivesse escrito, preto no branco, vocês o recusariam, do mesmo modo.
Como se chama isso?
O ego.
E, aí, é você, portanto, mesmo o que é visto do exterior, enquanto você não o tenha visto, para você, isso não existe ou não é verdade.
E, se a Luz o põe em face disso, quer seja em relação a um ser, em relação à família, mas é que você nada transcendeu de tudo isso, mesmo se você viva e tenha vivido o Si, você faz «tournicoti-tournicota».
Então, pare, coloque-se, deixe a Luz trabalhar, realmente.
E, se você se diz: «Ah! “Sim, mas, então, aí, isso quer dizer que eu não posso fazer qualquer coisa», mas eu jamais disse isso.
É você que compreende isso, ou que interpreta assim.

Primeiro, a Luz, primeiro, o perdão, primeiro, a Graça, primeiro, Cristo, primeiro, a Eternidade.
E, se tudo isso não se resolve pela Graça, isso quer dizer que você mentiu para si mesmo.
Você recusa o que quer que você diga sua Eternidade, de algum modo.
Então, se isso deve evacuar-se pelo corpo, isso se evacuará pelo corpo, porque há os que são muito teimosos.
E não me diga que é algo que você não quer ver, é o que é chamado, muito exatamente, a negação, no Choque da humanidade.

A negação, ao nível individual, não é o choque do fim do mundo, isso é ao nível coletivo.
Está em curso, mas vocês ainda não estão aí.
Mas o que você vive, a título de pessoa ou a título individual, em suas esferas, é exatamente isso.
Quem é que comanda?
A Graça ou o ego?
De que é feita sua vida?
Qual é a proporção do ego e a proporção da Graça?
Onde você está em sua sobreposição, confrontação, desaparecimento, Face a Face?
É isso que você vive, é isso a atribuição vibral.
É claro, se você sobe lá em cima, eu diria mais, mas é a você que cabe ver.

Se vocês deram, aliás, meia-volta, para alguns, é que vocês já sabem que essa atribuição vibral não lhe agradava.
E, se ela não lhe agrada, para nós, isso quer dizer que você faz o apelo.
Então, o que é que se faz?
Bem, há, ainda, mais Luz que chega, e mais confrontação.
Não somos nós que levamos a confrontação.
Há, ainda, mais Graça que se manifesta, e mais oposições, até o tempo que vocês tenham cansado de ir, de repente, ao alto, de repente, para baixo, de repente, à esquerda, de repente, à direita.
É isso que vocês devem ver agora, nada mais.

É muito simples, aliás, se você está em paz, total, você não tem, mesmo, necessidade de conhecer sua atribuição vibral, uma vez que você sabe que está em paz, aqui mesmo.
Por que é que os três dias confrontariam você a outra coisa que não essa Paz?
E, depois, se algo sai, violentamente, quer seja ao nível do corpo ou de não importa o quê, mas agradeça, também, perdoe e agradeça.
Então, você não sabe o que perdoar e não sabe o que agradecer?
Isso não é importante?
Será que você precisa de uma pessoa à frente ou você mesmo ou saber se é preciso perdoar ou agradecer?
O estado de Graça é um perdão perpétuo, é uma oração de agradecimento eterna, é isso que é preciso ver.

Veja-se a si mesmo, como eu disse, ocupe-se de seu traseiro, ocupe-se de você.
E o melhor modo de ocupar-se de si é desaparecer.
No serviço ao outro ou no Serviço total à Luz.
E a Luz é inteligência, portanto, Ela não tem necessidade de sua intervenção mental, Ela vai, diretamente, onde é preciso, Ela vai, diretamente, onde é necessário.
Antes, Ela não podia fazê-lo, porque vocês estavam cortados, ao nível solar.
Mas, aí, não há mais problema, não há mais ruptura, nós o dissemos: a Terra está Liberada.
Restava, simplesmente, a atualização nesse mundo, que se faz durante este ano.
É tudo.

É verdade que é preciso fazer silêncio.
O Espírito do Sol.


… Silêncio…


***

OMA E O ESPÍRITO DO SOL - 2/2


OMA

Bem, caros amigos, eu vejo que vocês aproveitaram para parar, enquanto eu não estava aí e o Espírito do Sol saía.
Eu tenho boa nota que nos resta certo tempo, antes de deixá-los partir, não é?
Então, vamos, imediatamente, continuar os questionamentos, se quiserem.


Questão: em sonho, um leão apareceu-me, ele queria agarrar-me. Eu o vi como o elemento Fogo, e eu quis chamar um dos quatro elementos para acalmar a cólera dele, mas eu não sabia qual. Pode-se chamar os elementos em um sonho, quando uma dificuldade apresenta-se?

Seria preciso deixar-se comer pelo leão, é uma de suas linhagens, portanto...
É um sonho, não?
Qualquer que seja a raiva do sonho, se o leão quer comê-lo, deixe-se comer.
Não era um Draco, era um leão.
Portanto, tudo isso corresponde ao aparecimento de uma de suas linhagens, todo mundo sabe que os Arcturianos são, por vezes, um pouco delicados, hein, não é?
Então, eles são grandes cientistas, extremamente rigorosos, que falham, por vezes, na pedagogia, mas são seres notáveis.
Então, se um leão quer comer você, mas ofereça-se.

Agora, saber se você pode chamar um elemento em seu sonho, se você é capaz de agir em seu sonho, o que é o caso, para alguns irmãos e irmãs, então, faça-o.
Mas não tenho certeza que você ganhe com um leão, querendo apaziguá-lo.
O único modo de apaziguá-lo é deixar-se comer.
E eu lembro, sempre, de que o que é importante é o que é absorvido do que se revela em você.
É similar para os alimentos.
E, ao nível dos sonhos, é claro, que tocam, diretamente, os animais e as linhagens, se um leão quer comê-lo, isso corresponde ao esclarecimento de uma de suas linhagens, qualquer que seja a gentileza, eu diria, ou o terror que você possa sentir em relação a um leão que quer estalá-lo nos dentes.
Mas isso não é importante.

E, agora, para os elementos e os Triângulos elementares, os modos pelos quais você vai servir-se deles são inumeráveis, é claro, e é a você que cabe decidir em quais circunstâncias você vai servir-se deles, mas, nesse sonho, é claro, eu não estou certo de que seja a melhor conduta a adotar.
O importante não é que ele coma você ou não, que você faça os elementos ou não, é que você tenha visto, em sonho, esse animal.
Isso é fundamental.
Então, você pode fazer amor com o leão, ele pode comer você, pode haver múltiplas circunstâncias, o cérebro vai traduzir isso com as imagens que ele pode, se se pode dizer, a consciência também.
Sobretudo, quando a consciência comum não está mais aí, o que é o caso do sono.
Então, aí está o que eu posso dizer.
Eu nada mais tenho a acrescentar aí, passemos à questão seguinte.


Questão: se um parente censura-nos de estar demasiado no espiritual e não ancorado o bastante, pôr Cristo à frente basta?

Basta para quê?
É isso a sequência da questão.
Porque o que é que você quer, através dessa confrontação?
É que o outro o deixe tranquilo?
É que você adere ao ponto de vista dele?
Ou que você permaneça em seu ponto de vista?
É claro, Cristo entre os dois.
Mas alguém... como eu disse: «É aquele que diz que é».
Então, é claro, estar demasiado no espiritual, a priori, isso, estritamente, nada tem a ver com o fato de não ter os pés no chão.
Você pode ser muito espiritual e, se está Aqui e Agora, a questão de ser demasiado espiritual ou não enraizado não se coloca.

Então, o que queria dizer essa questão?
É que, segundo o ponto de vista daquele que faz essa observação, ele julgou, do ponto de vista dele, que havia demasiado... que faltava ancoragem e, como é «aquele que diz que é», eu o deixo imaginar a sequência.

Há, hoje, e você vai, também, dar-se conta disso, se já não é o caso – mas eu creio que eu já disse isso, quando de uma resposta anterior, mas eu completo – você tem a impressão de que há coisas a resolver, nas relações de casal, com os amigos, com tudo, de qualquer forma.
E, quando nós dizemos para pôr Cristo à frente, isso não é no objetivo de que o outro mude de ponto de vista ou que ele pare de importuná-lo, é para que cada um desapareça de seu ponto de vista, porque o ponto de vista pertence-lhe.
Portanto, ver em uma pessoa alguma coisa, seja verdadeira ou falsa, isso não tem qualquer espécie de importância, é algo que é visto.
E é similar em si.
Não é para resolver, no sentido em que você o entende, o ponto de vista de um e o ponto de vista do outro, ou sua dificuldade interior em relação a uma escolha ou a dois pontos de vista, o objetivo é fazer desaparecer, mesmo, a questão, não é ali aportar uma resposta.

Agora, assim que alguém lhe diga tal ou tal coisa, é preciso escutar.
Isso não quer dizer que seja necessário aquiescer nem refutar nem mandar a pessoa passear, você toma isso como algo que o atravessa.
Mas, se você reage com a pessoa, você vai dizer que não é verdade, vai dizer ele me importuna – sendo polido – ou, então, você vai pôr Cristo para proteger.
Não, Cristo o faz atravessar a ilusão da pessoa, tanto a sua como a dele.
Portanto, há um espaço de resolução que é independente de você, uma vez que ele se faz por Cristo.

Mas é suficiente, no sentido em que não haverá qualquer um que mude de ponto de vista ou, então, os dois mudam de ponto de vista.
Você sabe muito bem que o que você vê do exterior, junto a alguém será, sempre, colorido pelo que você é como pessoa, e você tem, ainda, um corpo.
Portanto, ou você desaparece e sua pessoa apaga-se diante da Graça, mas, o que quer que seja, não se perca em tergiversações de saber quem está errado, quem tem razão, porque ambos têm razão.
Um, porque ele vê algo junto ao outro – que o outro não vê – e que, nele, há exatamente a mesma falha, mesmo se ele pense que é exatamente o inverso.

Então, assim que emirja algo da ordem, eu diria, da dissonância, não é um julgamento dizer a alguém, por exemplo: «Você é demasiado espiritual, você não está ancorado».
É a percepção que você tem disso.
Mas há outra verdade do que dizer: «Ela é demasiado espiritual» ou, então, «Ela não está ancorada o bastante» ou, então, «É preciso que ela reequilibre alguma coisa».
Eu repito: «Ocupe-se de seu traseiro».
Mesmo com sua mônada, se você está em casal monádico, mesmo com seu pai ou seus filhos.
Eu não falo, é claro, do papel educativo, eu falo, verdadeiramente, de quando você está nesse gênero de interrogações e de relação.

Você pode, mesmo, encontrar isso, independentemente de qualquer noção espiritual, nos fatos e gestos da vida quotidiana.
Você pode ter alguém, por exemplo, que reivindique alguma coisa, e o outro que diz: «Mas isso não é verdade, o que você diz é falso» ou «O que eu digo – ou o que eu vejo – não corresponde a isso».
É preciso ser capaz de exprimir seu ponto de vista sem exercer, de maneira alguma, uma predação, é claro, mas, mesmo, uma influência, sabendo que o que você diz volta a você e é iluminador, tanto para você como o que você viu no outro.
São, ainda, histórias de pessoas.

Na Graça, há o que entre duas pessoas ou entre você e você mesmo, Eterno, efêmero?
A mesma coisa: a Paz, a Dança, o Silêncio, a Alegria, a própria Evidência, mesmo sem vibração.
Isso já aconteceu a todos vocês, então, o que vocês procuram?
Ter razão?
Estar errado?
Reconhecer seus erros?
Ou viver o Amor?
Ou seja, uma relação que não depende mais de duas pessoas, mas de Cristo.
É um hábito e uma ginástica a tomar, porque, aí também, isso vai bater, eu diria, de maneira vulgar, isso vai bater cada vez mais forte, tudo isso.

Outra questão.
Ah, não, não, não.
Ah não, eu me esqueci, ele não me larga, hein?


… Silêncio…


Aí está, eu permaneço para a próxima questão, porque eu falo mais rápido do que o Espírito do Sol, de qualquer forma.


Questão: eu parei minha atividade profissional, as atividades que eu gostava interessam-me menos, e minha vida social está completamente reduzida. Eu me sinto defasado. Você tem um conselho a dar-me?

Essa defasagem é, verdadeiramente, um alinhamento consigo mesmo.
Você está defasado em relação aos outros, mas não em relação ao que você é, então, por que colocar-se questões?
Porque há, ainda, uma pessoa que vê essa defasagem.
Mas há, de qualquer forma, decisões que foram impulsionadas ou pela pessoa ou pela Luz, ou que se produziram pela própria influência da Luz que bate em você, pouco importa.
A solução é que você não está defasado e que, se você entra, total e integralmente em si, talvez, a criatividade, a sociabilidade vá voltar ou, talvez, não.
Talvez, seu papel seja, justamente, de reforçar, sem nada fazer, o que você é, na Eternidade, e que, para você, talvez, haja necessidade de podar, eu diria, de restringir o que, no entanto, podia agradá-lo, mas que não basta, hoje, não para exprimir sua Consciência Superior ou seu Supramental, mas para sua Liberação.

Então, não há, necessariamente, que retificar o que quer que seja.
Continue a observar o que se desenrola, continue a entrar em sua intimidade, continue a viver essa alegria e esqueça-se dessa noção de defasagem.
Porque, mesmo aqui, vocês são, todos, defasados em relação ao senso comum.
Aliás, você viu, se você vai ver um terapeuta, ele ficará em pânico.
Ele vai dizer-lhe que você não tem mais alma, que sua alma está ao lado, que você plana a dez milhas.
Mas, é claro, eles têm um ponto de vista pessoal, aquele do terapeuta que está inscrito nessa dimensão.
Então, é claro, é, por vezes, útil, mas não se ponha contra, nesses casos, das observações que são, justamente...
E é a ilustração, também, em relação à questão anterior, aquele que é materialista vai, sempre, achar que o outro é demasiado espiritual, não é?

Você não é, jamais, demasiado espiritual, exceto se é uma fuga ou uma negação, mas isso é você que sabe.
Mas você não será, jamais, demasiado espiritual.
Poder-se-ia dizer, ao limite, que você seria um pouco demasiado, se passasse vários anos em Samadhi, mas as circunstâncias da época de Ma Ananda não são as mesmas que aquelas de hoje.
Mas o sentimento de estar defasado, enquanto você faz isso porque você não sentia mais o impulso para aquilo e, depois, encontrar essa defasagem, prova que você é, de qualquer forma, sensível ao olhar do outro.
E, enquanto você é sensível ao olhar dos outros, você não é você mesmo.

Será que aquele que está, ele mesmo, em sua Eternidade, mesmo se ele esteja aí e esteja no Serviço à Luz ou no serviço ao outro, tem necessidade do que quer que seja mais do que ser o que ele é?
É, sempre, a pessoa que vai procurar justificativas, explicações, movimentações disso ou daquilo, porque a vida social é importante, quando se está encarnado, mesmo se ela se limita.
Ela é importante, também, no interior de si, porque há uma noção de troca, há as noções de confrontação, também, que são importantes.
Todos os encontros que vocês têm, todas as frases que são ditas, hoje, vocês o veem através de mecanismos de sincronia muito bizarros, que voltam, o tempo todo, por exemplo, nos horários, por exemplo, nas coisas que lhes acontecem assim, e que parecem estranhas.
Não defasadas, mas estranhas, porque não correspondem, eu diria, ao consenso coletivo da sociedade e do ser humano em geral.

Você deve tornar-se humilde e voltar a tornar-se humano, mas em sua aceitação a mais ampla, ou seja, ao mesmo tempo, humano, mas não completamente humano, mas, também, com esse corpo de Eternidade e toda essa consciência da Última Presença, da Infinita Presença e do Absoluto que se desvenda por ele mesmo, agora.

Então, é claro, isso gera situações de confronto.
E, como eu tive a oportunidade de dizê-lo, há uma hora ou duas, tudo isso, se querem, faz parte dos espaços de resolução, mesmo se haja confrontação.
E haverá resolução assim que você coloque Cristo e que retorne a si mesmo o que você tenha dito.
Porque o que você diz ao outro, se o outro é você, dê-se conta, se você coloca uma distância com o outro, dizendo: «O outro me disse isso e eu não estou de acordo», isso quereria dizer que você está além da pessoa e que o outro está, ainda, na pessoa.
Não, isso quer dizer que vocês são duas pessoas e que a confrontação de duas pessoas é o elemento que os fará desaparecer.
E, se as coisas transformam-se e uma das pessoas desaparece, é que isso devia ser assim.

Você deve acolher, na mesma Alegria da Eternidade, o que quer que se produza nesse efêmero, quer seja o planeta grelha, o Apelo de Maria, a guerra, a paz, a perda do que quer que seja ou, ao contrário, a herança de uma fortuna, tudo isso deve deixá-lo indiferente.
Não porque você seja indiferente, não porque você não quer ver e está na negação ou na raiva e está na negociação, mas porque você aceita que você não é isso.
Mas que, entretanto, o efêmero vive-o e que você não tem mais, doravante, verdadeiramente, o tempo nem os meios de resolver isso pela discussão, a conversação ou a argumentação.
Caso contrário, você entra no quê?
Na negociação.
E você atrasará muito mais seu mecanismo de desaparecimento.


Ah sim, eu havia esquecido, ainda...


… Silêncio…


Eu escuto a próxima questão e vou despertar o Espírito do Sol.
Ele acorda, sempre, quando me diz para não me esquecer de algo, mas, bem...


Questão: como o observador funde-se com o observado?

Sim, e se você observa um muro, como você se funde com o muro?
Fundir-se é desaparecer.
Não é querer que ambos desapareçam, uma vez que é o termo intermediário, que é Cristo, que os faz desaparecer, quando você aceita colocá-Lo à frente de si ou entre vocês, não é?

Portanto, aí, não é questão, nesse Face a Face com o outro, você deve respeitar o Face a Face de cada um.
Isso quer dizer o quê?
Do mesmo modo que na questão anterior, isso quer dizer, simplesmente (ele não está contente, o Espírito do Sol, mas isso não é grave), isso quer dizer, simplesmente, que você não desapareceu.
Você não pode desaparecer com um esforço da pessoa, uma vez que a pessoa – você vai perceber isso – não lhe é de qualquer utilidade nesse gênero de problemática.
A pessoa é-lhe útil, é claro, ainda, para dirigir, para fazer as coisas as mais, digamos, comuns desse mundo, que você é obrigado a fazer.
Mas, assim que você toca o que se chama a relação entre o observador/o observado, a menos que, aí, ela fale do observador/observado para a mesma pessoa, mas eu não acredito.

O observador e o observado evocam a noção de dois ou, se prefere, sujeito/objeto, mesmo se não seja um observado de consciência humana, mas é o mesmo princípio.
Você não pode fundir-se nesse sentido.
Você já viveu as fusões, as comunhões, as dissoluções que eram ligadas a deslocalizações da consciência.
Aí, não lhe é solicitado para deslocalizar sua consciência nem absorver ou fundir com a outra consciência, uma vez que vocês são o mesmo.
Você quer fazer de dois, Um.
Não, é preciso fazer, de dois, Três, porque o Três em Um, se o terceiro termo não está aí, isso para nada lhe serve.

Pôr o Amor à frente é isso.
Não é querer resolver alguma coisa; é, custe o que custar e seja como for, pôr Cristo, sem parar.
Então, é claro, se você duvida, isso não funcionará.
Isso não quer dizer, tampouco, que isso vai fazer-se sempre.
Porque, às vezes, pouco importa, ainda, se é o observador, o observado que está em causa, mas, se a situação é produzida, é que ela deve produzir-se.
Então, não venha queixar-se contra uma situação ou outra pessoa que venha perturbar sua paz, porque, se ela vem perturbar sua paz, isso quer dizer o quê?
Isso quer dizer, simplesmente, que você não estava, totalmente, na paz, caso contrário, ele não pode vir perturbar sua paz.
Você vê o que eu quero dizer?

É aquele que diz que é.
E tudo o que acontece está aí, eu repito, apenas para conduzi-lo a isso.
E se você dá meia-volta, dizendo: «É preciso que eu encontre uma técnica para suavizar isso», você suavizará nas pessoas, mas não no Espírito.
O Espírito não é concernido por isso.
E, depois, isso se tornará, aqueles que estão, realmente, liberados, vivem-no, tudo é evidência, tudo é significativo em por si mesmo, não por uma explicação, mas pelo fato de que isso se produza, o que quer que se produza.

Depois, eu deixo, verdadeiramente, o lugar.
Eu nem escuto, mesmo, a questão.


… Silêncio…


O ESPÍRITO DO SOL


Enunciado da questão seguinte.


Questão: o número de seres liberados vivos aumentou?

Bem amado, esse número aumenta sem parar e, sobretudo, há seres que não viveram, até agora, qualquer processo, tal como vocês os viveram e tal como nós os descrevemos.
Há, nesse nível, um mistério. Mas um dos mais belos mistérios.
Porque alguns de vocês foram capazes, ou serão capazes, no momento vindo, de despojar-se de todo artifício e de toda ilusão, sem esforço, com Graça e, eu diria, com elegância.
Felizes os simples de espírito.

É, portanto, cada vez mais visível que seres liberam-se sem terem passado, eu diria, por suas etapas e seus esquemas.
Esse é seu papel e sua função.
É graças a vocês que isso se produz, mas isso não se produz ao mais próximo de você, mas, frequentemente, onde isso seja necessário, nesta Terra e sobre esta Terra.
Você não tem que conhecer essas pessoas, mas, simplesmente, saibam que você tem – ao seu modo, acolhendo a Luz, deixando-a encarnar-se, deixando-a irradiar – participado do Serviço da Luz e à Luz.
Isso basta.
Se você vê isso, sua Alegria crescerá ainda mais, mais facilmente e com mais constância, sem glorificação, na mais exata das posições que não é aquela do ponto de vista da pessoa, mas, bem mais, aquele do Amor.


… Silêncio…


Enunciado seguinte.

Questão: casais monádicos reunificam-se. Para mim, o reencontro físico não ocorreu. O reencontro nesse plano é necessário? Eu sinto em mim a unificação das duas polaridades da Androginia Primordial.

OMA

Caro amigo, jamais foi dito que era preciso, necessariamente, reencontrar o que não foi feito até o presente.
Obviamente, casal monádico ou não, vocês têm, todos, em si, a Androginia Primordial, mesmo se, efetivamente, seu gêmeo monádico tenha sido criado, eu diria, ao nível de sua expressão, vocês se criaram, a sim mesmos, a dois.
Mas, aí, não há obrigação nem injunção para realizar isso no plano físico.
A partir do instante em que isso se realiza nos planos os mais sutis, já é mágico.
Não há qualquer obrigação.
Eu creio que eu disse isso, simplesmente, porque há, efetivamente, já há alguns meses, novos reencontros que se fazem, que são ligados a resoluções cármicas do que vocês nomeiam almas irmãs, porque é importante, para essas pessoas, baterem-se um pouco para encontrarem sua androginia.
E há, também, verdadeiros casais monádicos.

Mas esses verdadeiros casais monádicos, se há necessidade de vivê-lo, não é você que vai decidir, sobretudo, agora, é a Graça que vai fazê-lo.
E, se isso não se faz, não é para procurar.
Mas isso pode ser uma proposição, por que não?
Mas, se a Inteligência da Luz tinha-o decidido, agora e já, em relação ao momento em que você se coloca a questão, isso teria, já, acontecido, ou isso acontecerá.
Mas o essencial não está aí.
O trabalho de casais monádicos ocorreu, sobretudo, no ano 2012 e, em seguida, para aqueles foram reencontrados naquele momento.
Mas outros se encontraram e perderam-se, porque eles tinham que comungar e, depois, levar a efeito coisas um pouco diferentes, como, por exemplo, com almas irmãs para liberar-se, totalmente, no plano do Espírito e, portanto, reencontrar esse casal monádico, mas em Espírito, não na pessoa.


… Silêncio…


Eu escuto a questão seguinte.


Questão: como não ser afetado pelas irradiações emitidas por meus irmãos e irmãs, quer elas sejam exprimidas ou não?

Deixando-se atravessar.
Vocês se tornam sensíveis a frequências cada vez mais elevadas, mas, também, cada vez mais pesadas.
Tudo isso é para testá-los, para ver se vocês, realmente, desapareceram.
Se vocês não desapareceram, bem, é muito simples, vocês vão interceptar e ser agitados ou ter um chacra que aperta, porque vocês não desapareceram.
E, se a vibração perturba você, isso não quer dizer, por exemplo, que você tem a mesma linhagem, isso quer dizer, simplesmente, que você está na resistência em relação à integração não de suas linhagens, mas da totalidade da expressão da Vida, ou seja, que você está, ainda, condicionado pela crença de ser uma pessoa, mesmo se você tenha vivido o Si.

Portanto, nada há a fazer, porque você sentirá, do mesmo modo que você sente os raios do Sol, do mesmo modo que alguns de vocês se tornaram eletro-sensíveis, você vai tornar-se cada vez mais sensível.
Mas essa sensibilidade, quando ela o atravessa, ela não o afeta, é uma informação que passa.
Mas, se você a retém, isso permanece em seu sistema de matéria, no corpo efêmero, e isso vai traduzir-se por um inconveniente.
É apenas um convite para desaparecer ainda mais.
Nada há que seja insuperável com a Graça, mas cabe a você saber o que você faz.
Será que você se serve da Graça que está aí ou será que você tenta servir-se de sua pessoa?
Isso faz parte, também, do aprendizado, da aclimatação, nós o dissemos, em relação ao que ia acontecer.

Portanto, o fato de sentir os raios do Sol, as ondas emitidas, mesmo sem palavras, por uma pessoa, um irmão, uma irmã ou, mesmo, o pior de seus inimigos, é exatamente a mesma coisa.
Sua gama de sensibilidade não é mais, absolutamente, a mesma, ela se expandiu.
Mas isso não quer dizer que você tem que ser afetado, porque é, sempre, a pessoa que é afetada.
Se você é Liberado ou se você está, firmemente, estabelecido no Si, nenhum diabo e nenhum Arconte pode retirar-lhe o sorriso dos lábios.
E, certamente, não a vibração emitida por um irmão ou uma irmã, mesmo a mais detestável.

Isso lhe mostra: «É aquele que diz que é».
Isso quer dizer que as circunstâncias de sua vida levam-no a ser confrontado a algo que você já conheceu – uma vez que o identificou – e, hoje, você tem todos os meios para atravessar isso.
Não como uma fuga, não como uma técnica, não como uma projeção, mesmo se você possa, efetivamente, proteger-se disso, em um primeiro tempo, o tempo de digerir.

Mas a única solução é seu próprio desaparecimento.
Nada mais há.
Porque, eu disse e repito, isso vai manifestar-se de modo cada vez mais percuciente.
Então, de momento, isso lhe dá nó nas tripas, isso lhe dá nó nos chacras, isso faz sair dos botões, mas, depois, será muito mais importante, se não é evacuado e solucionado desse modo, pela Transparência.
Eu entendo por Transparência, aí também, no sentido o mais claro, ou seja, fazer-se atravessar por algo que o incomoda, vê-lo, sabendo que está, também – e, sobretudo –, em você, essa ressonância, e deixar emergir a Graça.

Para as questões de relações, como eu respondi há pouco, é exatamente a mesma coisa, quer seja a relação entre o sujeito e o objeto, o observador/o observado ou, ainda, entre você e outro irmão ou outra irmã.
Como você vai fazer, quando a algazarra manifestar-se, se a simples vibração de um irmão ou de uma irmã mexe com você?
Explique-me.
Se você não consegue desaparecer, simplesmente, com a vibração que é emitida por alguém, como você vai desaparecer com as irradiações diferentemente mais invasivas, eu diria, e diferentemente mais intrusivas, se você não é Transparente?
Tudo isso, abençoe essas circunstâncias que lhe parecem difíceis a atravessar, porque, aí, você tem a oportunidade de ver e de resolver, não fazendo alguma coisa, mas, justamente, nada fazendo.


… Silêncio…


O ESPÍRITO DO SOL


Enunciado seguinte.


Questão: Cristo disse-me: «quando você ousar chamar-me, eu coloco, em você, a certeza de nosso Reencontro». E, no entanto, eu O chamo.

Bem amado, coloque-se a questão de quem chama.
Coloque-se a questão de onde você se situa no momento desse apelo.
Você está colocado no coração?
Você está colocado na pessoa?
O fato de que Ele não responde dá-lhe a resposta.
Ele apenas pode ouvi-lo do lugar onde você é Eterno, ou seja, seu coração.


… Silêncio…


OMA

Bem, eu escuto a questão seguinte.


Questão: uma manhã, o tempo avançou três vezes de uma hora em um minuto, por quê?

Eu creio que você chama a isso, e nós o chamamos com vocês, a ruptura da matriz ou os bugs de programação da matriz, é exatamente a mesma coisa.
Nada mais e nada menos.
Distorção do tempo, distorção do espaço, tempo que passa dez vezes mais rápido ou dez vezes mais lentamente, tudo isso no mesmo dia.
Modificação das observações de não importa o quê.
Tudo vai parecer diferente, estranho, ou maravilhoso, e cada vez mais.
Olhe suas nuvens.
Bom, é claro, evita-se de olhar tudo o que eles põem lá em cima, mas olhe, o dia em que você tem a chance de ter verdadeiras nuvens, olhe sua forma.
Olhe o que se desenrola, mesmo no céu visível, sem falar do cosmos, olhe um pouco no ar, olhe o alto das árvores.
Tudo o que você vê ou não vê, porque você não olhou, vai aparecer em você.


… Silêncio…


O ESPÍRITO DO SOL


Enunciado seguinte.


Questão: a que pode ser devido viver, por momentos, um sentimento de ausência ao que se vive, assim como uma grande solidão?

OMA


Tudo isso nas mesmas ocasiões?

Não está preciso na questão.

Eu creio que, aí, nós caímos em questões que estão um pouco na onda, não é?
Ou elas estão mal exprimidas, na totalidade.
Porque, aí também, é o que é: você desaparece e, depois, há uma solidão que é sentida.
E sim, quando você volta, você se sente só.
Porque você não está só quando está consigo mesmo, é quando você desapareceu.
Então, há nostalgia, então, há a perda.
São as famosas idas e vindas.
Você o constata, aliás, tudo o que você vive, nesse momento, através de tudo o que você coloca como questão.
Não são processos, eu diria, que correspondam a dissoluções ou comunhões, são vai e vens, às vezes, mesmo, através do processo de desaparecimento e de retorno.
Quando você volta, você faz o luto de sua Eternidade, não?
E, aí também, não é algo que seja negativo, é algo que lhe mostra onde está a Alegria e onde ela não está.

E, quanto mais você fizer grandes diferenças como essa, não, necessariamente, do ego ao coração, mas entre o Eterno e o efêmero, mesmo se o efêmero seja magnificado pelo Si, de acordo, você vai ver, cada vez mais claramente, as situações, as interações em si mesmo, com os irmãos e as irmãs, com as circunstâncias da vida, quaisquer que sejam.
E são, aí também, oportunidades que vão ajudá-lo a posicionar-se, definitivamente.
Coloque-se a questão: você prefere estar só ou prefere desaparecer?
A resposta é evidente.

Não há, ainda, sobreposição total, mas, através dessas confrontações, desses vai e vens, dessas comparações, desses questionamentos, dessas explicações, por vezes, as coisas desconcertantes que se produzem, há toda a maionese, se posso dizer, entre o Eterno e o efêmero, que vai conduzir a um posicionamento, no momento vindo, e cada vez mais rapidamente, entre o Eterno e o efêmero, de maneira definitiva.


… Silêncio…


Eu escuto a questão seguinte.


Questão: as rãs são ligadas a uma linhagem estelar? Se sim, qual? Você pode falar-nos disso?

Nem todos os animais são de linhagens.
As baratas não têm linhagens, os ratos não têm linhagens.
Então, aí, a rã, eu jamais vi isso.
E, depois, isso não remete ais répteis, isso remete a outra coisa.
Seria preciso olhar, eu acho, o simbolismo da rã ao invés de assimilá-la a uma linhagem.
Há animais evidentes, animais exóticos, mas não todos os animais, de qualquer forma.


… Silêncio…


O ESPÍRITO DO SOL


Enunciado seguinte.


Questão: fale-nos da oferenda.

A oferenda é o Sol que oferece, a cada um e a cada uma, indistintamente, sua mesma irradiação, seu mesmo Amor e seu mesmo Serviço.
Assim é a oferenda.
Ela se faz espontaneamente, sem decisão, sem querer, sem interesse e sem condição.
Ela é a emanação espontânea da potência do Espírito, da potência da Eternidade.
Ela é o que você é, se você mesmo é a oferenda.

A oferenda não deve ser distinta do que você é, na Eternidade, nem mesmo da pessoa que você é, ainda, mas ela deve englobá-la, na mesma verdade e na mesma manifestação.
A oferenda é assimilável à Crucificação, acompanhada, imediatamente após, doravante, da Ressurreição.
A oferenda não é algo que se deva procurar, é um impulso que emana, espontaneamente, de você, sem reflexão, sem condição, sem partido tomado.

O exemplo o mais simples que eu posso dar, concernente a um objeto material: você tem uma joia e, sem saber por que, você a dá a tal pessoa, você nada espera de retorno; não é uma simples doação ou um simples presente, é um impulso.
O presente é refletido, a oferenda é espontânea, caso contrário, não é mais uma oferenda.

A oferenda não se calcula.
Ela é uma emanação espontânea da Graça da Luz, qualquer que seja essa oferenda e qualquer que seja o beneficiário da oferenda, que nada mais é do que você mesmo.
É, portanto, dar-se a si mesmo, é, portanto, a doação em sua característica a mais essencial, que é a espontaneidade, no caso da oferenda.

A oferenda não se discute, ela não se controla, ela não se calcula, o que quer que seja concernido.
A mais bela das oferendas é aquela é aquela que você faz a si mesmo, em si mesmo, a Cristo, para Cristo e por Cristo.


… Silêncio…


OMA

Bem, eu escuto a questão seguinte.


Questão: o que é o Paráclito de Cristo?

O Paráclito de Cristo é Sua mônada, é o Espírito Santo, é Maria, se prefere.
O Paráclito é a bênção do Espírito Santo, é, sobretudo, a formação, ou a encarnação, se prefere, do Espírito Santo.
Quando o Paráclito manifesta-se, todos os poderes místicos vão manifestar-se, entre eles, a capacidade de falar em línguas, de cantar um canto espontâneo, de fazer algo de maneira espontânea, como a questão que respondeu, antes, o Espírito do Sol, ou seja, a oferenda.
É a ação do Paráclito.

Então, não se atribua a ação, é o Espírito Santo que age em você, é o Paráclito.
O Paráclito não é o Paráclito de Cristo, aliás, é o Paráclito a ele, sozinho.
O Paráclito é algo de específico, que não é nem Cristo nem o Sol nem vocês.
É um movimento.
O Espírito Santo é uma polaridade, é uma energia, é uma vibração, é uma informação, na ocorrência, na Terra, de um determinado sistema, um determinado sistema solar.

Então, se quer, o Paráclito é a descida fulminante do Espírito Santo, é o que foi representado pelo Pentecostes e as Línguas de Fogo na cabeça dos Apóstolos.
É o momento no qual o corpo causal rende-se a Cristo – e é destruído – e isso dá o aparecimento do Fogo do Espírito, e isso faz de você um KI-RIS-TI, Filho ardente do Sol, cuja chama brilha nas trevas.
É a conjunção, também, da descida do Espírito Santo, hoje, em conjunção com aMerkabah e a Fonte de Cristal e o décimo segundo corpo e, também, o ponto ER da cabeça, que dá essa Língua de Fogo sobre a cabeça ou a Pomba, que desce acima da cabeça.
É a mesma coisa.
São os carismas, é o Amor, é algo que o fulmina e que o faz dizer: havia antes do Paráclito e há depois do Paráclito.
O Espírito Santo chega sobre a Terra há trinta anos, com doses cumulativas, tão cumulativas que, hoje, o Paráclito não é, unicamente, a energia que desce pelo sétimo chacra, que desceu abrindo os chacras, é, também, o que eu acabo de dizer em relação à Merkabah interdimensional, à Fonte de Cristal, ao coração etc.


… Silêncio…


O ESPÍRITO DO SOL


Enunciado seguinte.


Questão: o que é de ser, muito frequentemente, incapaz de ter a mínima lembrança do que se ouviu ou leu, mesmo nas canalizações?

OMA

Isso prova que você desaparece, sem problema.
Isso não quer dizer que você não escute, isso quer dizer que você escutou tanto que o Paráclito fulminou você.
Então, se você desaparece com tal facilidade, eu diria que é, mais, bom sinal.
Então, é claro, a pessoa vai prender-se dizendo: «Eu nada ouvi».
Mas você ouviu o essencial, não há mais ninguém.
E você bem sabe.
Quando você desaparece assim, quando você volta, fora, talvez, a frustração de não ter ouvido minha muito bela voz, não é?, o que é que resta?
Será que você volta mal?
Então, é claro, algumas pessoas, quando desaparecem, voltam – houve a questão – elas se sentem solitárias ou na solidão, mas a maior parte dos casos, se você aceitou isso, você volta, você está fresco como uma barata, não é?
Isso não lhe coloca problema, é apenas a interrogação sobre o desaparecimento.
Você está, simplesmente, no Contentamento, quer você tenha a cabeça caída, quer esteja babando ou fazendo não importa o que mais.

É, aliás, assim que é preciso desaparecer, quando você sente que tem um problema com alguém.
Desapareça.
Eu lhe digo, exatamente, a mesma coisa, já há meses.
É porque a pessoa prende-se a querer resolver alguma coisa.
E, aliás, se você desaparece, para alguns de vocês, tão facilmente, eu acho que vocês são um pouco estúpidos de ter, ainda, problemas de relação ou de vibração com o que quer que seja, ou com qualquer situação que seja.
Escute minha bela voz dois minutos e desapareça, você tem a solução.
É porque você se prende à sua pessoa, meso se você não a veja.
Você tem todas as oportunidades, como eu disse, que lhe são dadas para viver isso.

E cada vez mais entre vocês desaparecem escutando minha bela voz.
Onde está o problema?
Ao contrário.
Nós faremos, talvez, em breve, intervenções totalmente silenciosas e vocês vão desaparecer; dessa vez, você não nos pedirá pausa, porque desaparecerá durante oito horas de seguidas.
E você vai ver, quando voltar, alguns sentirão a solidão e, outros, estarão repletos do Paráclito, da Luz, da Graça.

Agora, se você desaparece e, a cada vez que volta, você se sente extremamente mal, é preciso colocar-se a questão do que você escuta ou do que você segue.
Mas, até prova em contrário, fora, talvez, a solidão ligada ao fato de perder a Eternidade, frequentemente, você vive isso como?
Mas muito bem.
Bom, é claro, se isso se produz sem escutar-nos, mas se isso lhe cai por cima e desencadeia um acidente ou outro, é menos agradável.
Mas não é porque você não presta suficiente atenção ao Paráclito, ele o chama ainda mais forte.
Então, é claro, isso pode ser incômodo para deslocar-se, para mover-se.
Mas, ao invés de resistir a isso, encontre técnicas que permitam evitar isso, mas você se colocará, eu diria, não na infração rodoviária, mas na infração vis-a-vis da Luz.
Isso não é grave, é um jogo.
Mas encontre, mais, o que é necessário para integrar o que se produz.

E, é claro, se você desaparece sem escutar-me, mas, simplesmente, fazendo uma atividade, você constata, aliás, que é o caso, quando você está, por exemplo, no carro, mesmo sem desaparecer, verdadeiramente, você vai perguntar-se o que você faz ali, ou, então, você sai a procurar alguma coisa em uma casa e você para, perguntando-se o que você fazia.
Você desapareceu.

Quando nós falamos de desaparecimento, é preciso, de qualquer forma, efetivamente, estar consciente de que, a um dado momento, você vai, integral e totalmente, desaparecer, não?
Se você não tem consciência disso, agora, bem, eu me coloco questões sobre a consciência, justamente, e as relutâncias da pessoa, mesmo ao próprio desaparecimento.

Mas todas as circunstâncias da vida, aí também, são feitas para mostrar-lhe isso.
Então, é claro, você pode responder-me: «Ah, sim, mas eu devo trabalhar», «Ah, sim, mas eu devo conduzir tal pessoa a tal lugar».
Mas, mesmo agora, nas situações, eu diria, as mais comuns e habituais, a Luz vai testá-lo.
Você aceita desaparecer?
Mesmo se há uma obrigação?
Porque, no dia em que você vai, verdadeiramente, desaparecer, eu o vejo com dificuldade de pedir para preencher a folha do imposto ou ir ver tal pessoa antes que isso se produza, porque você não terá o tempo.
É assim que você testa sua atribuição, nesse momento, é assim que você vê onde está e não onde acredita estar.

Porque, depois, antes do desaparecimento final e terminal, você pode muito bem desaparecer e ter, completamente, integrado a Eternidade.
Naquele momento, se você sente as vibrações, você vai sentir a totalidade e ver seu corpo de Existência, a totalidade de seus constituintes, a totalidade de seus potenciais – mesmo se você não seja capaz de servir-se deles, integralmente, antes dos cento e trinta e dois dias –, mas o desaparecimento ou a presença não lhe coloca qualquer problema.
Você está no mesmo estado, desaparecido ou não.
E, aí, não há mais ninguém.

Portanto, se a Luz, agora, o faz desaparecer, assim que você escuta minha charmosa voz, mas você não consegue desaparecer assim que haja algo que se manifeste, que o atravessa e que você não deixa atravessar, é, também, um convite, talvez, para ver isso.
E que há algo que resiste.
Mas, dessa resistência, nasce a resolução.
E, depois, há os trabalhos nos elementos.

Você vai ver que alguns elementos, segundo suas linhagens, e segundo, também, o que você é portador no momento em que você o faz, alguns elementos são capazes de fazê-lo desaparecer.
E você pode, também, desaparecer, mesmo estando presente, porque, aí, você é Liberado Vivo, e você desaparece à vontade, e você volta à vontade, sem resistência e sem problema algum.


… Silêncio…


Eu escuto a questão seguinte.


Questão: o que é de emergir do sono em plena noite, a boca fechada, com a garganta que canta, isso para alguns minutos após o despertar?

Você puxou a Eternidade ao efêmero.
Turiya manifesta-se em seu despertar, isso é magnífico.


… Silêncio…


Eu continuo.
Eis a última questão.
Eu fiz bem em continuar, eu adoro as últimas questões.


Questão: o que significa uma fulgurância ao nível do sacrum durante alguns dias, que sai, do mesmo modo?

É a ativação do Triângulo, perdão, do losango, se podemos dizer, ou dos dois Triângulos, conforme você os desenha, entre as quatro Portas que cercam osacrum.
Sobre o sacrum há quatro Portas; duas delas de cada lado, uma no alto, uma embaixo.
É isso que se ativa nesse momento.
Isso nada tem a ver com a Onda de Vida, nada tem a ver com o Kundalini, é, diretamente, ligado às funções espirituais desses dois Triângulos atrás, acoplados com outros Triângulos que estão à frente, ao nível da virilha.

Então, isso vai e volta, isso pode durar vários dias.
Alguns sentem as Asas, do mesmo modo que você sentiu as Portas Atração/Visão ou as Portas AL e Unidade.
É, aliás, na cinética global, a Liberação da Terra, o aparecimento da Onda de Vida acompanhou-se – alguns meses após – da movimentação das Portas Atração/Visão.
E, em seguida, para alguns, Portas Unidade e AL, AL e Unidade.
E, hoje, talvez, você sinta as pregas da virilha ou o sacrum.
O ciclo está completo, também, nesse nível.
Tudo está ativo.
Nada mais há.
É por isso que nós dizemos, sempre, que não há verdadeiro ensinamento como antes, há apenas a prática e o aprendizado do que vocês vivem.


… Silêncio…


Bem, vou deixar, já que era a última questão, que era a oportunidade de transmitir-lhes todo o meu amor e deixar o Espírito do Sol trabalhar no Espírito do Sol em vocês, pelo Coroamento do Sol, se quiserem.
Isso corresponde ao que foi nomeado, há dois anos, se vocês se lembram, o Cristo Rei.
É o Coroamento do Sol, é o momento no qual seu Reino, como Eternidade, é validado.
Então, eu deixo o lugar.


… Silêncio…


O ESPÍRITO DO SOL


O Espírito do Sol rende Graças à sua Eternidade, na Paz e no Amor.


… Silêncio…


Bênção do Príncipe do Fogo.


… Silêncio…


Bênção do Príncipe do Ar.


… Silêncio…


Bênção do Príncipe da Água.


… Silêncio…


E bênção do Príncipe da Terra.


… Silêncio…


O Espírito do Sol diz-lhes até breve.


***

O.M. AÏVANHOV


Bem, caros amigos, estou extremamente contente por reencontrá-los e tanto mais que, aí, eu posso exprimir-me livremente, sem ser interrompido a cada dez minutos.

Eu lhes transmito todas as minhas bênçãos e, antes de começar a dizer o que eu tenho a dizer, ou vocês mesmos, o que vocês têm a dizer ou a perguntar, vivamos um momento de Comunhão no Espírito do Sol e em Cristo.


… Comunhão…


Então, podemos começar.
Primeiramente, como quando de minha última vinda faltou-me um pouco de tempo, gostaria de assegurar-me de que não havia mais questões escritas concernentes à minha última intervenção.
Se há, é o momento.


Questão: à noite, na obscuridade, o teto de meu quarto parece formado de nuvens.
Então, aparece uma entidade.
As cores desse vórtice estão em movimento e uma lâmina de cor gravita ao redor e desloca-se em uma espiral.
As entidades que vêm avançam para meu rosto e olham-me.
Uma vez, uma entidade sem vórtice veio beijar-me.
Poderia dizer-me quem é?

O principal é que ela o beija, não é?, e que não bate em você.
Então, você se lembra, já há numerosos anos eu havia dito que vocês podiam ver, no teto de seu quarto e, por vezes, também, na natureza, o que foi nomeado de rede etérea.
Depois, vocês haviam visto as partículas adamantinas em algumas circunstâncias e, em especial, em sua cama, os olhos abertos e olhando o teto, mas, também, na natureza.
Eu disse, há dois meses, que começavam a manifestar-se vórtices nos seres da natureza e junto a eles, não é?
E isso dá essa luz branca.
O que prova, através do que vê essa pessoa – como vocês são muitos a vê-lo – que é algo que é diretamente ligado ao acesso às dimensões unificadas.

Vocês veem o agenciamento da Luz, vocês veem formas e entidades que podem passar nessa Luz e vocês veem, é claro, vórtices, independentemente de qualquer entidade.
Portanto, é um processo que vai, de qualquer modo, amplificar-se, cada vez mais.
De momento, é em circunstâncias específicas, ou seja, na natureza, ou seja, talvez, quando você se alinha, à noite, na cama, talvez, por vezes, à noite, também, fora, vocês podem ver algumas coisas.
Mas, aí, a particularidade, efetivamente, é que muitos de vocês vão começar a perceber, nessa névoa branca que está no teto de seu quarto, algumas formas e algumas consciências que vêm até vocês.

Então, é claro, vocês podem ver passar toda espécie de coisas e todas as formas possíveis.
É impossível dizer a essa pessoa quem a beijou.
Mas o fato de ser beijado, sobretudo, se é na bochecha esquerda, assinala a presença de um ser de Luz que se assemelharia a Maria, ou que seria, de qualquer modo, uma das Estrelas.
Porque os Melquisedeques raramente beijam-nos na face esquerda, em contrapartida, as Estrelas fazem-no, com extrema frequência.
Aliás, você, talvez, tenha observado que, quando o Canal Mariano está muito próximo e quando uma entidade chega nesse Canal Mariano, há como um calor na parte superior da bochecha: é o beijo da entidade que está aí, efetivamente.
Portanto, isso assinala algo que vem de planos vibrais e que nada mais têm a ver com o astral.

Então, eu os previno, contudo, que, nessa Luz vibral em seu teto, vocês têm, também, acesso à visão do que pode restar do astral.
Isso não quer dizer que está em você ou que veio incomodá-lo, isso quer dizer, simplesmente, que você vê, claramente, o que se desenrola nos planos da Luz vibral.
E você o verá, cada vez mais.

Mas é-me estritamente impossível identificar a entidade que vem ver você.
Em contrapartida, o que é certo, é que há esse beijo, como você diz, na face, e isso é, verdadeiramente, algo que é característico das Estrelas.
São apenas elas que fazem assim.
Um Arcanjo não vai beijá-lo, não vai dar-lhe o beijo.
Um Arcanjo, qualquer que seja a percepção que você tenha da aproximação que se produz em você, você vai sentir, o mais frequentemente, uma mão que parece depositar-se sobre seu ombro esquerdo ou, então, na Porta Unidade, logo abaixo do Canal Mariano, acima do seio esquerdo.
Para os Melquisedeques, em geral, eles se aproximam ativando um dos Triângulos.
Como agora, seus Triângulos estão ativos, para aqueles de vocês para quem isso há, vocês vão poder identificar, através não, unicamente, do Canal Mariano ou da presença em seu coração, mas, diretamente, qual é o Melquisedeque que se apresenta a vocês, pela ativação do Triângulo.

Atenção, contudo: quando o Canal Mariano está muito, muito próximo do eixo central, o Triângulo do Ar tem tendência a ficar, sempre, em hiperatividade, porque o Ar é a comunicação.
É, certamente, para ligar à proximidade do Canal Mariano e do chacra da clariaudiência, que está situado logo acima do conduto auditivo, à frente da orelha.
Portanto, você tem cada vez mais meios, eu diria, pela percepção direta, vibral, em suas estruturas, de saber por que você é abordado e quem vem manifestar uma comunicação com você, ou falar com você ou colocá-lo em ressonância, por exemplo, a uma de suas linhagens estelares.

Mas, para as linhagens estelares, é, sobretudo, à noite, exceto se há Vegalianos ou Arcturianos que podem apresentar-se ao pé de sua cama.
Mas, o mais frequentemente, para não assustá-lo, os primeiros contatos com suas linhagens fazem-se em seus sonhos e não sob essa forma vibral.
Porque, aí, isso seria, para alguns de vocês, eu diria, certa forma de choque, sobretudo, se você tem a visão etérea, vibral, de entidades nomeadas Dracos, mesmo redimidos, ligados às suas origens, porque são formas que não lhe são, verdadeiramente, familiares e, como tudo o que não é familiar – e, sobretudo, as formas que são vistas – isso pode despertar velhos medos, não é?


Portanto, cada abordagem faz-se de maneira um pouco diferente.
As Estrelas vão dar-lhe o beijo na face, os Arcanjos vão colocar a mão sobre o ombro, e os Melquisedeques fazem ressoar um dos Triângulos, para significar-lhe sua presença pertencente ao nível de um elemento, em seu trabalho de Melquisedeque.
Então, com isso, você tem os meios de localizar-se.
Mas, enquanto isso se produz no aparecimento dessa bruma branca que você vê no teto, através de vórtice de luz, qualquer que seja a cor, você, estritamente, nada arrisca, é claro.

E, mesmo se, nesse desvendamento de dimensões as mais sutis, possam, por vezes, sobrepor-se, eu diria, larvas ou entidades.
Em geral, elas não resistem muito tempo, você não tem nem que ter medo, nem que tentar fazer o que quer que seja.
Elas são atraídas pela Luz vibral, pensam encontrar um ser humano, simplesmente, e elas encontram a revelação da Luz vibral e, aí, elas não são feitas para resistir a isso.
Então, elas se afastam muito, muito rapidamente.

Aí está o que eu posso dizer em relação a essa questão, como elementos de orientação.

Se há outras questões, nós as encadeamos, é claro.
Veremos, para as bênçãos do Espírito do Sol, acumularemos tudo para o final de minha intervenção.
Vocês estão aptos, agora, para suportar tudo isso.


Questão: O Espírito do Sol falou de Cristo Rei e de Cristo coroado.
Você pode desenvolver?

Sim, eu penso que, naquele momento, o Espírito do Sol falou, simplesmente, da relação do que foi nomeado Cristo Rei.
Por que, um dia, chamá-lo Cristo Miguel, no outro dia Kiristi e, no outro dia, Cristo Rei?
Porque Ele lhe aporta, por Sua Presença, por Sua irradiação e por Suas palavras, uma das especificidades que são as Dele.
Cristo Miguel é o fogo vibral do coração.
Cristo Rei corresponde ao coroamento de Cristo, ou seja, a Realeza de Cristo e a Realeza dos filhos da Lei de Um, quanto ao fato de magnificar sua Coroa radiante da cabeça.

Não mais, unicamente, através dos elementos, não mais, unicamente, através das doze Estrelas, não mais, unicamente, através dos quatro elementos principiais, não mais, unicamente, através do ponto ER, mas recobrir tudo isso do Espírito do Sol, o que lhe dá a viver os potenciais espirituais e todos os mecanismos que são ligados ao corpo de Existência, um pouquinho por antecipação, em relação aos cento e trinta e dois dias.

Porque, mesmo nesse mundo, algumas das ações dos elementos ou algumas das ações que se manifestam através de sua irradiação podem ser úteis para um número incalculável de coisas.
Primeiro, para irradiar a Paz, o Amor, as energias de transformação, por vezes, mesmo, os milagres que se produzirão sem o seu conhecimento e sem qualquer vontade de ação terapêutica, qualquer que seja.
É isso o milagre da Graça.

Viver Cristo Rei, que havia sido anunciado há dois anos, é viver seu coroamento, que lhe dá a integralidade da possibilidade de revelar sua Merkabah e seu veículo de Existência, aqui mesmo, na encarnação.
E isso vai dar percepções específicas ao nível da cabeça, e é isso que foi chamado o coroamento pelo Espírito do Sol.
É que o Espírito do Sol vem liberá-los, do mesmo modo que a Onda de Vida liberou alguns de vocês, o Espírito do Sol, que não penetra mais por Uriel, Metatron e KI-RIS-TI, ao nível da Porta KI-RIS-TI, mas que, naquele momento, coroa, realmente, sua cabeça.

Do mesmo modo que, em pouco tempo, no momento conjunto do Anúncio de Maria, você constatará que as percepções que você tem, assim que as Trombetas ecoem, você sentirá, muito potentemente, ou mesmo dores intensas nas Portas do peito AL, Unidade e o centro do chacra do coração e, também, por vezes, o ponto ER do nono corpo, tudo isso ao nível do peito.
Você sente, aliás, algumas dessas Portas por momentos, por dores localizadas ou em AL, ou na Unidade e que, frequentemente, aliás, comunicam-se com KI-RIS-TI ou duas zonas que estão de cada lado de KI-RIS-TI e que podem, aliás, bloquear-se ou manifestar erupções, mecanismos de saída e de eliminação muito importantes.

Tudo isso para dizer-lhe que o coroamento do Espírito do Sol, no momento em que o Coração de Diamante for consumido, o que dá a viver a Eternidade, você sentirá, também, esse coroamento, na parte periférica a mais larga de seu peito, do chacra do coração.
Não é mais o coração Ascensional, não é mais o coração vibral de Miguel, é, verdadeiramente, a realidade da Ascensão que toma lugar, de maneira cada vez mais importante, quer seja através, por exemplo, quando você se coloca na cama, através de seus sonhos, através da reminiscência de suas vidas passadas, através da visão dos elementos do outro ou os seus, as linhagens estelares.

Tudo isso, se quer, são os preparativos para a conclusão de todas as Núpcias e, verdadeiramente, para o que foi nomeada Ressurreição.
Portanto, você vive as premissas disso.
De momento, ninguém de vocês pode dizer que sente essa espécie de rolo de fogo que vocês podem, aliás, sentir quando tenham tomado uma queimadura de Sol com um chapéu ao redor da cabeça, então, isso faz uma faixa.
Esse é o coroamento pelo Espírito do Sol.
Isso revela e desvenda os novos potenciais espirituais, e dá-lhes a perceber o início de sintonização dos quatro elementos principiais que os conduzem ao Éter, ou seja, à Eternidade, de fato.
E é tudo isso que vocês vivem em relação a isso.

Portanto, o coroamento de Cristo Rei, que havia sido anunciado já há dois anos, é, agora, a realidade, para vocês, do que é Cristo Rei.
Isso quer dizer que todos os potenciais de Amor incondicional, de serviço ao outro, de Serviço à Luz, de apagamento da personalidade que vocês podem ver, aliás, agora e já, quando fazem algumas fotos: há seres que parecem desaparecer, em uma espécie de névoa branca que estava como à frente deles.
Tudo isso assinala sua Ascensão, que se desenrola nesse corpo, nesse Templo ou nesse saco, como dizia Bidi, porque é aqui que isso acontece.
Portanto, tudo isso se revela a vocês.

E há, aliás, irmãos e irmãs que começam, hoje, a perceber o chacra do coração diretamente, sem terem passado pelas Estrelas, sem terem passado pela Shakti, sem terem passado pela Onda de Vida, sem terem passado, mesmo, por qualquer contato ao nível do Canal Mariano. E, isso, são as graças, como eu disse, do último minuto.
Até o Apelo de Maria, os últimos serão os primeiros, e é exatamente isso que alguns de vocês vivem, o que os remete, de algum modo, em consonância com a finalidade das egrégoras que nós havíamos criado, que constituem o corpo de Existência, que permitem sua reconstrução, sua re-síntese e, sobretudo, sua manifestação mesmo nesse mundo.

Aí está o que eu podia dizer em relação a isso.
Outra questão.


Questão: o que se pode dizer de zumbidos muito fortes que nos despertam à noite?

Isso é feito para acordá-lo.
Porque, naquele momento, há algo a viver e algo que se vive.
Quer seja na consciência, quer seja nos circuitos vibrais, sobretudo, se é entre duas e quatro horas da manhã, que é o horário característico, eu o lembro, de sua recriação, que é ligada ao fogo vital.
Então, se você é acordado a essa hora, quer dizer que o fogo vital está desaparecendo, completamente.
Isso não quer dizer que, se ele não se manifeste, o fogo vital já tenha desaparecido, mas, durante esse período no qual o corpo de Existência está em desenvolvimento e em revelação, isso dá esses despertares entre duas e quatro horas da manhã, com zumbidos muito, muito agudos, muito, muito potentes.
Você constata isso, aliás, a partir do fim da tarde, entre dezessete e dezoito horas, a mudança de frequência e de intensidade de seus zumbidos.


Questão: há pouco tempo, você revelou que algumas almas iam sobreviver na 5D.

Perfeitamente.
A Ascensão pode fazer-se com a alma ou sem a alma.
Eu disse que existia o equivalente da alma em algumas quintas dimensões, muito raramente, mas isso existe.
Depois, em contrapartida, a maior parte das 5D, segundo as origens estelares, não tem necessidade de coloração, se você prefere, ou de médium.
É similar para a 3D unificada, os Vegalianos, os Arcturianos, os Andromedianos que estão em 3D carbonada, qualquer que seja sua forma.
Os Andromedianos têm uma forma humana, os Vegalianos, você os conhece, no que concerne aos Arcturianos também, são os Leoninos.
Então, tudo isso possui, efetivamente, uma alma.
O interesse dessa alma não é uma alma confinada, ou seja, voltada para a matéria, mas, resolutamente voltada para o Espírito.
Não como uma evolução ou algo a juntar-se, mas, bem mais, para permitir ao Espírito, qualquer que seja seu estado, enriquecer o Espírito Um de todas as experiências vividas e de todos os mecanismos que sobrevêm no decurso de toda criação, em qualquer dimensão que seja.
Então, se quiser, nesse caso, é muito mais prático ter uma espécie de médium que, grosso modo, corresponde à alma, mas que, sobretudo, é um disco de memória, se posso dizer, que é a ligação, de algum modo, a mesma coisa que você diz para os animais: uma espécie de alma coletiva na qual todas as experiências são partilhadas.

Aí está o sentido dessa espécie de alma que existe, sistematicamente, na 3D unificada, independentemente de seu status, eu falo de coisas já estabelecidas.
E, também, em algumas partes da 5D na qual, apesar de um corpo de sílica há, ainda, aí também, necessidade desse médium para criar uma faixa de conhecimentos, se se pode dizer, de observação minuciosa dos desenvolvimentos da criação, qualquer que seja essa esfera de criação, a partir das dimensões as mais altas até as mais densas.
Mas você, na situação da Terra – e é a isso que eu faço referência há numerosos anos, há sete anos – é, muito precisamente, seu caso, não é o caso em todos os universos e os multiversos.
Isso concerne, especificamente, à situação final dessa Terra, em função de futuros potenciais, eu diria.


Questão: qual é o papel dos Pirineus, em relação ao processo da Ascensão?

Você sabe que, hoje, vocês estão, todos, muito exatamente, no bom lugar, na idade que vocês têm, no lugar que vocês estão, com as circunstâncias de atividade ou de inatividade que vocês têm, nesse momento.
Sua localização geográfica corresponde, também, para vocês, a certo número de fatores.
Primeiramente, a natureza do solo e, portanto, a natureza da qualidade preferencial de uma das três correntes da Onda de Vida, que sobem da Terra.
Em seguida, há o que eu nomearia a noosfera parcial, que corresponde não à natureza geográfica do solo, mas, bem mais, à egrégora coletiva de tal povo ou de tal povo que estão, aí também, em curso de dissolução e, para essa dissolução, é preciso que você esteja, precisamente, no que é, para você, o mais em afinidade, para resolver e para saldar as contas de todas as suas encarnações.

Então, os pés dos Pirineus não são tanto uma estrutura, porque os pés dos Pirineus podem estar, aparentemente, dos dois lados, em dois países ou em três, se se considera que há Andorra.
Mas os Pirineus, eu o lembro e afirmo, agora, são portadores, em um determinado lugar, de um círculo de fogo dos Anciões.
E eu já o disse, aliás, há dois, por toda a Europa, há um que está na Bretanha e o outro, que está aos pés dos Pirineus.
E, portanto, há, se quer, lugares que não têm relação com esses círculos de fogo, mas que estão situados, frequentemente, ao redor ou, em todo caso, não muito distante, porque eles permitem espécies de pré-reagrupamentos que permitem, no momento vindo – ou seja, quando do Apelo de Maria – realizar, nas condições ótimas, o que vocês têm a viver.

E você sabe que os anjos do Senhor estarão aí, os Arcturianos estarão aí, os Vegalianos, portanto, estarão aí, sob diferentes formas, os Dracos virão recuperar o alimento, e cada um vai servir-se e vai servir, também, ao plano da Luz, em função do que você é, no momento em que o Apelo de Maria sobrevém.

É por isso que nós os encorajamos, cada vez mais, para, verdadeiramente, saltar todas as contas de suas encarnações, todos os ressentimentos que possam existir, tudo o que lhes parece não confirme à Luz Vibral.
Nesse momento é, verdadeiramente, o que deve ser visto, não para trabalhar ou opor-se, mas para, verdadeiramente, deixar a Luz trabalhar no que ela lhes mostra, para ajustá-los, sempre, cada vez mais finamente, ao que acontecerá durante esse período do Apelo de Maria.

Os Pirineus, portanto, têm duplo papel.
O primeiro papel, eu lhes disse, há um desses círculos de fogo, e o segundo papel é que é uma montanha, uma cadeia de montanhas, que vai de leste a oeste.
Ora, a entrada dos meteoritos que atingirão a Terra far-se-á, sobretudo, qualquer que seja seu tamanho, a partir de um eixo sul-norte.
E vocês podem imaginar que a onda de penetração será cada vez mais rasante.
O que acontece quando um meteorito passa rasante?
Há a barreira dos Pirineus, o que eu chamaria, do lado francês, uma zona de sombra para esses meteoritos.
E, aliás, por exemplo, em regiões preservadas, há, em toda a parte ocidental que está na França, eu não falo das ilhas britânicas, eu falo de toda essa parte da França que está, de um lado, a Bretanha e, do outro lado, os Pirineus, em toda sua faixa, mas, sobretudo, do lado do pôr do Sol, ou seja, no oeste.
Do outro lado, há, mais, a capacidade para viver mecanismos muito mais importantes, ao nível do Fogo vibral.
E, conforme as circunstâncias, você pode encontrar-se ao abrigo ou, ao contrário, exposto, para viver o que você tem a viver.

E, então, aí, onde você está, nesse momento, ou que você tenha planejado, durante este ano, é, muito precisamente, o que deve acontecer de melhor para você, ao mesmo tempo, ao nível de condições do solo como de influências mentais do país, emocionais do país e, também, em relação a esses dados de pré-reagrupamentos em relação ao que sobrevirá durante cento e trinta e dois dias, ao nível dos círculos de fogo.
Há, também, muitas estruturas em todos os Pirineus, dos dois lados, ou seja, francês e espanhol, muitos vestígios que são ligados à presença dos Néfilim, há trezentos mil anos, e que deixaram não, unicamente, os círculos de fogo, mas, também, conjuntos de esculturas monumentais, em diferentes lugares, que começam, aliás, a ser descobertas.
Aliás, as datações no carbono dão esse período.
Então, aí também, há espécies de ressurgência de energias de antes da falsificação que se manifestam ao redor dos círculos de fogo, ou seja, o retorno, de algum modo, da memória dessas civilizações que eram Livres na Terra.


… Silêncio…


Eu reafirmo, se quiserem, o que eu já disse há dois dias, que corresponde ao que nós fazemos hoje, ao seu lado.
É apenas tentar dar-lhes o testemunho do que vocês vivem.
Não para orientá-los, porque a consciência sabe, para a maior parte de vocês, mesmo se o mental não compreenda, mas, sobretudo, para dar-lhes pontos de referência em seu posicionamento, dar-lhes elementos que lhes permitem não explicar as coisas, uma vez que vocês os vivem e está aí o mais importante, mas, bem mais, tentar ir às linhas de menor resistência, concernentes às suas vidas.
Aí se situa a maior parte das coisas e, é claro, tudo o que é ligado ao Espírito do Sol, a Cristo e à última Passagem, ou seja, a finalização da Obra no Branco, que permite o Apelo de Maria.

Tudo isso vocês sabem, vocês o vivem e veem, efetivamente, que alguns de vocês têm alguns dos sintomas, outros, outros sintomas, outros, todos os sintomas, outros, isso começa a aparecer e outros, não ainda.
Mas tudo isso é apenas, eu diria, o descritivo do que vocês vivem, quer seja ao nível vibral, ao nível da consciência, ao nível de vida na Terra e da vida no Céu.


Questão: em relação à importância dos lugares geográficos, eu estarei, no mês de maio, em um país estrangeiro.
Eu tenho alto a ver com ele?

A partir do instante em que se produz algo, seja porque você tenha decidido e que é facilitado, seja porque a Fluidez da Luz provoque isso, naquele momento, é, efetivamente, que você tem, em relação a esse solo, a resolver alguma coisa, mas, também, talvez, tudo o que era ligado à egrégora francesa não tem mais razão de viver-se.
A egrégora francesa, eu os lembro, de qualquer forma, que é Cabeça de Caboche à potência 100.000, já que vocês são muitos, muitos milhões nesse país.
E, talvez, agora, você deva encontrar-se em um ambiente diferente, que permite viver de outra maneira para mais facilidade, para você, nesse país.

Lembre-se de que tudo o que se produz, hoje, em sua vida, qualquer que seja o evento que sobrevenha em sua consciência, no desenrolar de sua vida, em suas relações uns com os outros, absolutamente tudo está, perfeitamente, em acordo com o que você tem a viver.
Isso sempre foi assim, vocês me dirão, mesmo as coisas incompreendidas.
Mas, aí é, verdadeiramente, isso, sem discussão possível, e o melhor modo é que, o que quer que lhe aconteça, qualquer que seja a coisa que lhe aconteça, vá ao sentido do que acontece.
Não procure, necessariamente, compreender, mas eu lhe garanto que, quaisquer que sejam as circunstâncias, mesmo, que possam parecer-lhe as mais dramáticas, são apenas pontos de vista pessoais, que nada têm a ver com a realidade e a Verdade da Luz, tal como ela vai revelar-se sobre a Terra no momento esperado.

Eu estou aí há quanto tempo?
São 3h46.
Oh, vocês tem, ainda, um momento.
Isso me permitirá tomar os quinze minutos que vocês tomaram ontem, sem pedir minha opinião.


Questão: quando nós acolhemos o coroamento do Espírito do Sol, senti e vi, do interior, ao redor de minha cabeça, a estrutura de vinte e quatro triângulos, assim como essa mesma estrutura ao nível de meu peito, maior.
Você pode esclarecer-me?

Perfeitamente, é, exatamente, a mesma coisa.
Simplesmente, a figura, se se pode dizer, geométrica que é percebida, não é, absolutamente, a mesma, porque a reunião do que são nomeados os hexaedros não se faz, exatamente, de modo simétrico, como ao nível do coração.
Porque há uma distribuição preferencial à frente, ou seja, quando a Coroa ligada ao coroamento do Espírito do Sol, a Cristo Rei está aí, isso lhe dá uma percepção diferente do que foram nomeadas as percepções elementares ou do Princípio elementar, acima.
Não há mais, simplesmente, os Triângulos, há, efetivamente, a visão, a percepção de muito numerosos triângulos e isso corresponde, também, ao que pode ser visto de modo linear e não mais em relevo, quando você fecha os olhos e vê alguns pontos de luz alinhados.

Então, efetivamente, também, quando você começa a entrar, real e concretamente, na Eternidade, ou seja, quando o corpo de Existência assume seu corpo físico, os momentos nos quais você desaparece, os momentos nos quais se manifestam as hiper-sincronias, os momentos nos quais se manifestam fenômenos que se iluminam, de repente – agradáveis ou desagradáveis – nos quais a intuição aparece, sem que seja solicitada, tudo isso corresponde, efetivamente, ao desenvolvimento da Merkabah, do veículo interdimensional, mas, também, ao coroamento final do coração por Cristo Rei, e dá-lhe a ver, efetivamente, uma forma de ressonância idêntica entre o chacra do coração e o que acontece ao nível da Coroa da cabeça.

Eu o lembro, aliás, que no budismo, representa-se Buda com uma dupla coroa e a coroa central nada mais é do que a imagem do chacra do coração.
Então, é perfeitamente normal reencontrar as mesmas vibrações, os mesmos potenciais, de modo unificado, entre o coração e a cabeça.
E você vai, aliás, sentir que há a mesma coisa ao nível do que se chamava a Tripla Lareira, ou seja, a cabeça, o coração e o sacrum.
O que explica que, nesse momento, muitos de vocês sentem coisas nem sempre agradáveis, ao nível da parte inferior das costas, ou mesmo ao nível de KI-RIS-TI, ou, ainda, ao nível da cabeça ou, ainda, ao nível do baixo ventre.
É perfeitamente normal.

Então, é claro, se há, digamos, patologias preexistentes, o espaço de resolução que se abre a vocês pode dar-lhes uma aparência de agravamento que é perfeitamente real para o corpo físico, mas que corresponde, verdadeiramente, à instalação da Eternidade.
E você sabe que a Luz é inteligente, portanto, ela vai solucionar, ao modo dela, tudo o que pode ser não eficaz ou patológico, se você quiser, tanto em sua cabeça, em sua memória, como em seus órgãos.

Então, tudo isso é perfeitamente lógico e você arrisca sentir, se já não foi feito, a ativação de dois Triângulos que estão ao nível do sacrum, nos quais se encontram as quatro últimas Portas.
Você vai constatar, também, cada vez mais comunicação entre a parte da frente e de trás de seu corpo.
Não, unicamente, ao nível da última passagem, mas ao nível de todos os chacras, em relação às costas, mas, também, entre algumas Portas anteriores e algumas Portas posteriores.
A diferença é que, se você olha a estrutura, há, na frente do corpo, Portas que são laterais, há seis Portas mais o ponto central, é claro, os novos corpos, mas, antes de tudo, há seis Portas.
Há duas acima dos seios, duas abaixo dos seios e duas na virilha.
Enquanto, atrás, não é, absolutamente, a mesma coisa.
Há duas Portas laterais que estão situadas de cada lado do sacrum, há três outras Portas que estão alinhadas sobre o eixo mediano.
E, portanto, há relações, fluxos de informações de Luz que são ligados à conexão, sob forma triangular, dessas Portas, umas com as outras.

E tudo isso é reproduzido no coração e na cabeça; é a mesma coisa.
É o princípio do holograma.
Do mesmo modo que se reencontra o conjunto do corpo na orelha ou no pé ou em qualquer outra parte do corpo, no corpo de Existência é, exatamente, a mesma coisa para a Luz e para o que constitui o que você percebe do corpo de Existência.
Então, você pode, também, perceber – e você vai, também, percebê-lo durante o belo mês de maio – não, unicamente, os contatos com as outras dimensões ou a visão da Luz Branca, mas isso será, também, não, unicamente, a visão de seu corpo de Existência ou a percepção de seu corpo de Existência, mas, diretamente, o funcionamento do corpo de Existência, não mais sob a forma de sincronias ou de bugs na matriz, como eu disse, mas de maneira completamente consciente.

Você vai se aperceber de que o tempo não se desenrola do mesmo modo, real e concretamente.
Isso quer dizer que você sai do tempo linear.
É uma realidade de sua consciência, mesmo se ela esteja, ainda, inscrita nessa realidade tridimensional.
Sua consciência, independentemente do corpo de Existência, vai poder não fazer viagens como você fazia, alguns de vocês, há alguns anos, mas, mais, para experimentar a ação da Luz, vê-la e você e em seu exterior, nessa última batalha do Armagedon, se se pode dizer, dessa cena de teatro.
Você joga, como nós temos dito, o último ato da última cena.

E há muitas coisas, ao nível do enigma da Vida, que se revelam por si mesmos nesse momento.
Você vai perceber, cada vez mais claramente, seres que estão à sua frente, ou através das linhagens, ou através de sonhos, aí também, simplesmente, para mostrar-lhe e demonstrar-lhe a si mesmo: será que você é capaz de atravessar isso sem opor-se, sem fugir, sem reagir, mas pela Graça de Cristo?
É o que foi dito: pôr Cristo à frente.
Tudo isso é o aprendizado, mas, aí, agora, você entra, diretamente, no aprendizado, para aqueles que o percebem, do corpo de Existência e, para aqueles que não o percebem, a Luz está aí.

Eu disse, anteriormente, que alguns abriam, diretamente, o coração, e haverá, agora, a partir do mês de maio, pessoas que estarão revestidas do escafandro do corpo de Existência, na totalidade, como se o corpo delas fosse inteiramente duplicado dessa Luz, enquanto elas nem mesmo sabem que é a Luz.
São as graças.
E é, verdadeiramente, a Luz adamantina que está ao mais próximo, ou seja, o Face a Face está terminando.
E, para outros, ele vai começar.

Mas, como não havia grande coisa a eliminar, ou porque as circunstâncias do que elas são eram diferentes da maioria de vocês, elas não tinham acesso a qualquer estado diferente ou a qualquer vibração que fosse até agora.
E elas vão viver, inteiramente, a re-síntese do corpo de Existência sem, jamais, nada ter vivido anteriormente.
É claro, isso não concerne à maioria dos seres humanos, mas, eu diria, mais seres que estavam ou em uma vida dedicada ao Amor, mesmo sem sabê-lo e no serviço ao outro, ou que estavam suficientemente maduras para poderem encaixar a totalidade da transformação no último momento.
Porque, na missão delas, se se pode dizer, de vida, elas não tinham que ser nem semeadores nem ancoradores de Luz, mas, simplesmente, estar, na vida delas, no que elas faziam, sem nada a mais.


Questão: o que é a dualidade e como ali se inscreve sem que se aperceba disso?

Mas vocês estão inscritos, todos, na totalidade, em um mundo de dualidade.
Há o dia e a noite, há o homem e a mulher, há a ação e a reação, há a causalidade.
Isso é a dualidade, de uma maneira geral.
Isso não é nem negativo nem positivo, porque há muitos que são ligados à Unidade, mesmo manifestando algumas forças de oposição; nas 3D unificadas, por exemplo.
Mas isso não é um problema.
Em vocês, é um problema, em nós, foi um problema muito longo, porque havia uma ruptura dessa Unidade.
Quando você é unitário, você pode exprimir-se na dualidade.
Por exemplo, para conduzir seu automóvel, por exemplo, para tocar um instrumento de música.
Naquele momento, ele é obrigado a respeitar certo número de regras, quer seja para o automóvel ou o instrumento musical.
Caso contrário, isso não avança, caso contrário, isso não toca a música.
É exatamente a mesma coisa.

A dualidade pode apresentar uma harmonia, mas, assim que você considere a noção do eixo Atração/Visão, ou seja, do bem e do mal, assim que você qualifique alguma coisa em bem ou mal, assim que você procure saber quem está errado, quem tem razão, você entra na dualidade.
Então, a dualidade é necessária para alguns funcionamentos nesse mundo, mas é a pior das coisas, eu diria, ao nível do Espírito, ou seja, por exemplo, crer, unicamente, que existe o carma e que vocês vão pagar todas as consequências de suas ações passadas é esquecer-se de que existe, além do carma, a lei de Graça etc. etc.
Aqui, vocês são o que se chama, para a maioria, mesmo se os Fantoches tentem mudar a natureza das coisas nesse mundo, há homens e mulheres.
Vocês não são, absolutamente, similares, em todos os níveis, aliás.

E, mesmo se há Unidade, ela não é aparente nesse mundo, porque é preciso, primeiro, fazer a Unidade em si e esse mundo, devido à ruptura, não pode reintegrar uma idade de ouro nessa dimensão.
É impossível e, aliás, se houvesse uma idade de ouro, vocês não veriam tudo o que se produz, atualmente, sobre a Terra.
Vocês teriam, de qualquer forma, premissas da chegada da Luz que se traduziriam, que se traduzem, talvez, para vocês, individualmente, por um estado de Graça, pelo Absoluto, pela Liberação, mas, quando você observa o que acontece na Terra, com a visão da pessoa, não se pode dizer que seja, verdadeiramente, muito luminoso, não é?
E as reações são cada vez mais violentas.
As forças da sombra, que se sabem condenadas a muito curto prazo, são incapazes, primeiro, de compreender o que acontece a elas, porque, até agora, bem, jamais nós havíamos chegado a essa fase nessa Terra, mas, sobretudo, elas perdem os pedais.
Elas querem conservar as bicicletas, elas vão, em breve, nem saber, mais, mesmo, o que é uma bicicleta.

Então, você pode imaginar que o acesso à Unidade nesse mundo não pode instalar-se em meio a resistências que foram tão antigas e tão intensas e ao nível da estruturação da consciência limitada.
É por isso que não há solução de continuidade e que a passagem da 3D à 5D não pode ser feita sem desaparecimento total da 3D.
Isso, eu tenho martelado desde sempre, desde que eu intervim, desde 2004, 2005.
Eu já havia tentado preparar essa noção junto a outro canal que estava no Sul da França, eu me fazia chamar OM e eu dava ensinamentos para preparar as pessoas, justamente, para preparar-se para a dissolução da dualidade.
Mas as pessoas não estavam prontas, porque não havia, ainda, a hipótese, mesmo, das Núpcias Celestes, nós não sabíamos como íamos, exatamente, proceder.
E nós nos ajustamos, aí também, progressivamente.

Não precisa acreditar, fora a assembleia e as estruturas que são definidas, como a Assembleia dos doze e dos vinte e quatro ou do Conclave Arcangélico, à época, com os sete Arcanjos, se quer, aí, eram estruturas, mas nós nos adaptamos, progressivamente.
Isso eu já expliquei, mas eu o restituo, em relação a essa questão sobre a dualidade.
A dualidade...
Em alguns sistemas de pensamento, filosóficos ou religiosos, a felicidade é, sempre, para depois, após a morte, depois que o salvador tenha vindo procurá-los, após ter saído do túmulo, pela Ressurreição.
Mas você não vê que tudo isso não se preocupa com vocês, literalmente?
Isso os faz enganar-se, totalmente, e os põe em um estado no qual pensam que todo mundo é belo, é gentil.
Mas, enquanto, em sua cabeça, eu digo, efetivamente, em sua cabeça, você não resolveu o fato de que você é mortal (e quanto mais vivê-lo, imediatamente), você não poderá viver a Unidade.
Portanto, é por isso que nós temos anunciado e que vocês vivem, agora, todas essas coisas.

Era, certamente, não para dar-lhes medo ou para fazê-los esperar algo que ia pôr fim à sua problemática.
Mas era, efetivamente, para fazê-los cessar o que é nomeada essa cultura na imortalidade mesmo na matéria, que não pode, de maneira alguma, existir em um mundo que foi confinado.
Não se pode fazer Unidade com a dualidade.
Vocês o fazem ao nível individual, é claro, e felizmente, mas isso não pode ser feito ao nível coletivo, é impossível.
Caso contrário, nós o teríamos feito, é claro, e há muito tempo.
Aí está o que é.

A dualidade é específica da 3D dissociada.
É claro, há dualidades presentes, mas sem oposição à Unidade, em outros sistemas solares que são Livres.
Aqui, isso não é possível.
E, é claro, a New Age vendeu-lhes a ideia de qua vocês iam conhecer-se, que vocês iam melhorar, que o sistema financeiro ia mudar, que todo mundo ia tornar-se gentil e belo e amoroso.
Mas vocês se esqueceram de que há os portais orgânicos.
Vocês se esqueceram de que, em um sistema como esse, mesmo liberado, mesmo um arconte que permanecesse, de algum modo ou, mesmo um ser humano que tivesse suficientemente Luz com as aquisições passadas e as espécies de distorções de vivências, um único ser bastaria para repoluir, muito rapidamente, o sistema.

Portanto, o sistema deve ser liberado pelo coletivo, e a Liberação do coletivo não se faz através da mesma transformação que vocês vivem, mas isso se faz através de espaços de resolução muito específicos, para alguns de vocês.
Mas isso não tem qualquer espécie de importância, porque o importante, é claro, é o resultado, não é o modo de ali chegar.
E aí está o que isso quer dizer.

Portanto, a dualidade, enquanto você pensa em bem e mal, enquanto você se conduz em bem e em mal, seja querendo evitar o mal, seja querendo combater o mal, não é questão de dizer que não existe, aliás, isso existe apenas nesse mundo.
É apenas questão de dizer que sua visão, realmente, mudou, e que, qualquer que seja o mal ou o bem, você está, definitivamente, convencido, pelo aprendizado que tem vivido e que vive, que a Luz substituirá tudo o que está presente nesse mundo.
E que isso não pode passar pela subsistência de alguns sistemas arcaicos de pensamento, de emoções, de organização.
Um exemplo muito simples: a organização piramidal.
Eu não falo dos Fantoches, mas a organização na empresa, por exemplo, ou na escola, com esse sistema piramidal que se traduz, também, vocês sabem: quanto mais no alto, mais você é rico.
Mas é absolutamente impossível que isso possa existir nos mundos unitários, mesmo de 3D.
E vocês não podem transformar um sistema de predação ligado, desta vez, à constituição da consciência no mental, nesse mundo, e fazer aparecer, aí, a Unidade.
E, é claro, há os que vão ranger os dentes, através de suas crenças ou suas hipóteses que foram construídas para assegurar uma forma de perenidade nesse mundo.
É claro, há outros que rangeram os dentes em 2012, quando eles engajaram, em relação a uma finalidade astronômica, por estarem persuadidos de que não teriam que pagar os impostos, as casas ou outras coisas, ou seja, não serem responsáveis por eles mesmos.
E, aí, esse tempo que passou é, justamente para dar-lhes a Responsabilidade e fazê-los ver que, mesmo na falsificação, vocês têm obrigações ligadas à vida, sobretudo, se vocês estão abertos.
E razão a mais se vocês viveram a abertura à Luz vibral.

Vamos tomar uma última questão, antes de preparar a vinda da Mamãe.


Questão: você nos aconselha a não raciocinar em termos de bem e de mal...

Perfeitamente.
Para mim, o abandono à Luz é uma coisa desejável e, portanto, bem.
Isso me parece paradoxal.

Mas não porque o ego não quer, jamais, ouvir falar de Unidade.
Então, talvez, em sua consciência, está claro, mas é preciso, também, que esteja claro nos atos de todos os dias.
Você vê o que eu quero dizer?
Não basta dizer «Eu vejo a dualidade e eu sou a Unidade» para que você seja unitário.
É preciso, para isso, ser liberado não, unicamente, de sua consciência limitada ou de seu ego, mas do que são nomeadas as linhas de predação.
Quer sejam as energias transgeracionais transmitidas pela família.
Porque a família, lá em cima, nada quer dizer, mesmo se há histórias de famílias cósmicas, em todo caso, isso não é ligado aos esquemas que vocês têm aqui, nessa Terra.
Então, tudo isso é para liberar, ou seja, não é algo que você vá adotar em sua cabeça, porque é sedutor e porque, talvez, também, alguns de vocês têm essa noção de Unidade que nasce, mas há estruturas arcaicas, estruturas orgânicas, eu não falo, mesmo, de estruturas da sociedade que são piramidais, mas, também, em você.

Enquanto isso não é visto, a Unidade resta uma adesão conceitual, mas que não corresponde a uma vivência.
Então, pode-se falar da Unidade.
Frequentemente, aliás, são pessoas que vão dizer «Isso é dualitário, isso é unitário», se parar, que vão falar da Unidade, sem parar.
Mas elas estão longe de ali estar, quaisquer que sejam as vibrações que elas tenham, porque elas têm, ainda, uma personalidade e um ego que estão na dianteira da cena.
É para isso que nós dizemos, há alguns meses, que os confrontos serão, talvez, por vezes, enormes entre as partes limitadas e ilimitadas de vocês, mas, também, entre vocês, porque vocês verão, claramente, aquele que mente a vocês.
Vocês verão, claramente, aquele que fala de coisas e que, de fato, é exatamente o inverso.

Você não pode estar na Unidade se é coberto por um Draco ou um Réptil.
Você não pode estar na Unidade se está, sem parar, mesmo se acredita na Unidade, contando coisas desagradáveis sobre os outros.
Quer seja por rumores ou por não importa o quê.
É preciso que haja uma concordância total entre a Luz vibral unitária e seu comportamento de todos os dias, caso contrário, para nada serva, você está na fuga através da Unidade e não assume a responsabilidade de quem você é.
É por isso que não é algo a que se adere como um ideal.
É algo que necessita ver, reamente, na obra, a cena de teatro, ou seja, sua parte limitada, aquela que faz tudo o que ela faz nessa vida e a parte ilimitada.
E ver se há uma sincronização e uma sobreposição.
É isso o Face a Face.
Você vê que não é possível e é, matematicamente, impossível, Cristo disse: «Ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo».
A quem você serve?
Você serve ao seu ego, quer seja na vontade, por exemplo, de servir-se mais de alimentos que aquele que tem fome?
Ou será que é a sociedade que vai guiar como você se comporta?
Será que você deixa falar o coração, em todas as circunstâncias ou será que você se tem, ainda, à sua pessoa?
Ou seja, houve, realmente, Abandono à Luz, mas, também, agora, sacrifício do ego?
Isso quer dizer, eu repito, que é preciso matar o ego, mas é preciso ver quem comanda.
Quem é que comanda?
Será que é o ego que fala de Unidade ou será que é o Espírito Santo que se exprime através de suas palavras?
Porque é, exatamente isso que é questão.
E se, em sua vida, acontece-lhe apenas eventos que estão aí para iluminá-lo e que são, portanto dualitários e que, permanentemente, você tem os mesmos eventos que se manifestam, você até pode falar de Unidade e de vibrações de tal Coroa ou tal Coroa, o ego não está, ainda, submisso à Luz.
E vocês são constituídos dessas duas partes e, portanto, há, necessariamente, ainda, resistências e uma dualidade.

Mesmo os Liberados Vivos a partir das primeiras ondas de 2012 devem refinar, mesmo se são liberados, alguns comportamentos, algumas ações e retificar, talvez, não para encontrar a Unidade nesse mundo, mas, bem mais, para viver o Apelo de Maria, eu diria, de maneira a mais confortável possível.
Nada há de pior, eu diria, do que adotar as doutrinas da Unidade, ou seja, oAdvaita Vedanta ou o neo Advaita ou, ainda, o que podem dizer algumas pessoas, sem ter, si mesmo, já, acedido a um esgotamento do ego, de uma maneira ou de outra pela busca espiritual estéril.

Mas há, efetivamente, cada vez mais irmãos e irmãs que, agora, passam de um ao outro com uma facilidade desconcertante.
Porque, apesar do fato de nada terem vivido ao nível vibral, eles permaneceram, apesar de tudo, apesar de sua incapacidade para viver e ver, realmente, a Luz, a vida deles tem sido, o mais frequentemente, a ilustração dessa Luz, mesmo sem sabê-lo.
Lembre-se do que disse Cristo: «Será mais difícil a um rico entrar nos Reinos dos Céus do que a um camelo passar no buraco da agulha».
Então, você vê a que você vai encontrar-se confrontado, se resta um apego, e é a mesma coisa quando você morre.
Há pessoas que estão na negação total de sua morte, que elas sabem, porque, eu lhes garanto, exceto por acidente, que aquele que está em seu leito, morrendo de um câncer, mesmo se há o véu, ele sabe, muito bem, um mês antes de sua morte, quando ele vai morrer, mesmo se ele recuse.
E você vê, conforme o grau de aceitação ou de negação, mesmo pessoas que estão muito doentes, com máscaras de sofrimento que, de repente, põem-se a ter um véu luminoso, o rosto delas transforma-se, o sofrimento, mesmo se está aí, não transparece mais em sua consciência e em sua expressão.
E há pessoas que recusam.

É, exatamente, similar para os Três dias e para o planeta grelha.
Portanto, tudo o que você tem a viver, tudo o que o faz viver a Luz, tudo o que o faz viver seu ego, sua experiência de vida, suas relações, o lugar onde você está, tudo isso é destinado, unicamente, para esse momento, no momento em que ele se apresentará.
Porque, nesse momento, também, há, se você quer, um julgamento íntimo e pessoal.
Ninguém julgará você, exceto você mesmo.
Mas você pode imaginar que, se no momento do Apelo de Maria, você tem uma oposição demasiado importante, por medo, pouco importa, qualquer razão que seja, você vai gerar campos energéticos específicos, de incompreensão, de sofrimento, que arriscam recriar egrégoras de medo.

Ora, vocês são, vocês, para aqueles que vivem as vibrações, os ancoradores da Luz, os semeadores de Luz, os filhos do Sol, Ki-Ris-Ti ou Absolutos.
Mas sua função é vital, não para vocês, mas para todos aqueles que dormem, ainda.
E, quanto mais vocês despertam, hoje, para aqueles que despertam espontaneamente, sem terem vivido tudo isso, mais nós ficamos contentes, porque mais nós sabemos que os mecanismos de transição coletivos, o que quer que aconteça durante os cento e trinta e dois dias, serão muito menos penosos.
Nós já dissemos isso, há vários anos.
E quanto mais o tempo passa mais é algo que será extremamente brutal ao nível coletivo, mas que não terá o tempo de arrastar as almas para outros lugares que não para sua Liberdade.

Então, eu disse que era tempo, agora, para que eu me retire.
Então, vivamos um momento com Cristo Rei, ou, se preferem, com o coroamento do Espírito do Sol.


… Silêncio…


Todo o meu Amor está com vocês, e eu lhes digo até uma próxima vez.

Até breve.


***

Tradução Célia G.


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